sexta-feira, 31 de julho de 2020

Os que ficam, os que podem ir

Atendendo ao que se falou no último post (sobre os jogadores) e olhando às melhores perspetivas sobre aquilo que poderemos fazer na formação do plantel, tanto na sua subida de nível como na adaptação à imagem do treinador.

Estes são os jogadores que seria importante manter: 
- Hélton e Bracalli - Fabiano (?) - Ackah e Paulinho - Bueno, Sauer e Yusupha 

 Na dúvida: 
- Carraça e Ricardo Costa (talvez importantes pela liderança, mística e experiência) - Cassiano 

Com contrato, mas ainda mais na dúvida...: 
- Lucas e Dulanto - Obiora 

Com contrato e com espaço também nos sub23: - Breno, Reisinho, Reymão, Santos e Cardoso. 

Em suma, da equipa "base", importantes serão 6/7 jogadores. Dispensáveis, apesar de terem contrato, outros tantos. Para manter e fazer evoluir no novo projeto, 5. Ainda é muito cedo para percebermos como poderemos atacar o mercado e, claro, todos estamos à espera das elucidações dos responsáveis sobre o assunto do momento, mas entre 10 e 15 jogadores deverão entrar. 

Previsão de altas temperaturas para agosto.

Qual a vossa opinião sobre o plantel 2️⃣0️⃣/2️⃣1️⃣? 🖋❓

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Jogadores: Mais e Menos de 19/20






Começando pelo início e pelo melhor: Hélton Leite. Falando puramente em prestação individual (rácio de golos e lances de perigo evitados / não concedidos pelas suas ações) talvez um dos melhores guarda redes da Liga. Fruto da lesão ainda contraída na época passada, somente por uma vez foi titular na era Vidigal, sendo-o em todos os desafios com Daniel Ramos. Postura correta mesmo quando jogou e voltou para o banco, depois do jogo em Setúbal, voltando em grande forma. Fez a diferença em muitos desafios e garantiu-nos pontos preciosos: MVP da Equipa.
Bracalli
merece destaque pela enorme competência nos seus 14 jogos como titular e por nunca nos ter feito sentir demasiadas saudades de Hélton.

Ricardo Costa foi o jogador mais utilizado (só não participou num desafio) e só por isso merece destaque. Ideal para a formação de três centrais (atuando como líbero), sentiu mais dificuldades com um só companheiro de setor. A experiência ainda conta muito e acabou por nos ser muito útil na consistência defensiva que revelamos.

Neris, talvez o elemento mais regular de toda a linha defensiva. Como evoluiu desde a sua chegada à duas temporadas. Prova da sua influência e da falta de opções para o substituir foram as dificuldades depois da sua saída: ficamos claramente menos fortes na defesa.

Fabiano, dos emprestados, aquele que possivelmente deixará mais saudades caso não fique, como tudo indica. Qualidade na saída de jogo, bom posicionamento, eficaz no desarme, além de poder fazer qualquer posição da defesa caso com igual competência. Foi o quarto jogador mais utilizado.

Carraça, cumpridor dos serviços mínimos, digno Capitão, faz da atitude a sua principal arma, também para colmatar as evidentes dificuldades que ainda revela nas ações defensivas. Podemos dizer que não fez a diferença, mas foi cumprindo como... pôde.

Do outro lado, Marlon foi, acima de tudo, um lateral útil. À semelhança de Carraça, cumpriu com as exigências mínimas, foi ainda vítima do excesso de jogo defensivo que revelamos grande parte da época, ele que é um lateral com boas caraterísticas ofensivas, capaz de explorar bem toda a lateral esquerda. Não tanto como Fabiano, mas um prolongamento de empréstimo, num diferente contexto de jogo, poderia fazer algum sentido (se bem que parece muito difícil de se concretizar).

Lucas e Dulanto, os defesas com menos minutos e facilmente se percebem as razões: uma questão de ritmo, velocidade (para uma Primeira Liga...), de eficácia. Não há segredos, são curtos.

As outras opções para as laterais dizem alguma coisa acerca do plantel, certo?



Tal como no meio campo...

Ackah, quanto a mim, uma das melhores revelações da temporada. Começou a discutir o lugar com os companheiros de setor, para fazer uma segunda volta dono e senhor da posição de trinco. Forte no desarme, descomplicando onde tem mais dificuldades (no passe e a construir), cresceu imenso nos mais de vinte jogos como titular.

