quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Ausentes, Presentes: Uma proposta De Homenagem Aos Boavisteiros Que Nunca Nos Deixaram

Todos os jogos no nosso Estádio do Bessa, sou confrontado com uma faixa pendurada na bancada Nascente junto ao Topo Sul que diz simplesmente "Ausentes, Presentes".



Desconheço por completo quem seja o seu autor ou qual seria a mensagem que pretendia passar, mas a cada olhar, sou transportado para as memórias mais queridas da minha infância, onde o meu pai me levava a mim e ao meu irmão pela mão, atravessando as portas do nosso Bessa antigo.

Recordo-me do som ensurdecedor dos adeptos, do cheiro da relva e da emoção palpável no ar. Mas, acima de tudo, lembro-me de estar ao lado do meu pai, da minha mãe, do meu irmão e do meu avô, três gerações unidas pelo amor ao Boavista.

Hoje, sou eu que levo o meu pequeno filho ao Bessa. Ele, com os olhos curiosos, faz-me perguntas sobre o Boavista e porque é que gosto tanto do mesmo. Conto-lhe histórias, tal como o meu pai e avô fizeram comigo, e espero que um dia ele faça o mesmo com os seus filhos.

Cada um de nós tem as suas memórias únicas ligadas ao Bessa. Há quem se recorde do vizinho mais velho, que com histórias e relatos apaixonados, despertou em alguém o fervor pelo Boavista.

Outros lembram-se daquela amizade inesperada que nasceu nas bancadas, com alguém que se sentava ao lado ou à frente, com quem se partilharam alegrias, tristezas, vitórias e derrotas ao longo dos anos, e que, infelizmente, já não se encontra entre nós.

E há ainda aqueles que foram introduzidos ao clube por amigos ou colegas de escola, criando laços que vão além do futebol.

O tempo, implacável como é, levou muitos de nós. A dor da sua ausência é agravada sempre que entro no Bessa e sinto o vazio dos seus lugares ao meu lado. No entanto, eles nunca me deixaram verdadeiramente. Estão presentes em cada cântico e em cada aplauso, em cada lágrima derramada pelo nosso clube.

Inspirado pela iniciativa do Union Berlin quando foram promovidos, proponho que criemos a nossa própria tradição.

Novembro é tradicionalmente um mês de reflexão e memória. Em Portugal, o Dia de Todos os Santos, celebrado a 1 de Novembro, é uma data onde recordamos e homenageamos aqueles que já partiram. E que melhor altura para começarmos esta tradição no Boavista? Uma tradição que não só honra a memória dos que já partiram, mas também reforça os laços da comunidade boavisteira.

As tradições têm o poder de unir as pessoas, de criar um sentimento de pertença e de continuidade. No mundo do futebol, onde as emoções estão sempre à flor da pele, as tradições adquirem uma importância ainda maior. Elas são uma ponte entre o passado, o presente e o futuro, e ajudam a definir a identidade de um clube.

Imagino um sistema simples: durante uma semana específica, os sócios poderiam dirigir-se à secretaria do clube com uma fotografia de um ente querido Boavisteiro que já partiu, seja ele um familiar, um amigo, um vizinho ou até mesmo aquele desconhecido com quem partilhávamos o amor pelo clube. Com uma contribuição simbólica de 5 euros, essa fotografia seria transformada num mini cartaz a preto e branco, dentro das medidas regulamentares. O Boavista, em parceria com uma gráfica local, produziria estes cartazes e, no dia do jogo, cada sócio poderia levantar o cartaz e levá-lo para a bancada. O dinheiro arrecadado poderia ser usado para cobrir os custos de produção e qualquer excedente poderia ser doado a uma instituição de caridade à escolha do clube. No dia do jogo, o Bessa estaria repleto de rostos familiares, uma multidão de ausentes que, através desta homenagem, estariam mais presentes do que nunca. Seria uma forma poderosa de mostrar que, no Boavista, ninguém é esquecido. E que o amor pelo nosso clube, tal como o amor pelos que nos são queridos, é eterno.

 

Resumo da Proposta:

  1. Iniciativa "Ausentes, Presentes": Uma homenagem anual aos Boavisteiros que já partiram.
  2. Entrega de Fotografias: Durante uma semana específica, os sócios/simpatizamentes entregam na secretaria ou via email uma fotografia de um Boavisteiro que já partiu.
  3. Contribuição Simbólica: 5 euros por fotografia, que serão usados para cobrir os custos de produção.
  4. Parceria com Gráfica Local: Produção de mini cartazes a preto e branco com o tamanho máximo aprovado pela Liga (deduzo que seja um A4, mas um A3 funcionaria melhor).
  5. Homenagem no Dia do Jogo (primeiro jogo em casa de Novembro, por exemplo): Os sócios levantam o cartaz antes do apito inicial e levam-no para a bancada.
  6. Doação a Instituição de Caridade: Qualquer excedente da contribuição será doado a uma instituição à escolha do clube.


