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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Vamos a eles: Gil Vicente
Segunda final fora de casa, jogo complicado e de vital importância para o nosso objetivo. Fundamental para nós e para eles (talvez ainda mais), estão em jogo os pontos, o confronto direto e a forma (psicológica, pelo menos) como poderemos encarar as próximas batalhas.
O adversário está, de facto, melhor que quando nos visitou na primeira volta e tanto nos dificultou a vida. Mantem os argumentos ofensivos (alas e muito boa referência no eixo do ataque), mas é mais atrás que está diferente. No meio campo ofensivo claramente para melhor (culpa de Ruben Ribeiro, e da facilidade que tem em dar boa sequência aos ataques), mantendo os problemas no eixo da defesa. Os dois centrais chegaram em janeiro, não sei se melhoraram muito ou não, mas denotam ainda muitos problemas nessa zona (pelo que vi não fiquei com nenhuma pena do Cadú não ter regressado).
Últimos cinco jogos no campeonato perderam um (com o estarola verde), sendo que nos últimos quatro em sua casa também só têm uma derrota (levaram cinco do estarola azul), vencendo a Penafiel e Paços, empatando com Vitória de Setúbal. Nada, nada fácil...
Precisamos da receita dos últimos dois jogos: concentrados, bem na ocupação dos espaços e consistentes na defesa e meio campo. Ir crescendo com o jogo e evitar os tais erros que por vezes são uma machadada na discussão dos jogos.
Preocupação extra dada a ausência de Idriss, que seria particularmente útil neste jogo. Reuben será o seu substituto natural, como [ou um dos] elemento mais recuado do meio campo. Tengarrinha estará de regresso, dúvidas no terceiro homem: Carvalho não tem estado brilhante, é verdade, mas tem contribuído para as melhorias na consistência. Jogando o brasileiro, Tengarrinha poderá ocupar posição mais adiantada (como em Coimbra), sendo igualmente útil naquela primeira pressão ao início dos ataques do adversário (algo que Cech poderá não ser tão eficaz). Sendo o eslovaco titular (e aqui julgo que só Anderson lhe poderá dar o lugar, salvo alguma surpresa), ganharemos soluções ofensivas e talvez maior poder de contra ataque (lembro-me dos bons sinais dados no jogo em casa frente ao Braga - Tenga e Cech -, se bem que com Idriss mais atrás).
Na defesa, a dúvida prende-se com a lateral, gostaria de ver o regresso de Beckeles à direita.
À frente, faz todo o sentido apostar em Brito, depois das boas exibições em Coimbra e contra o porto. Nas outras duas posições, Uchebo e Zé na primeira linha, Léo e Pouga para o que for preciso. Veremos o onze de Petit, com a certeza que, os que jogarem, o farão com a raça e atitude que sempre demonstram.
Vai ser necessário estarmos no nosso melhor, no campo e na bancada, não podemos deixar de marcar presença em Barcelos, fazer da união entre Equipa e Adeptos uma das nossas grandes armas. Apoiar, desde o início do desafio e não parar nos momentos mais complicados. Aliás, não parar nunca, como tem sido hábito.
Força Boavista!
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Aqui não há milhões, há alma
O primeiro de dois jogos fervilhantes no Bessa, daqueles que, não sendo das tais 'finais' (como na próxima semana), tem algo mais que os três pontos em disputa. Pelo menos para nós, Adeptos. Grande ambiente.
Na classificação, levamos o maior rombo dos últimos tempos. A diferença para a linha de água é de 4 pontos, 5 para o lanterna vermelha, isto apesar de mantermos a 13ª posição.
Hoje vai por notas:
- Prosseguem os melhoramentos na consistência. Na linha da semana passada, estivemos bem nesse aspeto, de novo nota positiva para os centrais Sampaio e Santos. Afonso continua a dar cartas na esquerda, três adversários difíceis no mesmo jogo, nunca lhes facilitou a vida. Acerto defensivo (permitimos poucas chances ao poderio ofensivo do adversário, facto) que conta também com o acerto da dupla de meio campo, neste caso Idriss (mais um bom jogo) com o bom regresso de Gabriel.
