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sexta-feira, 25 de junho de 2021

Pré-Pré-Época


Não foram fáceis estas semanas, principalmente quando pensávamos já no merecido 'descanso' pós sofrimento de Barcelos. 
Mais que desconfiança, alguma ansiedade por aquilo que poderia acontecer (no que diz respeito à inscrição) olhando aos sinais e, claro, a toda a experiência de outros anos nestes momentos da época. 
As dificuldades em corrigir o que está para trás continuam a ser grandes, os critérios e exigências da Liga são cada vez mais apertados (para quem deve!), a entrada do investidor pode fazer apertar o cerco, o impedimento de janeiro veio... aumentar o receio. E algo bem diferente esta época: a inacreditável campanha - desde o primeiro dia após conhecermos todos os despromovidos - de que fomos alvo. Não me lembro de algo tão rude, direto e sem vergonha como este ano e desde que subimos. Aliás, não me lembro sequer de algum outro clube ser vítima de tanta... desinformação propositada num tão curto espaço de tempo. 
Parte do receio destes dias vieram mesmo daí: a brutal influência de quem mais queria e mais ganhava com uma possível não inscrição nossa. E conhecendo nós a podridão do Futebol Português... se chega à Seleção, poderia chegar à Liga. Não chegou.

Há aqui um pós e um depois daquela reunião da Liga. Sem comunicado, sem ondas ou contra-ataques, mas a comunicação necessária: "os pressupostos vão ser cumpridos". E percebeu-se essa evidência com a diminuição da gritaria dos opositores e o aumento da ridicularização dos berros. A que custo ou com que sacrifícios, mais para a frente se verá. 
Mas há outros dados interessantes nesse capítulo: acabamos a época de cabeça limpa (sem acumulação de dívidas), cumprimos o PER e as obrigações e as dívidas estão - até segundo as entidades responsáveis - controladas. 
Mais que sinais de melhorias, pelo menos os de alguma estabilidade. Muita coisa haverá para melhorar, para profissionalizar, o ddefinitivo virar de página - mais cedo ou mais tarde - terá que acontecer, mas, para já, conseguimos algo que há muito não conseguíamos. 

◾ agora é virar as agulhas para o lado desportivo. Estaremos atrasados, talvez fruto da dedicação dada à inscrição, mas a verdade é que pouco mais parados estamos que a grande maioria dos Clubes da Liga.
Novidades só três: renovação de Yusupha, saídas de Goméz e Benguché. Pouco feito, mas bem feito. Muitas dúvidas nos emprestados, nas cláusulas e opções, nas notícias sobre vendas ou desejos deste ou daquele. É deixar assentar e, às primeiras movimentações a sério, percebermos que rumo e que tipo de caminho podemos seguir. Ou, por outras palavras, que dimensão terá esse "grande investimento no Verão".

Normal a indefinição acerca do Treinador (pelo menos na nossa parte, do Adepto), mas relembremos que Jesualdo tem mais um ano de contrato. O discurso após último jogo deixou algumas dúvidas sobre a sua vontade, a postura e argumentos do Clube também levantam dúvidas sobre a possibilidade de contar com Jesualdo. Sim, porque não ficará só porque tem contrato, isso é certo. Veremos a definição até... domingo à noite.

◾ foi a notícia má da semana, a da suspensão do Futebol Feminino Sénior. Na prática, não conseguimos a inscrição para a próxima época e decidiu-se suspender o escalão (ao invés de competir nas divisões inferiores), ficando para já a formação em atividade (em princípio, s15 e s19).
É uma modalidade histórica do Clube e a nossa presença como o mais titulado na Primeira Liga concerteza nos seria vantajoso. A manutenção foi obtida de uma forma heróica e, até por aí, cai mal esta impossibilidade. Será responsabilidade do Clube e não da SAD, será algo temporário e será até algo necessário para regressarmos mais fortes, mas... é Boavista. Deveríamos competir. 
No fundo, será o espelho das imensas dificuldades que as modalidades (tidas como autónomas) vivem desde há muitos anos.

◾ fim (ou suspensão) do escalão sub23, algo diferente do Feminino, claro. 
Aqui dividamos a questão em duas partes: que vantagens de ter um escalão a competir na Liga Revelação e se, olhando ao nosso contexto específico, se é realmente aquilo que precisamos neste momento. Teremos capacidade de contratar jovens jogadores e estes possam evoluir no contexto s23? Com que custo? Temos plantel apto de juniores/juvenis para dar sequência à evolução desses jogadores num patamar um pouco mais elevado? Será mais ou menos vantajoso colocar os jogadores que poderiam fazer parte desse plantel em clubes de divisões inferiores por empréstimo? 
Em suma, por algumas vantagens que um plantel s23/eq B e sua competição possam ter (que têm), é sobretudo ter o contexto necessário para deles usufruir. Isso não temos nesta altura, parece evidente, tudo depende do investimento, e das prioridades a cada fase do projeto, claro. Mas a prioridade agora será a Plantel Sénior, por um lado, e a criação de condições para mais tarde, aí sim, podermos trabalhar melhor a formação. E melhora-la.


Dias de muita ansiedade se seguem, pois claro. Três dias para o regresso dos nossos Rapazes e muita, mas mesmo muita coisa para definir. 

Força Boavista!

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