segunda-feira, 23 de março de 2015

Mais 3. 28



Está quase. Passo importantíssimo rumo ao objetivo principal: colamos ao 12º classificado (Estoril) e aumentamos a vantagem para a linha de água (9), numa altura em que estão 24 pontos em disputa. Ainda falta percorrer uma pequena parte do percurso, mas sem dúvida que estamos - e fizemos por merecer - mais perto do que nunca. Há muito que tinhamos motivos para confiar que o caminho seria este, acho que já ninguém duvida. Nem alguns 'dos nossos' mais pessimistas, nem muitos 'dos outros', por muito otimistas que estivessem. É a vida, e isto somos nós, Boavista. Ok?


Abordamos o jogo como habitual, talvez com um pouco mais de propensão ofensiva comparando com os últimos jogos - mesmo conseguindo ser igualmente consistentes - dada a troca de Zé Manuel por Beck (recuando este, Dias no banco). Dupla africana com Cech no meio campo, regresso da mais utilizada dupla de centrais (mais uma vez, poucas mexidas no onze inicial).

Ao contrário do que vem sendo hábito não entramos bem, dado os problemas aquando da posse da bola e sobretudo em algumas abordagens aos lances, o que fez com que sofrêssemos alguma pressão (e intranquilidade) e bolas paradas perto da nossa área. Dez minutos foi o tempo que demorou a nos soltarmos um pouco, ganharmos confiança e conseguirmos criar perigo. A partir daí mantivemo-nos por cima até à meia hora, sempre mais perigosos e à procura das melhores soluções no último terço, sem colocar em causa a segurança defensiva.
Segunda parte, mantivemos o que de bom fizemos nos primeiros 45', com mais ímpeto no meio campo e objetividade no ataque. Idriss e Reuben menos posicionais e mais perto de Cech, conseguimos pressionar um pouco mais alto e sobretudo ganhar mais depressa as segundas bolas. Depois do golo, mantivemos a aptidão para nos adaptarmos aos vários momentos diferentes do desafio. Não permitimos momentos de sufoco perto da baliza de Mika (apesar de uma [!] grande oportunidade concedida), e conseguimos saír para o ataque vezes suficientes para estarmos mais perto do segundo do que de algum dissabor de última hora.




Algumas notas:

Assustaram aqueles primeiros cinco minutos, em que vimos dois cartões amarelos, precisamente na zona que mais dúvidas suscita no onze, e possivelmente a que estaria sujeita a maior instabilidade. Emocional, no caso de Sampaio? Perdeu a titularidade após o castigo (ao contrário de Santos) e pareceu intranquilo, mesmo depois do primeiro amarelo. Se isto faz parte da evolução de um jogador - e acredito que sim - não há motivos para preocupação, até porque o considero um dos nossos melhores valores de futuro. Resultado: ambos substituídos antes da hora de jogo.
Nem tudo foi mau, já que Aaron arrancou para uma segunda parte bem conseguida, tornando-se decisivo. Abordou os lances com confiança e decisão, prioridade para 'varrer' na vez de complicar ou dar jogável. Curiosamente, na primeira vez que tentou controlar a bola e saír a jogar, é o culpado pelo contra ataque que culmina no golo de Brito. Se desiludiu um pouco na estreia, ontem foi o contrário.

Mais um de Afonso, nunca é demais dizê-lo. Um erro numa perda de bola junto à área, em tudo o resto a eficiência do costume.

Idriss e Reuben em bom plano, novamente. É o que precisamos para a proteção daquela zona central que tanta dor de cabeça nos deu. Foram crescendo no jogo, 'alinharam' com o resto da equipa, tornaram-se menos posicionais e mais pressionantes, adaptando-se ao meio campo contrário. Ganhamos quando se aproximaram de Cech, quer a ganhar segundas bolas quer a proteger o nosso meio campo ofensivo aquando da perda de bola.
Cech que é um mister com a bolinha nos pés. Poucas falhas no passe (é só melhorar nas bolas paradas - em que estivemos um pouco melhor), raramente não toma a melhor decisão. Fisicamente, no ponto (apesar de quase rebentar, já perto do final da partida).

Brito e Uchebo, os principais culpados por conseguirmos esticar o jogo como o fizemos, principalmente na segunda parte. Consequentes e objetivos, Brito a continuar a subida de forma (mesmo mantendo aqueles momentos em pode/deve soltar e não o faz, à craque), Uchebo o habitual no trabalho infligido aos defesas contrários. Zé Manuel o menos inspirado, mesmo nunca virando a cara à luta.  


É do melhor e do maior orgulho. Mais uma vez, salta a vista a competência, a entrega e humildade com que se disputa cada lance, a consistência e evolução que continuam a dar bons sinais.
Próximo jogo só daqui por duas semanas (fuck!), na final em Penafiel. Ya, não deixa de ser uma final. Daquelas.
Sucesso, objetivo, pontos, quase isto ou perto aquilo, nada disso. A palavra que mais se deve ouvir nos próximos tempos: "Invasão". O Símbolo a isso obriga, a equipa e classificação dão confiança, os nossos rapazes merecem isso e muito mais.

Ontem foi arrebatador, tanta gente no Bessa. Panteras em grande, bancadas bem compostas, apoio incondicional.



Força Boavista!

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