- Abordamos o jogo como temos feito. Tentado, pelo menos. Prioridade à segurança defensiva primeiro, mesmo que a manta encurte e mais elementos sejam precisos, ir tomando a pulsação à partida e ir crescendo para o jogo. Consoante o seu estado.
Meio da segunda parte. Tinhamos acabado de passar pelos melhores momentos: por cima e o adversário a acusar, perigo na área contrária, alguns cantos e livres, uma e outra saídas bem conseguidas e, sobretudo, vinte minutos sem aproximação com perigo à baliza de Mika. E havia que mexer, que decidir. A comunicação social elogia-lhe a perspicácia. Arte, visão, saber. Um estalar de dedos singular, braço erguido, o esquerdo, o da braçadeira, mindinho e anelar bem juntos, os únicos em contacto com a superfície palmal. Chamados então o ex-Barcelona e o argelino de 50 milhões, para tentar resolver o imbróglio parte II.
Já Petit com uma decisão bem mais difícil. O nosso médio mais utilizado de fora, Reuben de regresso dois meses depois e em inferioridade física (num é, cabrón?), o eslovaco sem intensidade para isto. Haveria duas opções: Beckeles, direto para o lado de Idriss; ou o que se fez, recuo de Anderson (para cima do 'dez' deles), Cech para o lugar do brasileiro. Difícil decisão, mas que acabamos por ficar a perder, porque (e aqui não será criticável) tentamos tirar algo mais do jogo, nos últimos vinte minutos. Poderá não ter sido por aí, mas, parece-me claro, teve a sua influência naquele crescer dos azuis nos dez minutos que se seguiram à substituição. Sobretudo na menor proteção ao eixo central.
- As bolas paradas. Um grande foda-se!! Porque é também neste aspeto que podemos reequilibrar um pouco os duelos (e podemos tirar partido da estatura dos nossos). Raramente conseguimos sequer ganhar um lance de cabeça, na maioria das vezes porque a bola é mal batida (até tu, Cech). Defensivamente, nesse tipo de lances, mudamos um pouco em relação ao passado: optamos por marcar (só) individualmente, e houve sinais que realmente podemos melhorar se continuarmos assim.
- Léo/Uchebo. Não sei por onde anda a cabeça do brasileiro. Pés e velocidade, mas sem mona nada feito. Vamos lá tentar recuperar, acredito que ainda nos venha a ser muito útil. O nigeriano, de novo, mexeu com o jogo. Com o jogo, com os defesas contrários, com o nosso contra ataque. Na ala outra vez, onde dá sinais de ser realmente mais consequente.
- Reparem na linha de ação deles, parece mesmo que o espanhol viu outro jogo. Bem sei que a guerra é outra, o inimigo mora longe, mas o jogo foi connosco, estou-me a cagar para o resto. O hipotético penalty é bem cavado, sim senhor. É mais a perna do espanhol que espera pelo contacto do Dias, mas nesse lance até dou de barato. Mais difícil de perceber (porque não são lances de difícil análise), é a falta de três cartões: um ao Dias, pela entrada ao Hernâni; ao Angel, por parar o contra ataque (a sério, nós vemos destes erros básicos nos jogos com outras equipas?!) e, claro, a pior atrocidade de todas, a ausência de cartão ao Jakson.
De bradar ao céus, o que prova até o temor que estas bestas têm dos estarolas, é o lance do 1-0. Primeiro, a falta é duvidosa sobre o Brahimi, mas, a ser assinalada (como foi), tem é que ser marcada (como não foi). Imaginam isto ao contrário?