 Esta é a proposta que faço: a criação de uma tradição anual para garantir que aqueles que amamos, e que nos ensinaram a amar o Boavista, nunca sejam esquecidos. Porque no Bessa, no nosso coração, eles estão e estarão sempre... presentes.

#AusentesPresentesBFC

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Oliveirense 1-3 Boavista

 No reino de Seba Pérez não existe a palavra facilitar.

Seba está prestes a tornar-se figura ímpar de culto junto do universo axadrezado, quem o viu ontem, um domingo à noite chuvoso, frio, contra uma oposição de uma categoria inferior e a luta e qualidade que colocou no jogo não pode ficar indiferente a este jogador.

Novidade do onze apenas a inclusão Masa no lugar do apagado Bruno Lourenço, sendo que Salvador Agra continua preso a uma missão de sacrifício no lado direito da defesa, função que cumpriu com o brio reconhecido. De resto jogo “tranquilo” do Boavista que quebra assim uma sequência mal conseguida nos últimos anos na prova e avança para a fase seguinte.


terça-feira, 10 de outubro de 2023

🎙Podcast Axadrezado T2 - Ep.12: O Boavista é a mais louca Paixão! com Rafael Bracali



 Para Ver E Rever!!

🎙Podcast Axadrezado T2 - Ep.12: O Boavista é a mais louca Paixão! com Rafael Bracali

🎙Podcast Axadrezado T2 - Ep.12: "O Boavista é a mais louca Paixão", Rafael Bracalli

 

Além do rescaldo do desafio de Moreira de Cónegos e de um olhar sobre a atualidade do Boavista, esta semana contamos com a presença de um convidado especial: o nosso Símbolo Rafael Bracali. 

 

Não percas o episódio desta semana, vale muito a pena. 

 

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segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Moreirense 1-1 Boavista

 Petit tenta cobrir os pés, destapa a cabeça, a manta parece cada vez mais curta.

Que dores de cabeça deve ter dado ao treinador axadrezado a visita a Moreíra de Cónegos este fim de semana. A lesão de Malheiro continua a não perdoar, Luís Santos ainda não convence no lado direito da defesa e obriga a colocar o melhor extremo a jogar naquela posição, cobe os pés, destapa a cabeça. 

A falta de Salvador Agra no ataque do Boavista, junto com a ausência de Tiago Morais transformou a equipa, esta passou do tradicional olhos nos olhos para um jogo manco na parte ofensiva como demonstram os apenas 8 remates e o único canto obtido. O adversário foi mais intenso, a perda de bolas foi uma constante mas no final o esforço valeu mais um valioso ponto fora de casa.

Segue-se pausa para seleções e taça de Portugal e que bonito era aliarmos este bom início de campeonato a uma presença digna nesta competição que tanto nos diz.



segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Boavista 2-2 Famalicão

 Ir à guerra com balas de borracha ?

Petit não tem as mesmas armas dos adversários, há quem diga até que Petit nem sequer terá armas para contrariar uma época que fora do terreno de jogo teima em parecer descarrilar a qualquer momento. No entanto existe ali alguma coisa que transporta a raça Boavisteira para dentro do campo, a equipa entra determinada mesmo perante as contrariedades do jogo, numa corrida feita de trás para a frente após o penálti que colocou o Famalicão a vencer na partida. O que se seguiu foi uma demonstração de garra e generosidade competitiva por parte dos atletas axadrezados que em muito honra os numerosos adeptos que se deslocaram ao Bessa, Reisinho e Agra ( que líder ! ) deram a volta ao resultado que parecia assim caminhar para mais uma vitória. Não o foi por dois motivos, primeiro novamente o senhor do apito ( outra vez esta época… ) com uma decisão de expulsão de Tiago Morais perfeitamente extemporânea e no âmbito do “entendimento” do árbitro, o jogador desvia-se do adversário, cai, passa meio segundo no chão levantando-se imediatamente sem qualquer tipo de protesto… segundo amarelo, vermelho! O segundo motivo passa por alguma falta de discernimento nos momentos finais do jogo que permitissem segurar a vitória, mas quem os pode culpar ??? 

Época desastrada dos senhores da arbitragem em Portugal, mas que curiosamente ( ou não ) parece beneficiar sempre os mesmos de sempre, os três pinheiros do futebol português e as equipas do Minho. Próxima jornada em Moreira de Cónegos vai ser preciso mais uma declaração de força.