domingo, 31 de janeiro de 2021

A Re(vira)volta


E então, esse dia? Solarengo, primaveril, boa disposição reinante depois de uma noite dormida como uns Angels, imagino. Custou, mas lá chegou, três meses e nove jogos depois. A primeira já está, faltam duas e a finalíssima, antes do resto. Sinais são positivos, convictos que encontramos o tal caminho - finalmente - se bem que temos que ter noção do mais importante neste momento: estes três pontos só farão sentido se houver sequência, isto é, Gil e Nacional pela frente na Fortaleza. Mais que os defrontar, há que os vencer. E Unidos.

Entramos e abordamos o desafio como manda a lei numa final, ainda para mais com a Equipa instável como sabemos: prioridade ao momento defensivo, tentando ser o mais compactos possíveis cá atrás e ir espreitando um ou outro contra ataque. Assustaram os primeiros minutos (primeira parte toda?!), com mais do mesmo: imensas dificuldades com bola, raramente conseguido 3/4 passes no meio campo contrário, a sofrer o duro revés e a ter que enfrentar e reagir à desvantagem no marcador. 

Arrisco a dizer que nenhum de nós acreditava na reviravolta, à exceção do Professor, nas cabines. O golo antes do intervalo ajudou, mas foi o que se passou naqueles dez minutos que mudaram a face da Equipa e a história do jogo.
Entramos bem na segunda parte, a fazer lembrar aquela primeira meia hora perante o Santa Clara. E houve algo que nos fez mudar para melhor: a confiança. 

A ajudar a isso, os ajustes na Equipa: o reposicionamento de Angel e a movimentação de Paulinho. Não só, mas principalmente. Não só, porque a Equipa fez com que isso tivesse efeitos práticos: passamos a jogar no meio campo adversário, confiantes com bola, a chegarmos mais e mais juntoa perto da área adversária. Não foi só Angel a recuar, foi a Equipa toda a subir, foi proporcionar ao nosso menino ter mais colegas entre ele e a baliza, ao invés de ser somente ele a descobrir espaços que, antes, não existiam. E fomos eficazes, convém dizê-lo.
Depois foi determimante aquilo que nos foi dito na antevisão do jogo: alguma evolução individual, maior consistência coletiva, mentalmente... diferentes. 

Estranhou-se a opção Devenish na direita na vez de Cannon. Estratégia pontual (perante este adversário em específico) mas julgo que algo mais: dada a forma do americano, defensivamente ficamos e ganhar em alguns aspetos e, ofensivamente, dada a pouca preponderância do habitual titular, pouco perdemos. Acabou por ser positiva a troca, apesar do lance do golo.
A ajudar às melhorias defensivas, aquele que todos esperamos ser o reforço que precisamos: Rami. Confirmou os bons sinais do último desafio: melhor fisicamente (aquele sprint aos 95'...), espírito de líder na defesa, muito eficaz em todas (ou quase) as ações.

Repetindo, porque julgo ter sido o mais importante e decisivo na segunda parte e na vitória: a confiança. Fez toda a diferença. Isso e - algo a confirmar - o espírito de União do grupo, o #somosmaisque11 (como as fotos no balneário fazem crer), a vontade da Equipa se revoltar contra o momento e as muitas e enormes adversidades. 

Parece claro, nem tudo está ou ficou bem. Prevalece a opinião de que o reforço da Equipa (ou a correção dos erros cometidos na formação do plantel) será algo prioritário, se bem que o aproximar da deadline do mercado e o comunicado do(s) presidente(s) fazem crer que, afinal, não vão haver ajustes nenhuns. Arriscado, e muito, mas abordaremos esse tema depois da certeza do que foi ou não feito (relembrando, mercado fecha às 23:59 de amanhã, dia 1).

Próxima final, próxima sexta-feira, dia 5, às 21h. Juntos e confiantes. 

Força Boavista! E não esqueçamos o mais importante: protejam-se 😷 que isto não está para brincadeiras. 

sábado, 30 de janeiro de 2021

Vamos a Eles: Portimonense


VAMOS A ELES: Portimonense.

