terça-feira, 29 de setembro de 2015

Fortaleza



A más horas mas nunca tarde para uns bitaites sobre o jogo do passado sábado, ainda para mais depois de um precioso ponto - o primeiro em casa - contra um estarola.
Não foi um feito nem ato heróico - foi somente um empate - mas convém salientar algumas coisas que parecem passar ao lado da maioria. E olhando ao melão que provocou este resultado, todos podem agora ter a certeza que o relvado do Bessa é do mais natural que há.

Resultado positivo começou no banco e no delinear da estratégia, tendo em conta que defrontávamos uma das mais fortes equipas do campeonato, ainda invicta, a marcar golos há 23 jogos consecutivos, sem pontos perdidos fora de casa e, pela primeira vez em alguns anos, com a possibilidade de alcançar a liderança do campeonato depois da 5ª jornada.
Como é óbvio, prioridade ao momento defensivo: rara mudança de formação (ao invés do habitual 4231), adotamos duas linhas (e bem próximas...) de quatro, com dois avançados à frente. Além de Idriss e Gabriel, dois médios interiores, com especial atenção aos laterais contrários. Menor desposicionamento da dupla de cobertura e maior segurança nos corredores, resultando também, pela negativa, numa menor propensão ofensiva, que nem Correia muito menos Tengarrinha conseguiram dar. Bolas paradas e correria de Luisinho e Zé a tentarem incomodar o último reduto do opositor, algo que até nos valeu a melhor oportunidade de golo de todo o encontro.


Sentimo-nos confortáveis na maior parte do tempo de jogo, reduzindo ao mínimo os períodos de algum sufoco. Problemas nos últimos dez minutos da primeira metade e em alguns momentos da segunda, raramente permitindo boas condições de finalização ao adversário. Parte, grande parte do mérito deste ponto residiu aí. Mesmo quando voltamos aos três médios (ou cinco sem bola, contando com os dois extremos) mantivemos a estrutura sólida, pouca distância entre linhas e concentração ao máximo. Faltou-nos crescer ou esticar um pouco o nosso jogo, tentando chegar mais vezes perto da área, mas a manta poderia - e ficaria - demasiado curta.


Algumas notas:

Três condimentos principais, dois deles já conhecidos nossos:
- a atitude da equipa, espírito de união e, mais friamente, competência em patamares elevados.
- a atmosfera do Bessa, a nossa fortaleza.
- a novidade: consistentes, concentrados e seguros defensivamente.

- um jogo à medida de Vinicius, isto é, defesa recuada e posicional (e protegida), menos propício a ser batido nos lances de maior dificuldade para ele, os de velocidade. Jogou prático e simples, comandou e posicionou-se sempre bem para ganhar os duelos e compensar os colegas. Vai ganhando forma a dupla com Henrique, também ele com exibição bastante positiva. Finalmente, parece que temos eixo central!
- estreia de Mesquita no Bessa, confirmando as boas indicações de Coimbra e a aptidão para ser útil particularmente no momento defensivo. Fechou bem a lateral (com dois opositores de caraterísticas diferentes, deu-se bem com ambos), ainda teve discernimento para fechar bem com Henrique (fundamental, por exemplo, na melhor oportunidade do carecão na segunda parte). Já Afonso, vai confirmando ser um dos melhores laterais portugueses (sim, já se pode falar assim), mesmo não vencendo todos os duelos perante o melhor jogador do adversário.
- Idris e Gabriel. Se há jogos em que não há dúvidas que devem jogar juntos, são estes. "Estes", aqueles desafios em que defender é a palavra chave, primeira ordem para impedir o adversário de construir jogo no nosso meio campo, e tentar ganhar tudo que é segunda bola. Nessas funções, mais uma vez, estiveram bem. No resto, nem eles constroem nem se lhes pode pedir tal. Têm sido mais verticais e chegado mais à frente (como se viu contra o Paços), mas desta vez nem isso lhes foi permitido.
- Alteramos um pouco a 25 min do final, com a entrada de Carvalho para terceiro médio, à frente da dupla. Foi mais defensivo do que pretendido, teve poucas chances de lançar ataques, ainda assim entrada razoável do brasileiro. Assim como Renato, autor de um dos poucos remates à baliza que conseguimos efetuar. Veremos como vai aparecer, mas mostrou bons pés, apesar de algo preso de movimentos.
- Zé e Luisinho fizeram o que puderam, quase sempre com pouco apoio e em inferioridade numérica perante a defesa adversária. Pressionaram bem, tentaram desmarcações e, também por isso, 'rebentaram' cedo demais.
- última palavra para Mika, fundamental em dois pares de lances, bem na baliza e eficaz a fazer a 'mancha', por duas vezes. Se não há cruzamentos nem muito jogo de pés, 'tá-se bem.
- pela negativa, algum exagero na perda de tempo. É compreensível, todos o fazem quando a corda aperta, mas já aqui criticamos muitas vezes os nossos adversários quando há exageros como o de sábado. Um pouco menos, só isso...
- ainda pela negativa, bolas paradas defensivas. Perigo número um bem conhecido, por três vezes conseguiu ganhar bola área e provocar perigo.



