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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Vamos a Eles: Braga


Em teoria, dos jogos mais complicados da temporada, por motivos óbvios. Objetivos e orçamentos díspares por um lado, evoluções e momentos diferentes de ambas as equipas por outro, algo que até pode e deve equilibrar a balança.

Curiosidade principal sobre a estrutura a apresentar por Petit: se vamos idênticos ao último desafio (o habitual 4231 e se com Carvalho ou Lima) ou se formatamos de maneira diferente o nosso meio campo (com trinco e dois médios à frente).
Luisinho e Léo nas alas, Zé no meio, velocidade dos três para o contra ataque).
Gabriel e Tenga, Carvalho mais à frente. Defesa igual, incluindo Gideao, sem motivos para mudar.

Sobre o adversário, das poucas equipas que jogam com dois avançados, ataque sobretudo vindo das alas e laterais (muito fortes, mas atenção que Djavan é baixa).

Aconteça o que acontecer, apoio do inicio ao fim. Notável presença de adeptos. Invasão!

Força Boavista!

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Naturalmente



Grande regresso ao Bessa. Três pontos e 'final' ganha, entrega no campo, apoio na bancada e exibição a condizer.

Abordamos o jogo como expectável: à frente do quarteto defensivo, dupla formada por Reuben e Tengarrinha, atrás de Lima como médio ofensivo. Luisinho na esquerda, Léo na direita e Zé Manuel no eixo do ataque. Olhando aos recentes jogos (de preparação e primeira jornada), será esta a estrutura base, aquela que se identifica com a equipa e à qual os jogadores parecem sentir maior confiança.

Foi pela vantagem mínima mas teve tudo para não o ser, dado o domínio e oportunidades flagrantes que conseguimos criar. Depois de uma entrada expectante, dominamos a partir dos dez minutos, jogando no meio campo adversário, esticando o jogo sem colocar em cheque o setor defensivo.
Dois pares de oportunidades, outras tantas bolas nos ferros, apenas uma aproximação perigosa à nossa baliza, faziam o empate ao intervalo ter um sabor a injustiça.
À entrada perfeita na segunda parte, manteve-se o domínio sobre o adversário, ora criando perigo no ataque continuado e através de boa circulação de bola, ora - numa fase posterior - explorando o espaço nas costas da defensiva contrária. Tiramos o pé do acelerador nos últimos dez minutos, recuando e fechando linhas mais atrás. Mesmo sem conceder espaços junto da nossa baliza, permitimos alguns lances de bola parada, só não descansando mais cedo pela falta de eficácia na cara do golo.



Vamos às notas:

+ Percorrendo os setores (e porque todos estiveram bem, como um todo) e começando pelo princípio, pela defesa. Não pelos quatro elementos, mas por toda a equipa quando sem bola, já que foi graças ao comportamento coletivo que revelamos uma boa consistência. As laterais confirmam aquilo que se suspeitava, sendo dos melhores setores da equipa. Afonso está ao mesmo nível (diria até a melhorar), Inkoom vai crescendo, maior segurança defensiva, das poucas vezes que subiu (mesmo com menor liberdade que Afonso) mostrou que também ele pode desequilibrar em terrenos mais avançados.  
Discutimos na antevisão à partida que seria útil rotinar a dupla de centrais: maior tranquilidade e acerto de ambos, a resolverem bem a maioria dos problemas que foram surgindo.

+ Poucos problemas que resultam também da influência da dupla do miolo. Reuben (que jogão!) e Tengarrinha estiveram na base da segurança defensiva e foram os primeiros responsáveis pelo volume de jogo ofensivo que produzimos. Ambos taticamente evoluídos e bem no posicionamento, fortes na cobertura e pressão, rápidos a reagir à perda de bola, características indispensáveis neste 'miolo' a dois à frente da defesa.
Terceiro médio que, a partir dos trinta minutos, foi Carvalho. Numa posição diferente da que habitualmente ocupa (costuma ser utilizado como fazendo parte da dupla, quer atrás do ofensivo, quer à frente de um trinco), com características diferentes de Lima, mas útil à equipa. Acelera o nosso jogo de forma diferente de Lima: sem conduçao de bola, sem encarar o um-para-um, mas revelando enorme lucidez no passe, quer na circulação no meio campo, quer a desequilibrar no último terço. Além disso, outra característica que o diferencia de outro qualquer médio naquela posição: bem na primeira linha de pressão na saída para o ataque do adversário, não deixando de aparecer na área de forma mais vertical para ser mais um a poder finalizar. Diego Lima azarado, esteve em bons vinte minutos da nossa equipa, foi o primeiro a ver amarelo (naquela intenção dele em intensificar o seu jogo defensivo), saíu ainda antes da meia hora devido a lesão (e veremos se há más notícias, numa posição com poucas opções).