Péssimas recordações da nossa última viagem ao algarve, relembro, ao estilo 'road-trip' com mentalidade 'we're the best, bro'. Diria que, hoje, tudo terá que ser diferente: atitude, consistência e, acima de tudo, o resultado. 

Reside aí também parte da força do discurso de Jesualdo (excelente na antevisão, mais uma vez): a mentalidade, por força do momento delicado, terá que ser diferente. Não só neste jogo, mas daqui para frente. 
Os objetivos coletivos - parece claro - foram redefinidos à força: agora, importante mesmo é vencer, chegados ao momento em que não somar pontos poderá se tornar num beco sem saída e numa espiral negativa sem retorno. É o preço a pagar por [algumas] coisas mal feitas.

É obrigatório juntarmos os condimentos e pô-los em prática no terreno: União (e espírito de grupo!), mentalidade, evolução coletiva e individual, consistência. A palavra "final" diz tudo: mais que jogar, é vencer. E os próximos três desafios, pelos motivos que todos conhecemos, são isso mesmo: Finais.

Mais importante ainda, por ser no dia seguinte a um verdadeiro sôco no estômago: ontem perdemos. Não terá sido pontos mas, da forma como aconteceu, terá sido algo pior. A esmagadora maioria de nós, Adeptos, não quer acreditar no que a minoria, no que "os da casa" nos proporcionaram de vergonha. A nós e ao Símbolo. Por isso mesmo, mais ainda, é hora de União, de confiança, de Vencer. De retomar o caminho, o tal que terá que ser diferente.

Desportivamente, grande dúvida (outra vez!), no eixo defensivo. Apostaria em Rami e Chidozie, se o francês plenamente recuperado (como deu mostras disso mesmo no último desafio). Meio campo de regresso ao habitual em Jesualdo: Javi, Paulinho e Santos. Na frente, Gomes e Elis terão, novamente, via aberta para o onze. Maior dúvida no terceiro homem, apesar de grande probabilidade na escolha por Sauer. Dúvidas: Benguché (libertando Angel de 'falso 9'), Yusupha ou Juninho (se já inscrito e convocado). 

Mais que o onze, tática ou sistema, haja dinâmica, haja entendimento coletivo, vontade e revolta por dar a volta aos acontecimentos. 

É hora de unir. Sim, muito difícil, mas somos Boavista! Só assim.


Força Boavista!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Ricardo Costa Demite-se


Estamos a arder. 

Ricardo Costa demitiu-se das suas funções depois de agressões (também físicas!) por parte de alguns [pseudo-] adeptos do Boavista. Sim, agressões!

Quantos agressores e de que quadrante? Não dezenas imagina-se e, de certeza, não representando a vontade da esmagadora maioria dos Adeptos do Boavista. Por muito que se erre, este não é o caminho. Violência? Isso é 'modus operandis' e marca registada dos nossos vizinhos, eles é que têm por hábito enveredar por esses caminhos e com plena concordância. Nós não. Por muita revolta que nos invada, jamais instigamos à violência. Isto sim, marca Boavista.

Por outro lado - e imaginado que os próprios responsáveis (ou vítimas) tenham disso noção - esperemos que haja vontade, respeito e coragem para elucidar todos os Adeptos do real motivo (ou vários, ou até somente as agressões) que estarão na origem da demissão. Motivo, isto é, o que contribuiu para essa atitude. 

Se foi algo combinado ou planeado, estas ações, independentemente de corretas ou não, devem ser plenamente assumidas. E há muitos meios para tal. 

Fary, nosso Símbolo, regressa às funções que já havia desempenhado. Caso os resultados desportivos não sejam diferentes num futuro próximo, imaginemos que, mais tarde ou mais cedo, será mais um 'sacrificado'. 


Força Boavista!

O Profissionalismo


Como bem nos relembrou o Clube: há 88 anos estreamos a nossa Camisola Axadrezada 🏁🖤

Há outro dado muito interessante. Também neste dia, nesse jogo frente ao clube do regime, foi o início de algo revolucionário: o profissionalismo. 
Os profissionais do Boavista, únicos no País, fizeram a sua estreia.