Idris e Obiora que o digam, principalmente o primeiro que participou apenas em sete desafios. A natural perda de influência daquele que foi o nosso médio defensivo nas últimas temporadas. Obiora foi mais vezes opção, pouco acrescentando quando comparado com Ackah.

Rafa Costa ainda fez 18 jogos esta época, útil em quase todos eles simplesmente por ser um médio como não havia outro. A sua saída fêz-se notar no plano desportivo e, pior, a sua não substituição diminuiu ainda mais o leque de opções. Ponto positivo, abriu espaço para:

Paulinho, que, com o decorrer do tempo, acabou por ocupar a posição 8 no meio campo. A par do ganês, classficá-lo-ia como uma das revelações. Não pegou de estaca, como a diferença de contexto, posição e competitividade (comparando com de onde vinha) assim exigia. Foi ganhando minutos, experiência e preponderância. Aumentou bastante a intensidade do seu jogo, o posicionamento e a responsabilidade defensiva, ainda que tendo que melhorar outros aspetos, como a capacidade de decisão.

Ficamos pelos quatro médios num plantel que "daria para mais"...


Sauer, comecemos por ele, o melhor no plano ofensivo, o terceiro jogador mais utilizado. Que nível no pós-Covid. Curiosamente, apesar da verticalidade do seu jogo, fez-se notar mais quando se potenciou o seu jogo interior. Por vezes peca na decisão, algumas precipitadas, mas o desequilíbrio pela velocidade e capacidade no um para um fez muitas vezes a diferença. A juntar a isso, crescimento evidente na hora de defender, melhor e mais inteligente.

Mateus é qualidade, é, quase sempre, não saber jogar mal. São 37 anos, o que deve pesar na influência na Equipa. Ainda assim, participou em 29 jogos, sendo o suplente mais utilizado. Elixir da juventude para este, alguém arranje.

Heriberto foi um dos melhores marcadores, com quatro golos e o terceiro com mais jogos. Apesar disso, e da sua qualidade e velocidade, ficou sempre algum amargo, quer pela falta de eficácia no hora de finalizar, quer pela dificuldade em desequilibrar mais vezes. Talvez demasiadas expetativas, mas julgo fazer algum sentido classifica-lo como uma das desilusões da temporada.

Bueno, a vítima maior do nosso modelo de jogo. Apareceu tarde mas ainda a tempo de ser um dos melhores marcadores. Não é segredo que é o mais dotado tecnicamente, fazendo a diferença na circulação no último terço e a descobrir os melhores espaços para os contra ataques. Repito, paga a fatura de se lhe exigir mais defensivamente do que aquilo que é capaz.

Cassiano, Stoijlikovic, Yusupha, difícil a escolha sobre quem foi melhor ou pior. Os dois primeiros fazem da atitude a principal arma: pressão nos centrais, desmarcações para ganhar metros, tentativa de ganhar bolas aéreas para os companheiros. O sérvio, também pelo que se depositava nele, desiludiu, principalmente no numero de golos, na eficácia. Tecnicamente é melhor que o brasileiro, mas acabou por ser Cassiano o jogador com mais jogos, se bem que com menos minutos. Como disse, escolham vocês que eu não consigo, dado o nível...
Yusu, onde andaste, rapaz? Onde é que está o esforço mínimo, pelo menos? Pareceu sempre longe dos acontecimentos, mesmo nos 14 jogos como titular. Pareceu ir piorando ao longo da época, aquele que é, possivelmente, o avançado com mais 'golo', velocidade e mais dotado tecnicamente. Não sabemos até que ponto a vida pessoal pode ter interferido na má época, mas a verdade é que a atitude foi muitas vezes insuficiente.

Cardozo, Reisinho, Luís Santos, Reymão: é muito bonito podermos dizer que lançamos jovens e apostamos na formação, mas a verdade é que nenhum deles teve oportunidades para mostrar o que quer que seja. Acerca do paraguaio, porque foi o que teve mais chances, parece um jogador com potencial mas, claro, precisará de muito mais tempo para poder ser competitivo num nível de Priemeira Liga. Não esquecer que tem 19 anos e foi a primeira experiência na Europa.


