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sábado, 27 de fevereiro de 2021

Ainda Sobre Guimarães

Ainda sobre o jogo de ontem e numa de falar realmente daquilo que interessa: Futebol.

Falhamos e não estivemos bem, menos bem de certeza que o adversário. Mas a respeito da estratégia, da forma como abordamos o jogo.

Ponto prévio: montar de forma a minimizar o ponto forte do adversário, o jogo exterior.

1a hipótese logo de lado, mas não deixa de o ser. Três centrais, povoar a zona central e permitir dobras mais rápidas e perto das laterais/lat interiores. Atente-se no primeiro golo: sai o central, lateral ocupa posição deste, surge desequilíbrio. Claro que o erro esteve na não-compensação: a permissividade anterior e a não cobertura do médio interior desse lado.
Mas julgo que nos 'cortaria' em demasia as pernas, ainda para mais contra um ataque com um só ponta de lança.

2a hipótese, algo mais idêntico com aquilo que temos feito. Defesa a quatro, meio campo a três e os do costume na frente. Aqui o problema seria a disposição dos jogadores: Angel a 'falso 10' e ainda com menos preponderância? Pois, mas para podermos tirar partido desta abordagem teríamos que ter alas mais de acordo com a tarefa. Sauer ok por um lado, Elis do outro. O problema estaria aqui: perderíamos essa referência ofensiva, a velocidade e a arma principal no grande problema do opositor. Teríamos mais bola e iniciativa graças ao meio campo mais habitual e à igualdade numérica nesse setor? Provável que sim. Estaríamos à altura e em condições de dividir mais o jogo e... expondo-nos mais?

3a, o que foi feito. A ideia estava lá, foi resultando enquanto conseguimos saír em contra ataque e tivemos alguma 'elasticidade' para ganhar metros e chegar lá na frente. A bola parada ajudou a podermos tirar vantagem desse crescimento - pelo menos anímico - no jogo, mas, provavelmente, o mal evidenciado seria o mesmo fosse qual fosse a abordagem mais específica.
Ou isto mas com mais capacidade de 'mutação' durante o desafio? Imensas dificuldades na saída e julgo que pela forma como nos dispusemos: em inferioridade no centro do terreno, com dificuldades em encontrar linhas de passe de forma rápida e pouco eficazes na procura da profundidade. Problemas na reação e no que fazer depois do ganho também pelo mesmo motivo.

Como dito no post anterior, e acima de tudo, faltou estarmos mais prontos para aquilo que o jogo pedia. E pedia algo diferente.
Independentemente da forma como o abordaríamos,
sem essa capacidade de reação ou adaptação, os problemas surgiriam sempre.


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