"Hoje, contudo, esse papel [de lutador] cabe ao Boavista - pelo cerco que lhe fazem e como o combatem e, só por isso, é motivo de orgulho da sua massa associativa. Orgulho que também deve ser sentido por ele ser o percursor daquilo que será o futuro, o jogador de futebol profissional" - anos 30. 

Lindo e de um orgulho imenso...

Fica a foto do primeiro onze profissional de um Clube Português ⬆️🏁

Força Boavista!

(in "Boavista Futebol Clube - A Primeira História", de Amândio Jorge Morais Barros)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Comunicado do Clube


A reação e o esclarecimento do Clube diz que temos tudo em dia. A notícia é falsa, provocatória e com o intuito de nos prejudicar, dias antes de verdadeiras Finais perante adversários diretos. O facto do site de 'A Bola' retirar a notícia diz muito sobre a veracidade da mesma e sobretudo sobre a sua intenção. 

Mais um motivo para nos unirmos: há muitos que nos querem empurrar ainda mais para baixo. 

Claro que são os dados adjacentes que nos fazem, a todos, recear o momento: o paupérrimo rendimento desportivo, a pouca ação no mercado, o impedimento de inscrições. O silêncio. 
Por outro lado, mais positivo, vemos o Clube ativo: a notícia sobre o abatimento da dívida (pago ao BPI), da aquisição de passes de atletas, do melhoramento de infraestruturas (centro de formação e ampliação do campo de treinos). Estamos ativos, a reorganizar e, em princípio,  a crescer. 

Repetindo, é o momento atual que nos faz, a todos, ansiar por esclarecimentos, não só sobre notícias (ainda que 'plantadas'), mas também sobre as intenções e planos da direção para inverter a situação desportiva.

Continuamos sem retocar e reforçar o plantel- corrigir os erros - num momento em que tal deveria ser a prioridade. E sem dados para percebermos o porquê. 

Momentos difíceis. Confiemos e estejamos unidos, enquanto esperamos por... desenvolvimentos.


Força Boavista!

Proibição de Inscrever?


Isto já é outro patamar. Uma coisa são os resultados desportivos, os maus ou bons planeamentos e as trocas de treinador ou dispensas de jogadores, outra bem diferente é, basicamente, estar em causa o principal motivo da entrada do investidor.

Receio e incerteza nestes episódios - que todos esperávamos ultrapassados em definitivo - é que os Boavisteiros estão cheios. Urgente esclarecimentos, claro.

Juntado à pouca atividade no mercado (ainda por cima com a nossa necessidade!) e à não inscrição de Juninho (transferido e apresentado), torna-se algo... estranho ou confuso. 
Só a direção poderá elucidar, portanto boas ou más, os próximos dias vão-nos trazer novidades pela certa.

Aproveita-se e clarifica-se as ideias sobre o momento da Equipa.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Estado de Emergência


Começando pelo jogo de ontem: foi mau perder num momento em que estamos tão necessitados de pontos. Mas houve algo pior que a mera derrota perante a melhor equipa da Liga: a forma como fomos derrotados. Deu ideia que já o estávamos antes de o sermos no campo. Pior: algo que tem sido habitual. Zero de revolta, de novo.

Estrategicamente, falhamos. Quer dizer, falhamos em tudo, mas a forma como abordamos o jogo não resultou.
Houve, claro, algo muito condicionante: o ter que alterar o eixo defensivo. Se os habituais titulares não tem sido eficazes no principal propósito, imagine-se as segundas e terceiras opções. No fundo, a história da manta: tapamos aqui e aconchegamos ali, mas iremos destapar acolá. Não dá para um bocadinho, quanto mais para tudo.

Dois contra três na primeira pressão possibilitou toda a liberdade a Coates, apto a ligar em zonas adiantadas, espaço onde demos, sempre ou quase, demasiado tempo e espaço; a ausência de alas deixou Porro e Nuno Mendes à vontade para por aí desequilibrarem (e sabemos como são fortes); verdade que a opção a 6 de João Mário nos complicou, mas nós abrimos caminho para isso, simplesmente porque não soubemos anular o imenso espaço entre linhas. O caos (de novo, batendo na tecla do espaço) na linha mais recuada fez o resto: seria uma questão de tempo até o adversário criar lances de perigo.

