domingo, 1 de dezembro de 2013

Obrigado, Equipa!


Mais que uma vitória em Freamunde, num jogo difícil e com a liderança em causa, perante um candidato assumido à subida de divisão que detém o melhor ataque da prova, moralizado com os últimos resultados e exibições. Demonstramos querer e organização, consistência e personalidade, mostrando dentro de campo a superioridade na série. 

Para alguns, terá sido um autêntico recital a exibição de hoje do Boavista em Freamunde, tendo nós no banco um Fernando Pessoa em potência. Para nós, adeptos Boavisteiros, vai-se confirmando o bom trabalho realizado, com a equipa a continuar a dar sinais muito positivos, não só pelos resultados, mas também pela forma como se adapta aos diferentes tipos e momentos de jogo, assim como às contrariedades que vão surgindo durante a temporada.


Perante as ausências das duas primeiras opções para a posição de trinco - Navas e Frechaut - Pess... Petit optou por Fary a fazer companhia a Bobô no ataque (com mobilidade suficiente para ganharem bolas no meio campo), recuando Carraça e Cid, com Zé Manuel e em especial Julián também eles a fechar o espaço interior. Na defesa, tudo igual aos últimos doisdesafios.
A estratégia resultou numa boa entrada no jogo, muito boa mesmo nos primeiros vinte minutos, com domínio do meio campo e das segundas bolas, controlando e anulando bem as movimentações do ataque adversário. Aos 15 minutos Julián tem a primeira oportunidade, num jogo maioritariamente desenrolado no meio campo da equipa da casa. O único sinal de perigo do adversário surge numa bola à barra, num centro remate do lado esquerdo que quase traía Tiago Pinto.
Se estivemos bem na primeira parte, fomos irresistíveis na segunda. Voltamos fortes e a pressionar alto, permitindo pouco espaço para o adversário poder respirar, traduzindo, em dez minutos, esse domínio em golos. Dois excelentes golos, primeiro Bobô, depois Julián, num golo fantástico, capaz de aquecer qualquer adepto, fosse o jogo na Sibéria e assistido em pelota. Soberbo. E justo para o argentino, que para além de ser bom tecnicamente, tem um enorme sentido coletivo.
Continuamos superiores e a mandar no jogo, mesmo contando com as naturais reações à desvantagem por parte das duas restantes equipas. A da casa arriscou mais, colocando homens na frente e desguarnecendo a retaguarda, dando-nos espaço para os contra ataques. Conseguimos segurar os avançados adversários e continuar a chegar perto da área contrária, até onde nos foi possível. Carraça primeiro, Pedro Costa depois, ambas ridículas e injustificadas expulsões. Desespero notório, também na equipa da federação.
Nesta altura do desafio, fez lembrar o jogo de Coimbrões, não só pela inferioridade numérica, mas também pelo jogador que mais sobressaíu nesse período: Tiago Pinto. Foi a última e importante barreira, atrás dos sólidos centrais. O espírito guerreiro também se fez notar. Concentrados e inabaláveis, perante o que estava a acontecer.
Seguramos bem a vantagem, fomos mesmo diminuindo os períodos de algum sufoco imposto pelo adversário, até ao apito final.

Bobô voltou a mostrar toda a sua utilidade. Depois do golo e assistência na semana passada, abriu o marcador neste jogo, num excelente movimento à ponta de lança, com pouco espaço e tempo para fazer a diferença. É o primeiro a avançar na pressão e o primeiro a recuar e vir buscar jogo de costas para a baliza, tirando partido do excelente jogo aéreo, ora servindo os médios em apoio, ora servindo os rápidos alas.  Hoje voltou a faze-lo e bem.
Para além de Tiago (foi decisivo a evitar o perigoso 1-2), os centrais estiveram sempre bem, tanto Ricardo como Carlos Santos. O melhor ataque do campeonato pela frente? Venham eles.
Cid dá ideia que recarrega a bateria durante o jogo. Parece que dá sinais de cansaço num lance, no seguinte está a morder a bola, a roer os calcanhares mais próximos enquanto junta relva à digestão. Peça importante na consistência da equipa, tem evoluído bastante desde que arrancou para a titularidade.
Sempre que posso evito, mas há alturas em que é difícil não falar da arbitragem. Há três amarelos que são inacreditáveis. Inacreditáveis! Dois deles a resultarem em duas expulsões. O lance do segundo amarelo a Carraça não é falta, um carrinho normal de bloqueio de remate. E sabem aqueles lances em que o encosto de ombro também conta com o braço, o que com o balanço do corpo faz parecer um empurrão, etc. e tal? Aceita-se a falta, os cartões - a Julián e P:Costa - são de bradar aos céus. Isto para não falar do critério... na primeira parte, Carlos Santos é virado do avesso (e isso não parece nada fácil...) e cartão nem vê-lo.

Não há palavras para os momentos finais passados no estádio, momentos que valem ouro para estes adeptos que têem acompanhado o clube, e que estiveram em grande número em Freamunde. Um orgulho ver o espírito de união que reina no grupo. Também daí o título do post.

Faltam alguns jogos para a conclusão da primeira fase, muitos ainda para o final do campeonato, o que é bom para se continuar a evolução, individual e coletivamente.
Cinco pontos para o segundo e nove para o terceiro classificados, numa altura em que estão vinte e um em disputa. Força Boavista!


 
A união no campo, a apoio nas bancadas.


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