Nota-se a léguas que fizemos um jogo com um estarola e... não o perdemos. Maus vícios estes, tão próprios dos três metralhas do nosso futebol. Não deve provocar mais que um encolher de ombros da nossa parte, já que temos a noção que o árbitro não teve influência no resultado. Parece-me óbvio.
Outro assunto, para mais tarde recordar e até porque Pantera não esquece, é a questão dos "palhaços". Grave, já que vem de alguém ligado ao clube e não de um adepto ou comentador qualquer. Fica registado, acertamos contas mais tarde.


Ambiente foi do melhor que já se teve desde que regressamos à Primeira. Pena só ver a Poente tão composta nestes desafios, mas pode ser que se continue melhorando.
Panteras únicos, apoio incessante, coreografia a condizer. Espetáculo. 


Get ready, tudo a Vila do Conde. Há fatura a passar, todo o apoio ao Símbolo é bem preciso. E se há quem mereça, são os nossos rapazes.


Força Boavista! 

domingo, 20 de setembro de 2015

Vamos a Eles: Académica




Quatro jogos, quatro pontos, necessidade de pelo menos pontuar contra o lanterna vermelha (que ainda não pontuou), sob pena de caírmos para a linha de água e vermo-nos ultrapassados por três equipas. Uma vitória significará entrar na primeira metade da tabela.

Interessante do ponto de vista da 'eficácia' do ponto nestes jogos contra equipas com os mesmos objetivos que nós, aspeto em que no ano passado fomos implacáveis. Esta época já tivemos dois exemplos bem sucedidos (Setúbal e Tondela), veremos a resposta em Coimbra com alguma pressão acrescida depois de dois desafios sem marcar qualquer golo e sofrendo cinco.


No onze, as dúvidas do costume, principalmente no meio campo. Idris/Gabriel/Tenga para as duas posições mais recuadas, Lima/Carvalho/Renato (mesmo Tenga) como terceiro médio.
Será que vamos ter um meio campo mais apto para a posse (Gabriel-Tenga+Carvalho ou Lima) ou algo mais físico e defensivo (Idris-Gabriel)?
Na frente, continuamos com o défice de opções para as alas. Luisinho e Zé deverão manter os lugares, Renato poderá estrear-se como extremo.
Na defesa, a única alteração será a de Mesquita, entrando para o lugar de Inkoom. Pouco provável e ainda menos aconselhável que haja de novo alterações na baliza e centrais.


Pontos importantes em jogo, fundamental estar no máximo no campo e bancadas, tal como no ano passado.

Força Boavista!

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Empréstimos

Hoje é dia de escárnio e mal dizer. Continuemos. 

Ponto prévio, isto não é culpa só dos grandes, nem dos clubes recetores. Agora não é, longe dos tempos que se emprestavam oito jogadores ao mesmo emblema ou se simulavam convenientes impedimentos físicos. No nosso panorama, o que potencia o problema é a globalização financeira do futebol e a respetiva ganância de cada um, o que faz com que o porto não seja mais o porto, seja, em grande parte, a Doyen. O benfica ainda pior, já nem sabem o que tem nem sonham o que virão a passar. Dos terceiros nem vale a pena comentar, de tão ridícula situação.



