sexta-feira, 18 de outubro de 2024

O que eu gostava de ver num Programa Eleitoral do Boavista Futebol Clube

 


Disclaimer: Este artigo foi escrito num par de horas livres. Não é, nem tenta ser, um programa eleitoral minimamente sério ou concreto em nível de medidas, apenas tenta capturar alguns pontos soltos daquilo que eu, um Boavisteiro como qualquer outro, gostaria de ver que fosse falado.

O que eu gostava de ver num Programa Eleitoral era um investimento imediato, a fundo perdido, e garantido por cheque visado de 150M de euros divididos da seguinte maneira: 50M para limpar todas as dívidas existentes do clube, 35M para voltar a ter controlo da SAD, 15M para construir um Pavilhão para as modalidades e 50M investidos em S&P500 ou VWCE, que teve retornos anuais nos últimos 15 anos de 6%, gerando mais-valias de 3M/ano, o que permitiria contratar os melhores profissionais para as diversas áreas que o Clube necessita, cumprindo com o orçamento anual do clube sem depender da SAD. O que sucede depois? Depois batia com a cabeça na mesinha de cabeceira e acordava. Ou desligava o editor do Football Manager. Um dos dois.

Programa feito, voltamos daqui a 3 anos!

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Guerra Aberta no Boavista Futebol Clube e SAD


 

O Presente Tumultuoso

O Boavista Futebol Clube encontra-se numa encruzilhada histórica. A guerra recentemente aberta entre o Clube e a SAD não é apenas um conflito institucional, mas um reflexo profundo da crise de identidade que assola o nosso clube.

Quem me conhece sabe que tento ser pragmático e realista por natureza, na fronteira do pessimismo. Não é defeito, é mais feitio na medida que me sinto confortável com o provérbio de "espera pelo melhor, mas prepara-te para o pior". Talvez por isso tenha, no último ano principalmente, tentado dar o benefício da dúvida a todos os intervenientes e protagonistas que trabalham em prol do clube.

A Queda do Véu da Opacidade

Durante anos, os problemas graves do Boavista FC foram mantidos relativamente dentro de casa. Esta aparente unidade familiar dos sócios era reconfortante, mas terá sido, na verdade, o véu que nos impediu de ver o precipício à nossa frente? A partir de 2020, a cortina caiu, expondo com mais frequência nos órgãos de comunicação social nacionais e internacionais uma realidade chocante:

  • Atrasos de pagamentos a jogadores, staff e funcionários
  • Surgimento de dívidas antigas e novas
  • Penhoras de bens do Clube e da SAD
  • Greves de funcionários e jogadores
  • Instabilidade nos corpos gerentes
  • Abandono gradual das modalidades
  • Dívidas a outros clubes e agentes de futebol
  • Inúmeros casos no tribunal da FIFA
  • Impedimentos de inscrição
  • Alegações de assédio sexual
  • Buscas judiciais no Clube e SAD
  • Intervenção da CMVM na OPA da SAD
  • Aumento alarmante de passivos no Clube e na SAD

Esta lista não é apenas um rol de problemas; é um grito de socorro de uma instituição à beira do colapso.

Os Protagonistas da Crise

Vítor Murta: O Arquiteto da Mudança Controversa

Vítor Murta ficará para sempre na história como a pessoa que introduziu um acionista maioritário na SAD do Boavista. Poderá argumentar e esconder-se em preciosismos que foram os sócios que votaram a favor (quando na verdade a SAD já estava mandatada pelos sócios há vários anos atrás para aceitar um acionista majoritário), mas a verdade é que foi ele que vetou e trouxe o Gérard Lopez para o universo axadrezado e colocou (ou acelerou?) o Boavista nesta rota de destruição.

Gérard Lopez: O Toque Invertido de Midas

Gérard Lopez, que já tinha indícios duvidosos em projetos desportivos, especialmente na equipa F1 da Lotus que teve de ser vendida por 1$ depois do falhanço completo financeiro e desportivo, comprovou realmente ter o toque invertido de Midas no que diz respeito a projetos desportivos:

  • Foi corrido do Lille completamente afundado em dívidas que ainda hoje está a tentar recuperar
  • Obliterou um clube histórico na Liga Belga, ao ponto do Mouscron ter cessado de existir completamente quando o decidiu abandonar cheio de dívidas
  • Conseguiu ser Presidente de outro clube histórico da liga francesa e além de descer o Bordéus para a segunda liga, neste momento perderam a licença profissional de futebol devido a dívidas e falta de financiamento

E o Boavista para lá caminha.

