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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Vamos a Eles - Tondela


A outra finalíssima, jogo de vida ou quase-morte.
Vencendo entramos nos lote de primeiras  equipas a fugir ao lugar de despromoção e damos um valente empurrão ao adversário. E só mesmo a vitória interessa, o empate será um [pouco menos] péssimo resultado.

Curiosidade para ver a abordagem de Sanchez ao desafio, mesmo sendo provável poucas alterações. Na estrutura devem manter-se os dois médios defensivos, atrás de Rúben Ribeiro (ou será um regresso do losango?). No onze, talvez dúvida sobre o avançado  (Iriberri, Zé, Uchebo ou Uche) e do regresso ou não de Afonso.

De resto, a receita é simples e é a mesma do último desafio: atitude e intensidade no campo, mini-Bessa fora dele. Apoiar sempre, de início ao fim.

Força Boavista!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Venham Eles: Vitória de Setúbal



Chegamos ao ponto sem retorno. A distância para os dois clubes mais próximos é grande (7 pontos), para os restantes é já um enorme fosso (10), o que resulta numa margem de erro nula.
Das 17 partidas que faltam, não há volta a dar: algumas são finais, outras finalíssimas. Os próximos dois encontros enquadram-se neste último lote. Ganhar, dê por onde der.

Para hoje, só um objetivo: dar sequência àquela reação positiva no jogo da Taça.
Na mentalidade e atitude da Equipa, e nas bancadas, voltando a fazer do Bessa a Fortaleza. Só isso. E os difíceis três pontos serão nossos.

Os regressos de Vinicius, Afonso e Luisinho são boas notícias, veremos como Sanchez aborda o desafio.

Todos ao Bessa. Força Boavista!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Mas o que é isto?



This is Boavista! E com todo o orgulho do mundo. Não há milhões nem ajudas, há dificuldades e condicionantes, sobra alma, raça, união.
É assim, é isto que nos faz diferentes, é com estes argumentos que iremos à luta para a vencer. E venceremos.

Mais que tudo, pedia-se sinais. Pedia-se algo que nos fizesse acreditar em nós próprios, que nos unisse como nunca. A resposta foi, a todos os níveis, exemplar. No campo e na bancada, na atitude e na crença, na postura e confiança. É um facto que perdemos por culpa própria, que não soubemos traduzir a [surpreendente] superioridade em muitos momentos do jogo, que erramos mais que o permitido quando se defronta uma equipa forte como esta, mas fizemos um bom jogo, dos melhores dos últimos tempos.


Algumas notas:

- Unidos. Antes, durante e depois. Pode significar nada, pode ser muito, um indicador que todos perceberam a importância deste momento na vida do Clube e até nas carreiras de cada um.
É normal as equipas unirem-se antes do desafio, naquele típico grito de união dos jogadores. Quarta feira foi diferente. O 'grito' foi dado junto ao banco de suplentes, com os titulares, suplentes, treinadores e dirigentes. Juntos. E aposto que com um pouco da Alma de cada um de nós, Adeptos, lá no meio.
Durante o desafio viu-se uma equipa aguerrida e solidária, a reagir às adversidades. No final, depois de toda aquela emoção, a primeira reação de alguns dos nossos foi a de confortar o nosso 'miúdo'. Em correria. Mais importante que a amarga derrota, estava em causa recuperar o jovem após o momento infeliz.

- Pelo menos, já deu para perceber que o nosso Sanchez não é teimoso. E isso é bom. Mudamos na abordagem ao desafio, resultando numa equipa mais compacta, mais apta a pressionar e mais de acordo com aquilo que o jogo pedia. Mesmo mantendo o 442, Sanchez pela primeira vez mudou a estrutura, passando de um losango no meio campo para uma linha de quatro e, mais importante,
todos souberam pôr em prática aquilo que estava no papel. Funções exigentes para cada um dos jogadores, quer por não estarem nas posições de origem, quer pela exigência do próprio desafio. Mostramos, pela primeira vez desde há pouco mais de um mês, alguma evolução, defensiva e, principalmente, ofensivamente.

- Demoramos mais de meio ano para percebermos que a posição mais em falta no plantel era a de um médio criativo, mais responsável pelo momento ofensivo, que saiba dar alguma sequência à posse de bola no último terço. Que organize um pouco o nosso jogo, capaz de temporizar e circular. Parece coisa pequena, mas tem uma influência brutal no comportamento global da Equipa.