Ponto grave é o impedimento de jogar contra o clube-mãe. No fundo, em causa a seriedade e profissionalismo do jogador e treinador. Na prática: oito o benfica, catorze o porto, dez o sporting, o número de jogos em que, à partida e por definição, os adversários partem desfalcados, não podendo contar com alguns dos seus jogadores, em teoria alguns dos melhores e mais influentes, ou pelo menos os mais caros. Igualdade de competição, Ju? A sério? Podre riquismo.


Tão simples quanto isto: fim dos empréstimos a clubes do mesmo escalão. Emprestar? Sim, cedem e ficam com parte do passe, lucram com futura transferência, podem até ter preferência na saída do jogador. E só portugueses e jovens. Não gostam? Não compram, apostem nos aztecas. Por exemplo, à semelhança do caso do TóZé do vitória. Antes isso que simular um penalty, vamos lá com calma, que há coisas que não se fazem.

Anti desportivismo, o mesmo mas em maior escala de que se tem falado quando, por exemplo, as condições de visitado não são as mesmas para todos. Toda a gente ri, porque 90% esfrega as mãos com estas merdas, outros 8% seguem estilo carneirada atrás. E ninguém lhes aponta o dedo porque, no papel, aumenta a probabilidade de sucesso das suas equipas. Palminhas, continuemos assim.

No meio disto tudo, somos a exceção juntamente com Nacional e Estoril. Pelo segundo ano consecutivo a não ser barriga de aluguer, somos os únicos. É duro, mas há coisas que não se pagam e esperemos que seja para continuar. Orgulho Axadrezado acima de tudo.

O Exemplo a Não Seguir...



Promessa da nossa formação, foi uma das apostas de Petit quando este assumiu o comando técnico do Boavista em outubro de 2012. Lançado de forma esporádica (nem outra coisa seria de esperar com 16/17 anos), seria opção mais séria - com direito a permanecer no plantel sénior - na época seguinte, 2013/14, a última antes do Regresso. Sai nessa pré-época, de forma algo surpreendente, aparentemente para alinhar na equipa b do mercado. Olhando à idade, também apto a competir pelos juniores.

Alguns exemplos de jovens jogadores, onde Rúben se incluía, lançados na mesma 'era':

Carraça seguiu, neste momento vai na segunda época em campeonatos profissionais. Titular em cinco dos seis jogos até ao momento pelo Santa Clara.
Cid estreou-se conosco na Primeira (como titular no empate no dragão), entretanto emprestado e recentemente vendido a um clube finlandês.
Afonso (então ex-junior/equipa b do braga) e Zé Manuel, estão cá, cresceram conosco e são dois dos nossos melhores jogadores.
Os irmãos Pereira continuam com ligação ao Boavista, neste momento emprestados ao Vila Real, depois de uma época em Gondomar. Com idade idêntica, ambos com mais jogos pelos séniores que o Rúben.
Samú está no plantel principal, já se estreou na Primeira e Taça da Liga. 

Rúben foi para o porto em agosto de 2013, jogou nos juniores sem nunca se estrear em campeonatos profissionais. Na época seguinte participa em oito desafios pelo Famalicão, do terceiro escalão, neste momento continua no CNS, na Sanjoanense (treinado pelo nosso ex-jogador Ricardo Sousa).
Claro que ainda está muito a tempo de recuperar o tempo perdido e ter a época de explosão que precisa. O que me parece óbvio é que ficou a perder ao nos trocar pelo clube fruticolor.
Passo maior que a perna e fascínio não sei bem pelo quê, como se eles olhassem para um jovem e não vissem euros antes de tudo. Ainda para mais sem ligação à Doyen, era para saltar empréstimos até acabar onde está.


terça-feira, 15 de setembro de 2015

Injusto




Ingrato e injusto. Repetitivo, se olharmos a dois major-problems que nos tem assolado: erros defensivos evitáveis - que complicam a vida e nos fazem correr atrás do prejuízo - e falta de eficácia, a que precisamos para compensar as limitações e fazer jus à entrega exemplar da equipa.