Em suma, uma derrota cai sempre mal, ainda para mais num derbi. Fica a sensação que tudo demos dentro do campo, fizemos tudo que estava ao nosso alcance, mas não foi suficiente perante os argumentos do adversário. Precisavamos de um pouco mais de sorte, há que o assumir. Procuramo-la, fizemos tudo para conseguir pontos. Enorme apoio das bancadas, nos maus momentos, nos bons, no início e depois da derrota.
ps: Perdemos, perdemos bem, mas não temos vergonha de assumir o jogo que fazemos. Jogamos as cartas todas que temos com aquilo que podemos ter, e com trabalho, humildade, união. Porque vem de dentro, do orgulho, da vontade em fazer mais, sempre mais, com menos, muito menos. Não esperem vassalagem, nem barrigas de aluguer. Berramos, sempre!, quando somos prejudicados e não nos calamos quando convém por interesses [dos] maiores. Em espécie, somos diferentes, por muito que não entendam.
Para nós, há norte e sul, há mouros e benfica de azul. Tudo a mesma merda, nota-se sempre que nos visitam.
Força Boavista!
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
Empate em Coimbra
Um pouco amargo dados aqueles festejos fora de horas (e podia ser bem pior), foi um resultado que se deve considerar positivo, ainda para mais garantindo a vantagem no confronto direto com os 'estudantes' e mantendo os adversários à distância. Três equipas entre nós e a linha de água, que está a 6 pontos.
Não ferimos de morte a questão da permanência, mas, como vem sendo hábito, demos mais um passo sólido (num jogo quase proibidos de falhar) rumo ao objetivo.
Defesa e meio campo dentro do expectável, destaque para Carvalho que manteve a titularidade, fazendo dupla recuada com Idriss, deixando-se Tengarrinha como o médio mais solto (à semelhança do último desafio em casa). No ataque, de novo a aposta na dupla Quincy/Pouga, Uchebo e Zé no banco.
Entramos com as cautelas que a importância do jogo exigia, prioridade ao posicionamento defensivo, concentrados ao máximo para não abrir brechas cá atrás (nem cometer aqueles erros malucos que nos são característicos). Laterais comedidos, médios intensos e pouco dados a desposicionamentos (com Tenga a funcionar bem como primeira pressão), mesmo os alas com meio olho no contra ataque, outro no lateral oposto. Jogo ofensivo resumia-se às investidas de Brito e Quincy, o jogo aéreo de Pouga, uma ou outra bola parada. Como já o disse aqui e várias vezes o temos feito: tentativa de sermos seguros e consistentes, primeiro, para depois ir crescendo com aquilo que vamos tirando do jogo. E tentando aproveita-lo.
Foi o que fizemos bem na segunda parte. Entramos mais afoitos, aumentamos a confiança quando na posse de bola, um pouco mais consequentes e pressioanntes no meio campo ofensivo. Os avançados lançados por Petit ajudaram a alguma superioridade e a que fôssemos a equipa que mais perigo criou nesta segunda metade. Tentou-se dar outra profundidade e melhor definição das jogadas com a entrada de Cech, mas acabamos por ficar a perder mais atrás, com a troca de Anderson (até aí boa dupla com Idriss) por Tenga. E ressentimo-nos um pouco no meio campo, mesmo em superioridade numérica (o jogo até se partiu e, apesar de o controlarmos menos, criamos aí as melhores chances).
Algumas notas:
Bom jogo da dupla de centrais, Sampaio e Santos, ambos muito bem na leitura dos lances, o que lhes permitiu antecipar e resolver grande parte dos problemas. Dias cumpridor (mesmo com o amarelo cedo e com o chato do Marinho toda a segunda parte) e mais um belo jogo de Afonso.
Ajudou imenso a este desempenho defensivo a dupla de meio campo. Gostei da intensidade de Carvalho, mas é Idriss que merece o destaque; excelente no desarme, muito atento ao posicionamento, raramente perdeu um duelo. À exceção de uma perda de bola em zona proibida ainda na primeira parte, fez um jogo muito bom.