- Individualmente, destaque para Rúben Ribeiro. Para quem vem de meio ano sem competir, abriu o apetite para o que aí vem. Técnica e inteligência de jogo não lhe falta, veremos o resto.
Renato já tinha entrado bem no jogo para o campeonato, quarta confirmou a subida de forma. Muito mais intenso na disputa de bola (a posição assim exigia), melhor no posicionamento, mais confiante quando parte para cima dos adversários. Dar-nos-á um jeitaço um Renato assim.
Muitas vezes mal amado e injustiçado por nós próprios, mesmo sendo um dos capitães. Bom jogo do Idris, naquilo que ele é realmente útil: muito bom nas segundas bolas, nos desarmes e na luta a meio campo, importante a proteger a dupla de centrais. Também Gabriel em bom plano.


Em grande a Fortaleza. Tenho a certeza que vamos continuar assim, a apoiar os nossos rapazes de início ao fim, a infernizar a vida aos adversários, a sermos decisivos na conquista de pontos.
Quatro dias para a primeira de uma série de finalíssimas. A exibição e esta subida de moral só faz sentido se dermos sequência ante o Setúbal. 'Tamos juntos para a luta.


Força Boavista!


PS.: Os mimados do mercado. Absolutamente ridícula a forma como analisam e reagiram o jogo, nas declarações dos responsáveis, nos blogosfera azul, até na sua própria revista cor de rosa. Ainda incrédulos por serem encostados às cordas por uma equipa de tostões mas com uma alma de milhões e por sentirem tremido o apuramento para as meias que, para a esmagadora maioria, era um facto consumado. A culpa é do árbitro. Realmente, comparando com a restante 'elite', só muda a côr. O cheiro é o mesmo.
E esqueçam lá os chamados tiques de equipa pequena ou anti desportiva. Amarelos por perda de tempo, jogador a reentrar para o meio do campo só para a assistência e substituição, etc. Longe de imaginarem que tal seria preciso.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Venham Eles: Derby II


Duas breves notas sobre o grande jogo de logo:

A Fortaleza tem, obrigatoriamente, que voltar a ser o que já foi num passado recente. Mesmo com o orgulho ferido, é o Símbolo que precisa de nós, mais que nunca. E precisará nos próximos tempos. 

Não se deve exigir a vitória, vingança da goleada ou um jogo épico da nossa parte.
Queremos acreditar que é possível, queremos sentir que todos puxamos para o mesmo lado. Que estamos e estaremos juntos para enfrentar as dificuldades que se avizinham!


 Carta de um associado aos Boavisteiros, vale a pena a leitura e respetiva reflexão:



Força Boavista!

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Os Protestos e as Dispensas


foto do derby de domingo.

Não gosto de todo e qualquer protesto (organizado e pré concebido) que coloque em causa o apoio ao Símbolo durante um desafio. Fere a Alma, revolta, entristece. Mas há momentos em que tal é aconselhável e legítimo, como é o caso. E vindo de quem vem, essa legitimidade merece ser ainda mais vincada.

O grupo de trabalho, mais que falta de vontade, atitude ou querer, dá sinais de instabilidade. De descrença, neles próprios e no que os rodeia. De medo, de gritante falta de confiança. E isso, no ponto em que estamos, mais que do(s) treinador(es), é responsabilidade do departamento de futebol. Portanto, à partida, e olhando também à balbúrdia que reina à volta do plantel, com entradas e saídas, dispensas, repescagens e castigos, lesões e aptidões, discursos e silêncios despropositados, o destino dos protestos deveria ser outro. A não ser que o alvo da nossa Claque não tenha sido, em exclusivo, os jogadores.

 foto de arquivo 

O próprio Clube reconhece que algo não está bem, quando recentemente anunciou uma "profunda remodelação" na SAD. E percebe-se isso, mesmo no cimo da hierarquia, quando constatamos que nem com um microfone à frente se consegue fazer algo de realmente positivo. Falta saber se é mesmo para melhorar ou não passa de mais uma operação de cosmética.


Rúben Ribeiro, que já passou pela nossa formação.

