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segunda-feira, 3 de março de 2014

Dia Não

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Derrota comprometedora perante um opositor direto, tão justa quanto má a exibição. Fomos inferiores, nunca controlamos o jogo, não conseguindo provar a nossa superioridade dentro do campo, perante uma equipa motivada e organizada e que, ao terceiro embate da época, conseguiu derrotar-nos. Desta vez fomos nós que levamos recital.


Uma surpresa no onze, a entrada de Tiago Pinto no lugar de Marco, ausente também do banco. Lesão ou opção, fica a dúvida. Na frente, a reentrada de Théo no lugar de Rui Gomes, no regresso ao sistema que mais frutos nos tem dado, com o jovem avançado a fazer companhia a Bobô no ataque. Julián e Zé Manuel nas alas, Cid e Neves no meio campo.

Depois dos minutos iniciais, e durante dez minutos, tivemos a nossa melhor fase no jogo, em que conseguimos jogar perto da área adversária, recuperar cedo a bola e criar perigo, podendo até inaugurar o marcador em duas boas chances. Um lance de Ansumane (isolado, excelente o desarme de Carlos Santos) marca a viragem no desafio, o momento em que o adversário acerta marcações, sobe no terreno e explora aquilo que foi a nossa fraqueza, o meio campo defensivo.
Tivemos imensas dificuldades no meio campo, com Cid e Neves a revelarem-se insuficientes para os médios contrários (com os alas ocupados a defender os [ofensivos] laterais opostos), principalmente entre linhas, entre os centrais e os médios, zona em que o adversário conseguiu colocar imensas bolas e provocar desequilíbrios. O desnorte fez com que se perdesse consecutivamente as segundas bolas, algumas delas bem perto da nossa área e em fase muito inicial de transição.
A correção surge já com a casa a arder, a cinco minutos do intervalo, na substituição de Zé Manuel por Carraça, reequilibrando o meio campo, ganhando homens no miolo para lutar pela bola e proteger a zona central. Enfim, alguma coesão, mesmo perdendo capacidade de explosão na saída para o ataque. 

Na segunda parte, tivemos de novo dificuldades, desta feita em conseguir controlar o jogo direto para Bobô (sempre bem e duplamente marcado, assim como pouco apoiado), a forma mais procurada para tentar chegar à frente. Conseguimos ter o domínio do jogo, sem nunca o controlar, conseguimos criar alguns lances de perigo, bons dez minutos de pressão perto da área adversária (já com Rui Gomes e sem Luís Neves), mas não fomos fortes o suficente para chegar ao golo, reentrarmos no jogo e desorientar o adversário.

Em resumo, foi o jogo em que o nosso meio campo não conseguiu nunca pegar no jogo e domina-lo, ter a bola, circula-la à procura das melhores soluções, fazer pressão e conseguir tapar espaços junto aos centrais e à nossa área. Foi o jogo em que Navas e um sistema com Navas fez falta à equipa. A nossa habitual abordagem ao jogo, a dupla Cid-Neves, com os alas ofensivos e os dois jogadores mais avançados não resultou e revelou-se insuficiente perante a força do adversário.


É problema conhecido e ontem influência direta também no momento em que ficamos em desvantagem, já depois de por algumas vezes o pânico ter sido semeado pelo nosso lado direito. Numa segunda bola na linha de fundo, não se pode permitir ao adversário que controle a bola de costas para a baliza, se vire e faça um cruzamento tão à vontade para o interior da pequena área. E a ajuda não chegou (talvez daí a opção para a substituição de Zé Manuel em vez de Théo), mesmo se tratando de um lance de bola parada.
No segundo golo, ou é falta sobre o guarda redes ou Tiago tem claras culpas no lance. Again.


Como já tinha dito, o campeonato é curto e o tempo para recuperar pode tornar-se escasso. Margem de erro zero para os próximo desafios, numa desvantagem que não poderá aumentar para lá dos atuais cinco pontos. Ou dois, mais a obrigatoriedade de golear o Freamunde no jogo do Bessa.
Veremos a reação da equipa frente ao Limianos, próximo desafio em nossa casa. Não há razão para deixar de acreditar, apesar do resultado e exibição.


Força Boavista!

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