terça-feira, 29 de setembro de 2020

O Nosso Símbolo

Numa altura em que o foco tende a ser sobretudo desportivo, convém não esquecermos o vital momento do nosso Clube, em que a entrada de um investidor e a possibilidade de venda da maioria da SAD estão em cima da mesa. Ainda para mais na falta dos prometidos esclarecimentos, surge mais um importante alerta, via último programa na Quarentena da Bola - Por Rémulo Jónatas, pelo Adepto Ricardo Monteiro da Silva, sobre a questão do nosso Símbolo e o perigo de este pertencer à SAD e não ao Clube.

Na prática, e em caso de insolvência, por exemplo, sendo o Emblema propriedade da SAD será um bem a ser vendido pelo administrador de insolvência, estando assim ao dispôr de qualquer um, seja sócio ou até adepto de um rival.

Mais um tema para refletirmos e discutirmos (e até colocarmos a questão em local próprio), relembrando que o propósito aqui é, como sabem, fomentar a informação, discussão e o debate sobre o nosso Clube.

Aqui o excerto do video da útil intervenção do Ricardo Monteiro da Silva:

https://www.youtubetrimmer.com/view/?v=a_fvWNt0M70&start=2580&end=2825

Fiquem também com parte do documento que sustenta o alerta.

Agradecer ao Ricardo Monteiro da Silva pela disponibilidade.

domingo, 27 de setembro de 2020

Atropelo


Ou a medicação fez milagres ou a noite de sono foi um mar de insonias, certo? E houve razões para isso: perder um Dérbi, na Fortaleza e por cinco de diferença, não pode nem deve ser algo encarado de ânimo leve, independentemente das condicionantes e limitações, que esperemos temporárias.

E é bom que deixe marcas, e fortes. O período de reflexão é obrigatório, sendo fundamental que tenha origem em várias vertentes. Desde logo, perceber as limitações, algumas temporárias, como entrosamento e adaptações -  que também resultam (e muito) do parco tempo e das condições em que formamos plantel - e outras mais profundas e evidentes, como as poucas opções em vários setores da Equipa e o dado evidente que daí resulta: apesar do acréscimo de qualidade, estamos ainda curtos e temos uma semana para... corrigir e retocar. 

Importante refletir naquilo que também esteve na base deste terramoto: o risco. Extraordinariamente discutível, claro, mas parece-me óbvio que a forma como abordamos o adversário (imensamente mais rotinado que nós) e o próprio jogo foi um convite a este atropelo. E há que respeitar e tentar perceber essa opção: trabalhar a ideia sob estas condições, aproveitando este complicado início de época para desde logo evoluir a mesma, crescendo não só com o modelo mas também com os erros. 
Seria preferível uma postura mais recatada ou de maior expetativa, mesmo que tal significasse uma mudança de identidade? Talvez. Acredito que sim. Mas mantenho: colheremos os frutos mais à frente, estou plenamente convicto disso. Custoso, claro.

Relativamente ao jogo propriamente dito, discordo da ideia de duas partes distintas: estivemos idênticos em ambas (se bem que, claro, um pouco melhores na 1a...) Erráticos, com a intenção de saír limpo, umas com sucesso outras nem tanto. Desde o início.  O que fez diferença foi o aproveitamento por parte do adversário e, óbvio, a nossa descrença, desorientação e falta de forças para reagir de acordo. Ainda esboçamos algo ao primeiro, mas de pouca duração. 

Deixo o mais importante para o final:
Estamos no caminho certo, acreditem. Custa, temos muitas pedras para eliminar, mas conseguiremos. Temos vontade, ideias e talento, não nos façam já o funeral ou vão-se arrepender.
Arrepiaram as imagens da chegada dos nossos rapazes ao Bessa. E é agora o momento, quiçá dos mais importantes da época: de nos Unirmos. Sim, aquilo que falamos e sentimos há algum tempo, e é isto, também, que fará a diferença, não tenham dúvidas. Fazer ver os novos que estar no Boavista está longe de somente fazer parte de um qualquer projeto, por muito interessante e promissor que possa ser.

Sexta feira daremos prova da nossa União, na saída da Equipa para uma das mais importantes batalhas do ano. 
Somos Boavista.

sábado, 26 de setembro de 2020

Venham Eles: Porto


Nervosos, certo? Não se preocupem, normal. Normalíssimo. 
Mais do que eles, muito provavelmente. Faz parte do nosso adn, da nossa humildade, da nossa consciência que partiremos para a dura luta com tanta ou mais vontade mas com menos e menores argum€ntos.