Cinco saídas oficializadas nos últimos dias: Diego Lima, Leozinho, Rivaldinho e Pouga dispensados, Inkoom transferido. Com alguns meses de atraso, concluiu-se que o plantel é desequilibrado, precisa de reforço e que a pouca utilização de alguns é, afinal, condizente com a sua qualidade ou pouca competitividade.
Do trio brasileiro, Lima foi o que teve mais chances para agarrar o lugar (no final da época passada e nos primeiros dez! desafios da presente). Não o conseguiu porque não foi capaz, não teve qualidade e intensidade para tal, mesmo sem concorrência ao lugar (Ancelmo foi primeiramente dispensado, convém relembrar; e neste caso sim, dispensa 'técnica', sem dúvidas) .
Léo parece bom rapaz, assim como possuir bons pés. Não chega. Sempre inconstante, o problema pareceu mais mental que físico, técnico ou tático. Não deu mais.
Pouga, cedo se percebeu a razão da pouca produção e escassa utilização. Demasiado estático e posicional, lento e pouco útil no jogo da equipa.
Rivaldinho é uma daquelas apostas... primeira experiência na Europa, demasiada mediatização para a qualidade que mostrou. Oportunidades foram poucas, mas teve-as. Em nenhuma ocasião mostrou que poderia ser útil ou sequer com capacidade para evoluir rapidamente, como precisamos.
Inkoom foi a única transferência. Sempre revelou dificuldades a defender, o que para um lateral não é nada positivo. Não passou das boas indicações na pré-temporada, nunca conseguindo estabilizar o seu jogo tornando-se minimamente consistente. Ainda perdemos uns pontitos graças à sua aparente... descontração. Pareceu com mais queda para as passerelles que para os relvados.
E ficou-se por aqui porque é tarde e o mercado de janeiro só permite cinco alterações (provavelmente nem teríamos capacidade para mais...).

De entradas, duas para já, faltarão três: Rúben Ribeiro, o Quaresma dos pobres (tecnica e mentalmente...), e Imagol, avançado argentino de 28 anos, que fará a sua estreia em campeonatos europeus. Haja fé.

Tarde, muito tarde, mas é acreditar que seja isto o que precisamos. Não é fácil...


Força Boavista!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

5 Chapadas




De rastos. Humilhados pelo resultado e pelo gozo face-to-face dos nossos vizinhos. Revoltados com o estado da nossa Equipa. Envergonhados pelas declarações dos responsáveis máximos, numa tentativa de minimização da derrota (e da culpa também). O que nos ocorre: poderemos ficar, mantendo este ritmo e de alguma forma, ainda piores? Será possível?

Já estamos a seis da linha de água, com o lanterna à distância de dois pontos. Igualamos a nossa pior série de sempre, em jogos da Primeira divisão: jogos sem vencer são 13, 4 derrotas consecutivas, 8 nos últimos 9 jogos, média de três golos sofridos nos últimos 5 desafios. Verdade, estamos quase a tornar-nos no pior Boavista da História.
Não falaremos já das duas finalíssimas que nos esperam (antes das outras...) no início da segunda volta, mas serão certamente dos jogos mais importantes de à 112 anos a esta parte.


Duvido que houvesse um único Boavisteiro otimista para este Derby, ou melhor, conscientemente otimista, já que força, vontade e muita 'fé'zada de bater nos rivais jamais nos faltará.
Fomos atropelados pelo Moreirense há uma semana (e com mais argumentos), fizemos tudo (e aconteceu-nos de tudo) para oferecermos uma refeição gourmet ao adversário. Acabamos dizimados.

Abordagem, de novo, desconcertada e inadequada, tendo em conta o nosso momento e a força do opositor. Expusemo-nos ao massacre, as infindáveis adversidades fizeram o resto. Culpa nossa, não há aqui dedo do além nem cúmulo do azar. Merecemos todas as contrariedades.
À exceção de um assombro de crença e reação, algures no início da segunda parte, foi tudo mau demais: sofrer quatro dos cinco golos em inferioridade numérica, perder o Capitão (e talvez o nosso melhor jogador) para o resto da época, esgotar as substituições por lesões, adaptar e voltar a fazê-lo posições e jogadores, estrear jogadores... enfim, difícil tentar perceber. E depois junte-se a titularidade sete dias depois da dispensa, as dispensas cinco dias após a titularidade, o arrumar para a bancada depois da aposta, os impedimentos de última hora, etc, etc. Factos e atitudes ainda mais difíceis de perceber.


Custa e vai deixar marcas, mas são três pontos que, sejamos honestos, não estavam nos planos. Bem longe disso. É uma derrota da alma, que deixa o orgulho ferido. 

Como se disse no início, de rastos. E assim se continuará até quarta feira. Aí logo se verá, o que tem que haver é sinais de reação. Pela amostra, nada fácil.


