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domingo, 14 de fevereiro de 2021

Orgulho Axadrezado da Invicta


Sentimento de injustiça e revolta (e novidades?), não só por não termos conseguido o resultado que queríamos e merecíamos, também por como tudo aconteceu, sem esquecer o contexto muito... 'sui generis' que rodeou a partida, durante e mesmo antes. Sim, inacreditável e só mesmo possível neste futebol grandista. 
Mas há algo um pouco diferente e muito marcante que resulta desta exibição: o enorme Orgulho Axadrezado, a prova da grande valia da Equipa e da imensa vontade do grupo. Como diz um dos nossos rapazes: "isto vai virar, com muita fé, perseverança e muito trabalho, chegaremos lá". Não duvidamos e acrescento: com o nosso inabalável Apoio. Sempre e até ao fim, podem confiar. 

Jesualdo não brincava nem exagerava quando disse que iríamos "discutir o jogo". A abordagem e mentalidade provaram isso mesmo. Fomos competentes, unidos, concentrados. Fomos uma Equipa.

◾Fizemos uma muito boa primeira parte. Não só pelas oportunidades que criamos, pela lucidez e confiança que muitas vezes conseguimos na nossa posse, mas também pela boa consistência defensiva. Um lance de perigo na área de Léo (cabeceamento de Marega já na peq. área) e por acaso até precedido de fora de jogo de Corona. Um.
E não nos deixemos enganar pelas opiniões de alguns 'experts', muito menos pelos responsáveis do adversário: houve muito mérito do Boavista. Muito mesmo. 
Fôssemos mais eficazes e porventura o resultado poderia ser outro ao intervalo. Facto.

E continuamos bem depois do intervalo. Por cima. Sem domínio (o resultado favorável e a reação do adversário a contribuírem), a tentarmos saír algumas vezes, mas com controlo da situação. Sem pânico. 
Sofremos o primeiro num lance fortuíto e normal (bola aérea, ressalto), por acaso resultante de uma anormalidade: de lançamento lateral longo que dá finalização, num momento em que o suposto 'sufoco' estava bem longe de nos destabilizar. E seguimos, calmos, estáveis, sem perigo de maior perto da nossa baliza. Intervenções de Léo de registo, só de fora da área: cruzamentos ou remate.

◾ Mais graves problemas vieram depois. 
Primeiro, e já habitual, à normal quebra da Equipa junta-se a dificuldade que temos em a compensar. Sentimos isso. Com uma agravante no desafio de ontem: a lesão de Rami. A sua liderança, eficácia e experiência estavam a ser determinantes, num momento em que a prioridade era o momento defensivo. Acreditando no famoso 'ritmo' do francês, podia ser pai dos restantes companheiros de setor... 20,4 média de idades. Há equipas sub23 mais experientes. Isto apesar da boa entrada de Goméz.
Em segundo, aquilo que não controlamos. Além das dificuldades cada vez maiores em podermos disputar um lance no meio campo sem nos ser assinalada falta (tem lá paciência, Angelinho), a evidente e crescente pressão (chamemos-lhe assim...) sempre que a bola circulava perto da nossa área. E, lá dentro, com a incessante busca pelo mínimo contacto... basta caír. Como se viu. 
Sim, é absolutamente ridículo o lance que 'vira' o jogo, o do empate.

Últimos dez minutos sofremos, fomos duramente  penalizados e acusamos. Recuamos, apesar de tentarmos reagir. Mas não deixamos de ter espírito de luta e união, que nos permitiu segurar o ponto até final. Bravíssimos.
Continuamos a mostrar que, mesmo individualmente, estamos a subir de forma. Destaco Santos, o melhor em campo (momentos fantásticos no meio campo, e que merecido depois daquele infortúnio na semana passada). Elis, Porozo e Dev, Cannon e Mangas, Angel e Paulinho...

Mais importante: o próximo jogo. A próxima Final. Foi um ponto, a confiança sai redobrada e a certeza que estamos mais juntos que nunca.
Lá estaremos na sexta, a ir buscar o almoço (ou o jantar), algures ali entre a Avenida da Boavista, a do Bessa ou a 5 de Outubro. Muitos take-aways por aí e, por acaso, enquanto se espera pela refeição dentro do carro (dentro!), de cachecol no punho e mão na buzina. Em todo o trajeto. Todo.

Resistiremos e vamos consegui-lo todos juntos.

E preparem-se: isto foi só o início. 

Força Boavista!

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