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domingo, 31 de maio de 2015
sábado, 30 de maio de 2015
Panteradas
- Do jogo com o Vila Real: estreia positiva de Hackman (dos poucos que jogou os 90 min) no centro da defesa, ao lado de Pimenta. Bukia jogou a médio ofensivo e também mostrou bons pormenores, bom pé esquerdo e visão de jogo. Todos jovens, ficou a ideia que pelo menos a pre-época vão fazer. Nota para Abner, um grande passe para isolar Théo e muita frieza na cara do golo.
Um jogo destes vale o que vale, mas dos outros jogadores que mais curiosidade suscitavam - Wellinton, Fábio Lopes, Carraça e Théo - nenhum esteve em particular evidência nem mostrou muito mais evolução que há um ano atrás (os dois primeiros veremos se chegam à pre-época).
- Mika junta-se aos nomes falados, o Brugge poderá estar interessado. Falando nos redes, vamos ver se Monllor e Ba passam das dispensas. Hoje um bom jogo do André, ex junior (já agora, quem jogou de início na baliza? fez a defesa do jogo...).
- Já há datas para o início da próxima época: exames médicos a 3 de julho, treinos a 6. Cinco semanas sem bola a rolar. Mais quinze dias que é só físico. Primeiros joguitos a meio de julho... mês e meio. Foda-se. Vá... uma pre-época como há muito não tinhamos.
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Dispensados II
Continuamos na senda das dispensas. Sete anos sem isto, mais tempo que a própria existência do blogue... cool.
Seguindo. Mais três guias de marcha normais e compreensíveis. Outro central (e poderá não ser o único dos dois menos utilizados), um médio e um extremo.
Lucas foi dos que criou expetativa no início. Jovem, alto e rápido, já com passagens por clubes alemães de primeira linha. Foi forte aposta inicial: nas primeiras nove jornadas só falhou a quarta por castigo, desaparecendo depois da má prestação no Restelo (juntamente com Ervões), só voltando por duas ocasiões (ambas na Taça da Liga), dando ideia que perdeu a confiança de Petit. Apesar de algumas caraterísticas que faziam crer que poderia ser uma boa figura esta época (e olhando à idade, no futuro), dificuldades no posicionamento, pouca eficácia em movimentar-se no espaço curto, ficando a dúvida se a inferioridade será só mesmo física. Uma época emprestado continuando ligado a nós para ver no que dá, parece-me a melhor opção.
Ancelmo foi o menos utilizado no plantel, nunca atuando como titular: vinte minutos para o campeonato em Vila do Conde (e já com o resultado em 0-4), outros vinte nas Aves (com 1-4 no marcador). Suplente não utilizado em seis ocasiões (todas até à 10ª jornada), ainda apareceu em dois jogos da TL, ambos com o Oriental. Quando jogou, mesmo na pre-época, mostrou bons pés e muita (mesmo muita) lentidão de processos, denotando que seria preciso algum tempo para se adaptar ao nosso futebol. A lesão ainda complicou mais, mesmo sendo difícil acreditar que sem ela pudesse ter muito mais protagonismo (mais que Lima?). Emprestar e perceber se pode evoluir também me parece o melhor a fazer.
Julián é um daqueles casos... primeiros três jogos como titular a extremo, voltou ao onze depois da lesão de Correia, como lateral esquerdo. Com as dificuldades e o insucesso que sabemos.
Desapareceu na segunda volta, - sem hipóteses perante Afonso e sempre atrás de Léo como opção aos da frente - jogando apenas quinze minutos contra o Braga e três em Barcelos.
Empréstimo ou cedência em definitivo, veremos o que vai ser feito. Qualidade para uma Primeira Liga parece-me evidente que não tem nem terá. Ficam os golos no CNS e alguns bons momentos com a nossa camisola (o golaço em Freamunde, por exemplo).
