sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Venham Eles: vitória



Já diz o velho ditado: "Se a inveja fosse areia, Guimarães seria um deserto". Querem rir-se um pouquinho? Se sim, é só visitar isto e respetivos comentários. Há mais exemplos, mas fiquemos por aqui que dos restantes só muda o cheiro.
Ainda assim, não resisto a transcrever este trecho:
"Aquelas práticas de intimidação, agressão, insulto e provocação aos adversários do Boavista que jogam no Bessa vem do tempo do João Loureiro.
No domingo [dia do jogo da Taça] deu mais nas vistas mas há mais de vinte anos que é assim". Ya, parece um comum ser humano-não-vimaranense a falar de Guimarães.
Ah, puta que pariu! Vá, contenham-se e contemplem.

 

Mas, admitamos, o caso é sério e com poucos motivos para sorrir, mais ainda no nosso caso que ainda temos bem entalada a gorada hipótese da 'sexta'.

Eles acham normal um jogador profissional dirigir insultos (verbais e gestuais) para a bancada dos adeptos adversários, no final de um desafio quente como foi o da Taça de Portugal, decidido no último minuto do prolongamento. Anormal será haver reação por quem sente realmente o Clube, o Símbolo e os Adeptos, como alguns dos nossos o sentem, fazendo questão de o mostrar (e defender!). Por incrível que pareça, os mesmos consideram injusto, três dias depois dos acontecimentos, aplicar-se um castigo total de doze jogos (12!) a três jogadores do Boavista, por coincidência todos eles primeiras opções, ao invés do castigo de vinte dias (20!) ao prevaricador, por acaso dos jogadores vimaranenses com menos minutos no presente campeonato. E, convém relembrar, tudo depois de uma vergonhosa atuação do sr. Sousa. 
Isto vindo de gente que se espumou por todos os poros quando constataram que, afinal, no Bessa não eram "favas contadas", seis anos depois do último encontro para o campeonato.

Passemos ao que mais importa, o jogo de amanhã para o campeonato. É jogo grande e convém que o encaremos como um clássico, já que a história (diria até, do futebol português) assim o exige.
Não é segredo, muito menos vergonha, que, neste momento, o plantel dos espanhóis é mais vasto, mais rico e melhor em soluções que o nosso. Não o é também que, a agravar, encaramos o desafio com algumas baixas importantes, de jogadores habitualmente titulares e influentes. Injustamente, mas é um facto.

Mas, também longe de ser segredo, é nas adversidades que nos... agigantamos. Que somos ainda mais 'nós'. Que somos vencedores.
Foi nas adversidades que vencemos os três grandes em finais da Taça.
Foi nas adversidades que quebramos o jejum de meio século, contra tudo que não fosse Xadrez.
Foi nas adversidades que, por duas vezes, passamos a fase de grupos da Liga dos Campeões.
Foi nas adversidades que regressamos do inferno depois de seis anos lá passados.

Portanto, Equipa, Grupo, Adeptos, Claque, a palavra é só uma: UNIÃO. Lembram-se daquele sentimento em 13 de janeiro deste ano, após a eliminação nos quartos da Taça? É isso, é esse espírito tem que voltar a fazer parte de nós. Seremos muito, mas muito mais fortes. Como disse noutro dia: podemos não conseguir, mas morreremos a tentar.


Desportivamente, veremos como Miguel Leal organiza a Equipa, perante um cenário tão negativo no que toca a opções (Agayev e Espinho estarão ainda em dúvida, podendo juntar-se a Idris, Henrique e Bukia nos indisponíveis). Isto juntando àquilo que já sabemos sobre a real extensão das opções no plantel...
Tem sido visível a vários níveis o melhoramento da competitividade da Equipa: consistência a aumentar, circulação de bola a melhorar a olhos vistos, uma Equipa adulta e que vai sabendo aquilo que quer do jogo. Aos poucos, como já se disse, vai-se melhorando. Mas fica difícil, mais ainda, quando nos deparamos com todas estas contrariedades...

Nas laterais e no trio ofensivo não devem haver mexidas (Edú e Talocha, Yuri, Santos e Schembri). Eixo defensivo começam as dúvidas: Lucas será um dos titulares, alguma incerteza no companheiro de setor.
Assim como no meio campo defensivo, talvez o problema mais difícil de minimizar: não há alternativa minimamente credível para Idris. Tengarrinha (será hipótese para central?!) é talvez a única hipótese (Henrique Martins?!), mas os últimos desafios do nosso capitão mostraram um jogador ainda à procura do ritmo e da melhor forma. Como companheiros de setor, Carraça será um dos indiscutíveis, o mesmo não se podendo dizer do terceiro elemento: Carvalho, Samú, Emin, todos a alguma distância da utilidade e qualidade de Fábio Espinho. Alteração de sistema (para um 442) será outra hipótese, se bem que pouco provável quanto a mim).

Todos ao Bessa. Não há desculpas, nem para não comparecer, nem para deixar de apoiar o Símbolo desde antes do início até depois do final.


Força Edu!