domingo, 15 de outubro de 2017

Fora da Taça

Esta eliminação é custosa e merece uma reflexão, talvez seja o melhor para tentarmos perceber qual a origem do problema. Mesmo não sendo o primeiro nesta temporada, isto nada mais é que um novo choque com a realidade: acabou a áurea da mudança de treinador e com isso voltamos a sofrer na pele o resultado dos erros cometidos na preparação da presente época. Preparação e desenrolar...

Desta feita, até porque tem um mês de casa (aqui o facto de ser bom treinador não interessa para nada) Jorge Simão não será externamente contestado, nem internamente pressionado, serão os jogadores os arguidos.

Mas fica mais complicado para os causadores do problema que são também os responsáveis pela sua resolução: despedir o treinador é viável, nem tanto os mais de 30 jogadores do plantel.

Boa sorte para o Jorge Simão que bem vai precisar, e enviar um forte abraço aos menos culpados, os Adeptos. Defraudados, depois de mais uma enorme demonstração de confiança e apoio.

Força Boavista.

Ya, a mim também está a custar bastante...

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Blogosfera Axadrezada


Novos espaços de discussão sobre o nosso Clube. Sigam, divulguem, participem!


Tribuna Axadrezada

   https://www.facebook.com/tribunaxadrezada/


Nascente Nível 1

   http://nascentenivel1.blogspot.pt/


Boavistão - O nosso grande amor

   https://boavistao.wordpress.com/



Força Boavista!

sábado, 16 de setembro de 2017

Venham Eles: benfica


Nunca escondi a admiração por Miguel Leal, pela sua mentalidade e postura, pelas suas qualidades enquanto treinador. Mantenho a opinião que se deveria ter dado mais tempo para o crescimento da Equipa, para a integração dos reforços, para trabalhar e cimentar a ideia de jogo. Por outras palavras, três/quatro jogos depois do de hoje, digamos um mês e, aí sim, analisar o momento, a possível preocupação, sem deixar nunca, como é óbvio, de estarmos atentos à Equipa.

Ponto final no tema ex-treinador. Voltaremos a falar dele no balanço que inclua estes cinco primeiros desafios. Pedra no assunto e virando a página porque importante mesmo é o futuro e tentar perceber o que podemos ganhar com esta troca. Sem hesitação, das poucas coisas positivas a retirar deste episódio será talvez a mais importante: Jorge Simão. Pelo menos havia um trunfo na manga, a ter que existir escolha foi a acertada. Falaremos do novo treinador mais à frente, até porque hoje as atenções estão todas direcionadas para a receção ao atual campeão.



Só uma prioridade para o desafio de mais logo: Apoiar o Boavista, defender o Símbolo até à exaustão. É esse o nosso dever no dia de hoje, nas bancadas, no banco, dentro das quatro linhas, na tribuna, seja onde for.
Só unidos seremos mais fortes, só assim poderemos lutar contra quem tão mal nos quer, quis, e quererá caso lhes seja útil de alguma forma. Prova disso é o recente insulto e acusação, mais uma vez, que fomos vítimas há poucos dias, acusação de novo perpetrada pelo mesmo clube de há dez anos atrás, com a descaradez habitual, com a impunidade da opinião pública, com a conivência dos orgãos de comunicação social. A todos os níveis vergonhosos.

Pelas mais VARíadíssimas razões, deveremos estar apreensivos para o que se poderá passar no desafio de mais logo, mas repito, importante é mantermos o nosso foco, contra tudo e contra todos: a defesa do nosso Clube. Nada é mais importante.


Fortaleza! Força Boavista!


quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Sobre a Troca de Treinadores


Tentando analisar os acontecimentos o mais friamente possível, privilegiando os factos: 


- Oficialmente, foi o Miguel Leal que colocou o lugar à disposição, três dias depois do último desafio, três dias antes de um jogo com um estarola, um quarto de hora depois do final do treino. Pressão, falta de confiança, o lanche que caíu mal, alguma coisa se terá passado.

- Por falar em coisas que se passaram, aos olhos de todos e até coisas raras: a entrevista ao site do Clube do presidente, a segunda em onze meses. Além de se frisar que queixas de arbitragens não tem existido deste lado (ok, jogo com estarola à porta), deu-se a conhecer a preocupação dada a situação da Equipa e que todos iriam estar atentos à mesma no jogo de sábado. Como se um jogo contra uma equipa com um orçamento 70 vezes superior fosse decisiva de qualquer forma para uma tomada de decisão deste calibre.

- A celeridade com que Jorge Simão foi contratado. Nem o próprio Leal, quando tomou o lugar de Sanchez e já meio mundo sabia que iria ser ele o sucessor, foi tão rápido.

- Quatro reforços chegaram à doze dias, para fortalecer a Equipa e acrescentar qualidade, que era bem preciso. Os restantes quinze, como sabemos, foram chegando, oriundos dos mais variados pontos do globo.
Não se entende como é que com um simples estalar de dedos a Equipa não começa a jogar melhor.

- Leal salvou-nos de uma situação caót... nem vou falar do que se conseguiu com o Miguel Leal, do nível de consistência que atingimos, do melhor futebol que praticamos desde o regresso, da luta que demos a equipas, em teoria, muito mais fortes. A bancada na Vila da Feira em êxtase e a cantar o nome do treinador foi há sete meses, cinco de competição, há 16 jogos, há 8 derrotas atrás. Oito! Parece que lutamos pelo título com argumentos de Champions.

- Enquanto não nos capacitarmos que não é a sala de troféus que entra em campo vamos continuar a ser incompreensivelmente exigentes. Enquanto não percebermos que estamos em 2017 saídos do inferno e não em 1995 ou 2002 saídos do paraíso, vamos continuar a dar tiros nos pés. Como este.



Afinal, não se deu tempo nem confiança, como eu defendia. São opções, merecem respeito mas não obrigam à concordância. Pena ter sido assim.


A partir de agora Jorge Simão é o nosso treinador. Apoio não irá faltar, desde que, e como acredito, o bom trabalho, a dedicação e a seriedade existam. Espero que venhas com paciência, caro Jorge, estar aqui como treinador é tudo menos fácil. Pergunta aos outros três.




Força Boavista!

Rei Posto


Os últimos três dias numa só imagem.

Que rapidez! que organização e profissionalismo.



DesLealdade


Petit: despedido em Novembro.
Sanchez: despedido em Outubro.
Leal: demite-se em Setembro.

Parabéns sinceros aos impacientes e, em particular, à direção. Belos melões, bom planeamento, excelente timing, dos maiores tiros no pé de que há memória.

Obrigado Miguel Leal, mas não o merecemos.


Força Boavista!

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

A Estarolada Sem Vergonha


Estou completamente fora da realidade estarola no nosso país, as suas polémicas, insultos, acusações, o que lhe quiserem chamar. Não vejo debates, painéis de comentadores, todas essas novelas que poluem horários nobres e primeiras páginas de jornais. Sei que percebem o motivo que me leva a ignorar todo esse mundo lastimável. Prefiro Futebol.

Reconheço: só acordo, só tenho mais noção da realidade dos outros, quando sinto na pele. Quando sentimos na pele. Julgo que também neste ponto me entendem, Boavisteiros.

Sentimos, à semelhança do passado, que somos fantoches ou figurantes no meio desta guerra que não é nossa, mas que, muito provavelmente, somos os mais atingidos, como que danos colaterais. Sem pudor. Sem respeito. Foi assim há dez anos atrás, é assim hoje, será assim sempre que for útil a qualquer um dos estarolas. Com toda a hipocrisia deste mundo. Sem um pingo de vergonha.

Igualmente revoltante é ver toda a carneiragem, a máquina propagandista, sulista, centralista, impostora, a assobiar para o lado e, pior, a contribuir de forma descarada e fraudulenta para que estes episódios e fenómenos cresçam e tenham um impacto ainda maior na frágil e facilmente manipulável opinião pública.
Verdade, sentimos a dobrar. O centralismo no norte, o centralismo no país. Somos alvos e vítimas de ambos.


Para quem não está ao corrente, a história é simples. Preparem-se e acreditem se quiserem. É que isto aconteceu mesmo.

Meados de setembro, programa/debate da btv, obviamente, com responsáveis encarnados. Assunto: recuperar uma reportagem de há oito meses atrás do prestigiado jornal britânico Daily News, na qual apontavam os clubes mais corruptos da Europa. Alvo principal enunciado e eis que surge o nome do Boavista nessa lista. O Boavista, acusado pelo Daily News, segundo o benfica, de ser um dos clubes mais corruptos da Europa.
O problema é que tudo foi desmascarado. Essa reportagem nunca existiu, confirmado oficialmente pelo próprio jornal britanico.

Exato. Releiam essa última frase. Nunca existiu. Acreditem se conseguirem, foi tudo uma invenção.

Concluíndo: sendo a btv um orgão oficial do benfica, o clube é obviamente responsável pelo conteúdo do seu canal. É preciso dizer mais alguma coisa? Há outro caminho que não o do corte total de relações, a todos os níveis?


É que isto, meus caros, é uma declaração de guerra. Não somos fantoches. Não pactuamos com ninguém. Não fazemos parte deste filme. Não admitimos que brinquem com o nome do nosso Clube.