Noutro campo, é noticiado hoje que clubes espanhóis (Rayo, Sevilha e Espanhol) poderão estar interessados em Afonso, Beckeles e Zé Manuel, podendo ainda haver interesse de alemães na contratação de Uchebo. Veremos o que nos reservam os próximo tempos no capítulo transferências (que se continue sem falar no Tengarrinha), dando ideia que estes quatro jogadores poderão ser os que mais perto estarão de uma eventual venda. Todos pela cláusula (ou mesmo perto disso) seria... jackpot.
terça-feira, 26 de maio de 2015
segunda-feira, 25 de maio de 2015
Primeiras dispensas
Depois de o Clube comunicar que eram os únicos sem cláusula de rescisão e com o final de contrato à porta, percebeu-se que poderiam ser os primeiros dispensados. Sem surpresa:
João Dias. Inicialmente criou alguma expetativa, simplesmente por ser um lateral direito de raíz (com pouquíssimas opções no plantel) e ser um dos dois jogadores que vinham de equipas de Primeira. Trouxe experiência, foi eficiente em alguns jogos (mesmo quando foi preciso jogar quase a central), teve dificuldades noutros, na maioria das vezes quando se exigiu velocidade. Foi sempre a opção mais defensiva quando comparado com o concorrente do lugar Beckeles, sendo provavelmente aí, e só aí, que não ficava a perder em demasia para o hondurenho. Contribuiu com vinte jogos a titular, dos mais utilizados.
Marek Cech. Foi claramente o nosso upgrade no último terço em alguns momentos importantes da época, mesmo só chegando na reabertura do mercado e fazendo quinze jogos (sete como titular). Inteligência e experiência, quando foi preciso. Dá pena vê-lo partir, mas já se adivinhava que iria ser difícil outro cenário, na mesma medida da surpresa quando soubemos que iria fazer parte do plantel.
Bobô. Notório que é pouco para uma Primeira Liga, apesar da dedicação e da entrega que colocava em cada lance. Participou em onze jogos, ajudou a desestabilizar as defesas contrárias em alguns momentos. O que fica é a imagem de jogador que sempre dignificou o Símbolo, mesmo quando foi preciso encostar o peito para o defender. Faltou o golito na Primeira. Seria justo.
Mas a primeira notícia é Aaron. Vinha evoluindo bem depois da má estreia com o Guimarães. Alguns erros cometidos (e mesmo reagindo bem aos mesmos), talvez próprios de quem chegou há pouco tempo ao Clube e à Primeira Liga. Foi-nos útil quando jogou: impetuoso, forte no jogo aéreo, a encostar bem no avançado a receber de costas para a baliza. Sendo jovem e arrancando desde a pre-época, poderia ser uma boa opção para a próxima temporada.
E acabou
O que fica para a história: equipa revelação do campeonato 2014/15. Diretamente do terceiro escalão para o 13º lugar da Primeira, 32 pontos, somente as três primeiras jornadas abaixo da linha de água. Jogadores, equipa técnica, coletivo, todos a evoluir. Apesar da matemática ter chegado à jornada 31, foi na jornada 26 (Belenenses no Bessa) que sentimos que o objetivo estava nas nossas [duas] mãos, o que espelha a estabilidade, competência, confiança e tranquilidade com que encaramos esta segunda volta.
Muitos, mesmo antes de começar o campeonato, nos indicaram a porta dos fundos como o destino final. Entramos pelos fundos, verdade, mas chegamos ao fim como um dos destaques positivos, a equipa que mais surpreendeu, que mais evoluiu, que mais contrariou a opinião generalizada acerca das nossas possibilidades de manutenção.
Confirma-se mais um jogo para cumprir calendário em Estoril. A motivação pelos pontos prendia-se com a possibilidade de subirmos uma posição, ficando à frente de um dos clubes 'europeus' desta temporada. Fomos sérios na abordagem ao desafio, como seria de esperar, apesar de não suficientemente competitivos para sairmos da Amoreira com um resultado positivo.