Petit altera metade do onze - mexendo em todos os setores e promovendo duas estreias - mas mantendo o sistema/identidade base. Mika, Henrique, Idris, Lima e Uchebo, novidades em relação ao último desafio. Tengarrinha do onze para o banco, Carvalho para a bancada.


Há más entradas nos jogos (algo que até se está a tornar usual nesta época) e depois há isto, duas oportunidades concedidas ainda antes do terceiro minuto concluído. Saímos incólumes da situação, corrigimos e melhoramos, partimos para uma primeira parte equilibrada, minimamente seguros atrás, chegando à área adversária e criando perigo de bola parada.
Segunda metade marcada pela expulsão aos 8 minutos e pela reação positiva da equipa à mesma. Unimo-nos, crescemos no meio campo, criámos mais situações de golo que o adversário pecando na finalização, acabamos a oferecer os três pontos. Há dias assim, injustos para os que lutaram no campo e os que tudo deram na bancada.


Vamos às notas:

Notava-se que estava tremido, olhando às exibições nos três primeiros desafios e que, como havíamos falado, Henrique estaria à espreita. Mudar os centrais é algo sério, diferente de qualquer alteração noutro setor. Relembro que, na época passada, só começamos a sentir alguma consistência quando estabilizamos os centrais, findo o primeiro terço do campeonato. Não foi uma exibição perfeita da dupla, alguns erros que poderiam ter custado caro (e um que custou!), mas segurança e concentração na maioria dos lances. Esperemos que seja aposta contínua daqui para a frente e, mais importante, que seja eficaz.

Outro teste de grande exigência a Inkoom, sobretudo no aspeto defensivo, o tal que ainda suscita bastantes dúvidas. Foi alternando o bom com o razoável, culminando com a péssima abordagem no lance que resulta no segundo amarelo. Se dois minutos antes a falta era a melhor opção (depois de outra má reação à perda de bola da equipa...), aquela entrada por trás é... inútil. Voltou a mostrar dificuldades com bola, quando não conduzida pelo corredor: primazia à bola longa ao invés de passes simples e curtos quando estes eram a melhor opção.
No lado oposto, Afonso, super e aditivado. Outra vez. 

Gabriel/Tengarrinha, Gabriel/Idris, é a questão do meio campo. Difícil decisão, convenhamos. Apesar de inicialmente discordarmos da alteração, admitamos que foi uma opção conseguida, olhando ao que o adversário exigia, às nossas mudanças na retaguarda e à própria produção e características (algo diferentes da temporada passada) da dupla. Responsáveis pela luta no meio campo e por impedir grandes espaços entre defesa e meio campo, foi quando mais se precisou deles que mais se destacaram, conseguindo esticar o jogo de forma sólida. Uma maior mobilidade e verticalidade no seu jogo (que já vem da pré-época), tornando-se mais evidente a sua utilidade quando reduzidos a dez. Um sinal que, sem médio ofensivo declarado (como o é Lima), poder-se-à tirar maior partido da dupla?

Os melhores jogos de Lima, quando desaparece aos 30 minutos. Depois estes, em que quase não aparece e a equipa agradece a sua ausência, tornando-se até mais perigosa. Teve duas boas chances de aplicar o pontapé, em ambas acertou nas orelhas da bola, falhando o alvo.

Esforçados, aplicados, consequentes. Uchebo, a dar sinais de melhoria de forma; Luisinho, mais um bom jogo; Zé Manuel, muito mais confiante que no último desafio. Foda-se Zé!, a dez centímetros da glória. Só faltou isso mesmo.

Por último, o lance quase anedótico. Culpados são vários: o primeiro Henrique (se fala, tem que resolver), depois Tengarrinha (sim, o passe podia ter sido bem melhor, ou até nem ter acontecido), Mika é o que sabemos com os pés (postes longe, problema!). Má abordagem do guarda redes, a manchar um bom regresso à titularidade.