+ Luisinho, a par de Reuben, dos melhores da nossa equipa. Já não há dúvidas que é um reforço à séria. Criativo, cultura de posse, movimenta-se bem na linha e nos espaços interiores, sem receio na hora de partir para cima dos defesas, bem na hora de decidir pelo remate quando bem enquadrado e em posição favorável ou pelo passe de circulação quando assim é melhor. Lembram-se do Brito? Sim, ficamos, sem dúvida, a ganhar.
Outra nota interessante, o Zé Manuel no eixo do ataque. Não surpreendeu a opção, como já aqui discutimos. Na pré-época, só foi aí utilizado e com resultados agradáveis. Mais mobilidade e rapidez nas desmarcações, ainda mostrou assinalável capacidade de luta entre os centrais adversários e lucidez na hora de servir os companheiros quando estes melhor posicionados. Só falhou, como em Setúbal, na hora de acertar nas redes, não esquecendo o mérito do redes adversário.
Sem deslumbrar e mesmo sendo o jogador em menor evidência, regresso razoável de Léo à titularidade, encostado à ala direita (favorecendo o jogo interior, à semelhança do lado oposto). Poucas, mas algumas melhorias, mesmo no posicionamento defensivo.



- Poucos pontos negativos e ainda bem. Entrada de Uchebo coincidiu com o nosso período de menor fulgor, ainda assim está ligado a dois desperdícios (um deles após enorme assistência do Zé) à frente da baliza, que podiam ter custado caro. Jogou encostado à ala, o que significa que, mesmo com Zé Manuel em campo, conta - e bem - como extremo para Petit.

- Ainda os centrais, embora globalmente com atuações positivas. O maior lance de perigo do Tondela surge em lance já visto: má cobertura e posicionamento de Sampaio no primeiro poste. O tempo é amigo e só ele para fazer evoluir o central, já que vontade parece não faltar. Acerca de Vinicius, repetimos o que aqui se escreveu na semana passada: transpira experiência, a mesma que lhe permite tirar partido do excelente posicionamento e compensar a falta de ritmo que evidencia num ou noutro lance. Dois exemplos: perda de bola em zona proibida, denotando dureza de rins em lance mal resolvido; longe dos festejos do golo e junto ao centro do campo, dando tempo à equipa para se reorganizar.



Resumindo, fica a superioridade perante um adversário estreante nestas andanças de Primeira Liga, com plantel renovado e treinador novo, portanto ainda em natural fase de adaptação e evolução (como os percebemos...).  Bom, muito bom, mas nada mais.
Três pontos importantes e exibição segura e confiante. Tudo a Braga apoiar os nossos rapazes.
Preparem-se: Invasão.


Força Boavista!

domingo, 23 de agosto de 2015

Venham Eles: Tondela

Antevisão rapidinha a duas horas do início.

Não seria preciso mais que o nosso regresso a Casa, mas não faltam motivos extra de interesse: relvado novo, equipamento principal a estrear em jogos oficiais, o ajuste de contas com clube e treinador adversários.

Do jogo, embora numa fase inicial do campeonato, julgo que pode ser já apelidado de 'final', daquelas que fomos vencendo na temporada passada e que começam bem mais cedo este ano, fruto do calendário e também da nossa evolução.

Curiosidade sobre a nossa abordagem, onze e estrutura, também se iremos ter algum daquele marasmo da primeira meia hora em Setúbal ou, no inverso, a postura que nos valeu o empate em inferioridade numérica.
A respeito do onze, ausência forçada de um dos jogadores mais utilizados por Petit, Idriss. Dúvida no substituto, com influência também na própria estrutura da equipa.
Bons sinais nos jogos de preparação (e mesmo em Setúbal), quando jogamos com dois médios atrás do ofensivo, parecendo encaixar melhor na identidade da equipa.
Gabriel foi o menos produtivo na estreia, bem ao contrário de Tenga e da boa entrada do Carvalho. Veremos quem forma a dupla de meio campo atrás de Diego Lima (esperemos nós, o brasileiro no meio e não na ala).
Outro dúvida maior no trio da frente: Luisinho tem lugar cativo na esquerda, Zé e Uchebo na pole para os dois outros lugares, havendo a dúvida sobre a posição que ocupam. Zé Manuel, esta temporada, foi somente utilizado no eixo do ataque, mas sempre sem Uchebo na equipa. Veremos como será, mas é provável que assim continue, derivando o nigeriano para a ala (ou mesmo para o banco, entrando Léo).
Na defesa, não havendo dúvidas nas laterais, curiosidade para sabermos se Sampaio e Vinicius continuarão a formar a dupla, depois de alguma intranquilidade demonstrada na estreia. Não há nada como rotinar a dupla, mas convém lembrar que temos Henrique à espreita (ele que deu bons sinais nos amigáveis, antes de se lesionar).