Um erro individual (Idriss) precipitou a desvantagem no marcador, fazendo-nos desde cedo correr atrás do prejuízo, numa primeira parte por baixo no jogo. Melhoramos um pouco na segunda metade, mesmo mantendo as dificuldades para anular a boa posse de bola do adversário, criamos três boas situações de finalização (Carvalho, Idriss, Bobô). O segundo golo surge em período pre-férias, tudo a dormir num lance de bola parada.
Algumas notas positivas:
- Bons sinais de Correia, mais próximo daquilo que já mostrou nas primeiras sete jornadas da temporada e a relembrar que vai ser uma boa opção na próxima.
- Tivemos um Diego Lima mais participativo no jogo, não se escondendo e tentando mostrar serviço (foi mais ou menos disso que se tratou, estas seis últimas jornadas a titular, não?), mesmo aquém daquilo que precisamos.
- Bom regresso de Sampaio, com acerto e confiança, perante um dos mais difíceis avançados da Liga. Carlos Santos, o nosso central mais utilizado, acaba a época como o nosso jogador em melhor forma. É verdade que tem o problema da falta de velocidade, evoluiu em tudo o resto que é importante num central. Comparar este Carlos Santos com o do ano passado (ou mesmo do início desta época) é um exercício curioso.
Esta semana é tempo de avaliar os jogadores que estiveram emprestados (treinos diários e abertos!) e outros que competiram na nossa equipa de juniores. Parece-me pouco provável muitas avaliações definitivas e será difícil percebermos quem pode permanecer connosco na próxima época (e se algum o conseguirá, já que poucos fizeram boas épocas), mas será positivo como um sinal de que o Clube está atento.
Duas contratações já anunciadas, ambos jovens que competiram no CNS. Mesmo que não seja para pegarem já de estaca na equipa/plantel principal, parece-me importante para 'avolumarmos' o nosso leque de jogadores, seja para emprestar ou para a possibilidade de podermos contar com equipa b.
Fomos Grandes. Todos. Força Boavista!
quarta-feira, 20 de maio de 2015
Derrota na despedida
O último do Capitão!
Garantimos o 13º lugar, no mínimo, ainda com hipóteses de subir uma posição, vencendo o Estoril por qualquer resultado que não o 1-0.
Facilitismos só o que se justificava, Tengarrinha fora das opções, regresso da dupla afro do meio campo em jogos no Bessa e inédito quinto jogo consecutivo de Lima como titular.
Até foi com Fary que estivemos melhor no desafio, em toda a primeira parte. Mesmo dividindo o jogo, conseguimos ser mais perigosos e rondar mais o último reduto adversário. Lance mal resolvido na nossa área na origem do único golo da partida, algo injusto a ida para o intervalo em desvantagem, dadas as escassas chances de golo.
Segunda parte e já com Uchebo, tivemos dificuldades em esticar o jogo, em instalarmo-nos no meio campo contrário e conseguir alguma circulação de bola rápida e com qualidade. Ainda se conseguiu criar alguns lances de perigo, mas nunca incomodando em demasia ou fazendo muito por desestabilizar a povoada defesa contrária. As opções não resultaram, o pouco tempo útil desta segunda parte e a falta de eficácia num ou noutro lance ajudaram à festa.
Sendo sempre desagradável perder, dá ideia que tiramos um pouco o pé do acelerador nesta ponta final, não mostramos a concentração nem motivação habituais, talvez pela pouca necessidade dos pontos e depois de uma semana provavelmente atípica no que toca à preparação para o desafio. A juntar a isso, um adversário com qualidade e ainda necessitado de pontos...
Algumas notas:
- Pode-se chamar de desinspiração coletiva, principalmente na segunda parte. Lima voltou a esconder-se demasiado cedo do jogo, Uchebo e Brito com dificuldades perante a constante superioridade numérica do adversário, Idris e Reuben eficazes a destruir nem tanto com a bola nos pés, Cech também quase irreconhecível.