Querem guerra, terão guerra. A ferro e fogo, é ao que nos obrigam. Isto não pode ficar por aqui, nem, tenho a certeza, passará impune.


Até sábado.

Parte da lista divulgada. Nós tivemos sorte, estamos abaixo do 17º lugar.
O Glasgow (16º), convidado para a Eusébio Cup, também achou muita piada à brincadeira. Além de não terem vergonha no focinho, são burros.


 
Um exemplo de 'carneiragem'. "Boavista", visível no final do texto.

Vídeo da btv e portocanal:   http://www.quecrise.com/watch.php?vid=eb045a48a



Força Boavista! Estejamos unidos, pelo Boavista Futebol Clube, pelo nosso Orgulho.


terça-feira, 12 de setembro de 2017

O Momento





Algo conturbado, não é segredo para ninguém e os números falam por si. Cinco jogos, uma vitória, quatro derrotas pela margem mínima e uma eliminatória perdida pelo meio. Um dos piores ataques e melhor defesa dos últimos dez classificados. Mas o que vai preocupando a fundo é aquilo que a Equipa não consegue produzir, principalmente no ataque. Ainda não. Sendo natural que um plantel que mude/troque/contrata/colhe 19 jogadores tenha dificuldades de entrosamento, chegarmos à 6ªa jornada com problemas a mais, incluíndo a água pelas narinas, já pode ser preocupante. Os 'ajustes' que, por norma, fazemos (ou somos obrigados a) em janeiro, desta vez fizemos nas últimas horas do mercado, com 4 jogadores novos inscritos. Os 'reforços' nos primeiros jogos da temporada foram, afinal, 'internos', na sua maioria os jogadores que entraram para o onze, na temporada passada eram... suplentes.

Reforçando aquilo que foi dito no último post: acordamos um pouco para a realidade neste último mês. E que realidade é essa? O plantel, pesando entradas e saídas do onze, não é superior. Mais equilibrado, sim, mas imediatamente com mais qualidade e soluções, não o é, pelo menos por enquanto. Fácil de ver: alguns que seriam aposta (Samú, Mak, Bukia) não têm qualidade para o ser; alguns dos tais suplentes da época passada não estão (e estarão?) ainda em condições de agarrar a titularidade (Henrique, Carraça); os reforços chegaram tarde e alguns deles a necessitarem de tempo de adaptação, não só ao futebol português mas também ao europeu. Mesmo assim, reforços com dez dias de casa terem mais minutos que outros que estão cá há dois meses é sinal de algo, para alguns evidente: é mesmo preciso qualidade. Não bastam os melões, ou o risco é demasiado alto. E estamos a pagar um pouco essa fatura.
A razão é simples e mentalizem-se de tal: não é pela enormidade e superioridade da nossa sala de troféus que conseguimos encarar equipas, como por exemplo Braga e Rio Ave, olhos nos olhos, a querer dividir jogo, ao ataque, a encosta-los às cordas porque sim, porque somos melhores. Não somos, apesar do agradável romantismo quando apontamos essa diferença de estatuto como forte argumento na hora de lutar para vencer. Temos que dar tempo para trabalhar, para crescer mais do que aquilo que os milhões (sejam dos chineses, dos Mendes ou de onde forem) podem já comprar. Conseguiremos, mas tempo, compreensão e trabalho são bem precisos.



Obviamente, o treinador (e equipa técnica), também por ser o responsável máximo da Equipa, tem culpas do momento. E os jogadores. E a direção pelo planeamento da época, do plantel, em que "a maioria dos jogadores referenciados são portugueses e conhecedores do campeonato português", como Vitor Bruno e... pronto, Vitor Bruno. Ah, e Kuca, David Simão, Nunes, Gilson e Rui Pedro. Bom saber que se tentou corrigir a tempo e não se enveredou pelo caminho mais fácil.

Acima de tudo, acho redutor, e bastante, centrarmos as críticas e a génese do problema no treinador. Infelizmente, os problemas que têm espelho nos resultados têm origem em algo muito mais vasto, não deixando, repito, de o treinador contribuir para tal ou, por outras palavras, não conseguir inverter o rumo tão rapidamente como todos desejaríamos: a nossa situação extremamente precária, a necessidade que temos de crescer, sustentadamente, mas fruto do trabalho do Clube, da militância dos Adeptos, da seriedade e competência dos nossos dirigentes.


Acima alguns dos motivos que nos fazem acreditar que é preciso aquilo que já falamos por aqui: tempo.
Reconheço que estava bastante cético no que toca à Fortaleza, principalmente depois do desafio com o Rio Ave. Foi mau, não fomos nós. E aqui, na minha opinião, palavra de ouro para os Adeptos: o apoio tem sido exemplar, incluíndo nos momentos em que mais precisamos, os mais difíceis. Mesmo depois dos desafios, das derrotas. Aves, Braga, Guimarães, são bons exemplos (atenção que as exceções, mesmo neste caso, confirmam a regra). Aqui surge a outra necessidade, a par do tempo que julgo necessário: a confiança.
Não vai ser fácil o próximo mês, mas de certeza que será [super] decisivo. Para nós, para os jogadores e treinadores, para o Clube. Teremos que ser todos a puxar para o mesmo lado, teremos todos que acreditar e, friso, confiar.



Entre hoje e amanhã saírão mais dois artigos em que darei a minha opinião sobre o momento da Equipa e do Clube. Jogos, jogadores, opções, as melhorias na consistência defensiva, os problemas na ideia de jogo e organização ofensiva, bitaites para dar e vende.


Força Boavista!

domingo, 27 de agosto de 2017

Venham Eles: Aves


Não é a primeira vez desde o regresso que entramos na Liga com três derrotas, mas é a entrada no campeonato que maior desilusão provoca, tendo em conta as expetativas iniciais: os sinais de estabilidade na preparação da época (ao que a manutenção atempada contribuiu) foram evidentes, alguns reforços contratados que, em teoria, prometem (se bem que, ao contrário do pretendido no final da época anterior, a maioria estrangeiros e com pouca experiência de Primeira Liga), o Vágner ficou, o treinador é o mesmo e as infraestruturas/condições vão finalmente ficando um pouco menos más.
À exceção do ataque (e das importantes saídas de Schembri e Iuri, das incógnitas como Yusu ou Clarke, e das certezas como Mateus...), confiança a transbordar na Equipa e Plantel, na defesa e no meio campo. Mesmo, sublinho, com as saídas dos dois centrais e médio titulares. Afinal, não se podia só melhorar com a saída do Carvalho.



E no que toca a visões otimistas ficamos por aqui. Agora, o pequeno choque com a realidade.

Dada a confusão, vai por notas:

- O que mais desiludiu: o não termos uma identidade de jogo, ou seja, aquilo que é pretendido para a Equipa não se conseguiu ainda pôr em prática. Circulação de bola, consistência defensiva, confiança dos jogadores, defender e atacar realmente como uma equipa, reagir depressa e bem à perda de bola. Por exemplo. Nada disto se tem visto. Aqui reside o principal ponto negativo. Pior, vai continuar a não se ver enquanto não estabilizarmos o onze, enquanto não inserimos reforços com qualidade na Equipa, seja por questões físicas seja por questões de adaptação. E é aqui que é preciso tempo, é aqui que é preciso confiar.


- Fomos inferiores aos adversários nos três jogos, ponto. Não há volta a dar. Mesmo em Portimão, na meia hora que tivemos na frente do marcador, ou na Madeira em busca do empate, raro foram os momentos de superioridade da nossa parte. Pensar fazer mais frente a este Rio Ave do que falhar o empate nos descontos é desconhecer a realidade, ainda mais olhando ao momento de forma das duas equipas. Mau jogo na Madeira, mesmo contra uma equipa imbatível em casa há 17 jogos, é um pouco mais revoltante saber que a rodagem no adversário não rodou a nosso favor. Tudo isto é culpa nossa, da nossa incapacidade, do tempo que precisamos para podermos ser consistentes. As [ligeiras] melhorias foram patentes nos dois últimos jogos, mas não chegam e revelaram-se realmente curtas.

- As opções, defesa, meio campo, etc. Fácil de ver se analisarmos a frio: as opções utilizadas são um misto de titulares da época passada com suplentes dos titulares da época passada que saíram. Henrique estava no banco ou enfermaria, Carraça era suplente do Carvalho, Rochinha do Iuri. Ruiz seria do Schembri, ou o Clarke do Renato. A isto some-se novas dupla de centrais, duas em três jogos. Ora, assim a probabilidade de apresentarmos melhorias torna-se um pouco mais reduzida. Pelo menos para já.

- E sublinho este "para já". É uma das duas coisas que nós, Adeptos, deveremos ter em mente, nos próximos tempos e principalmente no jogo desta tarde: tempo, que é necessário, e apoio, que será fundamental. Confio no primeiro, não acredito no segundo, olhando às inexistentes paciência e compreensão do primeiro jogo da época na antiga Fortaleza. Mas ainda estamos a tempo de corrigir e sermos realmente importantes no pretendido rumo. Não assobiemos a Equipa aos primeiros falhanços, não sejamos mais um adversário quando a Equipa precisa de reagir às contrariedades, não sejamos nós próprios uma das principais adversidades da nossa Equipa, mesmo em nossa Casa. Conseguiremos?