Do adversário e do pouco que se lhe viu, atenções redobradas aos rápidos avançados, perigosos nos contra ataques.


Importante é fazermos a nossa parte. Apoiar do início ao fim, mostrar a todos que a nossa volta é definitiva e que juntos seremos, sempre, mais fortes.


Força Boavista!

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A abordagem em Setúbal


Revendo o jogo, ainda fiquei com a ideia inicial mais vincada. Duas partes: do início à alteração aos 30 minutos, depois desta até ao final do desafio.

Dois médios à frente do trinco primeiro, um médio ofensivo tendo atrás a dupla de cobertura depois (o mais habitual 4-2-3-1, e um extremo na direita). Diferença abismal na coesão e comportamento da equipa, tanto no aspeto defensivo como aquando da posse de bola. Não foi um mar de rosas mas foi bem melhor, nem tampouco significa que quaisquer dos sistemas é melhor que o outro, simplesmente a equipa está mais identificada (e encaixa melhor, para já) com um deles.

Mais ou menos isto:


 Idris a trinco, 4-1-4-1, fosso entre defesa e linha média.
 Com bola, Lima na direita e longe do jogo, Uchebo na frente longe de toda a gente.

  O regresso à normalidade, já com Lima no meio e mais capaz de conduzir o ataque, dupla de cobertura mais atrás.



Sentimos pouco a expulsão, graças a nós próprios que mantivemos a atitude e aproveitamos o encolher do adversário. Com as linhas mais compactas, continuamos com os dois médios (agora Tenga+Carvalho) à frente da defesa, Léo a meias na ala a derivar para o meio, dando o corredor a Inkoom (seria essa a ideia de Petit com a colocação de Lima na direita?).

Por falar em Léo, fica a nota para uma exibição positiva do brasileiro, descomplicando por vezes (já é uma melhoria) e consequente na segunda parte como há muito não se via. Aguardemos o que vem aí, mas pode ser um 'reforço' importante para os próximos tempos.

Necessidade de reforço que se torna cada vez mais evidente no que toca à alternativa a Diego Lima. Carvalho é hipótese, mas também o é (e bem mais) para outras posições do miolo. Sobram Samú e Ancelmo... é tirar conclusões.



Força Boavista!

Empate na Estreia




Deu para o susto. Entrada satisfatória com direito a euforia controlada: um ponto fora contra um adversário directo, empate em inferioridade numérica depois de estar a perder por dois e a sensação de que com aquela postura - de peito feito e confianca em alta - a vitória poderia estar mais perto. Individualmente, erramos para corrigir no futuro, no coletivo mudamos para saber que não o podemos fazer. Receita idêntica à do passado: aprender com as dificuldades, olear o que ainda parece enferrujado e manter a correria. A garra à Pantera. Fundamental.


Algumas alterações no onze relativamente àquilo que se esperava: Vinicius foi o escolhido, surpreendeu a passagem de Lima para a ala direita, com implicações também na estrutura (Idris como trinco ao invés dos dois médios de contenção atrás do ofensivo).
Cabeça fora do corpo, foi a equipa que fez questão de demonstrar que não batia certo. Perdemos na consistência e posicionamento, não nos organizamos o suficiente para podermos esticar o nosso jogo (resultado da evolução, como será expectável). As dificuldades em criar espaços e os erros que originam os golos são resultado disso mesmo: a permitirmos espaço entre defesa e meio campo, sem bola inseguros, com ela apáticos e sem ideias. 

Readquirimos a identidade à meia hora, assentamos e controlamos o jogo, conseguimos alguma circulação no meio campo contrário. A criar perigo e com mais dois erros pelo meio - que resultam em golo e expulsão - ainda fomos a tempo de conseguir o empate, ameaçar o terceiro e quase deitar tudo a perder.


