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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Primeira vitória


Exibição consistente, equipa aguerrida e concentrada, justa vitória num jogo que fica para a história como o primeiro no Bessa tendo Petit como treinador. E, diga-se, começa a sentir-se a marca da Pantera que está no banco. Na identidade que a equipa já mostra dentro do campo, e até mesmo antes do jogo começar, a insistir aos jogadores para não só agradecerem o apoio como também se dirigirem perto das bancadas, assim como no final. Bom de ver e de sentir.

Três alterações no onze relativamente ao último desafio: Caio no lugar de Simão Coutinho, Pedrinho no de Zé Manel e Fary na vez de Adriano, a ponta de lança. Três homens da casa (dois ex-juniores e um veterano), a juntar aos também oriundos das camadas jovens André Pereira, Carraça, Rúben e Miguel Cid. A aposta e a ponte entre formação e equipa sénior não é só falatório... 


Entramos bem e assim estivemos durante toda a primeira parte. Compactos, objetivos e eficazes nas lutas pelas segundas bolas (Navas e Carraça em muito bom plano), linhas a subir sempre que possível, a tentar pressionar bem alto o adversário (Pedrinho e Wellinton também bem nesse aspeto). Em duas recuperações de meio-campo, forçado o erro do adversário, ganhamos vantagem: primeiro Welinton em jogada individual, depois Fary, após boa assistência de Pedrinho. Mantivemos a rotação alta até ao intervalo, a criar ainda algumas jogadas perigosas, sempre com olho na possibilidade das subidas dos laterais, Campos e André Pereira, e a dar poucas chances de ataque organizado ao adversário.
Segunda parte tivemos um Boavista à espreita do contra-ataque faltando alguma lucidez e objetividade para criar mais perigo e poder matar o jogo com o terceiro golo. Apesar do controlo do desafio caber então ao Ribeirão, nunca o Boavista se deixou dominar, muito menos sufocar, apesar da fadiga evidente. Falha de Ricardo Campos permitiu à equipa visitante reduzir a desvantagem, redimindo-se do erro a cinco minutos do fim, evitando o imerecido empate para os visitantes. 
Tentou-se e bem minimizar os danos provocados pelo cansaço, lançando Zé Manel e Rúben (homem por homem, nas mesmas posições) e Miguel Cid nos últimos dez minutos, para restabelecer alguma da consistência perdida.

Alguns destaques:
Navas é um muro; sabe desarmar e posicionar-se bem, como um bom trinco, inabalável enquanto as forças existem. Hoje teve Carraça mais perto, a fazer dupla na missão de impedir que o jogo chegue aos centrais, dando também mais liberdade a Zé Tiago. Nota positiva para as bolas paradas, quase sempre bem executadas por Carraça, em que foi visível também trabalho de casa.
André Pereira continuou bem a atacar, hoje também acertado a defender. 
Vimos um Pedrinho mais objetivo e prático, coisa rara nele. Veremos se é para continuar.
Última nota para os centrais: Caio esteve bem na estreia, Carlos Santos autoritário onde ele é mais forte, no jogo aéreo, não tão bem a fazer algumas faltas desnecessárias. De resto, estiveram bem 'guardados' pelo meio-campo.

Justíssimos três pontos e primeira vitória da época, esperemos que a primeira de muitas. Sete pontos, os mesmo do nosso próximo adversário (Fafe), a seis do primeiro. 

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