Tavares Rijo: O Guardião Ausente

O cargo de presidente de Assembleia Geral é uma posição crítica para contrabalançar a de Presidente do Clube. Tavares Rijo tem a responsabilidade de garantir que os estatutos do Boavista Futebol Clube estão a ser cumpridos, quer pela direção quer pelos sócios. No entanto:

  • Foi incapaz de conseguir marcar dentro do prazo de 30 dias nos estatutos, as assembleias necessárias para aprovar as contas de 2022 e 2023
  • Na AG atrasada do R&C de 2022 que foi chumbada, foi incapaz de manter a sua imparcialidade acusando os sócios de estarem a fazer muito mal ao Boavista por terem rejeitado democraticamente o R&C, numa atitude completamente paternalista e fora de tom
  • Não questionou aos sócios o motivo pelo qual o R&C foi rejeitado para que este pudesse ser refeito e remarcar nova AG para ser aprovado
  • Não marcou a AG das contas do ano 2023
  • Recusou-se a cumprir com a palavra que deu a quase uma centena de Boavisteiros em várias sessões de esclarecimento de que se lhe fizessem chegar uma convocatória de AG extraordinária por questões de foro de interesse do clube, abdicava do número mínimo de assinaturas presente nos estatutos
  • Escondeu-se das suas obrigações de que ele próprio pode convocar AG extraordinárias para assuntos de interesse do clube, quando vê, como os restantes adeptos, notícias graves pertinentes ao bom nome do clube pela mão do seu presidente: quer com greves, constituição de arguido numa operação que investiga suspeitas de fraude fiscal e lavagem de dinheiro, condenação em primeira instância por parte da Federação de assédio sexual, penhoras no clube, entre outros comportamentos menos próprios quer para sócio, quer para Presidente

O "Novo" Conselho de Administração da SAD: Uma Ilusão de Mudança?

A nova administração da SAD apresenta-se como uma força de renovação, mas uma análise mais detalhada revela uma continuidade preocupante:

  • Fary Faye, José Carmelo, e José Vazquez: todos eles fizeram parte do Conselho de Administração anterior com Vitor Murta. Inclusivamente Fary foi o único que cumpriu mandato até ao fim. Daí achar intrigante alegarem desconhecimento de certas matérias que passaram pela SAD. Prova que ou mostraram traços de incompetência por estarem desinteressados, ou de conivência, por estarem a par e mesmo assim terem aprovado o curso tomado
  • Joaquim Agostinho Moreira de Carvalho: Presidente Conselho Fiscal que teve o R&C de contas de 2022 do Clube chumbado
  • Alfredina Maria Seabra Silva: expoente máximo do futebol feminino nacional e durante muitos anos ligada ao futebol feminino no Clube

Na Mesa de Assembleia Geral:

  • Manuel Maio Gonçalves Silva: antigo presidente do Boavista e antigo autarca de Ramalde
  • Manuel Domingos Diogo Queirós: ex-Vice-Presidente para as Instalações e Manutenção
  • Marco António Oliveira Narciso: ex-CFO Administrador da SAD no passado

No Conselho Fiscal da SAD:

  • António Silva Marques: Figura das Modalidades durante muito tempo, Diretor no Clube
  • José Manuel Duarte Preza Fernandes: ex-Diretor Clínico do Departamento Médico do Boavista Futebol Clube na década de 80

Como podem alegar desconhecimento dos problemas que assolam o Boavista FC há mais de 25 anos?

A Responsabilidade Coletiva

Nesta guerra aberta entre Clube e SAD, ninguém sai ileso. Mas será justo limitar a culpa aos protagonistas visíveis? Nós, os sócios, que votámos quer em eleições quer em Assembleias e que contribuímos para termos chegado a este ponto crítico do clube que partilhamos esta paixão, não somos também responsáveis?

Um Apelo à Ação

O problema do Boavista FC é, neste momento, muito mais profundo do que uma mera guerra bipartidária. É o resultado de anos de falta de participação ativa dos sócios, de escrutínio inadequado e de uma cultura de aceitação passiva.

Tanto o Clube como a SAD precisam de uma restruturação profunda nas suas figuras principais de Presidente de Clube e accionista maioritário.

Por ventura poderá ser tarde mais, mas é hora de:

  1. Exigir total transparência nas contas e decisões do clube e da SAD
  2. Participar ativamente nas assembleias e processos decisórios
  3. Questionar e responsabilizar todos os órgãos de gestão que do clube quer da SAD
  4. Propor soluções concretas para a reestruturação financeira e desportiva quem as tenha
  5. Reafirmar os valores e a identidade do Boavista FC

O Futuro do Boavista

O futuro do nosso clube não pode ser decidido nos bastidores ou por interesses externos. Deve ser com competência, paixão, dedicação e vigilância ativa de cada boavisteiro. Há também muitas partes interessadas dentro e fora do clube, dentro e fora da SAD que tentam executar as suas agendas oportunistas.

A guerra está aberta, sim. Mas que seja uma guerra pelo futuro viável do Boavista, pela sua integridade e pelos seus valores. Uma batalha que só podemos vencer se nos unirmos todos sob a bandeira axadrezada que tanto amamos.

É tempo de acordar, de agir, de ser Boavista na verdadeira essência da palavra. O nosso clube precisa de nós, agora mais do que nunca.

