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domingo, 6 de dezembro de 2020

Salvou-se o Ponto e... Pouco Mais


Ansiotina, animaFort MULTI ou Naturmil Valeriana. Recomendo este último: por pouco mais de €4, duas pastilhas são o suficiente para, durante duas horitas, debelarmos eficazmente qualquer estado de ansiedade ou frustração. Extra: "efeito em 15 minutos" que nos permite ver o onze e até o aquecimento num estado de semi-consciência. Depois apagamos. 

Ou apaguem antes a tv, mais simples (mas não a liguem antes da Flash, cuidado com isso!).

Houve aspetos positivos, verdade. Comecemos por aí.
- Dizia antes do desafio que seria importante sentirmos atitude e compromisso, a tal intensidade que nos tem faltado. Houve e foi evidente, diria que o que nos agarrou ao jogo. Fomos guerreiros, desinspirados, é certo, mas quando foi preciso mostrar os dentes e as garras fizemo-lo. Corremos, nem sempre bem; lutamos, com as armas [descarregadas] que temos; tentamos ser audazes, longe de o conseguirmos. 
- Não foram três, mas um ponto num momento de grande instabilidade e num campo difícil para todos... soa a positivo. 
- Quarto jogo sem sofrer golos, depois de todos percebermos que residia aí o grande problema da Equipa. 
Chidozie, Show, Javi e Devenish em bom plano contribuíram bastante para esse facto. Cometemos menos erros, tanto individual como coletivamente.

E peguemos neste último facto positivo para abordar o que esteve mal. E um ponto prévio: é notório que não é esta a mentalidade, postura ou modelo que queremos para a Equipa ou sequer o treinador o deseja, julgo. Mas também me parece óbvio que o momento obrigou a mudar as agulhas, como muitos de nós pretendiam: primazia ao pragmatismo. Acrescento, ainda que temporário, espero. 
O custo disso está a revelar-se demasiado alto. Se por um lado ganhamos consistência defensiva, por outro perdemos imensa qualidade no momento com bola. Falta de criatividade e soluções, desmarcações, de meras combinações. Arriscamos menos e, na dúvida, optamos pelo passe mais seguro: o que não adianta a Equipa no terreno, o que não produz desequilíbrios. Constantemente. Com isso, claro, perdemos fulgor e preponderância ofensiva: são demasiados jogos sem construir uma jogada com princípio-meio-fim, mesmo que esse 'fim' não seja o desejado. Limitamo-nos às transições rápidas, na esmagadora maioria das vezes com decisões e timings erráticos por parte dos jogadores. De todos eles, mesmo do... Angel, exímio nesse aspeto nos primeiros desafios.

Em suma, acho que vivemos um breve momento de....bipolaridade. 
Por um lado, resultado positivo acompanhado, de novo, por uma má exibição no plano ofensivo, com uma postura contrária àquilo que todos queremos para a Equipa.
Por outro lado, a noção que estamos no bom camimho para resolver com sucesso o problema número um, o da falta de consistência defensiva.

Será agora a hora de voltarmos a 'afinar' a posse, a saída,  as aproximações com perigo à área adversária? De regressar às ideias-base do treinador? 

E será com... quem? Dá ideia que a equipa técnica, enquanto não somar vitórias, está por um fio e dependente de uma... derrota. Temo isso, ainda que compreenda que as coisas estão tremendamente difíceis.

Duas semanas para prepararmos Paços. E bem, porque a exigência nunca esteve tão alta: é ganhar, jogar bem e manter a atitude. Pelo meio, cumprir na Taça e no #sonhodaSexta.


Força Boavista!

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