Em suma, não merecíamos tamanha amargura, mas pusemo-nos a jeito, há que o dizer. Fizemos coisas boas, falhamos noutras. E pagamos caro. A confiança, por aquilo que se viu e pela evolução que ainda precisamos e vamos mostrando, segue inabalável. Reação em Coimbra, com todo o nosso apoio.

Fortaleza não merecia. É isto, continuar com este espírito de união para as importantes batalhas que se seguem. Jogo de Coimbra ganha outro peso, vai ser preciso estarmos fortes, no campo e na bancada.


Força Boavista!

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Venham Eles: Paços de Ferreira


Jogo esta pré-época, ainda com Bukia.

Um dos adversários contra o qual não conseguimos pontuar desde o nosso regresso à Primeira, sendo que a derrota no Bessa na temporada passada é a única nos 11 encontros enquanto visitados.
Os três pontos catapultam-nos para o quarto lugar da classificação e, mais importante, fará com que visitemos Coimbra com importantes seis pontos de vantagem sobre a linha de água (sete sobre a Académica, lanterna vermelha), antes da receção ao sporting. Uma 'rede' que pode ajudar-nos a ter a estabilidade que precisamos para melhor evoluir o nosso jogo e recuperar/incorporar os reforços.

Bom início da equipa pacense esta época (empate em Alvalade à cabeça), apesar de não parecer tão forte como quando nos visitou na época passada, nem nós em fase tão atrasada de evolução quando os recebemos.

Curiosidade, portanto, em perceber qual vai ser a nossa abordagem ao desafio, tendo em conta que defrontamos um dos adversários mais complicados do meio da tabela, mas jogando em casa, com o equilíbrio como exigência e com os três pontos como único objetivo.

Dúvidas começam na baliza. Gideão não tem maravilhado, não surpreenderá se Mika avançar. Semelhanças em relação à época passada, em que o português só entrou para o onze à quarta jornada, no Bessa, depois do concorrente ao lugar encaixar 4 golos (em Vila do Conde).
Quarteto defensivo, se bem que ainda continuando a considerar Henrique como opção para o onze, não haverá motivos para abortar a rotina de Vinicius/Sampaio.
No meio campo estará a chave do nosso jogo. Gabriel e Tengarrinha, como médios de cobertura, tem dado bons sinais. Não só os dois, por eles próprios, mas sobretudo pela segurança e confiança que a equipa, no seu todo, parece ganhar jogando com esta dupla. Aliás, jogando com dupla, independentemente dos jogadores titulares. Estes dois parecem-nos, no momento, as melhores opções. Já passaram 15 dias desde o último desafio, veremos se há alterações (ou se há falta de confiança nos centrais, obrigando a lançar Idris)...
Dúvidas também na frente, incluíndo o terceiro médio. Carvalho dará maior segurança, mais intensidade sem bola e poderá contribuir para um meio campo mais compacto, podendo tal revelar-se útil atendendo às caraterísticas do adversário. Qualquer outro, e partindo do princípio que jogaremos com a tal dupla, será mais arriscado. Lima ou Renato serão as alternativas.
Reforço Renato que poderá também entrar no onze como extremo (ou Uchebo), ainda para mais com Léo a juntar-se aos indisponíveis. Será algo surpreendente se não tivermos Luisinho na esquerda e Zé no eixo.


Não achamos que se deva efetuar muitas alterações, de fundo, mesmo vindos de uma derrota por quatro. Foi um jogo, correu mal grande parte do seu tempo, mas não há motivos para muitas mudanças nem para grandes preocupações.

Confiança na Equipa, siga a dar todo o nosso apoio. Fortaleza!

Força Boavista!


terça-feira, 1 de setembro de 2015

Reforços a Fechar


Algo que foi aqui discutido várias vezes e opinião consensual entre Boavisteiros: meio campo ofensivo a principal lacuna do plantel, bem evidente nestes três primeiros desafios, mesmo jogando/adaptando Carvalho à posição.

