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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Ponto.


Lembro-me de gozar com os amigos andrades a propósito da piscina olímpica, acerca dos apoios camarários de então e de a dita só ter água quando São Pedro assim queria. As obras demoraram anos, sem nunca se terem concluído. Podem saber mais aqui.

Não faltarão argumentos para esclarecer a cedência da piscina de Campanhã ao fc porto. Compreensível até certo ponto. São um dos clubes nortenhos com maior tradição nas modalidades aquáticas (sim, tinham piscinas, ainda antes da construção do Municipal e até competem em pesca submarina...).

Mas haverão então mais entidades com igual possibilidade de recorrer aos fundos comunitários para a realização das obras nas infraestruturas em Campanhã e contribuir assim para uma descentralização que tantos apregoam? Não é difícil supor que sim, nem será preciso dar o bom exemplo do Salgueiros.




Mais difícil de explicar, perceber e aceitar, são os apoios dados pela Câmara Municipal do Porto ao recém criado clube PortoVólei, mesmo tendo em conta que este surge do desaparecimento de um outro clube portuense e campeão nacional feminino da modalidade.
Não se discute a envergadura desse apoio, discute-se sim a EXISTÊNCIA do mesmo.

O Voleibol Feminino do Boavista é uma das modalidades que mais orgulha os Boavisteiros. Por vários motivos: pela história, títulos, pela intensa paixão com que os muitos adeptos acompanham a modalidade, pelas centenas de jovens atletas que, ano após ano, competem nos mais variados escalões de formação que o Clube dispõe. Acima de tudo, um enorme serviço social prestado pelo Boavista, ao longo dos últimos 32 anos.
Não é segredo das dificuldades que o departamento atravessa, e atravessou nos últimos anos, quer pela conjuntura social, quer pelo momento do Clube, assim como não é segredo os inúmeros pedidos de ajuda que o departamento tentou, entre os quais à edilidade portuense, para... sobreviver.
O que chegou, o que nos ajudaram? Nada. Zero. Crise. A situação, obviamente, causou enorme revolta nos responsáveis Boavisteiros, os que lutam diariamente para a existência e crescimento da modalidade.



Nada contra a colorização da imagem da cidade. A política é que não pode ter uma só cor. Ou melhor, não pode ter cor. Somos todos nós, não só os mais ricos, os  maiores, os que mais concordância acarretam ou os que mais votos garantem dentro de dois ou três anos.


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