- Os ajustes e últimos reforços (por enquanto, reforço, no singular) ajudam a perceber o principal problema: é preciso mais. Kuca é peça para o onze, Mak entre bancada e rua prefiro a segunda (tecnicamente bom, dificilmente com intensidade para o que precisamos no meio campo), Samú, como se esperava depois da pré-época, precisa de crescer para poder ser útil neste patamar. O mesmo para Bukia, como já falado aqui algumas vezes: pézinhos tem ele, falta o resto. Não ter já idade para juvenil complica a sua utilização. Faltará acrescentar algo sério até à próxima quinta feira.

- Tudo o mais, como questionar o treinador (partindo do princípio que a culpa do mau início não e exclusiva do treinador, nem é ele o foco do problema) é perder tempo. Claro, opinião pessoal, continuo a achar Miguel Leal como o homem certo para quem quer uma Equipa competitiva. Mas não chega. Como em nenhum clube do mundo, ter um bom treinador não chega. Verdade, difícil perceber para alguns, mas é a realidade. Sublinho, sem branquear erros que se cometeram até aqui neste início de época, também pela equipa técnica.


Para hoje, duas coisas:

Apoio. Teremos que ser a Fortaleza. Seremos capazes?

Equipa. Mostrar mais, simples. Não vai ser fácil, mas é daqueles jogos que nos habituamos a ser extra competitivos nas três últimas épocas: as ditas finais, jogos com concorrentes diretos. Para os mais sonhadores ou desatentos, esqueçam: continuam a ser estas as nossas finais. E já perdemos uma.

Poucas alterações nos dois últimos onzes, veremos no jogo de hoje. Dúvidas nos centrais, nas laterais, meio campo e ataque. Ou seja, esperemos por logo. Kuca de início, Rochinha no meio campo e regresso de Bulos não serão surpresas. Mas admito, não sei bem o que esperar do onze.



Siga. Vestir a Camisola e empunhar o cachecol. O Clube precisa. Seremos capazes? Seremos nós próprios nas bancadas?


Força Boavista!

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Vamos a Isso!


Principal razão para encararmos com otimismo a nova época: sinais evidentes da estabilidade, tranquilidade extra comparando com as últimas três pré-épocas e crescimento sustentado. Tanto na preparação como, principalmente, no planeamento da época. Como costumamos dizer, devagar e bem, porque é importante não esquecer as dificuldades acrescidas pelas quais ainda passamos.
Reforços atempados e ajustes ao plantel à imagem do treinador: mais equilíbrio, outro tipo de soluções e maior número de opções, as principais diferenças relativamente ao plantel da época passada.

 Alguns dos reforços para 2017/18

Breves notas acerca do plantel, por partes:

Na baliza, algum descanso: Vagner é reforço de peso, principal candidato à titularidade; no banco, algo a que não estávamos habituados desde o regresso: temos opções credíveis, que não nos fazem ter o coração nas mãos aquando da indisponibilidade do titular, Assis e a incógnita Spiegel.

Sangue novo no eixo da defesa, que dão algum otimismo mesmo perdendo os dois centrais titulares de uma das melhores defesas do último campeonato: Rossi, Sparagna, Robson e Henrique (Aidi como bónus). Sobretudo, dá ideia de serem centrais de caraterísticas diferentes às de Lucas e Sampaio, seguros defensivamente mas mais à imagem daquilo que o treinador pretende para a Equipa, aptos para a circulação e construção desde trás. A confirmar, mas poderá ser essa a principal diferença.
Não se ficam por aqui as boas novidades no sector defensivo: muito positiva a concorrência nas laterais. Na direita estávamos conversados (Mesquita e Edu dão garantias), na esquerda conseguimos fazer um upgrade importante. Vitor Bruno tem dado sinais de ser um bom reforço, boa concorrência para Talocha.

No meio campo, destaque para dois reforços, um dos quais provável titular já no desafio de hoje: Tahar, ao qual se junta Rodriguez. O primeiro ja é conhecido e todos torcemos para que se apresente pelo menos ao mesmo nível da sua primeira passagem pelo Bessa, seria ótimo. Pela amostra, e apesar da ausência nos primeiros jogos de preparação, parece que sim. Acerca do espanhol, também é uma melhoria: tem sido utilizado a '6' (posição do Idris, dando outro tipo de soluções com bola, apesar de menor poderio físico comparando com o senegalês), mas poderá fazer também a posição '8' (aproveitando a sua capacidade de passe). Espinho, Carraça e Samú completam as opções, talvez por esta ordem de protagonismo (e de contar também com Sparagna que poderá ser boa opção a trinco). Época de afirmação para Carraça e Samú? Mak é outra opção para o meio campo (ofensivo, ao que parece), veremos se consegue apresentar melhorias que são bem precisas nele.

Acerca do ataque, talvez o setor com maior ponto de interrogação. Dois pontos importantes: não há outro como Iuri, poderemos tirar mais partido dos avançados que temos comparando com Schembri (apesar do valor do maltês, contando que a sua saída nos permitiu avançar para outras soluções).
Renato, Rochinha, Bukia, Mateus e Yusu para  as alas, Bulos, Clarke e Ruiz para o centro (o panamiano também poderá jogar a extremo).

Destaque, claro, para a excelente forma de Rochinha (veremos se na ala ou no meio) e a mais valia Renato que, relembro, não foi titular em nenhum dos jogos de preparação (hipótese saída?!). Bukia apresenta as mesmas dificuldades (e os pingos de génio, aqui e ali), Mateus revela-se uma opção a ter em conta: experiente, bom tecnicamente, útil à equipa. Yusu, apesar dos bons sinais (e da inexperiência), poderá nao ser para já, Clarke veremos como se adapta. 

Em relação ao empréstimo (um, e chega), não façamos um drama por um jogador com a qualidade extrema do Iuri já não fazer parte do plantel. Diferente: Iuri veio para criar, para ser a solução de uma Equipa que muito precisou do seu génio; não é expectável o mesmo em relação ao Ruiz. Primeiro porque não precisamos (a ideia é a Equipa conseguir criar por ela própria), segundo porque é um jogador de caraterísticas diferentes, que nos podem ser igualmente (ou mais) úteis.


Acerca do sistema e da abordagem que fazemos ao jogo, poderá estar aqui a grande evolução. Treinador para isso temos, sinais que as coisas estão a ser trabalhadas nesse sentido também, melhor e mais equilibrado plantel ajudam nesse sentido. Boa circulação e posse de bola, mais autoritários no desafio, com maior iniciativa, igualmente coesos no meio campo e seguros no último reduto. Sobretudo, não termos que nos adaptar tanto ao adversário e moldar a nossa abordagem consoante o desafio, ao invés, tomarmos nós conta do jogo, termos nós a iniciativa, obrigar os outros a anular o nosso jogo. Mais ou menos esta a expetativa. Difícil, reconheço, mas olhando ao plantel, equipa técnica e, claro, nós Adeptos, há que estar otimista. Sempre como até aqui, porque só asssim conseguiremos: todos juntos.


Bitaite para o onze de mais logo:
Vagner / Mesquita, Rossi, Sparagna, Vitor Bruno / Idris, Tahar, Espinho / Renato, Rochinha, Clarke.
Dúvidas muitas (laterais e frente de ataque principalmente), importante é como vamos jogar, com que mentalidade e dinâmica. Não há como não confiar.


Força Boavista!

sábado, 20 de maio de 2017

Final de Época




Confirma-se: 9º lugar, barreira dos 40 pontos ultrapassada, melhor prestação das últimas cinco participações e, o melhor de tudo, continuamos a crescer desportivamente, a estabilizar a nossa situação na Primeira Liga.

Como ainda não se falou de Setúbal, postura e abordagem sérias resultam na quinta vitória fora da temporada, num jogo típico de fora de casa na era Leal. Lição bem estudada, concentração, consistência defensiva e aptidão para, em contra ataque, ir criando perigo e ir tentando ficar por cima no desafio ou, no pior, controlando o perigo. Apertando, ir tentando controlar os danos o mais longe possível da nossa baliza. Check e três pontos.

Utilização do chinês efetuada (em jeito de check), deu para ver ainda a continuidade na evolução de Sampaio (desta vez como o melhor em campo), assim como a habitual influência de Espinho, também no momento defensivo.

O exemplo que vale a pena realçar, é o que faz a concorrência da lateral direita. Tivéssemos nós tão bem servidos nas outras posições... Saíu Edu, entrou bem Mesquita, quando até o inverso já tinha acontecido, ganhando a Equipa, claro.