Olhando ao rendimento individual, constata-se que o plantel dificilmente daria para uma muito melhor classificação. A maior parte dos jogadores do setor ofensivo desiludiu, ao contrário dos mais defensivos, algo que estará certamente relacionado com a nossa postura na maioria dos jogos.
Outro dado evidente é o decréscimo no valor do plantel, ou seja, poucos foram os jogadores que se valorizaram no decorrer desta época, também sinal qua a classificação e a prestação não foram as melhores.



Força Boavista!

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Finalmente, o Final





Acabou, depois deste arrastão final de quase um mês, momento em que alcançamos o objetivo prioritário, a manutenção. E acho mesmo que fica por aí o que de mais positivo se conseguiu fazer esta época: alcançamos (relembrando que somos, novamente, um dos Clubes com orçamento mais baixo do campeonato) a manutenção e em tempo útil, ou seja, sem andarmos as últimas jornadas ligados às máquinas. Indiscutível mérito da estrutura nesse aspeto.



Vamos, primeiro, aos números.

Segunda metade da tabela, 12º lugar, a pior classificação das últimas 4 épocas, 6 pontos acima da linha de água e a 16 da Europa. Acabamos com o quarto pior ataque e sexta melhor defesa. Curiosamente, contra o que vem sendo hábito, acabamos com melhor prestação fora de casa do que no Bessa: 20 pontos como visitante, menos um nos jogos em casa (pós-Covid, tivemos 3 derrotas/2 vitórias, mais ou menos a mesma média...).
Números duros tendo em conta o nosso ADN e a nossa Ambição. Muito embora as imensas dificuldades que todos sabemos existirem, nunca se escondeu que o objetivo maior seria crescer de forma sustentada, isto é, ir superando as prestações da Equipa época após época. Perante os factos, é inegável que demos um passo atrás ou, quanto muito, para o lado.



Os argumentos.

Opinião geral, e aqui no Blogue também fizemos referência a isso no início da época, que este seria talvez o melhor plantel desde o Regresso. E era (apesar de tal não ser algo extraordinariamente difícil).
Individualmente, tivemos jogadores com mais qualidade, houve um decréscimo de "melões" (tipo Clar...) e uma maior dose de experiência no que toca a Primeira Liga. Mas havia também outro dado evidente: o desequilíbrio do plantel. Havia posições deficitárias (à cabeça, as laterais) e, pior, zonas com limitadas opções sendo algumas delas enormes incógnitas, e neste aspeto salta à vista o meio campo deficitário. A agravar a situação, tivemos duas baixas nesse setor (uma no início da temporada, outra já no decorrer), que não mereceram a devida reposição. Pode parecer pouco mas, ainda para mais numa zona tão importante, parece óbvio que teve enorme influência na prestação global da Equipa.
A juntar a estes dados, houve claramente jogadores dos quais se esperava bem mais do que aquilo que acabaram por render, com Heri, Stoij e Yusu à cabeça, jogadores do ataque. Nos próximos dias analisaremos mais ao pormenor a prestação dos jogadores.



A liderança.

Por muito que nos chateie falar do anterior treinador, é inegável que a época fica marcada pela mudança de líderes. Jamais saberemos o que aconteceria (e como) se não houvesse a decisão de despedir Vidigal, mas podemos agora, com os números, analisar o que ganhamos com isso (ver segundo parágrafo...).
Lito foi, desde que regressamos, o treinador com melhor média de pontos, mantendo esse registo no início desta temporada, invicto nos primeiros 9 desafios e em lugares [quase] Europeus. A saída surge depois de 4 derrotas nos últimos 5 desafios (ou 14...), tendo pelo meio eliminações pouco dignas, como habitual nestes anos, das Taças. Deixa-nos no 8ºlugar, a três pontos da Europa e sete acima dos lugares de descida.
Fica a dúvida acerca da influência que teve a sua personalidade na decisão, no possível mau ambiente no balneário e, acima de tudo, na mais que evidente insatisfação de alguns adeptos. Dúvida maior, aquele que foi, aparentemente, o motivo pela sua saída: a pobre qualidade exibicional e o futebol excessivamente defensivo. Mas aqui surge a contradição maior: o que realmente se pretendia quando avançamos com Lito para a nova temporada? Qual a prioridade, resultados, exibições ou ambas? Se eram resultados, dificilmente estaríamos em crise aquando da sua saída; se era tipo de jogo (vulgo, "à Boavista"), então porque quisemos dar continuidade ao seu trabalho no início da época? A estrutura profissional não conhecia a ideia base e as suas caraterísticas? Ficam as dúvidas.