Como disse, tudo para proteger o frágil eixo defensivo. Tecnicamente, pouco condenável a opção apesar de não ter resultado. Diria: não tinha como resultar.

0-2 foi lisonjeiro. 

◾ Mais globalmente falando: repetindo o que por aqui já se abordou várias vezes: o plantel, mais que curto ou com falta de qualidade, é desequilibrado. Temos demasiada inexperiência, muitos jogadores com potencial mas a necessitarem de crescer neste patamar, e poucas, muito poucas opções válidas, principalmente ofensivas. Basta atentar que, precisando mexer no ataque ao adversário, invariavelmente trocam-se os laterais...
Pior: muito embora os sinais, que nós todos queremos encarar como positivos e encorajadores (p.ex., aquela postura em Tondela após os 2 vermelhos), a verdade é que o grupo, demasiadas vezes, não mostra união, não mostra espírito de Equipa, revolta pela péssima classificação, pelos resultados. Por vezes, parece denotar egoísmo individual, cada um por si para daí colher os louros. Posso estar enganado, mas a falta de entendimento coletivo - neste caso, com bola - faz crer nisso mesmo.

◾ A comunicação. Claro, ninguém aqui pede um comunicado por cada mau resultado ou um esclarecimento público de cada vez que surge um problema. Mas há limites e, claro, temos que atentar ao contexto específico do nosso Clube: os Adeptos são exigentes e exigem explicações, estar minimamente informados, principalmente quando as coisas correm mal.
Primeiro, separando as águas: ao nível da imagem, melhoramos 500%, não há dúvidas. Na comunicação, na forma como ela é feita. No conteúdo ou mesmo falta dele, o caso muda de figura. 
Pegando no exemplo dos sub23, um projeto aliciante e, creio, de grande mais valia para o Clube. Mas faz sentido chegarmos à primeira jornada do campeonato sem sabermos quem é o treinador? Tem lógica substituir o comando técnico sem existir uma única informação via Clube acerca disso? Entram e saiem jogadores e nós, Adeptos, nem sabemos quem eles são? Fica ao critério de cada um.

E sim, mesmo sem exageros a explicar as atitudes ou preocupações, faria sentido aparecer e ter oportunidade para desanuviar um pouco o ambiente. Por exemplo, uma boa oportunidade para percebermos o que vai na cabeça dos responsáveis seria na apresentação do Juninho. O video é porreiro, o jogador foi bem sacado, mas uma apresentação na sala de imprensa e explicando um pouco a postura do Clube neste mercado, seria assim tão descabido? 

◾ O caso agrava-se quando todos percebemos, ou temos essa convicção, que é mesmo preciso corrigir os erros cometidos no planeamento da época. A mudança, ainda que temporária, de paradigma nas aquisições é, opinião pessoal, quase obrigatória. É necessário acrescentar experiência, qualidade, jogadores que sejam mais valias para o grupo, mesmo para o próprio grupo sentir isso. 
Temos dados que nos indicam que o caminho ou a vontade vai nesse sentido? Zero. Nenhuns. Só fé. 

◾ Os mais otimistas dirão que estamos a poucos pontos do meio da tabela e que com duas ou três vitórias isto vai ao sítio. Pois, em parte concordo, mas, primeiro, é preciso chegarem essas vitórias e é preciso sentirmos que o caminho é mesmo diferente e será o certo. Porque "duas vitórias" não chegam, é preciso mais. É preciso identidade  para tornar as vitórias sólidas e consequentes.
Por último, é evidente que é preciso reagir. Pegando no exemplo de épocas atrás (tempos de Sanchez), em que nos encontrávamos em últimos, ainda mais distantes do respiro saudável. Relembro, houve duas coisas que nos 'safaram': os reforços, que vieram acrescentar qualidade e opções à Equipa e Adeptos, que catapultaram o grupo para níveis anímicos que, arrisco a dizer, só nós (lembram-se Paços ou da partida para a Madeira?).
Bem, este ano não há Adeptos onde mais são precisos, os movimentos, as hashtags e os vídeos são espetaculares mas estão longe do calor humano que se pretende para poder mexer com o sentimento ou vontade dos jogadores. Não havendo isso, está difícil de ver onde temos mesmo que apostar?