- Pela positiva, os centrais, principalmente Carlos Santos. Em bom plano, bem no timing de entrada à bola e a limpar a sua zona. Aaron não tão bem, sendo o principal culpado no lance do golo, acabou por fazer algumas boas intervenções e com a impetuosidade que lhe é caraterística.
- O Nacional não é isto, quero acreditar nisso. O antijogo foi um exagero que nem alguma extrema necessidade pelos pontos pode justificar. São profissionais e aquilo fez lembrar o terceiro escalão. Não pode.
- Tivemos azar com o adiamento do desafio, domingo às 18h teríamos certamente maior moldura humana e talvez fosse possível outra... disposição e outro tipo de apoio. Exemplar a postura dos Panteras Negras, esses sim, de início ao fim, a apoiar incondicionalmente. A festejar, que o dia era mesmo para isso, a puxar pela equipa e pelo resto do estádio, mesmo sem sucesso.
Para a semana temos que compensar. Mesmo longe, despedirmo-nos dos nossos rapazes em grande. Todos merecemos.
- Invasão pacífica, naturalíssima, ainda para mais em clima de festa. A multa, ou o valor da multa, é completamente ridículo, por exemplo, quando comparado com a aplicada aos responsáveis pelos recentes estragos em Guimarães. Enfim, é o que temos. Em teoria, o que se passou no Bessa tem quase metade da gravidade do que aconteceu em Guimarães.
- Momento do jogo foi também um dos momentos do ano. Fary, claro. A melhor notícia é que vai continuar connosco, mesmo fora da função que Petit desejaria.
Força Boavista!
segunda-feira, 18 de maio de 2015
Fary
Fary é diferente. Habituamo-nos a vê-lo no Bessa nos últimos anos, alguns dos mais importantes da vida do Clube. Estava lá nos piores momentos, nas infindáveis greves, nos penosos inícios de época, foi Fary que sempre deu a cara. Nos surreais episódios protagonizados pelos zézinhos e Pedrinhos desta vida, foi Fary que nos uniu, que nos fez esquecer e seguir a apoiar o Símbolo. Nas derrotas mais incompreendidas, é ele o primeiro a chegar perto. Sempre. E a exigir que o acompanhem. Quando é para dar voz, para nos representar, para ser um pouco a nossa imagem para os outros, fá-lo com a humildade que sempre lhe reconhecemos.
Fary é diferente. Não levantou troféus, não foi a finais, não conquistou medalhas nem prémios com a nossa camisola. Foi um bom avançado. Bom. Num Clube com Rickys, Jimmys e Silvas a marcarem passado recente. Mas Fary é mais do que isso. É aquilo que qualquer adepto mais estima: a partilha da paixão e amor pelo Clube. Fary é e será um dos nossos.
Quis o destino que a despedida dos relvados com a camisola do Boavista, na nossa casa, no lugar onde ambicionamos, fosse no dia mais especial para qualquer Boavisteiro. Só podia.
Eterno.
Pois...
Desde o último 5 de outubro que alertamos para esta situação. "Alertamos", Boavista, direção e Adeptos. O Jota em especial.
O triste acontecimento de então não teve o impacto mediático que está a ter o mais recente episódio relacionado com a violência desproporcional por parte da polícia. É pena. Provavelmente, o primeiro passo para evitar o que aconteceu ontem seria, todos nós sociedade, preocuparmo-nos com o que realmente aconteceu em Guimarães no ano passado. Como e porquê. De forma séria. E fazermos tudo para punir e corrigir.
Como disse aqui na altura, é realmente assustador que este género de acontecimentos, olhando à mentalidade desta polícia, pode acontecer a qualquer um de nós. Isso sim, é preocupante.
Mais um caso que vai marcar a vida de algumas pessoas para toda a vida. Sim, toda a vida. É pena, mas nós não aprendemos.
quarta-feira, 13 de maio de 2015
A Mística
Uma das fotografias mais marcantes da história do Boavista. Por tudo que representa.
