Simples. Longe de ser fácil - não o é e nunca o será, provas disso não nos faltam - mas quando metemos todos os ingredientes... faz parecer possível atingirmos patamares [bem] mais altos de competitividae. Confiança, compromisso e, sobretudo, União, aliado a este tão desejado espírito Pantera em campo e com a qualidade dos nossos rapazes que já todos sabíamos ser bem grande.
Está aí o resultado (7 em 9) depois de um dos mais aparatosos acidentes dos últimos tempos: agora é estarmos atentos às bermas e desviar dos buracos, porque o caminho temos a certeza que já o encontramos. Agora sim, em definitivo, sem paragens.
Vamos aos bitaites e começando por dois aspetos fundamentais para os três pontos - mais evidentes nos primeiros 20 minutos de jogo, verdade -, dos melhores da época.
◾ Mentalmente estamos mais fortes. Não sei como, mas o [bom] trabalho é evidente. Já se falou na confiança, acrescente-se a concentração, a reação e adaptação aos vários e diferentes momentos do jogo. De forma mais... coletiva e instintiva, diria. Maior 'associativismo' entre jogadores com influência direta na perfomance da Equipa, claro.
◾ Julgo que do ponto de vista estratégico temos acertado nas abordagens, pelo menos na maioria das vezes. O que melhorou sobretudo foi a operacionalização dessas mesmas estratégias, não só pelo referido acima - a tal parte mental da Equipa - mas também pela própria evolução individual de cada um com reflexo no coletivo. É um processo lento dado o nosso contexto, verdade, mas com os condimentos certos (compromisso?), é algo bem alcançável para nós e com brutal influência no rendimento, naturalmente. Por exemplo, upgrade notório na capacidade de decisão de cada um. Ganha o colectivo, visível em todas as zonas do terreno e em muitas ações, mas atentemos ao exemplo do goleador: 4 assistências nos últimos tempos do Elis.
◾ Jogo com Paços foi um bom exemplo. Tínhamos falado aqui sobre como abordaríamos o jogo: dúvida maior na questão de... três médios ou três à frente? A solução encontrada (por acaso mais que uma ao longo do jogo) ajudou-nos a levar de vencida uma das mais organizadas equipas da Liga.
A opção Show julgo estar relacionada com a maior capacidade do angolano em 'cobrir' metros, em estar mais vezes presente nos duelos e mais rápido (e perto!) a reagir à perda, seja no meio campo defensivo seja mais à frente, e com uma intensidade... superior. O que era preciso, dada a inferioridade numérica nessa zona.
O posicionamento dos laterais e adaptação da linha defensiva fez o resto. A prioridade seria fechar a zona central e 'empurrar' o adversário para zonas exteriores, quase 'convidando' ao cruzamento onde estaríamos mais confortáveis: Sauer e Cannon funcionaram muitas vezes como terceiros médios quando sem bola, na posse ou saída feita pelo lado contrário, permitindo também maior presença à dupla Show/Paulinho.
Mesmo quando sentimos dificuldade e necessitamos de adaptação, jogando também com o resultado, estivemos bem. Acrescentar um médio foi dar à equipa mais conforto e argumentos para o que aí vinha, como acabou por se confirmar.
E tal foi alterado como e quando tinha que ser. O coletivo está sempre acima de qualquer jogador, por muito ingrato que seja uma alteração ou substituição. O sacrifício e compromisso pelo coletivo também está aí.
Já agora, porque está naturalmente a ser algo discutido, penso que o impacto de uma substituição aos 38 minutos, neste atual contexto e olhando a quem temos na Equipa técnica.. amedronta zero.
◾ Em suma, boa exibição, resultado ainda melhor e final ganha. Verdade, só mais uma, havendo mais sete pela frente e independentemente do local ou nome do adversário: para vencer. Cada jogo continuará a ser, cada um deles, jogo de uma vida.
Na prática, na classificação permitimo-nos não descer para lugares gelados em uma só jornada. Há ainda 9 equipas na mesma luta e 21 pontos para batalhar.
Prioridade total nos próximos tempos: mantermos isto e evoluir.
Como sempre, juntos para Braga. E para resistirmos 👈💪🏁
Força Boavista!
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