Algumas notas:

Ala esquerda, Afonso e Luisinho. Não só foram os marcadores dos golos (os primeiros de ambos na Primeira), como nasceram ali algumas das jogadas mais perigosas. Luisinho confirmou que é reforço, Afonso ao seu nível.

Tengarrinha, o melhor dos médios na parte positiva do jogo, mostrou que está a caminho da melhor forma.
Boa entrada do Anderson Carvalho, ajudando na recuperação, intenso na disputa de bola, trouxe outro (e melhor) critério na posse de bola.

Vou chamar-lhe Mandiang porque por vezes parece outro Idriss, e nem percebo qual o verdadeiro. Primeira intervenção positiva resulta na primeira grande oportunidade, já com Léo em campo. Problemas no posicionamento e pouca cobertura (por exemplo, no primeiro golo), ímpeto a mais na absurda expulsão, em contraste com a não menos absurda lentidão na sua saída de campo. Vítima da desorganização inicial do meio campo, perdido algures entre os centrais e os outros dois médios (e longe do bom entendimento com Gabriel), foi sem ele que empatamos.

Dupla de centrais. Melhores na segunda parte, talvez a pouca rotina na origem dos problemas. Vinicius está no segundo golo, num erro incompreensível para quem mostra enorme experiência noutros lances, além dos problemas em fechar o espaço com Afonso (aí também com responsabilidades do meio campo). Falta de ritmo? Sampaio num plano razoável, também ele precisa de jogos (e nós, para percebermos como está o Sampaio).
Ficou a certeza que pelo menos Henrique está aí para a equação.

Lima. A principal vítima da alteração inicial, encostado à ala e escondido dos companheiros. Melhorou com a passagem para o meio, foi o que mais empurrou a equipa no início da segunda parte. Como habitual, desapareceu cedo demais, com a agravante de ter aparecido tarde.
 


Em suma, sinais positivos na reação à desvantagem e recuperação em inferioridade numérica, muito embora os problemas na consistência e evolução que não mostramos na primeira metade do jogo. 
Falta saber que peso teve a abordagem ao desafio e o quanto influenciou negativamente a dinâmica da equipa.
Grande presença na bancada, a ajudar quando mais foi preciso.
Para a semana tudo a apoiar. O esperado regresso ao Bessa e ajuste de contas com o Tondela.

Força Boavista!



domingo, 16 de agosto de 2015

Vamos a Eles: Vitória de Setúbal


Como é natural no primeiro jogo da época, expectativa ao máximo, não só pela estreia - e logo num estádio de boa memória recente - mas também para vermos e confirmarmos como estão equipa e jogadores.

Desta vez começamos contra dois adversários directos (Setúbal e Tondela), também por isso entrar bem pode ter um peso diferente.
Em comparação com o último campeonato, este ano não temos nem precisamos do 'tempo extra' inicial para aquecermos os motores.
Cedo organizamos o plantel, mantivemos (para já) uma boa base, reforçamos onde era mais preciso. Os bons sinais da pré-época mostraram uma equipa mais consistente e confiante, mais ligada entre si e  identificada com o que a equipa técnica pretende, com alguns reforços a mostrarem que podem contribuir já.

Curiosidade acerca da nossa abordagem ao jogo. Tudo indica que o teste aos três centrais não tenha passado disso mesmo, portanto será de esperar um onze e postura idênticos ao da maioria dos jogos particulares das últimas semanas e ao que parece ser maior aposta do Petit, para já.
As dúvidas são as mesmas que discutimos aqui no último post: no eixo da defesa (quem acompanhará Sampaio), na dupla de meio campo atrás de Lima e no ataque (sem Bukia nem Uche mas já com Zé Manel a poder entrar no onze).

Tudo a apoiar. Começa hoje a difícil caminhada, vai ser mesmo preciso estarmos num bom nível, dentro e fora do campo.

Tamo'juntos! Força Boavista!

sábado, 8 de agosto de 2015

Equipa


A respeito do onze a entrar no campeonato daqui a uma semana (que em princípio fez o último jogo de preparação/afinação ontem), parece-me mais definido este ano que na temporada passada. Sobretudo, há essa possiblidade e parece-me também haver maior preocupação em delinear já um onze ou algo perto disso.