Última jornada do campeonato para ganhar e festejar, claro. Superamos as expetativas e podemos, justamente, ser apontados como uma das sensações do campeonato.
Despedidas, ovações merecidas, agradecimentos mútuos, apoio incessante ao longo de todo o jogo e, sobretudo, relembrar e mostrar bem quem com tão pouco consegue fazer tanto. Pode não parecer, muitos podem nem acreditar muito menos perceber, a comunicação social esquece-se repetidamente de o referir, os comentadores ignoram. Mas é um exemplo claro do que o esforço e a Paixão conseguem fazer, mais que a quantidade, o dinheiro ou a mediatização.
Boavista dentro e fora das quatro linhas, just that. O esforço, o compromisso e a paixão, que foram imagem de marca esta temporada e permitiram-nos atingir os objetivos, mesmo que ainda com tantas dificuldades para podermos retomar o nosso caminho. O que fica: Continuamos a crescer.


Força Edu! Força Boavista!


segunda-feira, 15 de maio de 2017

Vamos a Eles: Setúbal


Fábio Espinho foi o autor do golo da vitória no Bessa, na primeira volta.


Muito simples: três pontos para garantir o 9º lugar, a melhor classificação e o maior número de vitórias na Primeira Liga dos últimos dez anos, ou seja, das últimas cinco participações. Além disso, possibilidade de igualar o maior número de vitórias fora de casa dos últimos 15 anos (5, em 2004/05 - melhor só mesmo em... 2002, numa altura em que discutíamos o título).

Relativamente à classificação, e não dependendo do resultado do nosso último desafio no Bessa, arrumando já hoje a questão:
- empate garante, pelo menos, o décimo lugar
- derrota teremos que esperar que Chaves não pontue e Beleneneses não vença na última jornada.


Sobretudo, vai ser importante ver a reação depois do murro no estômago que foi o último jogo. É uma excelente oportunidade para limparmos um pouco a imagem da semana passada: há três meses que não vencemos fora de casa, sendo que nos últimos dez jogos realizados fora do Bessa, apenas perdemos dois, contra o terceiro e quarto classificados.

Curiosidade sobre as opções para o jogo e se vai haver alguma 'rotação' ou oportunidade para os menos utilizados. Mesquita e Bukia tem dado conta do recado (titulares nos últimos dois desafios, é expectável que assim continue), tal como Schembri. Relativamente à posição de ponta de lança, Bulos já está apto e, estando a 100%, será forte possibilidade que avance para o onze. Abordando o jogo a apostar na transição e numa postura de maior expetativa (como tem sido hábito fora de casa) é bastante provável que o peruano atue de início.
No meio campo, veremos se Carraça, Mackmudov e Rochinha somam mais alguns minutos, em princípio para as posições de Carvalho e/ou Espinho.
Na defesa, como sabemos, Aidi ainda não se estreou tendo aqui, provavelmente, a última hipótese de o fazer a titular.


Importante uma atitude e exibição que orgulhe os Adeptos, trazer os três pontos e assegurar a posição a meio da tabela.

Força Edu!

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Bilhetes


Tinha prometido só falar do último jogo depois do penúltimo. Normal, nada diferente por ser o úlitmo. Mas os 216 comunicados do Boavista sobre o assunto, a pressa que me incutem em garantir o bilhete e o frenesim que isto está a causar nos Adeptos fez-me mudar de ideias. O fresquinho Casal Garcia ao almoço ajudou, mas não teve um papel decisivo, asseguro.

Básico: complicar o simples. Por um lado o negócio, a receita, por outro a Paixão, o amor do Adepto pelo seu Clube. Tentar o equilíbrio entre ambos é, e deve ser sempre, a prioridade. Porque é Futebol. E quem não entende isto ou nem tenta perceber, não está do lado certo da barricada.



Todos percebem a necessidade do Clube em angariar a maior receita possível. Oportunidades como esta não há todos os dias, portanto há que explorar. Ok, entendido.


A venda antecipada dos bilhetes fará algum sentido. Poderão haver obrigações que desconhecemos, a venda antecipada implicará, logicamente, uma receita antecipada. Até aí, tudo bem.

A quantidade dos bilhetes disponíveis para o visitante é bastante superior à dos adeptos do Boavista. Bem, temos uma percentagem de ocupação do estádio, durante o ano, bastante baixa, não é segredo. Todo Topo Norte, níveis 3 da Nascente e Poente. Acrescente-se os níveis 1 e 2 da Poente, com vouchers, convites, bilhetes de patrocinadores. Alguém não percebe? Todos percebem e, esmagadora maioria, concordam.

O preço dos bilhetes. Aqui passamos um pouco ao lado. Há legislação para cumprir e há a fórmula oferta/procura. Algum Pantera não entende isto? Todos entendem. Neste caso, entendem e borrifam-se, porque as cotas estão pagas e o bilhete de sócio custa cinco euros, como habitual. Siga.


A partir daqui as coisas complicam-se. Algo como 'rapar o fundo do tacho', seja a que custo for, e remeto para o segundo parágrafo deste texto: isto é Futebol. Pode ser só um negócio para alguns, mas os adeptos, os nossos principalmente, estão longe de poderem ser encarados como meros... clientes. Friso: quem não conta com isto, não serve. Ou erra e corrige, ou simplesmente não pode voltar a errar.

Mas alguém acredita que os adeptos do Boavista que não dão cinco, sete ou dez euros para um jogo qualquer do campeonato, vão dar vinte para ver a última jornada? Não vão. Para ver o jogo, não. Para ganhar dinheiro com isso, aí a história já muda, como facilmente se constata dando uma vista de olhos nas notícias sobre o tema. "Pago vinte, vendo a cem, e coloco anúncio no OLX". É isto...


A ideia que passa é basicamente esta: o Boavisteiro leva o amigo/familiar benfiquista, se bem que, algo hipocritamente, ou leva o adereço pretendido escondido ou alguém lhe empresta um axadrezado. Com isto, são mais umas centenas de bilhetes vendidos a vinte euros. Admito que seja discutível, mas acho bastante difícil que valha a pena tendo em conta o sentimento que tudo isto provoca no Adepto. E no dia do jogo pode complicar bastante. Já basta fazer do Bessa galinheiro durante duas horas e meia...

Bilhetes de acompanhante num jogo destes. Fica a pergunta: era difícil evitar tudo isto e provocar este sentimento em todos nós Adeptos?

terça-feira, 9 de maio de 2017

Em Final de Contrato


A chegar o final da temporada, tempo para uma breve reflexão sobre o plantel e os jogadores que, segundo consta, acabam contrato no final da presente época.





Vagner - Não há muitas dúvidas sobre a sua utilidade. Emprestado pelo Mouscron, com quem tem contrato por mais uma temporada, dada a sua qualidade será difícil a contratação. Doze jogos como titular, praticamente desde a sua chegada. É uma posição que precisamos de reforços, caso o brasileiro saia será necessário um trunfo ainda mais forte.

Ba - Um gajo porreiro. 

Henrique - Começou como titular (10), depois de na época passada ser um dos jogadores mais importantes, formando uma boa dupla com Vinicius. Prometia algo idêntico, desta vez com Lucas, mas a lesão à décima jornada, em Vila do Conde (onde até fez um golo), impediu-o de dar o contributo durante grande parte da época. Regressou três meses depois, voltando a lesionar-se no derby no Bessa. Recuperado das lesões é um jogador a ter em conta., mas com este problema... fica difícil.

Sampaio - Não começou bem a época, mas o seu crescimento nos últimos tempos fazem com que haja poucas dúvidas sobre a sua utilidade. Sendo jovem e um dos mais antigos do plantel, seria positiva a sua continuidade. Difícil, mas positiva.

Carlos Santos - Dos que acabam contrato, é o mais antigo do plantel, cumprindo a sua quinta época no Boavista. Um dos menos utilizados (7), é um dos capitães e a sua continuidade é uma incógnita, como já é habitual. Que é jogador de balneário restam poucas dúvidas, e será esse o principal motivo caso renove.

Correia - Lembro-me da sua estreia na Vila das Aves, na nossa época do regresso. Um dos que mais agradou, prometeu bastante dada a sua velocidade. A defender mostrou bastantes dificuldades, o que para um defesa lateral é algo complicado. Ao contrário de Sampaio ou Carvalho, por exemplo, evoluiu muito pouco. A dispensa será o mais expectável.

Tengarrinha - Um dos capitães e um jogador que vai deixar saudades. Uma pena as lesões graves, mas a sua pouquíssima utilização fazem crer que não tem condições para continuar.

Carvalho - 27 jogos esta época, um dos médios titulares na era Leal, como médio centro (não ala). Cresceu imenso, ajudou muito na consistência da Equipa. Na minha opinião é claramente um jogador para continuar e, claro, lutar pela titularidade na próxima temporada.


Em suma:

Out - Ba, Correia e Tengarrinha

In&out - Santos e Henrique

In - Vagner, Sampaio e Carvalho.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

O Que Faz Falta...

Todos sabem: é animar a malta.


Quem diria? Manutenção no bolso, sem pressão dos pontos, vontade de mostrar serviço para o futuro próximo, honrar o símbolo, todas as condições reunidas para não se passar aquilo que se passou, perante o nosso público e frente a um adversário já despromovido. Más exibições, derrotas pesadas, erros individuais, por muito que custem e por muito criticáveis que sejam, não chegam a este nível de vergonha. E, depois do que foi escrito num dos últimos posts, custa ainda mais, há que admitir. Confiança nos nossos rapazes? Assim fica mais difícil, mesmo depois do que já conseguiram fazer. Ainda assim, enquanto se escreve por aqui, enquanto se lê por aí e enquanto digerimos e tentamos perceber o porquê da péssima postura dos nossos rapazes, estes gozam o seu segundo dia de folga. É a vida.