Faz hoje 14 anos, no dilúvio de Vidal Pinheiro. Inesquecível. Vinte minutos, canto da direita por Sanchez, o Capitão a mostrar que não iria fugir. E cinco dias depois, era nosso.
Semelhança com a atualidade? Claro. A Mística.
Força Boavista!
A época do nosso Afonso
Ou antes meia época. Ano de 2015, em que se estreou na Primeira.
Juntamente com Zé Manuel, um dos que nos acompanhou do terceiro escalão que mais expetativa criou: boas prestações no CNS, jovem, formação em clubes de primeira. Raçudo, à imagem do Clube.
Cedo se viu que a lateral esquerda era a posição melhor servida. Correia ganhou, naturalmente, o lugar. Titular nas primeiras sete jornadas, lesionou-se depois do jogo em Guimarães acabando por perder o resto da época (ainda reapareceu em Setúbal durante vinte minutos, ressentindo-se da lesão).
Mas ainda nada de Afonso. Foi a vez de Julián, titular nas primeiras três jornadas (a extremo), volta ao onze da 8ª à 14ª jornada, numa adaptação para colmatar a baixa do brasileiro. Foi uma das opções mais discutíveis de Petit, esta insistência no extremo, ainda para mais fora da sua posição natural. Adensa-se a questão quando até na segunda mão da eliminatória da TL o argentino é o escolhido (mesmo sendo num jogo de cariz mais ofensivo), dando sinais que o português seria preterido até na rotatividade. Dúvidas, muitas, se seria condição física deficiente ou mera opção, mesmo que difícil de perceber, ou talvez alguma evolução que o jogador necessitasse antes de ser lançado no campeonato.
Em 2014, Afonso só em três eliminatórias das Taças: estreia fora com o Oriental, exibição frouxa na Vila das Aves - talvez o pior jogo da equipa na temporada - e, passados dois meses, no Bessa para a fase de grupos da TL frente ao Belenenses, a sua primeira boa exibição e justificando a aposta poucos dias depois.
Arranca em definitivo para a titularidade no jogo seguinte, início de janeiro, em casa frente ao Arouca. A partir daí voltamos a ter defesa esquerdo, só falhando 15 minutos no campeonato: 5 depois da expulsão na Choupana (cumpriu o castigo na TL, em Alvalade) e dez minutos na jornada 29 (única substituição, também em Alvalade).
O jogo em casa com o Braga, foi a primeira jogatana em grande.
O resto é o que sabemos e o que se tem visto. Sempre concentrado e a carburar em alta rotação, evolução jogo após jogo, eficaz nos desarmes pelo chão ou pelo ar (incrível como é forte no jogo aéreo, mesmo de baixa estatura) e também a atacar. No final dos jogos, saíu sempre vencedor dos vários duelos que protagonizou, mesmo contra jogadores mais experientes e tecnicamente muito acima da média.
Não sendo das nossas primeiras opções nas bolas paradas, também é forte nesse aspeto (lembro-me de um livre direto muito bem batido, julgo que em Barcelos).
Titularíssimo na equipa revelação do campeonato, melhor jogador jovem do mês de Abril, notícias de clubes interessados, uma mais que justa chamada aos sub-21 no horizonte (ou ainda será preterido na vez de um jogador da segunda liga?). Não há dúvidas, crescemos juntos. Grande Afonso.
terça-feira, 12 de maio de 2015
Empate em Arouca
Oitavo ponto fora de casa, décimo jogo sem perder contra adversários com os mesmos objetivos que nós (ou para sermos mais justos, uma derrota em doze desafios, contando com o Moreirense...).
Na classificação, temos ainda hipóteses de chegar ao 12º, dependendo apenas de nós para tal (fazer igual ao Estoril na próxima jornada, ganhando-lhes na derradeira jornada).