Força Boavista!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Negro




O cenário é mesmo demasiado negro. E por duas perspectivas: por um lado o momento atual, ou seja, três pontos abaixo da linha de água e a nove do 15º; dez pontos em 16 jogos, exigem uma segunda volta não boa nem ótima, mas fantástica, e em tudo diferente da atual.
Por outro lado, a escassa esperança de melhorias perante esta instabilidade evidente, esta desorganização de cabeça perdida e constantes tiros nos pés.

E foram demasiados nos últimos dois meses, precisamente devido a essa instabilidade e incapacidade em perceber e corrigir o que, de facto, está ou é escasso. Diria até, fazê-lo com seriedade, sem intenções de falsas culpabilizações .

Primeiros sinais mais fortes de desnorte aquando das estranhas dispensas ainda em novembro, ao que se seguiu não a saída de Petit, mas os contornos em que esta aconteceu. Foi mais que uma chicotada psicológica por maus resultados, foi o desacreditar que aquela mentalidade não era a adequada - mesmo tendo em conta as nossas condições - e, começando a não o apoiar, partir do princípio que o mal principal estava no treinador.


Mas virando a agulha para mais tempos mais recentes. Ganhamos, de facto, algum alento depois da saída do Armando. Injustamente derrotados em Arouca (exibição um pouco na sequência da boa primeira parte ante o vitória), razoáveis no Bessa frente ao Estoril (na estreia de Sanchez) e vitória justa na Taça. Depois, de novo, a realidade: três jogos fundamentais para pontuar, zero pontos, nota zero na exibição, zero de algumas melhorias.

E dados novos: algumas vezes acusados por ser uma equipa demasiado defensiva e com pouca imaginação ofensiva (em princípio só porque sim, por mera opção e porque apetece), passamos de 7ª defesa menos batida da Liga para a 5ª pior (sofrendo 9 dos 22 sofridos em apenas 5 jogos); começamos, algo a que não estávamos habituados, a perder 'finais'. A perder força e mentalidade, depois de há muito termos perdido a fortaleza. As tais finais, os jogos em casa contra concorrentes diretos - para ganhar - e os fora contra esse mesmo tipo de adversários - para pontuar. Claro, é feio. Ou é feio querermos o futebol agradável, equilibrado e de posse, ao invés de entrar com unhas e dentes para aquilo que mais precisamos: pontuar e sobreviver.


Nós não fomos buscar o Sanchez, o melhor dez de sempre do futebol mundial, o eterno #37. Não. Fomos contratar um treinador sul-americano, com experiência acumulada nos últimos dez anos no futebol boliviano, dos quais apenas os últimos quatro em clubes, e conhecedor do futebol português até 2004, ano em que se estreou como treinador. Poder-se-á dizer que foi a opção possível, e olhando ao tempo de demora, pelos avanços e recuos, que foi a 347ª escolha. Mas, sem dúvidas, temos que apoiar, e devemos fazê-lo, pelo menos por agora.

E, claro, vamos continuar à espera para ver do que o nosso treinador é capaz, apesar dos sinais não serem os melhores. Percebe-se a tentativa de rapidamente conhecer os jogadores e características da equipa, mas aquela abordagem ao jogo com o Moreirense no Bessa não lembra ao diabo. Não mesmo. É caso para perguntar se nos jogos que Sanchez devorou calhou algum do Boavista.


O principal problema e que já vem do tempo do Petit, continua. As opções, o plantel que é escasso e imensamente desequilibrado, que comparativamente ao do ano passado é melhor defensivamente, igualmente parco em opções minimamente credíveis, e sem metade da vontade em entrar nos eixos.
Não nos enganemos: o caso não está perdido, mas o alarme já disparou. E começou por fazê-lo baixinho para alguns, dando a pensar que um ou outro retoque ou uma mudança de líder seria suficiente. Não é. Vai ser preciso muito mais que um murro na mesa, é preciso desfazê-la em pedaços.
São precisos reforços, mas reforços à séria, daqueles que entram no grupo para realmente aumentar a qualidade e ajudar no imediato a equipa. É preciso blindar, unir, disciplinar, foder-lhes a cabeça ou seja o que for, mas cumprir com eles e pôr o grupo em sentido, com uma missão única e divina como objetivo. É preciso refletirmos e percebermos que estamos todos a puxar para o mesmo lado, e aí pegar no cachecol e gritar até perder a voz, seja a apoiar, seja a criticar. É preciso estar lá na luta.
Até porque não é uma já de si grave e desagradável descida de divisão que está em causa, é obviamente muito mais do que isso.
 


Força Boavista! Venha o Derby. Até os comemos.