Vamos às notas:

- Mantiveram-se as três alterações, Schembri, Bukia e Mesquita. Acompanharam o menor fulgor coletivo, mas não destoaram pela negativa. Mesquita cumpriu, como o restante setor; Bukia teve uma exibição positiva enquanto teve forças e, sobretudo, discernimento para desequilibrar. Quando deixou de o ter, saíu e bem, entrando um dos melhores desequilibradores que temos no plantel. O maltês, menos apoiado que na última partida, conseguiu criar algum perigo, dar sequência a algumas jogadas e ser decisivo num dos golos. Acerca do falhanço do ano, é como disse Leal em sua defesa, "só não falha quem não joga". Excesso de confiança reprovavel, mas... acontece aos melhores, sendo ele um dos nossos melhores.

- Falamos acerca do meio campo e da opção Mack/Espinho/Carvalho. O brasileiro foi o preterido para este desafio, entrando Mackmudov para o seu lugar. Na prática, o azeri jogou mais perto de Schembri, mais ativo no último terço na maioria das vezes, fazendo com que Fábio Espinho atuasse numa função idêntica à que Carvalho costuma desempenhar. No final da primeira parte queixou-se de problemas físicos, fica a dúvida acerca da razão da sua substituição. Faltou-lhe agressividade na recuperação de bola e mais acerto na pressão, contribuindo para a incapacidade do meio campo em segurar e lutar pela posse de bola. Com bola, foi lento na maioria das vezes, decisões pouco arriscadas, passes pouco verticais quando tal era possível. Fica o registo para uma das poucas vezes em que conseguiu desequilibrar, oferecendo o golo que Espinho desperdiçou. Para quem precisava de mostrar serviço tendo em conta os poucos minutos que leva... deixou algo a desejar.

- Mas o mais negativo foi mesmo o mais evidente: a apatia e falta de intensidade, impossibilitando a Equipa de ter maior iniciativa e tomar as rédeas do jogo. E o estado do opositor ainda agrava mais a situação, pois defensivamente foi dos adversários mais acessíveis que passaram pelo Bessa esta temporada. Encaro a entrada de Carraça, para mais perto de Idris sem deslocar muito Espinho, como uma tentativa de corrigir esse aspeto. Mas não resultou. A abordagem e atitude não mudaram, a Equipa manteve-se encolhida, sem capacidade de pressionar alto a débil defesa adversária, e, salvo um par de contra ataques, muito raramente incomodou o guarda redes contrário. Pouco, muito pouco para quem tinha de fazer do desafio uma obrigação de conquista dos três pontos.

- Minimamente positivo, e que ajuda até a perceber a tendência da partida: Vagner (esperemos que mais ninguém no mundo esteja atento à sua qualidade, para talvez ser possível por cá continuar...), Lucas e Sampaio.
Mais uma boa exibição do brasileiro que igualou o número de jogos a titular no campeonato da sua primeira época, 21. Raramente perdeu um duelo, chegou quase sempre primeiro à bola, boa leitura dos lances. Continua a crescer, veremos como correm os próximos desafios.


Confiança na reação, segunda feira, em Setúbal, até porque "este Clube não se compadece com este tipo de entrega e é preciso os jogadores perceberem muito bem isso".

Até segunda.


Força Edu!

sábado, 6 de maio de 2017

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Venham Eles: Nacional




Penúltimo jogo da época no Bessa e, muito provavelmente, a última oportunidade para fazermos da nossa casa aquilo que realmente merece ser e já o foi em tempos não tão longínquos quanto isso: a Fortaleza. Sobram motivos: podemos ultrapassar a meta dos 40 pontos, acimentar a melhor classificação dos últimos anos, celebrar - que bem merecemos - a excelente temporada que estamos a realizar, e ainda o bónus de mandarmos o adversário para a segundona.


De esperar oportunidades para os menos utilizados, como o treinador referiu, talvez desde logo mantendo as alterações da semana passada, todas elas em bom plano (Schembri, Mesquita e Bukia). Sendo pouco provável mais mexidas na defesa e linha da frente (Aidi, the black chinese?!), sobra o meio campo, um dos setores mais estáveis (e preponderante) ao longo da temporada. Idris praticamente sem substituto, Espinho um dos médios com mais capacidade de criação (e experiência), Carvalho um dos elementos de maior utilidade da Equipa e dos que mais contribui para o nível de consistência que conseguimos atingir.

Rochinha e Mackmudov serão duas das opções minimamente credíveis para o nosso meio campo, sendo que ambos parecem encaixar melhor, falando de características, na posição e função desempenhadas por Fábio Espinho. Ainda assim, ambos a alguma distância da sua responsabilidade na hora de defender e ocupar espaços. Em posse, serão sem dúvida os que mais se assemelham ao nosso número dez.
Embora Rochinha tenha sido mais utilizado como extremo/médio ala, julgo que será no meio campo ofensivo a zona do terreno onde poderá render mais.
Relativamente ao azeri, também o vejo mais como alternativa a Espinho do que a qualquer outro médio, mesmo que algumas das vezes seja utilizado no lugar de Carvalho. Mas não sempre e poucas vezes tal é possível, pelo menos sem danos na consistência da Equipa. Tivemos um excelente exemplo no desafio contra o Tondela:
bem menor exigência defensiva do meio campo, posse de bola maioritariamente nossa e no meio campo adversário, liberdade desse terceiro médio (então Carvalho) foi, ao contrário do habitual, maior e bem mais perto do último terço. Por isso fez sentido, naquele momento ou em situações idênticas, trocar Carvalho por Mackmudov (e, obviamente, a razão por não o fazer), sendo uma situação que se pode aplicar a muitos outros momentos da temporada e que pode ajudar a explicar o porquê do brasileiro ser um dos jogadores mais utilizados e, ao mesmo tempo, injustificar as razões para ser um dos menos apreciados pela massa adepta.


Seja com que onze for, todos os motivos e mais algum para confiarmos nos nossos rapazes. Três pontos, apoio incondicional, atitude dentro e fora das quatro linhas.


Força Edu!   

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Pantera Escondida#2 - Cafú




O homem da foto é Cafú, o avançado caboverdiano que representou o nosso Clube durante três épocas e meia, marcando 10 golos em 120 jogos.
Apesar de não ser um tecnicista, nem desequilibrador nato ou goleador, era um avançado possante e rápido, bastante competitivo, sempre aposta regular dos treinadores.
Contratado ao Belenenses, saíu para a segunda divisão alemã em 2006, seguindo depois para o campeonato cipriota, onde esteve durante 5 épocas. Regressou a Portugal para representar o Ac. Viseu, Feirense e Freamunde, estando presentemente no Salgueiral, apesar dos seus 39 anos. O que é um sinal do seu profissionalismo e exemplo para os mais jovens.

Não seria preciso relembrar, mas a foto diz respeito à nossa primeira vitória no Estádio do Dragão (e sua primeira derrota para o campeonato), golo marcado por Cafú já perto do final da partida, corria a época 2004/05.
Do plantel da altura faziam parte Lucas, João Vieira Pinto, Toñito, Cadú, Zé Manuel, e alguns Campeões, casos de Martelinho, Éder, Frechaut e, claro, o timoneiro Pacheco. Um dos maiores flops (mais mediáticos, pelo menos) da nossa história também lá estava no banco, Felipe Flores :) .
Acabamos a temporada em sexto lugar com 50 pontos, falhando o apuramento para as provas europeias.


Parabéns ao André Sousa, o primeiro a responder via Facebook :D

quarta-feira, 3 de maio de 2017

São 38




Uma pequena retrospetiva do que ficou por dizer neste último mês.

Dois estados de alma distintos que nos acompanharam nestes últimos tempos:
por um lado, o crescimento brutal da Equipa que teve início em outubro, por altura da entrada da nova equipa técnica, culminando no atingir da meta dos 30 pontos, tida como o objetivo principal. Uma das melhores defesas do campeonato, muito bom percurso fora de casa, duas derrotas em doze desafios, consistência, evolução da maioria dos jogadores. Priceless. E não esquecer nem fazermos de esquecidos como os críticos: os argumentos continuam a ser dos menos fortes entre as equipas com os mesmos objetivos que nós, o que engrandece o trabalho desenvolvido.
Por outro lado, os últimos jogos, praticamente desde que alcançamos a tal meta dos 30 pontos, mais ou menos desde o jogo com os nossos vizinhos (na jornada seguinte, fomos a Moreira 'carimbar' os tais trinta).
Inegável que perdemos algum fulgôr, como provam os cinco jogos sem marcar qualquer golo, ou uma única vitória em sete desafios. Mas, mesmo neste hiato de tempo, nem tudo foi mau e, opinião pessoal, muito pouca coisa foi tão mau como a maioria fez crer. Por alguns de nós, e pelos críticos alheios.