Quase pior que despedir Lito, eram as limitadas opções no mercado para o substituir. Optamos pela mais consensual e, talvez, delas a mais correta, Daniel Ramos. Convenhamos, a missão era espinhosa: jogar melhor e pontuar ainda mais. As prestações dos primeiros jogos contrariam a tese de que o plantel estaria ansioso por uma liderança diferente. A qualidade exibicional pouco se alterou, a inconsistência de resultados ganhou nova dimensão. Apesar de tudo, e principalmente naquela primeira fase pós-Covid, as prestações foram bastante positivas até ao alcançar dos objetivos.
Este modo "piloto automático", desagradável para todos, desde Daniel Ramos até jogadores, passando por nós Adeptos, é de fácil compreensão, dado o contexto e indefinição atual em que vivemos.



Aceitam-se, claro, opiniões diferentes. Está aberta a discussão sobre o que correu bem e mal e o que poderia ter sido melhor.



Força Boavista!

sábado, 25 de julho de 2020

Venham Eles: Rio Ave





Finalmente está aí o último desafio da época. Todos esperamos ansiosamente, podemos dizer. Muito embora algumas prestações positivas da Equipa, principalmente na machadada pontual pós-Covid, são apenas três vitórias nos últimos treze jogos para o campeonato. Mérito para o cedo alcançar do objetivo principal, algo a desejar na consistência exibicional e de resultados, o que significou um falhanço no upgrade de objetivos: máximo de pontos por atingir e pior classificação das últimas quatro temporadas. Tudo isto, apesar de perto do coração, longe da vista. Penoso.

Outro motivo não é segredo: o que, realmente, nos espera no futuro próximo? De surpresa, esta enorme inovação na comunicação do Clube. Tudo isto faz-nos sentir mais otimistas, confiantes e alegres, mas o que nos ocupa o pensamento será percebermos os moldes da operação que nos espera. O futuro. Para já, como é opinião geral, precisamos de ser ilucidados. Todos queremos saber pormaiores e pormenores, valores, condições, expetativas.
Treinador, jogadores, diretor desportivo, tudo isso, mesmo servindo como sinais, virá depois.


Dúvida maior para este jogo, perceber se realmente, para a Equipa, começa às 19 horas ou 45 minutos mais tarde. Os últimos desafios foram um pouco assim: ausentes na primeira parte, com qualidade na segunda. Era bonito despedirmo-nos desta época com uma vitória, do treinador com uma boa exibição e da maior parte destes jogadores com um espírito de união e garra caraterístico da Pantera. Era bonito, mas se não acontecer não será o fim do mundo. A partir de amanhã muita coisa poderá ser diferente.


Discutiremos, como habitual, a presente época nos próximos dias mas acho que Daniel Ramos, pelo objetivo alcançado, pela seriedade que sempre mostrou ao nosso comando e até pelo dificílimo contexto que encontrou no Bessa, merece a nossa gratidão. E o nosso Obrigado.



Força Boavista!

sábado, 11 de julho de 2020

Pantera Escondida #6


Desviemos as atenções dos últimos resultados, esperemos pacientemente pelo fim do mês...

O jogo está fácil de adivinhar, o jogador nem tanto. Por impulso, sem batota. Quem é ele?

Como sempre, o primeiro a acertar é o grande vencedor.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Ababananados






Nada fazia prevêr o desfecho depois daquela primeira meia hora: a postura era a exigida, a estratégia parecia a indicada, o domínio do nosso lado. Depois aconteceram os erros que pagamos bem caro, dois deles graves e com influência no resultado, perante uma equipa matreira e a precisar dos pontos para sobreviver, à espera disso mesmo para tirar algo do jogo, conseguindo-o.

Confirmou-se o onze mais 'apetecido', menor prioridade à consistência defensiva e maior preocupação em ter argumentos no momento com bola: dupla de centrais, trio de meio campo que mais tem agradado (Ackah/Paulinho + Bueno) e o regresso de Heriberto ao onze na vez do inexperiente Cardozo.
Preocupações defensivas centraram-se sobretudo no nosso lado esquerdo (principal desequilibrador do adversário), através da troca de posição entre Bueno e Heri quando sem bola, cabendo ao espanhol uma pressão mais alta na saída do adversário e ao ala uma especial atenção ao seu corredor em zonas mais recuadas.