Zé Manuel e, principalmente, Uchebo conseguiram mexer com o jogo: Pouga tem pontos fortes, gosto da forma como recebe de costas para a baliza, como ganha os duelos e faltas, no jogo aéreo e na área é rato como nenhum outro no plantel. O problema é quando o jogo não pede este tipo de avançado, como ontem não pediu. Uchebo conseguiu ser mais consequente, dar mais dores de cabeça aos defesas contrários, mesmo exigindo um tipo de jogo direto diferente em relação a Pouga (obrigatoriamente, não tão aéreo).
Quincy, de novo, não consegue tirar partido da técnica, procura mas não encontra o melhor caminho ou a melhor solução, mesmo forçando nos movimentos interiores. A fibra do Zé Manuel, com mais velocidade e sucesso nos duelos individuais, é-nos mais útil. Foi pena ontem não ter a eficácia que demonstrou, por exemplo, em Setúbal.
Nota final para aquela defesa do Mika. Esteve bem quando solicitado, relembro também uma boa saída dos postes já na segunda parte (que não é o seu forte) a evitar o cabeceamento do avançado.
Evitáveis aquelas cenas no final, ainda para mais num jogo em que o apoio e incentivo foram excelentes. Ali o que destoa são os festejos tão efusivos e prolongados de um golo que não existiu (o Zé e o Cech confirmam, olhando para o fiscal e mesmo assim continuam loucos da vida). Podendo festejar com os jogadores, o salto para o tartan é uma coisa vista por aí, ao contrário da violência usada para tentar normalizar as coisas.
Vinte e uma jornadas, vinte e um pontos, e mais um exame superado. Siga e venha o próximo, com o mesmo espírito e atitude, voltando a fazer do Bessa um inferno.
Força Boavista!
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
Vamos a eles: Académica
É a primeira de duas verdadeiras 'finais' fora de casa, com um jogo no Bessa a intercalar. Em caso de vitória damos um salto gigante na nossa luta pela manutenção, aumentando para nove os pontos de distância sobre o adversário de domingo e com vantagem no confronto direto (e é bastante provável que os dois perseguidores mais perto de nós não pontuem sequer, um na Luz, outro em Braga). Um empate será um mal menor, apesar de perigoso dado o calendário apertado.
Académica que é a equipa do campeonato com pior ataque (-4 marcados do que nós), menos vitórias (1), com mais empates (11) e a única que ainda não venceu no seu estádio (mas só perderam com os dois primeiros classificados). O momento é conturbado, fala-se por aqueles lados que em caso de resultado negativo contra nós poderá ser o último jogo de Paulo Sérgio. Para nós, sendo uma partida de quase tudo ou nada para o adversário, só aumenta o grau de dificuldade do desafio.
Na nossa defesa, alteração forçada na direita perante a ausência de Beckeles. Muito embora a boa prestação de Tengarrinha no último desafio nessa posição, é provável que seja João Dias a ocupar a vaga. Além disso, Aaron poderá ser presença nos convocados (pelo menos no banco, evitando que se vá a jogo sem centrais nas opções, como no último desafio). Titular ou não, logo veremos.
No meio campo, Idriss e a outra dúvida, Cech ou Carvalho. Não acredito no regresso ao onze de Gabriel, Lima será um pouco arriscado, mas depende de como Petit encarar o duelo no meio campo e como vai olhar para a debilidade ofensiva do adversário.
Ucheb e Zé Manuel seriam as minhas apostas para dois dos três lugares na frente. Talvez Quincy e podemos contar com Léo, Brito, mesmo Pouga para serem lançados no onze.