Estamos pontualmente mais perto do último lugar europeu (6º a 10 pontos) do que do primeiro que dá descida (17º a 11). Quem diria?
Abordamos este desafio à semelhança do que havíamos feito no último jogo fora, em Alvalade. Idris e Reuben como médios mais defensivos, Lima e Cech mais à frente; no ataque, alas para Zé e Uchebo.
Voltamo-nos a dar bem com este sistema, que parece defensivo mas não o é, ainda que mais vocacionado para o momento sem bola. Um género de 442, mas que na prática torna-se 424 quando atacamos. A defender, povoamos o meio campo formando um quadrado no miolo mais os alas a fecharem as laterais.
À exceção dos primeiros 5 minutos (em que estivemos perto de sofrer), controlamos toda a primeira parte e, apesar de pouco rematadores, fomos a equipa com mais bola, mais ofensiva e perigosa.
Na segunda parte tivemos mais dificuldades em saír a jogar e, nos últimos dez minutos, em afastar o jogo da nossa grande área. Acusamos talvez maior desgaste que o adversário (que fez mais pela vida nesta fase do encontro, que bem precisavam), as substituições também nos tiraram algum fulgor (dois jogadores que há alguns meses não competiam). E, há que o dizer porque foi bem evidente, empurrados pelo senhor do apito.
Ainda assim, nunca nos deixando sufocar e espreitando o contra ataque, criando a melhor situação de golo da segunda parte.
Algumas notas:
- Desta vez jogou os 90 minutos, talvez o melhor jogo completo que fez com a nossa camisola. Acho até que esta insistência em Diego Lima, nesta fase final da época (mesmo tendo em conta que só agora é possível...), será também uma hipótese para o brasileiro justificar a aposta na próxima. Incomparavelmente mais intenso nas disputas de bola, raramente se escondeu do jogo, procurando e oferecendo linhas de passe em zonas recuadas para organizar o ataque. Contribuiu para a boa circulação de bola que se fez (a espaços), tentou por diversas vezes fazer uso da capacidade de desmarcar os colegas. Vamos ver como estará nos próximos dois desafios.
- Exibição segura de Mika fora dos postes (a resolver à força se for preciso, sem hesitações), soberbo entre deles. Não é de agora que os nossos guarda redes mostram evolução, a razão só pode ser Alfredo.
- Wei e Correia de regresso. O brasileiro não conseguiu mostrar aquilo que é realmente forte, a velocidade, algo compreensível depois de meses sem competir. Sacou um bom cruzamento que quase dava golo do Zé. O chinês à sua imagem: muito mexido e lutador, tentando rapidamente a desmarcação. Interessante como dá luta nas bolas aéreas, mesmo com pouca estatura. O nosso remate mais perigoso vem do seu pé direito, à barra (depois de uma boa jogada do Lima).
- Bom jogo de Idriss (desta vez a 'exagerar' nas melhorias com bola, até fintas conseguiu meter), assim como da dupla de centrais, certinhos quer na antecipação quer a limpar nas zonas perigosas.
Mais um para a lista de Afonso. Desta vez com poucas aventuras no ataque (à semelhança de Beck), cumpriu bem a defender o mais perigoso do adversário.
Em suma, não sendo brilhantes nem fazendo um jogo muito conseguido, fomos mais uma vez competentes e consistentes o suficiente para somarmos mais um ponto fora de casa e alcançarmos, pela segunda vez esta época, a marca de três jogos sem derrotas.
Podem ouvir aqui as reações na sala de imprensa, fruto do trabalho da Rádio Portuense:
https://soundcloud.com/radio-portuense-voz_da_invicta/conferencia-de-imprensa-de-alfredo
https://soundcloud.com/radio-portuense-voz_da_invicta/conferencia-de-imprensa-de-mika
Para a semana, sonho seria ver o nosso Bessa cheio com os nossos adeptos. Celebration! Bem merecemos. 18 horas de domingo, é marcar na agenda.