Passados os primeiros 4 minutos de jogo, o que vimos foi um Boavista à imagem do que melhor temos visto neste regresso pós Covid: boa circulação, procura do espaço entre linhas (particularmente bem Paulinho nesse aspeto), transições rápidas nas costas do adversário, bom entendimento e largura nas alas (sobretudo pelos laterais). Resulttou, em vinte e poucos minutos, em domínio e duas boas oportunidades de golo, perante um opositor com pouca reação.

Surgem então os erros que, juntamente com a eficácia alheia, determinaram o desfecho.
O primeiro erro (foto mais abaixo) está também relacionado com a forma como abordamos o desafio: com mais risco. Pois... será o preço a pagar por aquilo que muitas vezes reivindicamos. Meio campo menos povoado, ou seja, menos preparado para uma perda de bola aquando do momento ofensivo, o qual, se for mal decidido, como foi o caso, coloca o nosso último reduto em risco.
O segundo erro é individual e coube a Fabiano, o único culpado por jogarmos em inferioridade metade do jogo (apesar de podermos também criticar a qualidade do passe de Ackah para o brasileiro, no momento e zona em que aconteceu). Daí, do golo, até ao intervalo estivemos ausentes e desconcentrados, como a reação de Fabiano acaba por espelhar bem.



Equipa preparada para circular: Carraça reabre, Paulinho do lado contrário, Heri na largura, Bueno procura a profundidade com Cassiano. Costa decide, mal, pela bola longa, deixando Ackah para 5 elementos do Marítimo numa possível segunda bola, como aconteceu. Está criado o desequilíbrio.
A não contenção da dupla de centrais e Marlon no sentido oposto ainda mais potenciaram o lance de perigo.


Segunda parte a estratégia é algo discutível na minha opinião. Nem tanto a entrada mais comedida, com a Equipa a tentar perceber o que poderia dar o jogo e de que forma poderíamos invadir o meio campo contrário em inferioridade numérica, mas sim a demora em avançar para o 'tudo ou nada' no desafio. Mais de vinte minutos foi o tempo que se demorou a tentar mudar algo, a refrescar e, sobretudo, a arriscar, numa altura do campeonato em que pouco temos a perder. Até olhando à forma como encaramos a partida, não se ajusta a postura demasiado retraída com que encaramos metade da segunda parte.
Foi insuficiente, acabamos o jogo com menos posse, menos remates, e muito mais desorientados e desconcentrados que o adversário. Como disse em cima, foi o custo dos erros que cometemos, com o capital de risco com que encaramos o Marítimo, e olhando às caraterísticas da Equipa, a margem de erro torna-se bem menor.


Só uma nota para a estreia de Reymão: fica bem na foto e vai soar bem quando dissermos que lançamos mais um jovem na Equipa principal, mas nem o momento nem o contexto foram os indicados para tal, ainda por cima através da saída de um elemento como Ackah.


Será difícil manter a primeira metade da tabela nesta jornada, há que o corrigir nas próximas semanas: nada fácil, num momento em que a desaceleração pode ganhar outros contornos e tendo nós dois difíceis jogos fora e outro complicado também no Bessa, na última jornada.




quarta-feira, 8 de julho de 2020

Venham Eles: Marítimo



Se há jogos que amedrontam por receio que os deuses tudo farão para nos fazer vacilar mesmo que lutemos com  todas as nossas forças, são os jogos com estes bananas. Dos últimos oito desafios para a Liga no Bessa, apenas vencemos dois. 

À semelhança do último jogo, vamos com poucas opções na defesa, Fabiano e Lucas em dúvida, poderá ter mesmo influência no sistema a apresentar (sobram Costa e Dulanto). Regresso de Ackah é boa notícia, expectativa para rever o trio de meio campo que mais tem agradado: Ackah, Paulinho e Bueno. 
Mais dúvidas só na frente, veremos se Cardozo voltará a merecer a confiança de Daniel Ramos, apesar de termos Heri de novo disponível. Pela amostra, Cassiano não terá problemas em garantir a titularidade. 