Muito se falou de atitude, de férias antecipadas, de falta de profissionalismo. Apontar esses motivos, quase em exclusivo, como fatores determinantes para a quebra de rendimento (mesmo exibicional), é algo que não estou de acordo. Houve, sem dúvida, algum relaxamento. Excesso de confiança? Desleixo? Talvez. Motivos físicos a, finalmente, darem de si? Muito talvez. Pouca margem de manobra no que diz respeito às opções (que 'resolvem' alguns destes problemas)? Outro talvez forte. Ainda assim, nunca em quantidade suficiente para se colocar minimamente em causa o trabalho da equipa técnica e, claro, dos próprios jogadores, realizado nos sete meses anteriores.

Então o que originou essa evidente quebra? Falta de concentração em alguns momentos decisivos, abordagens aos diferentes e exigentes desafios que revelaram algum excesso de confiança e, sobretudo, menor poder de reação (bastante menor) às adversidades, . E estas últimas ainda foram algumas. Parece pouco para explicar o mau momento? Admito que sim, mas tenho plena convicção que foi nestes fatores que residiram os problemas.

E há que falar também nas dificuldades, acrescidas por vezes, porque é de lembrar que não jogamos sozinhos. Nesta série (8 jogos, 6 pontos) por muitos apelidada de negra, reprovável e, admirem-se, para alguns suficiente para se pôr em causa a continuidade do treinador, jogamos contra cinco dos sete primeiros classificados; em dois jogos em casa, jogamos mais de 90 minutos em inferioridade numérica e, em ambos os confrontos (Paços e Rio Ave), acabamos por criar mais oportunidades para vencer os desafios.
Isto, obviamente, sem querer desculpar más exibições, que, não haja dúvidas, também as fizemos. Mas daí até colocar tudo em causa, passando por falta de apoio e acréscimo de pressão sobre tudo e todos, vai uma enorme distancia. E tremendamente injusto.

Por fim, veio o Tondela. As palavras do treinador terão tido a sua influência, as mexidas no onze também, o desejo de reação de todo o grupo igualmente, mas sobretudo foi um desafio em que conseguimos provar o evidente: somos e fomos melhores que o adversário. Mais difícil fazê-lo em Alvalade, em Guimarães ou Estoril, mesmo em casa contra equipas que lutam fortemente pela Europa, como Rio Ave ou Marítimo.

A jogada do 'tiki-taka', que, embora a passividade do adversário, é fantástica, não começou nos pés do Sampaio nem ganhou vida na abertura do Mack. Começou há seis meses, naquela vitória em Vila do Conde (faz amanhã meio ano, precisamente :) ), continuou a ser construída na dupla derrota caseira com o Vitória de Guimarães, por estranho que possa parecer. E isso, toda esse crescimento e evolução, não pode, de maneira alguma, ser esquecido. E sim, tem que ser levado em conta quando se fazem críticas demasiado destrutivas e quando o apoio incondicional é posto em causa.


É para rebentar com o Nacional, muitas contas para pôr em dia com estes bananas II. Manda-los diretamente para a segunda terá um sabor especial. Azar, toca a todos mas, como é habito dizermos, Boavisteiro não esquece, mesmo que mais de uma década tenha passado.


Força Edu!

quinta-feira, 23 de março de 2017

quarta-feira, 22 de março de 2017

A Defesa




Ponto positivo em Estoril, opositor já de si complicado a atravessar um bom momento e num estádio que ainda não havíamos pontuado desde o Regresso. Agradável primeira parte, mais uma vez melhor entrada na partida, e uma má segunda metade, em que não conseguimos reagir às dificuldades impostas pelo adversário.
Mais uma vez, no geral (e confesso, sem ver o jogo na íntegra, merda de horário), fica a ideia principal: ponto ganho graças à consistência da Equipa. Não fomos brilhantes nem perto disso, não estávamos especialmente inspirados, em alguns momentos não mostramos a força que o momento exigia, mas não vacilamos. Em demasia pelo menos. A base ou o suporte de jogo já estão mais elevados, o que é ótimo. Assim como a exigência. Normal, culpa do desempenho da Equipa. Mas convém continuarmos com os pés bem assentes, mesmo naquilo que queremos, querendo nós, Adeptos, sempre mais.


Sobre o que esteve na base deste ponto e de alguns outros que fomos conquistando esta temporada. Mentalidade, equipa do 'pontinho' ou defensiva, e coisas que tal, mas é um pouco mais que isso. É consistência, a tal prioridade que se pretendia e era o principal objetivo em outubro último, aquando da mudança de treinador.

Falava-se esta semana sobre a nossa defesa, estatisticamente uma das melhores do campeonato, a 5ª que menos golos sofre. Mas mais importante que a defesa por si só, foi naquilo que evoluímos nos últimos meses: a mentalidade, a forma de defender e o nosso comportamento sem bola, desde os avançados até ao guarda-redes.
E não foi nenhuma injeção de talento ou capital extra investido no setor defensivo em alguma altura da época (como o foi no ano passado, por exemplo). Aliás, recuemos uns meses até ao momento em que partimos para esta época e atente-se ao panorama na altura. Perderamos Vinicius e Afonso, dois titularíssimos. Pelo caminho ficou Mika e foi ficando Henrique e as suas lesões. Ainda assim, apesar das contrariedades (lesão de Mesquita, opção Correia), não paramos de crescer, de sofrer poucos golos, de ser difícil de nos marcar algum.
Mérito muito maior que a prestação dos quatro ou cinco elementos da defesa, mesmo que também eles em plano positivo e, na maioria das vezes, em crescendo na forma a na confiança.

Mas como dizia, a diferença é mesmo essa, o comportamento global da equipa no momento em que não temos a bola ou na altura em que a perdemos, e a sua organização. Mais que os cinco elementos mais defensivos (ou seis com o Idris), é toda a forma de atuar, de adotar posicionamentos e timing de reações. E a Equipa sentindo-o, reflete-se na confiança individual dos jogadores. Nesse capítulo, olhando também aos argumentos que temos ao dispôr - quer seja no onze, quer nas opções - a prestação que conseguimos é excelente. Nessa relação, das melhores do campeonato.


Curiosa a análise a alguns números, julgo que tudo que se vai conseguindo, dadas as enormes dificuldades (que ao que parece, só nós Boavisteiros temos real noção disso), deve ser motivo de realce.

Comparando com as duas últimas épocas, vindo de encontro àquilo que ano após ano vamos tendo como principal objetivo, o crescimento. Lento e seguro. Pelo menos no campo, no Futebol com bola.
 - na época passada e por esta altura tínhamos mais 8 golos sofridos (7ª melhor). Há duas, 15 (5ª pior).
 - derrotas com mais de dois golos sofridos foram 5 na época passada, 7 em 2014/15. Esta temporada 2.
 - 2 derrotas/13 jogos. O melhor que tínhamos conseguido nas duas épocas anteriores para o mesmo número derrotas foi 7 jogos; para o mesmo número de jogos, 5 derrotas. Obra.
 - ao nível de pontos, já igualamos as duas anteriores, ainda com 24 em disputa.
 - já agora, 1 golo sofrido em cinco jogos ainda é recorde da época passada, início daquela fantástica recuperação com Sanchez.


quarta-feira, 15 de março de 2017

Pantera Escondida#1 - Litos




O Capitão, um dos maiores símbolos da nossa história, por todos os motivos.
Com formação feita no Bessa, estreou-se pela equipa principal em 95 (ép.95/96, Manuel José era o treinador) numa vitória no Bessa frente ao Belenenses (ironia, então o único campeão não grande), depois de empréstimos a Campomaiorense, Estoril e RioAve.
Seis temporadas, 220 jogos e 22 golos com a camisola Axadrezada, 6 internacionalizações, saíu para o Málaga logo após a conquista do título (numa das maiores transferências do Clube), onde passou cinco temporadas, acabando a carreira na Académica em 2008.

Central de eleição, fortíssimo no jogo aéreo (o que também lhe valeu muitos golos), implacável na marcação e desarme pela certa, fosse na bola ou não.
Defrontou-nos por duas ocasiões, uma pelo Málaga (naquela célebre eliminatória decidida nos penaltys) outra pela Académica.

Eterno Capitão, foi dele a braçadeira no ano do Título (só falhou um jogo), é dele aquela que é uma das fotografias mais emblemáticas do Clube.

Tanto numa só foto.


Foto de um Boavista - Sporting num Bessa já em obras, corria a época de 98/99, jogo em que Litos é expulso por acumulação ainda na primeira parte. Viríamos a empatar esse desafio, com golos de Timofte e Jorge Couto (também na foto, juntamente com Iordanov), depois de duas reviravoltas no marcador.
Do onze e suplentes, estavam onze jogadores que se sagrariam campeões. Além desses, Hélder, Timofte, Ayew e Paulo Sousa (então Capitão) também faziam parte do plantel. Assim como Sérgio Leite, Pedro Martins, Cavaco e Atelkin (este faz lembrar Faro, não é?:)). Do adversário, Delfim fez parte do onze.
Têm aqui o video do jogo.

Uma das melhores temporadas de sempre, acabamos por ficar em segundo lugar (com apenas três derrotas), lutando pelo título até à penúltima jornada, no tal jogo de Faro.

Época marcada também pelas vitórias nas Antas (2-0) e na Luz (3-0).

