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terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

A Respirar


Boas fotos do jogo, para ver aqui

 Três jogos depois da 'ressurreição' (via Taça), já respiramos fora da linha de água. Por uma palhinha mas respiramos, com os mesmos pontos que Académica, mas mais perto do meio da tabela (6) do que do último classificado (8). Isto há três semanas, quando batemos no fundo mais fundo possível, quer nos resultados e exibições, lesões e peripécias, seria um cenário quase inimaginável. Desde que regressamos à primeira e em vinte e um dias, depois das cinco chapadas: uma das melhores exibições, o resultado mais volumoso e dos melhores ambientes no Bessa (e fora dele). Da reação, estamos conversados. Só um Clube assim...


Algumas notas:

Mudamos a forma de abordagem nestes três últimos desafios, mantendo o 442 mas nada de losango como nos primeiros tempos de Sanchez. Alguns compreensíveis experimentalismos e abordagens erradas depois, ajustamos e damos sinais de estabilidade e de segurança mínima.
Defensivamente, ganhamos com a linha de quatro no meio campo, deixando Rúben e Iriberri a pressionar mais alto e tendo os médios ala maior exigência defensiva, a par da dupla de cobertura do meio campo. Mesmo com uma linha defensiva ainda a estabilizar, os números voltam a ser positivos: dois golos nos últimos quatro desafios, a melhor defesa dos últimos sete classificados (e melhor que Rio Ave e vitória). Domingo passado um bom exemplo, mesmo defrontando um forte Braga (quarto melhor ataque e vindo de marcar nos últimos sete desafios do campeonato). Mais que o não sofrer golos, permitimos poucas boas oportunidades de finalização (legais!), e estivemos bem quer com as linhas recuadas e postura de expetativa (1ª parte), quer arriscando a pressionar um pouco mais alto. Dois aspetos em que podemos crescer nos próximos tempos: numa das posições da dupla de meio campo (Carvalho foi aí opção após a saída de Idris), tornando-a mais versátil ofensivamente (dando até melhor sequência às subidas da dupla), e no jogo das laterais, aproveitando as caraterísticas de Afonso e Mesquita (que melhorou neste aspeto contra o Braga) e o jogo interior dos médios-extremos.
Ofensivamente, a grande diferença é que conseguimos esticar mais o nosso jogo, chegar à frente mais vezes, com maior critério e melhor tempo de saída, com mais jogadores. Mais rapidez nas ações (em bom plano Luisinho e Renato) e um médio como Rúben fazem a diferença nesse aspeto, comparando com o passado recente. E, não esquecer, a tremenda eficácia nas bolas paradas, já que apenas um dos seis últimos golos marcados foi de bola corrida (e do Zé, imagine-se!). Desafio com o Braga volta a ser um bom exemplo, mesmo não marcando: a melhor oportunidade da primeira parte é nossa, na segunda fazemos mais ataques perigosos que o adversário (mesmo em igualdade numérica).


Isto ainda agora começou. Olhando à nossa situação caótica, com estes três resultados positivos (principalmente as duas fundamentais vitórias nas finalíssimas Setúbal e Tondela, antes da próxima - Académica) não ganhamos mais que uma boa posição na grelha de partida para as restantes 15 voltas. Muito importante mas só isso.
Evolução, consistência e atitude dentro das quatro linhas, apoio avassalador fora delas. O momento a isso obriga, a paixão Axadrezada faz o resto. A união de todo o grupo faz-se sentir, os reforços chegaram dotando a equipa de outros argumentos, o que se iniciou com o movimento "EuAcredito" e a onda de apoio e confiança têm um papel fundamental e não pode parar. Não podemos abrir mão de nada disto seja em que momento for.

Fazer do Mata Real mais um mini-Bessa, algo parecido a Tondela, mas mais e melhor.


Força Boavista!

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