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sábado, 26 de julho de 2014

Primeiro Teste


 Foto do Boavista3.

Jogo razoável e, acima de tudo, bom teste à equipa. Petit decidiu fazer do amigável um jogo mais a sério, somente três substituições, equipa intensa dentro do campo, optando por colocar (provavelmente) um onze diferente no desafio de hoje. Jogamos com mais de metade da equipa com jogadores que na temporada passada jogavam no terceiro escalão, contra uma equipa (e treinador) com rodagem de primeira liga. Não ganhamos, não deslumbramos, mas também não perdemos nem estivemos demasiado por baixo. Mostramos evolução, como é necessário.

Entramos melhor que o adversário, dominámos bem o meio campo, controlamos na maior parte do tempo o espaço defensivo. Últimos quinze da primeira parte e primeiro quarto de hora da segunda, sentimos dificuldades em saír a jogar e sacudir a pressão imposta pelo adversário, não conseguindo evitar o recuo excessivo. Ainda assim, nota para os últimos quinze minutos do desafio, momento em que fomos de novo superiores, apesar de mais desgastados fisicamente.

No global, estivemos bem defensivamente, tanto no setor defensivo como no intermediário; pressionantes, intensos na luta pela bola e a fechar bem os espaços. Sentimos dificuldades em ligar o meio campo com o ataque, demasiado jogo direto dos laterais (mesmo dos centrais, muito embora a boa capacidade de Carlos Santos no jogo direto), poucas movimentações e procura de linhas de passe, fraca imaginação na hora de construir lances ofensivos. Tradução: zero oportunidades de golo em noventa minutos. É certo que tivemos um oponente demasiado faltoso no seu último terço, o que nos impediu de prosseguir algumas jogadas, mas, ainda assim, ponto negativo.

Individualmente, começando pelos que nos acompanham da época passada:
Afonso muito certinho na defesa, sempre bem posicionado e concentrado, eficaz no desarme. Leu bem quando foi preciso fechar no meio, também quando era possível saír a jogar (mesmo nas poucas vezes que o conseguiu).
Carlos Santos revelou lentidão, assim como bom posicionamento e prático a limpar a zona central. Habitual, tudo menos surpreendente.
Pedro Costa foi um dos que sentiu mais dificuldades em tapar a sua lateral. Umas vezes ultrapassado, em demasiadas situações obrigado a recorrer à falta. Aliás, a entrevista a meio da semana de Petit elucida bem o principal motivo e vantagem da sua permanência.
Cid, à sua imagem. Lutador, ajudou no meio campo defensivo, com dificuldades a dar a melhor sequência à bola. Muitas dificuldades.
Carraça entrou para defesa direito, prova da enorme carência nessa posição. Não esteve mal, fechou bem e pouco se aventurou a ajudar no ataque o ala do seu lado.
Bobô como o conhecemos. Um lance nunca está perdido para ele, é o primeiro a pressionar (sempre!) o defesa que tenta saír a jogar, ganha imensas bolas pelo ar vindas da retaguarda, ainda arrancou algumas faltas úteis para a equipa (e outras tantas não assinaladas). É óbvio que é uma posição que precisamos urgentemente de reforçar, mas o brasileiro não é carta fora do baralho - como muitos acreditavam - e pode revelar-se um jogador útil.
Zé Manuel em bom plano, mesmo sem deslumbrar. Também ele aguerrido, foi útil a ajudar o lateral do seu lado e mesmo no miolo, nas vezes em que Diego não o fazia.

Dos reforços:
Mika, revelou segurança entre os postes nos poucos remates em que foi posto à prova. Fora deles, resolveu a soco algumas situações, noutras nem assim o conseguiu. 
Lucas mostrou qualidades. Rápido na cobertura, forte no jogo aéreo, resolve simples quando assim é preciso. Pode e deve melhorar, mas acredito que o consiga. Veremos daqui para a frente.
Diego Lima foi o nosso organizador de jogo ofensivo, mostrou mais uma vez bons pés e boa visão de jogo, apesar de alguma lentidão de processos. Esteve razoável na primeira metade, desapareceu na segunda. Sem bola, foi raro o momento em que contribuiu.
Brito foi agradável, não sendo mais provavelmente por excesso de faltas dos adversários. É rápido e de boa técnica e parece-me bem nas decisões que toma.
Tengarrinha, o melhor em campo. Surpreendeu-me, sou sincero. Bem a defender, bom posicionamento, rápido na cobertura e até a saír a jogar.


Ontem, valeu a pena a vitória - que por vezes é o que menos importa neste tipo de jogos, se bem que ganhar é sempre bom - também pela sensação extra-agradável dos festejos da equipa junto dos adeptos, dos muitos adeptos que se deslocaram a Freamunde.

Hoje é desamigável com o Paços, e é para trazer o caneco. Vamos lá começar a passar-lhes a fatura.


Força Boavista!

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