Importante vai ser o nosso apoio. Adorava que conseguíssemos uma boa presença no Municipal, os nossos rapazes merecem e será importante todo o apoio num jogo desta importância. O bilhete é acessível (dez euros) e o horário do jogo convidativo a um belo passeio a Coimbra.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
Ainda o empate nos descontos
Analisando estas imagens (min 5:50), não consigo ficar com a certeza que não é penalty. Vendo o lance ao vivo ou em imagem corrida pela tv, sem repetição, tenho a certeza que a esmagadora maioria dos adeptos diriam que há motivo para castigo máximo. Assim como há um outro lance na área vilacondense, igualmente discutível, entre Prince e Sampaio. E, já que estamos aqui para discutir, podemos ir à história da intensidade do puxão do Beck.
Incompreensível é esta reportagem do jornal ojogo. Lamentável. E mau jornalismo.
O lance é demasiado discutível, duvidoso e difícil de ajuizar pelo árbitro - além de não ser o único - para se dar tanto destaque. E desta maneira...
Tengarrinha, no seu Facebook:
"Há quem goste de nós. Há quem não goste. Há quem diga que temos qualidade há quem diga que não. Mas duma coisa ninguém pode duvidar , é da nossa vontade e do nosso querer , não desistimos por nada e temos a certeza do caminho que queremos para nós !!"
Mai nada, porque é ler isto que o autor da peça (pelo menos esse) merece e concerteza mais comichão lhe(s) causará. Mas calma, que isto não fica por aqui. Vão haver mais sapos por aí.
Força Boavista!
E Pontuamos
Começou a correr mal mesmo antes do início do jogo com a lesão de Cech, agravou-se aos 8 minutos com um duplo castigo máximo. Mesmo a soro, conseguimos nos manter no jogo, mantivemos a raça e atitude, acabando por ser premiados (a meias com um castigo à inépcia do adversário) com um golo nos descontos.
Na classificação tudo na mesma, só perdemos terreno para o único vencedor da ronda, o Gil. Vinte jornadas, vinte pontos, é só manter a média.
Alterações no onze, Carvalho no lugar de Cech, Pouga e Quincy titulares. Surpresa na saída de Uchebo da equipa para a entrada do ganês, talvez na tentativa de aproveitar o seu jogo interior e de reeditar o bom entendimento entre ele e Pouga no jogo para a Taça da Liga tirando partido da referência no eixo do ataque. Tengarrinha o médio mais solto, à frente da dupla de cobertura, Idriss e Carvalho.
Não entramos bem no jogo, apesar de sacudirmos a pressão com uma ou outra boa incursão no ataque. Tivemos problemas - mesmo numa fase inicial - no meio campo, em impedir circulação de bola do adversário e sobretudo em proteger a nossa zona central (again anda again). Na sequência disso mesmo, facilidades em excesso na origem do lance que marca o jogo, o penalty e expulsão. Reagimos na medida do possível, já sem o médio mais perto de Pouga (Tengarrinha para lateral), com dois médios mais posicionais, deixando o ataque às iniciativas de Quincy, ao jogo aéreo de Pouga e à desinspiração de Zé Manuel. Mesmo inseguros cá atrás, conseguimos circundar a área contrária, criando perigo um par de vezes.
Missão dificílima para a segunda parte, com menos jogadores e a ter que mostrar capacidade de esticar o jogo sem destapar fatalmente o setor defensivo (perante uma equipa muito forte a explorar essas nossas fraquezas). Boa troca de Uchebo por Pouga, dado o jogo direto pouco apoiado que tería que ser feito e em que o nigeriano encaixaria bem melhor. Conseguimos defender um pouco mais à frente, mesmo sem exercer grande pressão ao setor defensivo contrário (e em grande parte só aí eles faziam circulação de bola). É verdade que permitimos alguns lances de apuro junto da baliza de Mika (e mais à medida que o tempo avançava e mais arriscávamos), mas sobretudo conseguimos ir esticando o suficiente para podermos discutir algumas segundas bolas perto da área contrária, assim como tentar chegar perto através de lances de bola parada. Fizemos o possível, dadas as dificuldades e as condicionantes. Já com outros alas, com maior risco e a colocar mais de meia equipa na área adversária, conseguimos chegar ao golo.