◾ Na falta de pão, todos ralham e é raro aquele que tem razão. Incluo-me nesse lote, sem problemas. Mas preocupa, e muito, a falta de atitude 'à Boavista' que, aqui e ali, se vai sentindo. Claro, podemos estar a ser influenciados pela prestação da Equipa de Futebol sénior mas... faz preocupar quem ama o Símbolo, como todos nós. 

É preciso, mantendo a União, reagir. Pelo Boavista!


Força Boavista!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Venham Eles: Sporting


Aconteça o que acontecer nos jogos de hoje, os extremos defrontar-se-ão amanhã. E há extremidades que, obviamente e para bem de todos nós, queremos bem longe... é também o nosso caso.
Uma vitória pode nem ser suficiente para nos tirar desta posição, mas está mais que na hora de somarmos pontos à nossa luta.

Defrontaremos aquela que é, em teoria, a melhor equipa da nossa Liga, hiper motivada pela recente conquista (algo que pode até abonar a nosso favor). Dificuldades serão muitas, o favoritismo está do lado deles mas, até atendendo ao nosso único sucesso na presente época, não há impossíveis. E é nestes momentos que gostamos de nos agigantar, de mostrar que a União é para valer.

Problema maior, claro, no setor defensivo: sem os dois habituais titulares, Jesualdo vai ter que mudar o eixo central. Se poucas dúvidas haverão acerca da titularidade de Porozo, o mesmo não se poderá dizer do seu parceiro de setor: Rami tem treinado a 100% e será o mais provável titular; Javi será a outra hipótese (entrando Show para médio defensivo). Gomez ou Jorge Silva, centrais da sub23, acho pouco provável: precisam - ainda mais - de crescer no contexto certo, e fazerem dupla com outro central em idêntica situação poderá não ser muito aconselhável. 

No meio campo, dúvida acerca de Show (e da derivação ou não do Javi). Santos e Paulinho, até pela falta de concorrência, serão os mais que prováveis titulares. 
No ataque, expetativa para percebermos se o recente reforço já irá ser opção. Juninho, a entrar diretamente no onze, será para o lugar de Sauer. Angel e Ellis, por aquilo que acrescentam, manterão a titularidade. 

Importante, além do bom controlo da profundidade e transições rápidas (aspeto que o Sporting aposta forte), será importante tirarmos partido da superioridade no meio campo. Julgo que será aí que poderemos surpreender. Nas alas, onde o adversário também é muito forte, teremos que ser melhores: Cannon e o ala na direita, Mangas ou Hamache e o outro ala, terão um papel fundamental. 

Prioridade e principal curiosidade: a reação do grupo ao nosso atual momento. A União, a atitude, revolta, é para atingir patamares condizentes com o Clube? O grupo está connosco, está com o Símbolo? Seremos, mesmo, muito mais que onze?

É preciso sangue nos olhos! É preciso sentir o momento  sentir o Símbolo. Podemos nem ganhar, mas o sentimento Boavista terá que estar bem patente. 

Seremos, como sempre, muito mais que onze. E todos estaremos com a Equipa, acreditando que nos representarão em campo, aconteça o que acontecer.


Força Boavista!

sábado, 23 de janeiro de 2021

Pantera Escondida: Nogueira


O grande (literalmente) Nogueira, defesa central/lateral esquerdo do Boavista durante 4 épocas, de 91 a 95. É um dos 50 jogadores do Boavista (41°) com mais jogos pelo Clube (152), conquistando com a nossa Camisola uma Taça e uma Supertaça.

Era um central calmo, imponente, de dar pouco nas vistas, passada larga (tomara!) e fortíssimo no jogo aéreo. Bom pé esquerdo, era sempre um dos titulares, a central mas também a lateral esquerdo. 

Na foto, jogo contra o Torino a contar para Taça Uefa 91/92, 2a mão da 2a eliminatória. Empatamos 0-0 depois de uma derrota em Turim por 0-2.
Jogo com um ambiente muito quente e hostil (Lentini expulso ainda na 1a parte), muito por causa do lance com Marchegiani, em Itália, onde o nosso Marlão saíu gravemente lesionado. Nas bancadas, não descansamos o jogo todo, chamando "assassino" ao guarda redes italiano. No campo, tudo tentamos para dar a volta à desvantagem, mas não conseguimos face ao 'cattenacio' (no estado puro, anos 90...) imposto pelo adversário. 