Ainda não se sabia, mas estava a nascer o Campeão. Belos tempos.


Parabéns à Rita, a primeira a acertar num comentário no Facebook do blogue :) 

Pantera Escondida#1


Nova rubrica do blogue, numa de descontração e pretexto para se falar do nosso Clube, jogos e ex jogadores. Trata-se de tentar adivinhar quem é o jogador de cara tapada.

Não vale batota e procurar a foto na net. O primeiro a acertar ganha, não tem nada que enganar.


Um fácil para começar.

BuloS

:D


segunda-feira, 13 de março de 2017

De Garras Afiadas


E é isto. Dispensamos o laço (até porque já temos o nosso Manel), mas é para embrulharem bem embrulhadinho, principalmente aqueles que, insistentemente, nos fazem o funeral. Como vemos, cedo demais. Já sabem: "Somos Boavista. E voltamos".

Em disputa 27 pontos, 33 já no bolso, manutenção garantida a nove jornadas do final e sinais evidentes que o crescimento tem tudo para não parar por aqui. Fazer tanto com tão poucos argumentos, com evidentes dificuldades financeiras, quando comparado com os restantes, dá aquele inigualável Orgulho Axadrezado, acompanhado do respetivo arrepio na espinha. Repitamos, mais audível ainda, os vizinhos que se fodam: "Somos Boavista. E voltamos!".


Confesso que entro sempre receoso no Bessa quando defrontamos estes bananas. Receio mesmo, medo, algo mais para o lado do sobrenatural do que outra coisa qualquer. Trauma talvez. Até podíamos estar a lutar pelo título, esse estado de espírito não se alteraria. Por isso, e só por isso, surpreso com este resultado. Pelo resto, pela Equipa, pelos Adeptos na Fortaleza, (agora sim, nada como ter a boca adoçada), pela liderança, pelo crescimento, pela confiança, por aí estamos descansadinhos.



Vamos às notas:

- Mais uma vez evidente o porquê de estarmos a fazer a melhor época desde o Regresso. Este não era um jogo qualquer, dado o adversário: há dez jogos sem perder, também eles a realizarem uma excelente época, com objetivos iniciais bem superiores aos nossos e com orçamento condizente. Além disso, o histórico insular no Bessa, quase fazendo deles a nossa besta negra.

- Consistência defensiva. Vagner, como já falamos, melhor reforço de janeiro. Já nem abalamos pouco que seja quando olhamos para a nossa baliza. Kamran, Mika, outro qualquer (ajudem-me!), nenhum deles se aproxima da segurança do brasileiro. Nas laterais continuamos com o crescimento, no eixo estabilizamos Lucas. Sampaio... mais disto, por favor. Esteve bem, mas é preciso estar assim no próximo, e no outro, e a seguir. Capacidade tem ele.


- Meio campo, e a sua principal evolução no momento em que não temos bola: a reação à perda da bola e mesmo à saída rápida do adversário. Enorme evolução, simplesmente do melhor, na minha opinião. Rigor, concentração, união. Equipa! Muito trabalhinho e do bom. Não só do jogador que aproxima para fazer pressão (seja alta ou baixa), mas sobretudo do comportamento da Equipa à sua volta. 
Idris, e a sua presença e intensidade, é o que sabemos (aka Capitão); Espinho mais 'trabalhador' do que o que se pensava, além da capacidade de criar espaços e [bem] circular a bola. E Carvalho, o médio (jogador?) menos apreciado pela massa adepta, mas com uma influência brutal nestes aspetos em particular, e que em muito contribuem para o bom desempenho global da Equipa. Ontem, de novo, bom exemplo da eficiência deste trio, que raramente é desfeito, mesmo durante os desafios. Percebe-se porquê. Neste momento, também olhando às opções, são fundamentais.

- Iuri é assim, é o pequeno génio que, quando inspirado (e mesmo não estando), ajuda imenso - não a resolver, porque isso fá-lo a Equipa - mas a desbloquear. Como ontem. Mais palavras para quê? É ver e rever que não cansa.
Voltei a gostar um pouco mais do Bulos, porque simplesmente continua a melhorar em alguns aspetos do seu jogo. Talvez isso ajude a explicar a insistência no sul americano - em detrimento do melhor jogador que é Schembri, apesar de diferente - a fazer os seus primeiros jogos na Europa, onde o futebol, e as defesas em particular, são bem diferentes dos campeonatos sul americanos. Conseguiu dar mais vezes jogável para os médios, seja no apoio frontal, seja na bola lançada em profundidade, conseguiu chegar mais vezes a tempo de o fazer. Não deslumbrou, mas melhorou, que é bem preciso. Na área, bem preparado o remate para o golo, na única chance que teve para o fazer. Frase batida, mas é à ponta de lança. Veremos nos próximos desafios, mas é certo que, pelo menos para mim, fez aumentar um pouco a curiosidade sobre ele e mesmo até onde poderá chegar.

- Mbala. Que desilusão, rapaz. Agora foram vinte minutos perante uma defesa com imensas dificuldades e com espaço para brilhar.

Com bola, a atacar, fizemos talvez o melhor desafio da época no Bessa. Boa e rápida circulação em muitos momentos, constantes linhas de passe ao portador da bola, quase sempre a melhor opção de passe a ser tomada. Mais uma vez, um sinal que torna evidente o excelente trabalho de todo o grupo.


Tranquilos. Confiantes. Com imenso tempo e boa disposição para prepararmos bem a próxima importante deslocação: Estoril. Todos à Amoreira. Isto é bom demais para se desperdiçar.  Continuemos a apoiar os nossos rapazes que bem merecem. O Clube merece.


Última palavra para a Fortaleza. Mais perto daquilo que somos. Bancadas bem compostas, apoio a condizer. Fácil, porque a Equipa assim o justifica e o jogo correu bem. Mas é bom, muito bom sentir toda a gente feliz.

Parabéns à família do jovem sócio mais antigo do Clube. Quatro gerações da mesma família a assistir ao desafio, é obra. Muito bom!


Força Edu!

quarta-feira, 1 de março de 2017

JN do Porto à beira do desespero


À primeira vista, pode parecer bastante negativo, o colapso ou o fim. Mas não é. E falo, obviamente, do conteúdo sensacionalista da notícia de hoje do JN. O Boavista, em resposta a uma notícia veiculada na semana passada, explicou devidamente o que se passa. Nem isso fez com que o assunto fosse noticiado de forma mais correta ou conveniente. "Conveniente" para a sociedade, entenda-se. Para os leitores.

Coloco aqui uma imagem que pode até parecer ridícula, mas julgo mesmo que ajuda a explicar... tudo isto que sentimos. E não só nós, eles também.



O dia 1 de abril de 2014 foi, como bem sabemos, um dia histórico, não só para o nosso Clube, como também para a nossa cidade e região. Foi o dia da Justiça, o dia que tanto esperamos e lutamos para que chegasse.
A diferença é que não houve derby uns dias antes, não havia a perceção da força do Clube e dos seus Adeptos, nem sequer a ideia que nos iríamos... levantar, da forma como o estamos a conseguir fazer.


É um pequeno exemplo do tratamento em relação ao Boavista, um grande exemplo daquilo que tem, realmente, feito a diferença: Unidos, a crescer, contra tudo e contra todos. Sem milhões nem ajudas, sem autarquias, politiquices ou imprensa.

Verdade: estamos, e estaremos, por cá. E vão levar connosco, cada vez mais. Pelos sinais, julgo que já perceberam isso.


Nada disto invalida a nossa preocupação acerca de tão melindroso assunto. Confiamos, como até aqui, na direção que tenta resolver os problemas, ao mesmo tempo que consegue que a Equipa de Futebol, e o próprio Clube, obtenha resultados desportivos extremamente positivos. Apesar das evidentes dificuldades e diferenças nos argumentos.


A resposta? Sexta em Moreira e domingo, no Bessa. Cabalmente, à Boavista.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Derbi




Bravo. Cheirou a Derbi, intensidade e rivalidade à antiga.

Custou imenso. Duro, não só pelo resultado pela involvência também, à semelhança do que nos aconteceu há três meses atrás. Não esmorecemos, estivemos lá para aplaudir os nossos, a marcar o território possível, de frente, olhos nos olhos com os do mercado. Lá estaremos em Moreira. É a vida. Lutamos, reagimos, unimos forças, não conseguimos vencê-los, com a certeza que haverá próxima. O "ides para a segunda" substituído pelo velhinho "sois uma rotunda" é um sinal que o regresso ao passado está mais perto. Não somos só nós que o sentimos, acredito, e as mãos no pescoço do Talocha, o pé em riste do Andrés, a perda de tempo no final de ambas as partes "que só os pequenos fazem", também o são. Não baixamos a cabeça, crescer é custoso, mas devemos ter um orgulho enorme em perceber que o caminho é este. Depois do inferno... como poucos sabem. Como eles não sabem de certeza.


