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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Injusto




Ingrato e injusto. Repetitivo, se olharmos a dois major-problems que nos tem assolado: erros defensivos evitáveis - que complicam a vida e nos fazem correr atrás do prejuízo - e falta de eficácia, a que precisamos para compensar as limitações e fazer jus à entrega exemplar da equipa.

Petit altera metade do onze - mexendo em todos os setores e promovendo duas estreias - mas mantendo o sistema/identidade base. Mika, Henrique, Idris, Lima e Uchebo, novidades em relação ao último desafio. Tengarrinha do onze para o banco, Carvalho para a bancada.


Há más entradas nos jogos (algo que até se está a tornar usual nesta época) e depois há isto, duas oportunidades concedidas ainda antes do terceiro minuto concluído. Saímos incólumes da situação, corrigimos e melhoramos, partimos para uma primeira parte equilibrada, minimamente seguros atrás, chegando à área adversária e criando perigo de bola parada.
Segunda metade marcada pela expulsão aos 8 minutos e pela reação positiva da equipa à mesma. Unimo-nos, crescemos no meio campo, criámos mais situações de golo que o adversário pecando na finalização, acabamos a oferecer os três pontos. Há dias assim, injustos para os que lutaram no campo e os que tudo deram na bancada.


Vamos às notas:

Notava-se que estava tremido, olhando às exibições nos três primeiros desafios e que, como havíamos falado, Henrique estaria à espreita. Mudar os centrais é algo sério, diferente de qualquer alteração noutro setor. Relembro que, na época passada, só começamos a sentir alguma consistência quando estabilizamos os centrais, findo o primeiro terço do campeonato. Não foi uma exibição perfeita da dupla, alguns erros que poderiam ter custado caro (e um que custou!), mas segurança e concentração na maioria dos lances. Esperemos que seja aposta contínua daqui para a frente e, mais importante, que seja eficaz.

Outro teste de grande exigência a Inkoom, sobretudo no aspeto defensivo, o tal que ainda suscita bastantes dúvidas. Foi alternando o bom com o razoável, culminando com a péssima abordagem no lance que resulta no segundo amarelo. Se dois minutos antes a falta era a melhor opção (depois de outra má reação à perda de bola da equipa...), aquela entrada por trás é... inútil. Voltou a mostrar dificuldades com bola, quando não conduzida pelo corredor: primazia à bola longa ao invés de passes simples e curtos quando estes eram a melhor opção.
No lado oposto, Afonso, super e aditivado. Outra vez. 

Gabriel/Tengarrinha, Gabriel/Idris, é a questão do meio campo. Difícil decisão, convenhamos. Apesar de inicialmente discordarmos da alteração, admitamos que foi uma opção conseguida, olhando ao que o adversário exigia, às nossas mudanças na retaguarda e à própria produção e características (algo diferentes da temporada passada) da dupla. Responsáveis pela luta no meio campo e por impedir grandes espaços entre defesa e meio campo, foi quando mais se precisou deles que mais se destacaram, conseguindo esticar o jogo de forma sólida. Uma maior mobilidade e verticalidade no seu jogo (que já vem da pré-época), tornando-se mais evidente a sua utilidade quando reduzidos a dez. Um sinal que, sem médio ofensivo declarado (como o é Lima), poder-se-à tirar maior partido da dupla?

Os melhores jogos de Lima, quando desaparece aos 30 minutos. Depois estes, em que quase não aparece e a equipa agradece a sua ausência, tornando-se até mais perigosa. Teve duas boas chances de aplicar o pontapé, em ambas acertou nas orelhas da bola, falhando o alvo.

Esforçados, aplicados, consequentes. Uchebo, a dar sinais de melhoria de forma; Luisinho, mais um bom jogo; Zé Manuel, muito mais confiante que no último desafio. Foda-se Zé!, a dez centímetros da glória. Só faltou isso mesmo.

Por último, o lance quase anedótico. Culpados são vários: o primeiro Henrique (se fala, tem que resolver), depois Tengarrinha (sim, o passe podia ter sido bem melhor, ou até nem ter acontecido), Mika é o que sabemos com os pés (postes longe, problema!). Má abordagem do guarda redes, a manchar um bom regresso à titularidade.


Em suma, não merecíamos tamanha amargura, mas pusemo-nos a jeito, há que o dizer. Fizemos coisas boas, falhamos noutras. E pagamos caro. A confiança, por aquilo que se viu e pela evolução que ainda precisamos e vamos mostrando, segue inabalável. Reação em Coimbra, com todo o nosso apoio.

Fortaleza não merecia. É isto, continuar com este espírito de união para as importantes batalhas que se seguem. Jogo de Coimbra ganha outro peso, vai ser preciso estarmos fortes, no campo e na bancada.


Força Boavista!

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