Mais uma vez, perante italianos, dignificamos o nosso Símbolo. 
Destaque para a dupla de ouro e diamante, João Vieira Pinto e Ricky. Paulo Sousa, Barny, Samuel e Tavares também fizeram parte do onze, num plantel que também contava com Jaime Cerqueira, Alfredo, Coelho e Carlos Manuel. 

Parabéns ao A.Oliveira, o primeiro a acertar via Twitter. Obrigado a todos por participarem.


Força Boavista!

Pantera Escondida #7


PANTERA ESCONDIDA #7

Who is this guy? 🤔

Como sempre, o vencedor será o primeiro a acertar. Boa sorte!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Bruno Alves


Bruno Alves encaixaria muito bem no eixo da nossa defesa e, sem dúvida, acrescentaria aquilo que mais precisamos: qualidade, experiência, liderança e, conhecendo o passado e feitio do jogador, a ambição por vencer, a ânsia por dar a volta aos acontecimentos. 

Pode ser difícil, mas acredito que desta feita vai ser possível trazê-lo. 

Problema acrescido no próximo desafio pela falta dos centrais.
Porozzo entrou muito bem em Tondela: apesar das dificuldades no posicionamento e saída de jogo, excelentes desarmes, muito bem no 1x1. 
Goméz acho que ainda precisa de mais competição na Sub23, Jorge Silva também tem estado em bom plano, mas creio que tem as mesmas necessidades (talvez menos tempo) que o mexicano.

Sobra Rami, que tem treinado a 100% nestes dias. Será ele e Porozzo a formar a dupla contra o Sporting, remetendo Javi para a posição de origem.
Caso o francês não seja aposta, acredito que se repita a dupla Javi- Porozzo, entrando Show para a posição 6.

Bom era termos já um Bruno Alves a 200% e a mandar uns cachaços à malta que bem deles precisa.


Força Boavista!

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Corrigir em Janeiro


É evidente, não só pelos resultados e prestação da Equipa como também pelo próprio discurso de Jesualdo (bem patente nas conferências de imprensa completas, quando disponibilizadas), que é necessário efetuar os tais "ajustes", reequilibrar o plantel, dotar a Equipa de mais argumentos, ou seja, corrigir onde erramos na construção deste plantel. 

19° dia de mercado e poucas novidades. O que não quer dizer que não se trabalhe, claro, nem que seja tarde para o fazermos. Problemas de tesouraria, caraterísticas específicas deste mercado, exigências dos clubes vendedores para, por exemplo, poderem contar com os jogadores para os jogos que restam de janeiro, não faltarão motivos válidos para este 'atraso' no obrigatório reforço do plantel. Olhamos para o lado, para os concorrentes, e temos motivos para nos preocuparmos ainda mais. Mas sim, faltam 12 dias e, como é hábito dizer por aqui, mais vale tarde e bem do que de forma precipitada, tipo operação de cosmética, só para evitar contestação ou pinturas rupestres.

Discutamos que reforços nos serão úteis. 

A começar pelo tipo de reforço. Será que faz sentido mantermos a estratégia que adotamos no início da época, na formação do plantel? Julgo que, agora, mais que jovens promissores, e olhando à nossa situação na tabela, precisamos de reforços um pouco diferentes. Acima de tudo, que tragam aquilo que precisamos. De qualidade mais evidente, maior experiência, com capacidade de lutar por um lugar no onze no imediato, em teoria menor tempo de adaptação ao futebol europeu/português. É o que faz a urgência, sim. E os erros.

◾ Começando pelo mais essencial: posição de central. Christian, Porozzo, Goméz e Jorge Silva são jovens promissores mas o contexto atual não os beneficia. Precisam de crescer e nós não temos tempo nem espaço para o proporcionar na Equipa principal. Rami, até agora pelo menos, foi um fiasco. Não joga, quando o faz parece limitado. Precisamos de experiência, qualidade, segurança, Liderança. Ganharíamos não só com a mera troca direta (Christian<novo jogador), mas também com os que estão à sua volta. Ajudaria a complementar Chidozie (que, repito, tem estado razoável mas poderia crescer ainda mais), contribuiria para um melhor desempenho de Cannon (sendo que será um central do lado direito) e, claro, resultaria numa maior consistência coletiva, com impacto direto também - apesar de defesa - no rendimento ofensivo da Equipa.