Algumas notas:

Ideias claras de um lado e outro, do nosso suster a intenção de boa entrada do adversário; o Porto é forte sim, os argumentos são díspares, mas a real força deles está na defesa e na segurança depois da vantagem. O golo aos 7 complica, deita por terra parte da estratégia. Por nossa culpa, aquele erro não pode acontecer, muito menos quando se defronta equipas destas. Reagimos, não nos desorganizamos coletivamente, ameaçamos com dois pares de lances perigosos, um ou outro lance de bola parada, continuamos a mostrar dificuldades nos inevitáveis desequilíbrios individuais do adversário. 
Conseguimos discutir o resultado até final, à procura de um lance de inspiração ou sorte, forçamos uma expulsão, conseguimos melhor postura e fomos mais competitivos que num passado recente contra este adversário, à semelhança do último desafio com estarola. Insuficiente, como de resto também o fomos, no Bessa também, contra equipas do nosso campeonato, quando foi preciso ir à procura do resultado.


Santos foi surpresa no onze, exibição consistente na semana passada, inseguro na de ontem. Correção ao intervalo, com a agravante de já ter amarelo. Henrique para o lugar, exibição certa no regresso até ao pior momento. E ficamos com dois problemas, a lesão do Henrique, e Sampaio, que passou de titular para terceira opção.

Muito difícil colmatar a ausência de Idris no nosso meio campo, não só pelas suas caraterísticas mas também porque temos poucas opções para a posição. Pelos números é inegável (sem ele, 5 jogos e 1 ponto), num jogo destes mais ainda. Carvalho mais recuado, Carraça e Espinho a interiores acho que era do melhor que se podia ter feito, tendo em conta que é uma pena não termos um Tengarrinha a 200%  como já o tivemos. O melhor Tengarrinha seria quase certo titular no jogo de ontem. Carvalho a espaços, combinou as culpas diretas no golo com bons momentos, quer no desarme a médio defensivo, quer a criar perigo quando subiu mais um pouco. Carraça mostrou mais intensidade desde a última vez, falta saber se é para manter. Menos bem Espinho na missão mais ingrata, quase sempre com pouco tempo para ter a bola.
É raro mexermos no meio campo, ontem fizemo-lo e bem mais cedo, quando se optou por um jogo mais direto, tentando tirar partido da dupla Schembri/Bulos.

Do Bulos, um pouco do que se viu na semana passada, mas mais longe da área e mais atrasado que a maioria na discussão dos lances. É quando Schembri entra que criamos a melhor situação, pena não ter sido o peruano a finalizar. Bem lançado e boa entrada do Bukia.



Próxima jornada, muito simples: tudo a Moreira. Há que reagir, temos a vantagem de não ter que esperar por domingo, é já esta sexta 20:30h.



Força Boavista!



edit.

Ridículo aquilo que é dito pelo Porto, são cinco imagens que mostram, segundo eles, o "roubo" de ontem.
Dá para pensar: mas isto existe? Isto é real? Esta malta burguesa reclama mas porque acham mesmo que devem reclamar? Ou porque... sim? Recebem elogios dos comparsas, da carneiragem toda e isso faz bem ao ego? Será isso? Ou para não perder terreno em relação aos outros? É que... é tão baixinho.
Repare-se bem:
vitória do Sporting no Bessa pela margem mínima, queixas da arbitragem, BC a semana toda aos berros na cs, acabou multado.
empate na Luz, exposição do Benfica ao conselho de arbitragem.
Porto no Bessa, falta à conferência de imprensa em protesto com a arbitragem.
Afinal nós mandamos nisto. Tudo. Esta merda é toda nossa. Quer dizer, na verdade, eles todos devem concordar que a culpa não é nossa, portanto logo à partida estamos ilibados. Mas... não é estupidamente estranho? Não há aqui um padrãozito qualquer? Facilmente se chega à conclusão que os três grandes são, afinal, prejudicados. Imagino quando se defrontam, aquilo deve dar uma confusão nas leis...

Mas isto é tão ridículo que eu tinha vergonha que o meu Clube reagisse de forma algo parecida sequer. Facilmente e desde que haja vontade faz-se algo do género. Com imagens paradas? Pedi ao meu primo de oito anos, perito em ecrãs táteis, para me fazer algo do género. Eis:


Até o Jota, man? A sério? Quanto aos penaltys, nem dúvidas no estádio nem em casa, é ver as imagens video se for preciso e ter dois olhos na cara ajuda.

Isto é uma guerrinha e o resto são figurantes? Não entramos nesse filme. Eles que cresçam, não só na conta bancária mas no resto também.


domingo, 26 de fevereiro de 2017

Venham Eles: Derby


É hoje. Magia do Derby. 

Algumas considerações a poucas horas do jogo.

- Não gostei da temática 'bilhetes'. Perdemos quase tanto tempo a falar disso como o NES a falar da Juventus na conferência de imprensa de antevisão ao jogo do Bessa. Não é bom, porque o que queremos mesmo é ganhar-lhes. E ainda não sabemos se o conseguimos, claro... Vamos concentrar-nos no essencial: todos juntos, todos pela Pantera, de início ao fim.
Muitos deles?! Venham, a receita é de ouro, o estádio é grande e sem correntes de ar.... nas laterais, nada dali pode sequer mexer azulado. É o preço... mais certo.

- Não vale a pena matutar mais, aqueles dois amarelos foram um erro, todos juntos vamos conseguir suprir a falta. Nem penses Idris, ninguém te leva a mal por não vires diariamente para o facebook pedir desculpa. Não custas milhões, mas sabemos que és dos nossos, e sabemos que os teus colegas estão contigo. Assim como nós. Contigo e com quem te substituir.

Tengarrinha por troca direta; Carraça como duplo pivot com Carvalho; Carvalho a trinco, Carraça a interior. Algumas hipóteses, confiança total na equipa técnica. Mais logo veremos.

- Sampaio, Henrique e Santos, para companheiro de Lucas. Veremos se é o brasileiro ou se Henrique está recuperadíssimo.

- Schembri parece mais indicado para esta partida, veremos se a opção recai sobre o maltês ou vai haver aposta na continuidade do Bulos.

Em teoria, encaramos este derby como um dos menos desequilibrados desde o regresso. Faz sentido. Temos o objectivo praticamente seguro, ao contrário do adversário. Estamos em boa forma, confiantes, esperando fazer do Bessa a Fortaleza. É o jogo, é o Derby.

Orgulho Axadrezado, hoje e sempre! A Equipa e o símbolo merecem tudo. Todos juntos em busca dos três pontos, num Derby só isso interessa.

Força Edu!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

A um!



Bem visível, no último sábado, os motivos que nos levam a estarmos a apenas um ponto da barreira dos 30, o que siginificará um upgrade aos objetivos. Mais que objetivos 'materiais', vulgo luta pela Europa, devemo-nos preocupar em fazer esse upgrade relacionado com os pontos. 30 já estão? Venham os 40.

No jogo de Santa Maria da Feira, salta à vista, mais uma vez, a organização e maturidade que a Equipa conseguiu alcançar em pouco mais de três meses. Podíamos até não ter conseguido chegar ao golo ou termos consentido o empate, mas... consistência, união e confiança é aquilo mesmo. Sempre mais perto de tirar alguma coisa da partida (e com uns 30 minutos iniciais bem mais mandões que o adversário), com aptidão para nos adaptarmos aos vários momentos do jogo (porque os adversários tambem trabalham e jogam!) e, como já o disse várias vezes porque acho importante, cientes das nossas limitações (que as temos, não só no campo como no banco).

Individualmente, destaque para Bulos pelo excelente trabalho no lance decisivo. Já antes, também na cara do golo, boa cabeçada na pequena área. Fora dessa zona, voltou a revelar dificuldades, quer a vir buscar jogo ou de costas para a baliza adversária, quer a pressionar (bem e a tempo) a primeira linha do Feirense. Foi importante nas bolas paradas defensivas, talvez um dos motivos que o manteve em campo até ao final, em detrimento de Schembri. De qualquer forma, intenção de movimentações diferentes do habitual titular abonaram em seu favor e, claro, da Equipa.
Titularidade de Carlos Santos algo surpreendente, com Henrique já recuperado. Justa, como o próprio fez questão de provar dentro do campo. Um ou outro erro, muita concentração e alguns lances de perigo evitados.
No resto, o habitual: organização e critério de Espinho, posicionamento e consistência de Carvalho (voltou a estar em bom plano), esforço enorme dos três do meio campo.
E depois a paragem cerebral do nosso Capitão. Acontece e, como se viu, acontece aos melhores também. Mas não devia. Fazes falta, logo agora.
Na baliza, mais que confirmado: Vágner é, e bem, o dono do lugar. Seria uma excelente contratação para a próxima época.


Tínhamos falado na antevisão da partida que, em caso de vitória, tudo seria bom demais e sempre da forma como somos mais fortes, todos juntos. Sem palavras, foi mesmo isso.

Preto e Branco são
As cores do nosso Amooor.



Domingo, na busca dos três pontos, a um do objetivo. Mais uma final, diferente da última, diferente das demais, diferente de tudo o resto. É o jogo. É a Invicta. São os amigos e as discussões, o ego e o orgulho. O dia que não se dorme, o jogo que começa umas hor... já começou! É único. É o Derby. Venham eles.
Amanha a antevisão do Clássico, já a afinar a voz e de cachecol ao pescoço.




Força Edu!