Alcançarmos melhor que o 8° será bastante difícil, portanto há que fazer tudo para o garantir e tentar chegar aos 46 pontos. Três pontos para fugir aos perseguidores, tentar ultrapassar o Moreirense e tirar horas de sono ao energúmeno presidente madeirense.

Força Boavista!

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Investidor - atualiz. II


INVESTIDOR - ATUALIZAÇÃO 

 Gérard López deu uma entrevista a um jornal francês em que aborda o tema Boavista, oportunidade para percebermos um pouco melhor a sua ideia e conhecermos mais alguns pormenores: 

 ▪️Diferente do Boavista, o Mouscron será clube satélite do Lille. Receberá jogadores emprestados, pois aí o contexto competitivo será mais vantajoso para os jogadores que as divisões secundárias francesas. "Boavista será diferente", disse. 

 ▪️Boavista é o primeiro clube em que uma aproximação/investimento deste género foi discutida, depois da aquisição do Lille. 

 ▪️A intenção será deter 51% da sad. 

 ▪️Boavista fará a sua caminhada de forma independente, sendo o objetivo o crescimento tornando-o num dos principais clubes portugueses. 

 ▪️Proporcionar o "know-how" do grupo ao Boavista no que toca à formação e scouting de jogadores. A ideia que passa é que a ideia principal será um projeto idêntico ao do emblema francês, mesmo tendo em conta a diferente dimensão dos clubes e campeonato. Claro que o mais importante para nós, Boavisteiros, além de percebermos bem o projeto, será saber sob que condições venderemos a maioria da sad e que controle e salvaguardas teremos no futuro a longo prazo.

domingo, 5 de julho de 2020

Derrota na Luz

Dulanto à Lewandowski. Golazo.


Adivinhava-se dífícil, complicou mesmo antes do início e confirmaram-se as dificuldades, apesar da atitude, da postura e estratégia bem positivas.

Estabilidade da defesa comprometida devido às escassas opções: a juntar a Fabiano e Ackah, Lucas ausência de última hora. Avança Dulanto na estrutura de dois centrais, mantendo-se Obiora e Paulinho como médios de cobertura.

A entrada (e estratégia!) foi bastante boa: pressão alta, boa e larga circulação, jogo no meio campo do Benfica. Aconteceu-nos o pior neste tipo de jogo (à semelhança de Alvalade, por acaso): sofrer na primeira aproximação à nossa baliza, num erro individual num dos nossos melhores jogadores. Pior que nos desorientar, o golo teve o condão de acalmar o jogo do adversário, o que nos dificultou a recuperação de bola e as saídas para o ataque.
Antes do intervalo mais dois golos (em três oportunidades) mas que fizeram realçar as tais dificuldades no momento da organização defensiva. O controlo da profundidade (com Costa e Dulanto tende a ser mais difícil) e a sua variação para lado contrário (2o golo) e o desentendimento entra a pouco utilizada dupla Obiora/Paulinho na origem do terceiro (Cervi 'arrasta' Obiora sem devida compensação). De notar que parte dos lances perigosos foram em saídas para o ataque falhadas.
Não tem sido habittual neste candidato ao título, mas em quatro oportunidades faturaram três golos, o que foi, convenhamos, demasiado penalizador para o nosso lado.
Estivemos longe de nos aproximarmos na eficácia, quer no lance de Dulanto quer no de Cardozo na nossa melhor oportunidade.

De novo uma atitude positiva na segunda parte, nunca baixando os braços, tentando defender longe da nossa baliza, faltando melhor definição nos lances, quer nas saídas quer no último terço. A qualidade e desinspiração no momento ofensivo fez-se notar, talvez exceção para um remate de Sauer a 15 minutos do final. Pouca produção para quem perdia por três, razoável reação face às tremendas dificuldades.

Individualmente:

Hélton - apesar do erro técnico que originou um golo, o porquê de ser considerado um dos melhores da Liga ficou ontem bem à vista. De todas as intervenções, a do remate do Seferovic é fabulosa pelo grau de dificuldade que acarreta. Não se intimidou com o erro e mostrou a segurança habitual.

Costa/Dulanto - Dupla inédita, resolveram o que tinham que resolver com eficácia e protegeram-se bem da maior dificuldade: o jogo na profundidade, apesar de não estarem isentos de culpa nos lances decisivos.