◾ Houve uma dispensa neste período na equipa principal: Juwara. Tiro ao lado, portanto o primeiro passo será colmatar essa baixa. Extremo, ou avançado de três posições à imagem de Jesualdo, será um dos alvos. Fala-se de Juninho, do Chaves, um jogador com essas caraterísticas. A dúvida é se será suficiente, olhando ao baixo rendimento de Yusupha e, também, à necessidade de adaptar Ellis à posição de ponta de lança, olhando ao necessário tempo de adaptação de Benguché. Fica a dúvida: um extremo (av) e um ponta ou dois extremos? Ou ficaremos por um só reforço para o ataque?
Um homem-golo, a sê-lo realmente, dava um jeitaço...

Mesmo constatando o que foi feito por Jesualdo no jogo vs Santa Clara, torna-se claro que é estritamente necessário reforçar a sério a linha da frente. Jesualdo aposta em Mangas - um lateral - para um maior poderio ofensivo, relembro.

◾ Ainda atentando nesse desafio, Jesualdo faz entrar Javi para '6' para ter um '8' diferente: Show. Pérez, muito embora a qualidade que todos queremos que ele tenha, não carbura e não deve ser por acaso. Será um Rami com menor propensão para as redes sociais, facto para já. A juntar a essa necessidade, Santos e Paulinho, donos dos lugares, têm assim via aberta para o onze. Ora, a concorrência é, como sabemos, fundamental para aumentar o rendimento dos jogadores, mesmo que o seja no plano teórico. Só teríamos a ganhar com uma boa solução para o meio campo. De novo, experiência, capacidade não só ofensiva como também defensiva, já com ritmo e adaptado aos 'meios-campos' portugueses. 

◾ Positiva a prestação e evolução dos sub23 nos últimos tempos. Kalani, Morais, De Santis e outros, alguns com minutos na 'A', poderão ser encarados como opções válidas mas, olhando ao nível de urgência, será demasiado arriscado dependermos em demasia destes jovens. E creio que precipitadas e constantes chamadas à principal, neste momento em que é imperativo acrescentar algo e resolver problemas, não lhes seria benéfico. Muito positivo será, concerteza, continuarem a crescer e evoluir como têm feito.

Ajustes ou reforços para todas as zonas, três, quatro ou mais. Que acrescentem qualidade e concorrência no imediato.

Concordam ou será preciso algo mais? Ou o problema não está sequer na Equipa ou no onze-base? Debitem. Discutam.


Força Boavista!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Isto Não Está Fácil


◾ Como diz o nosso treinador: "não está fácil". Em catorze jogos, somos a Equipa com mais empates, menos vitórias e a pior a jogar no seu estádio. Lanterna vermelha e a seis pontos do sétimo classificado, o que, parecendo pouco, é mais de metade do que amealhamos até aqui. Se bem que neste momento parecendo a distância para lugares seguros curta, a verdade é que, olhando ao calendário, no próximo mês a fosso pode ser cavado e, [knock knock], possivelmente de forma irremediável. Como já se discutiu, urge retificar erros na formação do plantel, no fortalecimento da Equipa-base, dota-la de argumentos que, rapidamente, façam minimizar os danos que os seus principais defeitos provocam. A confiança é fundamental, mas não chega.

◾ Falava-se nisso no último post: do motivo do apelo à confiança. Fácil perceber: não há mais nada para invocar.
E, por acaso ou nem tanto, Tondela foi útil para percebermos no que mais interfere a confiança: equipa com bola, porque no resto... 
Tivemos 10 minutos razoáveis no momento ofensivo, fruto dessa mentalidade e da tal evolução coletiva que fomos vendo quando não estamos por baixo no jogo.
O problema maior é onde mais pesa a experiência, o sentido posicional, a consistência, a agilidade, a organização... defensiva. Repetindo: não só a linha defensiva, mas sobretudo. E arrisco a dizer, o maior impacto dos erros na formação do plantel residem aí mesmo: na defesa. E enquanto não resolvermos esse problema, enquanto não dotarmos a Equipa de melhores soluções para melhorar a organização defensiva, só com trabalho e evolução individual não chegaremos a bom porto. Não é tarde, ainda vamos muito a tempo e mais vale tarde e bem, mas... é mesmo preciso.