Será a ânsia pela justiça, por num breve momento dependermos mais de nós para recolocarmos o nome do nosso Clube num patamar de respeito, de equidade, de reconhecimento. Sabemos que as armas serão desiguais, mas a vontade, o orgulho nos nossos, esse, reforçado pelas palavras do nosso timoneiro, será inabalável.   

Sangue nos olhos, unidos, lutar até mesmo depois que nos faltem as forças, e nós, Adeptos, aconteça o que acontecer, estaremos sempre do vosso lado. Juntos. AGarrados. Mesmo sem rodinhas, estaremos presentes. 

Joguem por nós, lutem pelo Símbolo. Força nosso Grande Amor. Força Boavista!

(Foto de Carlos Vieira, via GOAB)

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Dúvidas no Ataque


Não serão só na defesa as limitações para o próximo desafio, fruto das mudanças e obrigatória construção tardia do plantel. 

As soluções no ataque [ainda] são poucas, agravadas com a lesão de Yusupha no jogo da Madeira, sobrando Benguché e Elis.

◾ Benguché já mostrou um pouco o seu estilo: avançado possante, muito físico e de área, forte no jogo aéreo. Capaz no apoio frontal, terá mais dificuldades a atacar a profundidade e, claro, a ser mais útil no contra ataque. 

◾ só conhecemos Elis por vídeo, mas parece ser um avançado/extremo rápido, boa técnica, objetivo e com golo. Apesar de ter chegado há menos de uma semana, vem com ritmo competitivo pois era opção regular na presente época.

◾ pelas notícias que nos chegam, será pouco provável a titularidade de Yusupha dado os problemas físicos. Banco ou fora dos convocados, eis a dúvida. E não espantaria a presença de um avançado dos s23 (Berna?) no banco...

◾ De Santis parece estar certo, venezuelano de 18 anos internacional pelas seleções jovens do seu país. Por muito promissor que seja (e acreditamos que sim), será curto partir para uma temporada com estas opções no ataque, sobretudo olhando às dúvidas na condição física de Yusu e à possível necessidade de adaptação dos hondurenhos (principalmente Benguché, até mesmo na provável polivalência de Elis). 

Mais um avançado no plantel? Para sábado, homem por homem ou algo mais... abrangente? Dúvidas boas.

Dois dias para o Dia Derby.

Força Boavista!

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Os Problemas na Defesa


Problemas na defesa para o próximo desafio e por vários motivos:
- dúvida na condição física de Rami
- impedimento de Chidozie 
- tardia chegada de mais elementos para a defesa (nomeadamente Porozo)
- inexperiência (pelos sinais, apesar do potencial) de Goméz.
- força ofensiva e fluxo atacante de um candidato ao título.

Veremos (como sempre, a intenção aqui é lançar a discussão) as várias hipóteses para colmatar essa... lacuna. 

- postura coletiva, isto é, a Equipa se predispor a melhor proteger as áreas onde o adversário nos poderá ferir com maior facilidade: menor exposição dos alas (principalmente em ataque organizado do oponente), maior sentido posicional dos dois médios centro, anulando espaço entre linhas (muito procurado pelo adversário) deixando a pressão à saída a cargo de Gomes e do ponta de lança. 

- Rami, Goméz ou Javi, dois deles serão os centrais. No caso dos dois primeiros, proteção extra ao central mexicano, não colocando de lado a hipótese de um meio campo mais combativo (e posicional) com a entrada de Show para o miolo, ao lado de Javi. Aposta seria, sobretudo, e naquilo que mostramos alguma força no último jogo, nas rápidas transições após roubo de bola. 
No caso de a opção recaír sobre os dois mais experientes, Show será o substituto natural do espanhol no meio campo, fazendo dupla com o português. Problema com a força do oponente na profundidade, talvez minimizando o problema com um bloco mais baixo (mas mesmo aí, tirando partido do posicionamento dos centrais - mais experientes e maior probabilidade de antecipar esse tipo de ataque). Aqui, ainda a hipótese de poder mexer ou refrescar o meio campo com a opção Santos.

Nota final para o ataque: será que vamos ter estreia do Pantera? Na dúvida sobre a condição física de Yusupha, o hondurenho poderá encaixar bem num jogo em que, sobretudo, teremos que explorar bem o contra ataque e fazer uso da velocidade nas costas do adversário. 

Força Boavista!