Com o Celta pode não ter sido o onze que entrará em Setúbal, mas andará lá perto.
Tivemos de novo o teste dos três centrais (Sampaio, Vinicius, Santos). Golos aos 8 e 9 minutos, alteração aos 18 com a entrada de Léo para o lugar de Santos. Por enquanto, não parece que vá haver mudança de sistema.

Na baliza, curioso que tem sido Gideão o guarda redes mais vezes titular. Não seria expectável Mika não começar como titular, mas é uma das grandes dúvidas.

Laterais assunto arrumado, Samuel Inkoom e Afonso. No eixo da defesa, Sampaio jogou sempre a titular, tudo indica ser o central do lado direito. Primeiro Henrique (entretanto lesionado) depois Vinicius (falta saber se já com ritmo), parecem tirar espaço a Carlos Santos, o que mais jogos tem com Phillipe como companheiro de setor mas que ainda não o foi nesta pré-época. A outra dúvida.

Idris o médio mais utilizado, ficando a ideia que será um dos dois médios mais defensivos.
No meio campo ofensivo, é um all-in no Diego Lima. Tem estado bem e vai começar bem, veremos o quanto consegue ser consequente e como a equipa pode tirar o maior proveito dele.
O terceiro homem no miolo (a par de Idris) é outra dúvida. Gabriel parece levar alguma vantagem, mas temos o Tengarrinha e ainda Anderson. O nigeriano tem carburado bem (trará mais força e intensidade, para já talvez revelando melhor entendimento com Idriss), os outros dois em crescendo. Dúvida agradável, qualquer um dos três dá garantias.

Na frente, Luisinho na ala esquerda não há dúvidas, as lesões de Bukia e Zé Manuel atrapalham bastante, reduzindo as opções a Uchebo, Pouga e Léo (para já, enquanto o Uche só corre). A dúvida será entre Léo e Pouga, interferindo na posição de Uchebo. Na minha opinião, ganharemos muito mais com o nigeriano no eixo e Léo na ala, do que com Pouga.
E quase ficamos por aí. Há Correia que, tendo Afonso na lateral, poderá subir para ala. Restam Samú, Abner, Alex, o que já pode ser curto.



A não ser que haja alguma surpresas (atenção que ainda há um jogo em Vila Real), será mais ou menos assim que nos estrearemos em Setúbal.

Mais importante que as dúvidas e os bitaites, e logo a seguir à vitória, é o nosso apoio. Temos que ter uma presença idêntica à do primeiro desafio da época passada, marcar bem que estamos de volta e que por cá queremos ficar. Melhores. A crescer. Unidos. Se não correr bem ou alguma coisa emperrar, temos que estar lá nós para dar força, como tão bem o fizemos no passado recente.

A oito dias. Vamo lá! Força Boavista!


quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Plantel 2015/16 - atualização


Um mês depois do início dos trabalhos, a pouco mais de uma semana da estreia em Setúbal (dia 16 às 16 horas, marquem já na agenda) e aproveitando a apresentação oficial, está na altura de uma breve olhadela sobre o nosso plantel.

Retirado daqui, onde podem ver algumas das melhores fotos da nossa apresentação.



Defesa

Foi o setor sujeito a mais reforços: Gideão, Samuel Inkoom, Tiago Mesquita, Henrique, Paulo Vinicius e Hackman, seis jogadores para fortalecer o setor mais frágil da temporada passada.
Mais e melhores opções. Nas laterais, talvez as posições em que estamos melhor servidos, tanto no onze como nas opções, até salvaguardando a eventualidade de alguém ser tranferido.
Henrique e Vinicius, indiscutivelmente, trazem mais qualidade e experiência ao eixo da defesa.
Na baliza, Gideão tem mostrado estar à altura para discutir a titularidade na baliza, bem mais que o dispensado Monllor o conseguiu fazer na temporada passada.


Meio Campo

Talvez o setor ainda alvo de retoque até ao fecho do mercado, nomeadamente o ofensivo. Idriss, Reuben, Tengarrinha e Carvalho são o núcleo duro, em princípio para duas das três posições mais defensivas do miolo (mesmo podendo haver jogos em que poderão jogar os três). No meio campo ofensivo, Diego Lima (que se tem apresentado em boa forma) é praticamente o único indiscutível a lutar à séria por esse lugar. Nota ainda para o regressado Beckeles, que poderá ser mais vezes opção para o miolo, tendo em conta que estamos bem servidos na lateral. Não é trinco nem organizador, mas adapta-se bem no meio campo e mesmo na ala, onde fez alguns jogos na época passada. Isto, claro, se permanecer no Clube.