◾ Foi ingrato o jogo de sábado. Pagamos muito caro os erros - claro, defensivos - e fomos incapazes de, ainda com menos argumentos, de reagir com impacto no resultado. 
Mas esteve aí o ponto positivo: na reação. Sentimos uma Equipa unida, esforçada, com vontade e querer em dar a volta aos acontecimentos perante tamanha adversidade. Marcar um golo com 9vs11 é assinalável, mas se há coisa que não precisamos agora é de vitórias morais. Erramos onde mais o temos feito, lutamos contra algo que não controlamos - além do adversário - mas, friso, apesar de prejudicados, não foi por aí. 
E de assinalar também outro estado de espírito, patente no jogo de sábado, e que tem andado tão alheado da nossa Equipa e Clube: a revolta. Revolta por nos prejudicarem, revolta por quererem o nosso mal, revolta pelo contentamento em nos verem 'enterrados'. Revolta pela derrota, pela forma como ela chegou. E é também muito disso que precisamos e que nos tem faltado. À Boavista.

Unir, nestes tempos, é difícil. Mas discutamos. Revoltemo-nos. Critiquemos. Temos a palavra, nóse a direção, reforçando a Equipa.


Força Boavista!

sábado, 16 de janeiro de 2021

Vamos a Eles: Tondela


VAMOS A ELES: Tondela

◾ É a palavra chave que salta à vista da conferência de antevisão de Jesualdo, por acaso já aqui discutida algumas vezes: confiança. Tem sido um dos problemas que, claro, resultam do péssimo momento da Equipa e dos maus resultados: a insegurança (bem patente no momento defensivo), o parco otimismo (que influencia os movimentos ofensivos e o caminho do menor risco), a falta de crença e convicção, muitas vezes confundida com atitude (sim, com influência na mesma). 

◾ A par desse necessário acréscimo de confiança, é preciso a tal "evolução técnico-tática", que Jesualdo crê verem melhoradas para este desafio, fruto do trabalho desenvolvido. É natural que assim seja, diria até, é exigível que nos apresentemos melhores nos processos coletivos. 
Será mesmo a grande expectativa para este desafio: o quanto crescemos enquanto Equipa. Na prática, mais 'gasolina' para prolongar aquela muito boa meia hora no último desafio. E, claro, tentar minimizar as possibilidades de levarmos socos no estômago (leia-se, erros defensivos que resultam em golo) e deitar por terra todo o esforço. 

◾ Parece evidente que não chega e será, hoje ou amanhã, curto. E, talvez, se apele tanto à confiança e ao trabalho desenvolvido porque tarda-se em corrigir os erros, em reequilibrar o grupo e os tais necessários ajustes à Equipa. É que são mesmo necessários... pelo menos para mais rápido se crescer.

◾ Acerca do onze, grande curiosidade, sobretudo, no meio campo: posição '6', Javi Garcia, Show; Santos e Paulinho... alguém não jogará. Pelo que vai optar Jesualdo?
Julgo que a abordagem será idêntica (1-2 no meio campo), dúvida na titularidade de Javi. Isto porque acredito pouco que Santos e Paulinho não façam parte do miolo. Juntando a excelente exibição de Show no último jogo... Será um 'bom' problema. Javi no banco? 
Na frente, devemos manter a dinâmica de Angel o mais avançado sem bola, recuando e diabolando para organizar e encontrar espaços. Elis será titular, mas... Sauer, Yusupha, Santos (jogando Show a 8) ou... alguma surpresa? 

Importante, e é sobretudo isso que gostava de ver da Equipa, encarar o jogo como uma final. Aliás, à semelhança do que o adversário parece estar a fazer, olhando ao 'barulhinho' que de lá vem.

Pelos três pontos.

Força Boavista!