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Seba e os Reforços


É óbvio que, dadas as tão profundas mudanças e mais que qualquer concorrente, todos precisam de tempo, seja para adaptar ao estilo europeu, seja para conhecer o modelo e ideia de Vasco Seabra. E, há que o dizer, arrisco a dizer que o nível apresentado - apesar do défice de consistência - é já maior do que aquele que seria de esperar numa fase tão precoce da temporada. 

A caminho da 2a jornada continuamos a reforçar o plantel e a ter necessidade de o continuar a fazer. Vejamos:

◾ Seba Pérez poderá ter fechado o meio campo, claramente o setor, para já, melhor apetrechado. Temos 4 opções para duas posições: Javi, Show, Seba e Santos. O português será o médio com caraterísticas menos defensivas, podendo fazer uma posição mais ofensiva no miolo - de Angel - onde poderá também entrar Paulinho nas contas.

◾ Goméz mostrou potencial. A inexperiência neste nível foi evidente, pelo que a rodagem (s23) e mesmo a evolução treinando com a 'A' antes de ser uma opção mais válida será quase uma certeza (a médio prazo, porque a curto...). Porozo ainda não chegou e há a dúvida sobre a disponibilidade imediata de Rami (talvez forma física depois de alguns meses com pouca competição), sobrando Chidozie, o que é pouco. Um central, e capaz de ser opção no imediato, parece ser necessário. 

◾ foram notórias as limitações nas opções ofensivas no jogo da Madeira. Benguché mostrou alguns pormenores interessantes, mas é evidente que também ele precisa de um período de adaptação ao futebol europeu e até ao estilo de jogo da Equipa. Veremos como é Ellis, dando ideia de poder ser opção no eixo do ataque, ele que como ala parece ter caraterísticas diferentes às de Paulinho ou Sauer. Dependendo disso (e da condição física de Yusupha), faltará o reforço de uma das posições na frente: ponta ou ala. Não esquecer que Nuno Santos também poderá ser hipótese como ala.

Resumindo: central e avançado serão mesmo necessários, um outro avançado para completar o leque, talvez.

Força Boavista!

domingo, 20 de setembro de 2020

Os Resistentes no Palco de Angel


Agora menos dúvidas ainda sobre a substituição de Hélton na baliza. Léo Jardim mostrou-se seguro, decisivo num par de defesas importantes. Alguns problemas a jogar com os pés. 

Nas laterais, vamos ser de alta rotação, tão capazes de pressionar alto e fechar atrás como atacar na área. Cannon mais comedido que Mangas, mas talvez mais acertivo na marcação e posicionamento. O português foi algumas vezes ultrapassado, excelente na combinação e finalização no segundo golo.

Era, antes do jogo e em teoria, o elo mais fraco, tão somente pela juventude e inexperiência nestas andanças. Goméz é o único culpado no lance do 1-1 (ainda assim, capaz de evoluir nesse aspeto, já que tem bom pé esquerdo), poderia ter feito muito mais no 2-1 (pedia-se contenção e não entrar de primeira). Naturalmente, acusou os erros e foi permissivo noutros tantos lances, influenciando também o colega de setor, Chidozie. O nigeriano esteve bem na maioria dos lances, mostrando que pode crescer e ser mais útil com um mais experiente - e líder - colega de setor.

Meio campo o nosso setor mais forte. Javi e a sua qualidade e experiência mostrou que pode ser muito útil e vai, concerteza, ser um dos líderes da Equipa. Nuno Santos menos exuberante e com menor iniciativa que a semana passada (também por culpa do adversário), ainda assim uma positiva exibição. E Angel, impressionante capacidade de aproveitar os espaços quer com bola no pé quer com passes a rasgar. Tendo hipótese acelera, não tendo decide bem os lances e com uma componente técnica incrível. Dinamite.

Sauer e Paulinho, os resistentes e em excelente plano. Sauer pela eficácia, Paulinho pela eficiência em cumprir não só nos momentos com bola. Aquela melhoria na intensidade que lhe vimos no passado, a técnica e a capacidade de aceleração em movimentos interiores encaixam muito bem naquilo que Vasco Seabra pretende para a posição. Admito, estou curioso para ver o seu crescimento. 
Yusupha foi uma chatice, certo? Se a mente parecia estar melhor, já o corpo... no seu lugar, surgiu um avançado de caraterísticas diferentes: Benguché é um peso-pesado de área, forte nos duelos aéreos (ganhou inúmeros), de toque ou remate simples, curto e eficaz. Tem dificuldades na mobilidade e profundidade, sendo, à partida, um ponta menos combinativo para aquilo que Seabra pretende. Ficou na retina aquele trabalho na segunda parte em que por pouco não deu golo. Mais daquilo por favor e, como outros, o tempo só lhe fará bem.