Força Boavista!
domingo, 10 de maio de 2015
Vamos a eles: Arouca
Uma das últimas oportunidades para conseguirmos duas vitórias consecutivas, assim como repetir uma série de três jogos sem derrotas (algo que só conseguimos entre a 4ª e 6ª jornadas). Moralmente não podiamos estar melhor, como é óbvio. Tal como a Petit, não nos passará pela cabeça haver facilidades, até porque uma vitória fora, com boa presença dos nossos adeptos, é algo que perseguimos há muito. E já merecemos fazer uma viagem de regresso a festejar no pleno.
O adversário não vence há dois jogos e está também há dois sem pontuar em casa (Paços e Belenenses). Estão mais ou menos como nós nestes últimos tempos: praticamente safos, falta-lhes a matemática para garantirem o objetivo manutenção. Perdendo poderão ficar numa situação delicada, mesmo se conseguissem vencer terão que esperar pelo resultado do Gil.
Diferença em relação à equipa que nos visitou praticamente só as opções na frente, que são mais e melhores fruto de empréstimos de estarolas (Kayembé e Yuri).
Quanto a nós, veremos se vão haver muitas mudanças dada a nossa situação. Brito e Tengarrinha são baixas certas (castigados), será provável a entrada de Léo, mais dúvidas no substituto do médio. Veremos se é Anderson (confesso que gostaria que fosse o brasileiro, já que desde Barcelos que pouco contribui) ou se a opção passa pelo regresso de Reuben (que foi suplente utilizado no último jogo). Como terceiro elemento é provável que se mantenha o mesmo tipo de abordagem dos últimos desafios, passando a opção por Lima ou Cech.
Força Boavista!
quinta-feira, 7 de maio de 2015
quarta-feira, 6 de maio de 2015
Boavista de Primeira
O que sabíamos há algumas semanas - e confiávamos à meses - confirmado agora pelos números. Três jornadas - as primeiras - menos de um mês (27 dias para ser exato) foi o tempo que estivemos abaixo da linha de água. Brutal, tendo em conta as condicionantes e aquilo que o mundo futebolístico nos vaticinava.
Na tabela, dependemos de nós para subir um lugar, podendo a classificação final oscilar entre o 9º e o 16º lugar.
Este desafio com o Moreirense espelha um pouco a época que fizemos: evolução contínua, atitude e competência dentro das quatro linhas, apoio incondicional fora delas.
Dizia na antevisão à partida que seria bom mantermos a eficácia defensiva que temos mostrado nos últimos tempos, acrescentando melhorias no setor ofensivo. Foi isso mesmo, um género de upgrade em relação ao último desafio, mesmo sem mudanças no onze. Frente a um adversário de valor, que se apresentou no Bessa para discutir o resultado e os três pontos, soubemos ser afoitos no ataque, adaptamo-nos bem aos momentos do jogo, conseguimos ser eficazes na circulação de bola e seguros sem ela.
Algumas notas:
Fruto da evolução - de forma mais evidente desde o meio da primeira volta - melhoramos na consistência, o que nos permite apresentar um meio campo mais vocacionado para a posse de bola e, noutros casos, conseguir esticar o jogo como nos convém. Dois fatores que mais contribuem para esse facto: a evolução de Idris e a inclusão de Aaron no eixo defensivo.
- Confirma-se que o gabonês é um bom reforço e pode ser importante para o futuro. Continua prático, varrendo a zona sem contemplações, usando e abusando do poder físico, forte no jogo aéreo e na antecipação. É-nos útil não só no centro da defesa, mas também permitindo ao meio campo outro posicionamento e outras preocupações que não a proteção ao eixo central em exclusivo. Melhora jogo para jogo, e talvez tenhamos aqui um bom reforço para a próxima temporada, num setor que foi o que mais dores de cabeça nos deu ao longo da temporada.