Algumas notas:
Se já sabemos que não podemos desproteger a nossa zona central (se meio Hassan já era complicado para Sampaio/Santos, imagine-se um dois para dois), porquê saír a fazer a pressão ao médio mais recuado do opositor (que estava a cargo de Tengarrinha na maioria das vezes)? É que é um erro que teimamos em repetir. A culpa não é só do Idriss (que é quem sai a fazer a pressão), é também da falta de entendimento, que teria que existir, entre a dupla mais defensiva do meio campo. Demasiado mau ficarmos assim expostos aos centrais que não acompanham. É o Beckeles que faz a dobra, mas não deixa de ser na zona central que reside o problema (e ainda com a agravante do espaço interior dado a Ukra, que é quem faz a jogada). Na segunda metade, parte do nosso mérito foi desta dupla, pelo que conseguiu destruir, pelo que conseguiu aparecer junto ao ataque (mesmo sem grande inspiração do Anderson, ainda assim foi o nosso jogador mais rematador).
Outra tarefa difícil, Afonso mais uma vez esteve à altura. Dos mais certos da defesa, sempre concentrado, esteve bem no desarme e ainda tentou lançar alguns ataques pelo seu lado.
O negativo de Tengarrinha a lateral é que perdemos o Tengarrinha a médio. O positivo é que continua a ser o Tengarrinha. O nosso melhor jogador, de novo. Ainda foi marcar o penalty, naquele momento e daquela maneira. Em grande.
Hoje não tivemos o Zé Manuel do costume; Brito e Léo a decidirem tarde e mal na maioria das vezes, mesmo agitando um pouco o jogo fica a sensação que procuram vezes a mais resolver sozinhos. E numa altura que até já devia haver entrosamento ofensivo.
Nota final para o árbitro, já que golos só de penalty. Sobre Hassan bem assinalado, mesmo com imagens é difícil ver mão de Ukra. Embora tenha dado essa ideia no campo (até pela forma como ganha a frente a Anderson, que tapa a visão do árbitro). Mais evidente é o empurrão de Prince a Sampaio, seguido do abalroamento à Marchegiani (lance que até motivou mais protestos dos jogadores).
Em dois minutos passamos de uma situação complicada (o pós jogo não iria ser nada agradável), para uma saída por cima deste desafio. Reagimos às adversidades como pudemos, mantivemos a atitude e ganhamos todos um ponto, no campo e na bancada.
Este já passou. Vamos, todos, à final de Coimbra.
Força Boavista!
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
Venham Eles: Rio Ave
Não lhe chamaria de uma 'final', daquelas que já tivemos no Bessa com opositores diretos, mas será um jogo tão complicado quanto importante, olhando para o calendário (antecede uma deslocação fundamental a Coimbra) e para a aproximação dos concorrentes diretos (à exceção do Penafiel, todos pontuaram).
Grau de dificuldade na linha do último desafio em casa, talvez até mais difícil, em teoria: igualmente fortes nos contra ataques, safam-se bem melhor em ataque organizado (apesar de inferiores individualmente) e têm outros argumentos na zona central da linha avançada (sempre problema acrescido para nós). A receita é, pois, a mesma que nos ajudou a garantir os três pontos contra o braga: concentração, intensidade e o mínimo de erros cá atrás e nas perdas de bola no meio campo. E, claro, a eficácia possível.
No onze, não deve haver grandes mudanças: Beckeles, Sampaio, Santos e Afonso; Idriss, Tengarrinha e Cech;
A haver alterações, poderá ser no ataque (salvo algum impedimento físico de última hora). Não tiraria Uchebo da ala, nem Zé Manuel do onze. A dúvida será no posicionamento do português, se no eixo do ataque se na ala. Atuando o Zé na lateral, poderá entrar Pouga (se o adversário estiver realmente mais frágil no eixo da defesa, poderá fazer sentido); ficando pelo centro do ataque (à semelhança do jogo com o Braga), Léo, Brito ou Quincy, entrarão para o onze.