Obiora/Paulinho - Não faltou esforço, verdade, quer na pressão quer na correria para cobrir espaços, mas pagamos a fatura de ser uma dupla (tal como a central) com poucas rotinas. Paulinho (e Marlon, já agora) foi dos que mais errou na transição, na maioria das vezes por más decisões.

Cardozo/Sauer/Cassiano - À semelhança dos médios, muita atitude na pressão mas desinspiração (qualidade?) na hora de desequilibrar. Cardozo, de novo, mostrou que precisa de evoluir para poder ser aposta constante no onze.

Yusupha - minuto oitenta e tal, lance que exemplifica bem o momento do jogador: espaço aberto, visão livre, fora da área, colega de equipa em condições de se isolar (fácil!) e o avançado decide pelo remate. Palavras para quê?


Mantemos o 8º lugar desde que Moreirense não pontue, apesar da aproximação dos perseguidores (Gil, Marítimo e Paços). De negativo, deixamos escapar o 6º lugar dos vimaraneses, agora a 8 pontos.
Quatro jogos para tentarmos fazer sete pontos pelo menos, obtendo a melhor pontuação desde o Regresso.


Força Boavista!

Hélton


Inacreditável a reação à ação do Hélton no primeiro golo. Hélton, relembro, para alguém no seu juízo e que viu o jogo, o melhor em campo.

Estas reações são a norma: é a disenteria bocal a falar mais alto, a cegueira clubística e o habitual "vale tudo" para atingir o irmão metralha, atropelando-se jogadores, profissionalismo e Clubes que não os do círculo grandista.

Se já estamos habituados a toda esta diarreia mental por lá fora, dentro de casa isso é inadmissível. Não contem connosco para esse peditório. Repito: quem faz isso são a maioria dos adeptos estarolas, não nós. Sejamos sérios. À Boavista.



sábado, 4 de julho de 2020

Vamos a Eles: Benfica


Dois jogos fora com os estarolas, ambos para esquecer. Prioridade para hoje: atitude. Lutar, com todas as forças, pelos pontos. Podemos não conseguir, mas acabamos com sangue nos olhos. Somos Boavista. 

A provável ausência de Fabiano complica ainda mais o momento defensivo, já de si fragilizado após a saída de Neris. Três ou dois centrais (perante os habituais 2 av. do Benfica), Idris+Obiora/Paulinho, Bueno solto a apoiar Cassiano e Sauer, Mateus ou Cardozo. Dúvidas para mais logo. [edit: Heri fora, devido ao empréstimo]

Mais uma chance para Yusupha? Assim sendo, poderemos ter algo diferente dele?

O adversário é o 2°class., mas se olharmos aos últimos dez desafios a diferença pontual é relativa.
Com que XI abordavam o desafio? Jogo pelo jogo? 

Força Boavista!

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Investidor - Sondagem

Investidor com maioria da sad?

❔ indecisos - 49%
✅ a favor - 43%
❌ contra - 8%

(indecisos com inclinação para favor - 18% dos votantes, 36% dos indecisos).

51 votantes.

Em suma, pela pequena amostra:

Boavisteiros sentem necessidade dos prometidos esclarecimentos. Ainda assim, pode-se dizer, com tendência para concordar com a entrada de Gerard Lopez como investidor com maioria da sad.

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Investidor - atualiz.

ATUALIZAÇÃO


  •   confirma-se que se negoceia a maioria da sad, pelo menos 51%. O Clube tem aproximadamente 54% do capital.
  •   O acordo já alcançado com o investidor trata-se da exclusividade de negociação para os próximos seis meses. Desconhecemos se houve verba envolvida (os tais 1M), mas poderá estar relacionado.
  •   Muitas dúvidas se levantaram acerca da possibilidade da entrada de um investidor no capital da SAD. Segundo o Clube, tal já tinha sido "exposto e aceite pelos associados em AG", ainda nos tempos de João Loureiro presidente. Faltará saber se foi aprovada ou discutida a venda da maioria do capital.
  •   A identidade do Clube, mesmo com a venda da maioria da sad, estará sempre protegida pelos estatutos. Por identidade entenda-se símbolo, nome, cores, por exemplo.
  •   Como tem sido hábito na presidência de Vitor Murta, o Clube promete uma sessão de esclarecimento acerca deste tão importante assunto.


Aguardemos.