- Idriss. Manteve, ao longo da época, a aptidão para o desarme, fazendo da estatura e poderio físico a sua principal arma. Foi-nos particularmente útil nesse aspeto, como a equipa precisava. Tem dificuldades com a bola nos pés, pagamos caro alguns erros individuais, mas também aí foi melhorando, sobretudo nesta segunda volta. Domingo teve o prémio merecido (e que já ameaçava), a ajudar até a algum reconhecimento que nunca lhe foi dado pela maioria dos adeptos.
- Lembro-me de no jogo da primeira volta, em Moreira, ter referido que as bolas paradas, por si só, ganham pontos, havendo jogos que se decidem consoante a eficácia nesse tipo de lance. Curioso que nos dois embates com os Moreiras foram marcados cinco golos, sendo quatro deles de bola parada.
Fomos inconstantes ao longo da época neste aspeto, melhorando num ou noutro desafio (Guimarães e Belenenses no Bessa, Penafiel fora, por exemplo), mas, na maioria das vezes, estivemos mal. Quase sempre pela bola mal batida, nos cantos e livres. Domingo fomos implacáveis.
Defensivamente, melhoramos nestes lances desde o início da segunda volta, em que mudamos a forma de os defender. Sem dúvida para melhor, apesar do golo sofrido no domingo.
- Momento Farygol. Bota lágrima nisso. Eterno. Não há palavras.
- Claro que é óbvio. Depois do trabalho feito esta temporada, não há motivos para mudar. Também Petit precisou de evoluir, mas foi aqui - na aposta nesta equipa técnica - que começamos a ganhar a época.
Próximos tempos falaremos da temporada que está a acabar, histórica na vida do Clube. E da nossa, Adeptos.
Abraço a todos os Boavisteiros! Estamos de parabéns.
Próximo objetivo: invadir Arouca.
Força Boavista!
sábado, 2 de maio de 2015
Venham eles: Moreirense
Tenho muito 'respeitinho' por este Moreirense, em casa ou fora é das equipas que mais dificuldades cria a todos os adversários. Das sete equipas apontadas à luta pela manutenção foi, de longe, a de melhor desempenho e a que mais cedo sossegou. Rivaliza connosco como revelação do campeonato. Nas últimas cinco deslocações, duas vitórias e apenas uma derrota (fora, são a melhor equipa abaixo do 6º class.)
Duas curiosidades: tem no plantel um nosso ex-jogador da 2ªB, Leandro; são a única equipa na primeira divisão que também defrontamos nesta nossa passagem pelo terceiro escalão (em 2010, então 0-0 no Bessa).
Será dos desafios mais exigentes dos últimos tempos, não só pelo adversário mas também pela necessidade de limpar a imagem deixada no último desafio. E, claro, pela ambição de subir alguns lugares na classificação. Que se mantenha a consistência e segurança defensiva e que consigamos ser melhores ofensivamente. Em caso de derrota, será a nossa pior série de cinco jogos (empatando, igualamos com 3 pontos em 15 possíveis).
Na defesa, a habitual dúvida na direita (veremos se voltamos a ter Beckeles) e no eixo, já com Sampaio disponível, é provável que se mantenha a mesma dupla do último jogo.
Curiosidade sobretudo em ver como se vai formar o meio campo ou a forma como abordaremos o desafio: se com maior aptidão defensiva (Idris e Reuben, mais Tengarrinha), se mantemos a linha dos últimos desafios tentando dar maior importância ao momento com bola (Idris ou Reuben, mais Tengarrinha e Cech). Inclino-me mais para esta última, não esquecendo Carvalho que também poderá entrar na equação.
Na frente, não é de descurar alguma mudança: Léo para o lugar de qualquer um dos três habituais (mesmo Uchebo, podendo jogar Zé no meio).
Temos que fazer tudo por estarmos melhor que no último jogo, voltar a ter aquele espírito de conquista que nos valeu 23 pontos em nossa casa, voltar a dar o apoio incondicional à equipa, mesmo quando as coisas... emperram.
É desta. Força Boavista!