Taça da Liga
Participação modesta, é certo, à semelhança da maioria das equipas que encararam esta competição como nós, com prioridade para dar minutos aos menos utilizados e experiência aos mais jovens oriundos da nossa 'equipa b'.
Tivemos pontos positivos, como as exibições caseiras (mesmo sem deslumbrar, merecemos a vitória em ambos os embates), o reaparecimento de Afonso Figueiredo, os bons sinais de Pimenta, assim como de Lima, Quincy e Pouga.
Pela negativa, algum amargo pelo que se passou em Alvalade e pelo que não conseguimos tirar do jogo quando as coisas até nos poderiam correr de feição. Encerramos as contas num jogo complicado para se evitar uma derrota, atendendo aos argumentos com que nos apresentamos e atendendo as especificidades do jogo (cumprir calendário no nosso caso - e culpa daquele penalty na semana passada -, ao invés do opositor que jogava o acesso à meia final).
Duas notas, ainda a respeito deste desafio em Setúbal:
Mais um de Julián. Também não há outro para colocar ali a jogar, enquanto for nestes jogos já nem dá para chatear muito.
Luís Pimenta talvez o melhor Axadrezado em campo. Não tem culpas diretas naquele caos defensivo inicial, preocupa-se em se posicionar bem, lance que ataca é lance para ganhar. Olhando às poucas opções que temos para a equipa principal, se acontecer alguma emergência (ou catástrofe, em emergência já nós estamos) pode ser que ainda seja útil no campeonato.
Hohe, é para continuar a fazer do Bessa um inferno. Força Boavista!
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Infeliz Normalidade
Antevia-se difícil, pelas razões evidentes. O resultado é pesado mas podia ter sido ainda pior, olhando às oportunidades de golo que desde cedo permitimos e àquilo que não produzimos no ataque. Normal, tendo em conta o que têm ali sofrido os visitantes, a diferença entre as equipas e ao que de bom fez uma e de mau fez a outra neste jogo em particular. Normalidade também na arbitragem, mesmo longe de interferir na definição do vencedor.
Danos na classificação reduzidos, mantemos o 13º lugar agora a seis pontos da linha de água (nenhum dos nossos adversários diretos venceu).
Desde muito cedo tivemos dificuldades para contrariar o jogo ofensivo do adversário, com problemas acrescidos no espaço central (o habitual, eixo da defesa e meio campo defensivo, neste caso 'encaixamos' pela negativa com o benfica), agravados com a incapacidade de alguma saída para o ataque ou de sacudir a pressão alta imposta. Junte-se o mau posicionamento da linha mais recuada, pânico defensivo e a inépcia que muitas vezes mostramos nas bolas paradas, e temos tudo para um terror de primeira parte.
Já com a partida resolvida, conseguimos por vezes esticar o jogo e alguma circulação de bola, afastando-o um pouco da nossa área, minimizando os danos e evitando números mais expressivos.
Algumas notas:
Aposta falhada na única alteração no onze em relação ao jogo com o Braga, Quincy no lugar de Leo. Talvez na tentativa de trazer algo do que de bom fez no jogo a meio da semana, Quincy foi presa fácil na maioria das vezes e inconsequente nas raras ocasiões que conseguiu receber a bola. Verdade que qualquer que fosse o avançado teria imensas dificuldades, dado o pouco apoio do meio campo ou a pouca proximidade dos restantes jogadores ofensivos (quando estes o conseguiam ser).
A lesão de Ervões assusta dadas as poucas opções para o centro da defesa. Já foi confirmado o reforço Aaron Appindangoye, veremos se poderá ser opção para quarta feira. Seria bom que sim e ótimo que fosse uma boa solução.
Próxima semana, jogo importante para as nossas contas, com o Rio Ave.
Força Boavista!