Reisinho tentou cumprir (em parte conseguiu-o) e refrescar o meio campo nos últimos dez minutos. Show já entrou? Se sim, é para correr nos dez minutos que faltam e compensar a falta de força nas pernas dos que podem menos. Foi lento no lance do empate, teve dificuldades para entrar no ritmo alto do jogo.

No que toca a reforços, sendo mais uma opção no meio campo Seba é muito bem-vindo, Porozzo assim o será e... Ellis poderá acrescentar bastante no setor mais debilitado. 
Ainda assim, veremos o que mais chegará: um central, um avançado e um ala com as caraterísticas que serão mais úteis ao treinador? 


Força Boavista!

Estreia



Amargo mesmo foi o golo sofrido nos descontos impedindo a conquista dos três pontos. Quer na busca pelos mesmos, quer nas reações às dificuldades (e adversidades!), quer até na frustração patente nos nossos rapazes e responsáveis, demonstramos que estamos diferentes. Para melhor: no fundo, fazendo jus àquilo que se vinha prometendo. Pelo meio contribuimos para um jogão, três golos e, apesar de longe das primeiras páginas ou noticiários, nos olhos e na boca de quem aprecia Futebol. Também é isso.

Não era segredo: pelos motivos conhecidos, qualquer equipa neste contexto precisa de tempo para trabalhar processos ofensivos e defensivos e, mais no nosso caso, tempo para os novos, no Clube e no país. 
E foi um dos motivos pelo qual não conseguimos ir mais além: pela consistência, pelo solidificar dos processos que resulta desse tempo, e também pela busca rápida e forte de uma identidade, isto é: poderíamos adotar uma postura mais recatada dadas as atuais limitações e necessidades, mas, pelo contrário, optamos desde logo por assumir e trabalhar sob o nosso adn, a nossa ideia e os riscos que, mais neste momento, dela resultam. Colheremos, estou convicto, os frutos mais à frente. 

Outro motivo foi o facto de não jogarmos sozinhos. O adversário também trabalha (e fê-lo bem, neste caso), se esforça, treina e reforça bem (e sublinho, à semelhança de outras equipas do nível), e criou-nos imensos problemas, aos quais alguns resolvemos bem outros nem tanto. Daí a justiça no resultado.
Com impacto no nosso jogo - comparando também vs Tondela - demonstramos dificuldades na saída de bola (pior após o 1-1): com os caminhos mais tapados para o espaço central e muitas vezes a tardarmos na melhor decisão, foram raras as vezes que conseguimos chegar ao último terço em boas condições (das poucas vezes que o conseguimos fizemos golo apesar da superioridade numérica nessa jogada). Pelo contrário, após o roubo de bola em zonas de meio campo, fomos fortes e muitas vezes a aproveitar rápido e bem os desequilíbrios no adversário, quer pelas movimentações quer pela eficácia nas ações (destacando Angel e Sauer, claro).
Sem bola, mais problemas em controlar o jogo, agravados pela pouca proteção que, coletivamente, a equipa deu nos setores onde aparentemente estaria mais exposta (uma boa reação à perda e algumas vezes a conseguirmos condicionar a saída do adversário permitiu-nos minimizar esses danos na retaguarda).
A rápida variação de flanco do Nacional criou-nos imensos problemas desde muito cedo no desafio (dado o posicionamento dos alas e das ações da dupla de médios), e não fomos capazes de resistir ao forcing final. Aqui faltaram duas coisas: a equipa adaptar-se às pontuais circunstâncias do desafio e mais opções para mexer de maneira diferente com o jogo (não esqueçamos a contrariedade Yusupha logo no início).

Em suma, duas confirmações: estamos no bom caminho e os reforços que estão para chegar (ou para jogar) vão ajudar a equilibrar ainda mais a Equipa. 
Como desde o início: devagar, devagarinho. Chegaremos lá. 

Força Boavista!

sábado, 19 de setembro de 2020

Vamos a Eles: Nacional



Talvez desde 2014 não sentíamos tanta ansiedade e curiosidade num desafio de estreia na Liga.
E expectativa, por tudo e também alimentada pelo facto de tão pouco termos visto da Equipa nesta pré-época. O jogo de apresentou serviu para percebermos melhor a ideia e a forma como abordaremos os jogos, as poucas opções em algumas zonas (e a última semana no que toca a dispensas e reforços) servem para mais facilmente podermos chegar a um onze provável, para já (e mais fácil que no futuro, esperemos).