Ataque

À semelhança da defesa, ficamos a ganhar com as mexidas: perdemos Bobô, Brito e Wei, ganhamos Uche, Luisinho e Bukia. Ainda com o nigeriano a ganhar forma física, já deu para confirmar que o português que recrutamos ao Ac.Viseu é uma mais valia. O jovem ex-Vila Real, nos dois ou três jogos em que participou, mostrou qualidade para se fixar já no plantel principal. A infeliz lesão atrapalha mas, correndo bem a recuperação, haverá uma maior expetativa para um bom reforço da linha avançada lá para o final do ano. Acrescente-se Zé Manuel (a contas com lesão nas últimas duas semanas) a Luisinho e Uchebo, os que estão mais próximos da titularidade.


Sobre os jogadores:

Apresentamos 31, número acima do que o nosso Mister pretende, sendo muito provável que nos próximos dias (ainda antes do início do campeonato) tenhamos conhecimento de algumas dispensas.
À cabeça, os jovens que, apesar do potencial, não estarão ainda prontos para serem opções válidas neste ano de estreia na Primeira: Hackman e Alex Jr (veio como defesa lateral mas tem sido utilizado na ala esquerda; talvez mais em standby dada a possível transferência de Afonso); Douglas Abner tem poucos minutos nesta pré-época, a maior parte deles na posição de ponta de lança, encontrando-se claramente atrás da concorrência e dando sinais que precisa de evoluir. Alguma dúvida dada a lesão de Bukia, em princípio abrindo outros horizontes no que toca à luta por um lugar na ala. Nesse capítulo, Samú parece levar vantagem, dado que já foi aí testado nestes últimos amigáveis de pré-época. No meio campo denota algumas dificuldades para se impôr e ser verdadeira alternativa a Lima, mas ainda assim será, dos jovens que transitaram para esta época, o que estará mais próximo de permanecer no plantel.
Ancelmo, embora algumas melhorias, é bastante provável que retorne à condição inicial de dispensado, fortalecendo a ideia que é realmente a posição em que precisamos de reforço.
Ibrahim Faye não é para estas andanças, pelo menos para já. Rotulado de extremo, tem sido utilizado na lateral (também graças à pouca disponibilidade de Tiago Mesquita devido a lesões).


Sobre a apresentação:

Boa solução em realizar a festa da apresentação na cidade da Maia, onde o plantel tem feito a maior parte dos treinos nesta pré-época. Parece-me óbvio que se tratou de uma situação de recurso dado o estado do nosso relvado, assim como não fazia sentido fazer o típico jogo de apresentação fora da nossa Fortaleza. Além disso, uma aproximação que pode e deve trazer-nos vantagens no futuro, em jeito de piscar de olho à Maia, para assim, ainda que lentamente, talvez podermos cimentar uma maior proximidade à zona periférica da nossa cidade.

Outras notas:

- U-u-Uchebo. O ReiUchebo, no seu estilo muito próprio, é o craque cabeça de cartaz que mais mexe com a plateia. Carlos Santos, antigo mal-amado, recebeu uma das maiores ovações da noite (quinta época de Xadrez ao peito...).
- Ancelmo conseguiu ser ainda mais lento que Ervões e Bukia, naquele curto trajeto desde as escadas ao palco.
- No treino, à semelhança do jogo com o Pedras Salgadas, houve teste ao sistema de três centrais, em princípio (e como já disse Petit) para desafios em que teremos que adotar uma postura mais defensiva. Os sinais foram positivos, veremos se é algo que vamos testar mais vezes e se será somente para esse tipo de jogos. Sobretudo, aproveitando as duas laterais, que exploram bem os corredores (Samuel, Afonso/Anderson) e os dois médios que fazem bom jogo interior (o ala Luisinho e o médio Diego Lima). A par disso, eixo central bem protegido, quer pelo trio de centrais (com Vinicius a comandar), quer pela dupla mais defensiva do meio campo. Não chegando o tal médio que precisamos, será também menos necessário com este sistema, que no típico 433 de Petit.
Tenho dúvidas que se mude, passando a ser o nosso sistema base, mas vamos esperar pelos próximos desafios e ver o que pode saír dali.


Amanhã, sexta feira, teste importante (e curioso até) contra uma equipa da Primeira Liga Espanhola, o Celta de Vigo. Sábado (17 horas), naquele que deverá ser o último jogo antes da estreia em Setúbal, estaremos na apresentação do Vila Real.


Força Boavista!