Apenas uma opção, Diego Lima. Se ainda fosse uma opção forte, de titularidade e utilidade indiscutíveis, que nao desaparecesse aos trinta minutos de jogo, as preocupações não seriam muitas. Mas é o Diego... O Lima, o mesmo Lima da época passada, em que (talvez já preparando a presente) só nos últimos seis desafios ganhou a titularidade em definitivo.
Este Ancelmo quase não conta; Samú, 19 anos, ainda cedo para se tornar no médio de batuta que precisamos.

Daí a esperança que tínhamos em, mesmo com pouquíssimos argumentos, tentar sacar algo de jeito nas sempre movimentadas e surpreendentes últimas horas de mercado.

Renato Santos is the man. Formação por cá e pelo sporting, dificuldades para se impor num dos melhores Rio Ave de sempre, acabou por fazer uma boa segunda volta na época passada, na segunda liga. Extremo, médio ofensivo, veremos o que pode saír dali, mas é a zona em que mais precisamos de sangue novo.
E atenção, reforços a sério temos cá dentro: Uche e Bukia (que do pouco que se viu, promete ser útil).

O outro reforço, antes de jovem promessa, avançado, extremo ou goleador, é o filho de quem é. No campo, vamos ver primeiro como é e o que pode crescer por cá, nestes três anos que assinou.
Fora do campo, saltamos para sites estrangeiros e jornais, reabrimos o auditório para apresentar algo que não a equipa de ciclismo, é provável que aumentemos os adeptos facebookianos. Um bom exemplo hoje, numa semana em que não defrontamos estarolas nem mudamos o relvado, menção na capa d'OJogo. Vale zero, bem sabemos, mas fica a nota.
Não me iludo em particular com esta vertente, confesso, mas admito que tem o seu lado positivo.
Veremos no campo como é, aí sim, é importante contribuir e o mais cedo possível.
Como já falamos, sem Bukia nem Uche, com este Léo e com Uchebo ainda à procura da forma, as opções estavam curtas. Também aqui.

Relativamente às saídas, destaque inteirinho para uma não-saída, a permanência de Afonso. Desportivamente, seguramos um bom valor na defesa, apresentando já uma boa forma para início de época. No resto, e sendo o último ano de contrato, veremos o que ainda conseguimos fazer para não perdermos um dos nossos mais valiosos jogadores a custo zero...

Confirma-se a já esperada saída de Beckeles. Foi útil enquanto cá esteve, importante no ano zero do regresso. Na lateral estamos servidos, poderia ter ainda uma palavra a dizer no meio campo, ainda assim uma perda que pouco preocupa.

Força Boavista!

A Derrota de Braga




À terceira jornada o primeiro desaire da temporada, por números que igualam as nossas mais pesadas derrotas desde o regresso à Primeira.

A 'almofada' de 4 pontos e a boa prestação na semana passada no Bessa talvez tenham pesado na abordagem de Petit ao desafio: apesar do jogo fora contra um adversário com outros objetivos, manteve-se a estrutura com que vencemos o Tondela. À linha de quatro defesas, juntou-se dois médios de cobertura (Reuben, Tenga) atrás do terceiro (Carvalho), mantendo-se a aposta na velocidade dos três da frente. Como aqui discutimos na antevisão, de acordo com a forma como nos apresentamos, fruto da nossa evolução e, claro, dos sinais positivos que mostramos nas duas primeiras rondas com este mesmo sistema e mentalidade, apesar do evidente risco maior.
Percebeu-se a intenção, assim como deu para ver algumas das lacunas mais evidentes e preocupantes da equipa, contra um adversário que as soube aproveitar e com argumentos para tal. 