Ainda assim, dúvidas maiores perante as já faladas escassez de opções no ataque e pela [aparente] dispensa de Dulanto.
Léo, Mangas, Chi e Cannon devem manter-se,  aos quais se deverá juntar Goméz, o terceiro central utilizado no último sábado. Sem mexer na estrutura e naquilo que esteve bem - Javi, Santos e Angel - será assim. Dúvida na frente entre Yusu e Benguché, apesar da maior probabilidade Yusupha.

Do outro lado, e na minha opinião, um dos mais difíceis adversários e uma das equipas que mais poderão surpreender, não só pelos reforços, também por aquilo que vem fazendo com este treinador. Apesar de já não competirem desde março...

◾ a par do crescimento a vários níveis que se vai notando, será fundamental estarmos nós, Adeptos, ao mesmo nível e ao nosso habitual: mais unidos que nunca e por vários motivos. Desde logo porque, como falamos, a visita à Madeira adivinha-se difícil - como sempre - e os jogos seguintes não menos neste exigente início de campeonato. A renovação e reconstrução foram à velocidade possível dadas as mudanças tão bruscas e o atual cenário global, tudo isto num contexto de claras melhorias em quase todas as equipas do nosso patamar. Nada vai ser fácil, também pelo ambiente corrosivo à nossa volta, e aposto que pior quanto nós melhores. A desinformação (até acerca do projeto) é uma constante e uma fonte de desestabilização, análises precipitadas sobre a equipa e juízos negativos acerca dos jogadores novos ou o jovem treinador não irão faltar à primeira oportunidade. 

É preciso união, precisamos estar juntos, como tão bem sabemos, para juntos lutarmos e juntos crescermos.

Unidos desde o primeiro ao último minuto da época e continuemos a lutar pelo que tanto merecemos. 

Como dizem os nossos, será "até ao último homem". Até ao último momento e agarrados à Equipa.

Força Boavista!

domingo, 13 de setembro de 2020

Primeiros Sinais


O melhor mesmo foi aquilo que se sentiu da Equipa: comprometida, focada, organizada, com liderança. Muito embora, claro, a precisar de evolução. Primeiras ideias base em bom plano: ora a querer ganhar a bola rápido e em zonas altas, ora a organizar a posse para lá chegar rápido e bem. É notório ver que a qualidade subiu, mas ainda mais satisfatório ir constatando que não chegou só qualidade, mas comprometimento e uma busca maior pela identidade... à Boavista. Em pré-época tão atípica em quase tudo, o que se mostrou, para o bem e para o mal, foi obra do trabalho.

Sem bola organizamo-nos em duas linhas de quatro, baixando os alas e deixando Yusu e Angel a pressionar os centrais adversários. Com bola, ideia arrojada e prometedora: um dos médios baixa para saída a três, alas em espaço interior e os laterais bem subidos (a rotação dos laterais promete...), com Angel em zonas de construção, procura do espaço entre linhas e já algumas dinâmicas (por ex, no primeiro golo) a proporcionarem boas aproximações à baliza.

Individualmente, julgo ser bem mais fácil ficarmos agradados dada a subida de qualidade. Acho que gostamos de todos, porque todos mostraram, pelo menos, mais alguma qualidade em praticamente todas as posições em relação ao ano passado (só Sauer e Yusu repetiram).
Cannon e Mangas têm potencial para serem os nossos laterais, Chidozie é bom, Javi está cá, Nuno Santos confirma, bem Paulinho numa posição diferente. E um gajo aos quinze minutos já grita "anda meu menino" quando aquele número dez pega nela. Portanto, bons sinais. Também veremos com as opções que estão aí a chegar.

Entretanto, reforço para a direita da defesa com o 'minino' Nathan, ex promessa do Vasco a dar concorrência a Cannon. Curiosidade para perceber se Dulanto vai ficar para ser opção, depois da titularidade de ontem. Para titular vai ser curto, mas faltará saber se, mesmo com a chegada do brasileiro, não será útil ou mais maduro que Goméz e Porozzo, pelo menos em algumas situações. 

Ficou evidente que o ataque é agora o setor a precisar de algum reforço. Yusu vamos dar tempo porque parece um pouco diferente e Benguché, mesmo em poucos minutos, mostrou alguns pormenores. Mas pode ser curto nessa zona, assim como na de ala direito, que foi Sauer ontem. 

Seis dias. Seis. Entusiasmados para a Madeira? 🤤

Força Boavista!