Numa breve análise, dividamos o desafio em três partes.
Primeiros minutos, até ao primeiro golo. Aguentamos a previsível forte entrada do adversário, sem recuar linhas em demasia e com meio campo e alas bem posicionadas e atentas às movimentações contrárias. Perda de bola em saída para o contra ataque, resulta no desequilíbrio defensivo originando o primeiro golo da partida, numa altura em que podíamos começar a jogar com a intranquilidade do adversário (vinda também das bancadas).
A reação, até ao segundo golo. Acusamos mas reagimos, com a baliza do adversário no horizonte. Conseguimos esticar um pouco o nosso jogo, controlar as investidas contrárias ainda longe da nossa baliza e, mesmo abusando de algum jogo direto, chegamos perto da área contrária por várias vezes, algumas delas com perigo. Um fora de jogo mal tirado a Uchebo, má definição no último terço na maioria das jogadas ofensivas e uma boa oportunidade pelo mesmo jogador, já na segunda parte, foi o melhor conseguimos.
O descalabro, a última meia hora. Morremos para o jogo na bola parada que origina o segundo golo, incapazes de impôr algum domínio no meio campo e de controlar os rápidos ataques e boa circulação do adversário. Animicamente (e fisicamente?) caímos para patamares demasiado baixos, resultando em mais dois golos e outros tantos desperdiçados. Reequilibramos com a entrada de Idris, mais preocupados em minimizar os danos da derrota do que propriamente em tentar tirar algo mais do desafio.



Vamos às notas:

+ Luisinho novamente em bom plano, foi do lado esquerdo que criámos as melhores chances para criar perigo, mesmo que, num ou noutro lance, a opção não tenha sido a melhor.
+ Foi o teste mais duro para Inkoom desde que cá chegou, mais exigente no aspeto defensivo, precisamente onde suscitem mais dúvidas sobre o seu valor. Apesar de repartir culpas no primeiro golo, esteve bem nesse aspeto no restante tempo de jogo, fazendo uso da velocidade que tem para impedir males maiores pelo seu flanco. Com bola, foi o que mais se precipitou pelo passe em profundidade, também pelo 'convite' de ter Uchebo em campo (mal um pouco extensível ao resto da equipa).
+- Reuben, Tenga, Carvalho. Melhores os dois primeiros, na sua principal função nesta partida: suster e controlar os dois médios e alas contrários, proteger a defensiva ainda longe da nossa área. Razoáveis enquanto houve forças e discernimento, também foi dali que teve origem o colapso pós segundo golo.
Nota negativa para Carvalho, apesar da missão ingrata. Ordem principal para impedir os centrais e medios adversários de saír a jogar, foi com bola que teve mais dificuldades, lento a reagir com o pouco tempo que sempre dispunha quando tinha condições de dar melhor seguimento às jogadas.

- Erramos em demasia e em momentos proibidos. Ao contrário dos dois primeiros desafios, estivemos mal nas bolas paradas defensivas, optando por uma marcação unicamente à zona (e pouco melhores nas ofensivas). Mesmo avisados depois do primeiro canto perigoso, voltamos a falhar poucos minutos depois, guarda redes incluído. Inexperiência e desconcentração, claro, a custarem bem caro. 

- Filme já visto na nossa dupla de centrais: inexperiência e dificuldades no posicionamento de um lado, lentidão do outro. A resolverem bem os lances de frente, encostando bem na dupla de avançados contrária, foi nas bolas nas suas costas que mais dificuldades sentiram. Continuamos a dizer: nada como dar minutos e rotinar a dupla. Henrique estará à espreita, veremos o que vai ser feito.

- Outra vez, Uchebo? Jogo ingrato, é certo, desapoiado aquando no meio dos centrais, um pouco melhor quando encostado à linha, foi na cara do golo que, novamente, falhou. A centímetros da bola depois de boa assistência de Luisinho (na nossa melhor chance), sem perdão a dois metros da linha de golo após cabeçada de Vinícius. 
Zé pareceu pouco confiante e com menor capacidade de luta; Léo, mesmo em pouco tempo, a ficar ligado à derrota na perda de bola a meio campo, originando o primeiro golo. À Léo...


+ Presença espetacular dos Adeptos. Boavista é isto. Não somos de 'levantar a cabeça' porque nunca a baixamos. Connosco não há quases, há a certeza de jamais abandonar e apoiar o Símbolo.


Todos juntos na reacção. Duas semanas para preparar Paços, dia 20 no Bessa.

Força Boavista!