O Boavista resistirá sempre com adeptos que se diferenciam pela sua capacidade criativa e mobilizadora tendo em vista o encontro de soluções válidas para o clube. E isso não tem preço.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

O Silêncio Esmagador do Boavista FC sobre Bilhetes Fora

Como Boavisteiro, a frustração que sinto ao testemunhar a atual gestão do clube vai além da simples decepção. É um sentimento de profunda tristeza ao ver um clube com tão rica história e tão arraigado na cultura desportiva Portuense e Portuguesa ser negligenciado por aqueles que deveriam ser seus maiores defensores.

Faltam neste preciso momento que este texto foi lançado, 48 horas para o jogo Vizela vs Boavista FC e nada sabemos sobre a bilhética para o mesmo por parte do Boavista (já não é a primeia vez que isto acontece). Pelas regras da Liga, o Boavista tem direito a 5% da lotação do estádio do Vizela que tem 6000 lugares, o que perfaz 300 bilhetes. Onde é que estão?


Esta falta de comunicação sobre os bilhetes para um importante jogo fora contra o Vizela, por virtude da forma recente, é apenas a ponta do iceberg de uma série de falhas de gestão que têm afetado profundamente o nosso clube. O silêncio do Boavista em momentos cruciais como este é uma clara demonstração de falta de consideração para com os verdadeiros Boavisteiros. É completamente insultuoso que, com o jogo à porta, os adeptos sejam mantidos no escuro, sem saber se poderão apoiar a equipa no estádio e em que moldes.

A situação atual não pode ser completamente resolvida com a parceria entre a Liga Portugal e o Continente. Embora esta parceria possa ser vista como uma maneira de facilitar o acesso a jogos de futebol, ela não é uma solução universal. Exige que os adeptos tenham uma conta e a aplicação do Continente, passando pelo processo de trocar vouchers por bilhetes, o que pode ser um obstáculo para muitos.

Além disso, as limitações inerentes a esta parceria não abordam diretamente o problema central da falta de comunicação e transparência por parte do clube. A responsabilidade de assegurar que os adeptos tenham acesso fácil e justo aos bilhetes para os jogos deve recair principalmente sobre o clube. Delegar essa responsabilidade para uma parceria externa, sem garantir que o processo seja simples e acessível a todos, é uma abordagem incompleta e insuficiente.

Tendo em conta não só a série negativa sem ganhar há 11 jogos seguidos para a Primeira Liga, juntamente com as condicionantes extra-futebol de dívidas financeiras pesadas, impedimentos constantes e consecutivos de inscrição de jogadores por decisão estratégica, plantel debilitado quer em profundidade quer em número de jogadores fisicamente aptos e presentes para ir a jogo, eu pergunto: o Boavista insiste em tratar os seus adeptos como se fossem de segunda categoria ou precisam do seu apoio incondicional ao lado dos jogadores?

Gostava de perguntar ao sr. Nuno Ribeiro, aparente responsável pelas Relações Externas do Boavista, o motivo oficial de não haver bilhetes para o jogo com o Vizela, bem como o problema em arranjar mais bilhetes para o jogo com o Oliveirense para a Taça de Portugal, e também o não ter havido bilhetes para o jogo fora com o Famalicão a época passada. Esta situação não é nem de agora nem pontual.

Gostava de perguntar ao sr. Pedro Costa, suposto director de Comunicação do Boavista, o motivo para independentemente das razões técnicas e/ou estratégicas de haver mais ou menos bilhetes disponíveis, ter optado por não comunicar nada aos adeptos Boavisteiros, talvez na esperança de que o assunto fosse esquecido e não levantasse muitas ondas.

Gostava de perguntar ao Presidente eleito do Clube e Presidente nomeado da SAD, Sr. Vitor Murta, o motivo pelo qual repete estes erros e não aprende com eles, continuando a seguir um caminho que parece ignorar as necessidades e o bem-estar dos seus adeptos. Porque é que, numa altura em que o clube precisa de união e apoio mais do que nunca, as decisões tomadas parecem afastar ainda mais os seus fiéis adeptos?

Apesar da parceria com o Continente poder ser uma opção adicional para alguns adeptos, não deve ser vista como a única solução para a questão dos bilhetes. O Boavista FC deve tomar medidas independentes para garantir que todos os adeptos, independentemente da sua capacidade de usar aplicações digitais ou programas de fidelização de hipermercados, possam apoiar a equipa nos jogos, especialmente em momentos tão críticos quanto o actual.

É imperativo que o clube reconheça a importância de manter todos os seus adeptos informados e envolvidos, utilizando todos os meios ao seu alcance para facilitar o acesso aos bilhetes e à informação. Só assim poderemos manter o espírito de comunidade e inclusão que sempre caracterizou o Boavista FC.

Seja pela parceria Liga Portugal e Continente, seja pela bilheteira público geral do Estádio do Vizela ou por qualquer outro meio, o Boavista continua a precisar sempre do nosso apoio no próximo jogo!

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

ADIAMENTO AG DA SAD


AG da SAD de eleição de novos órgãos de administração
adiada para dia 5 de Fevereiro

A AG da SAD foi adiada a pedido do principal acionista Jogo Bonito, SARL.to, SARL.







ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA ADIAMENTO E NOVA CONVOCATÓRIA

A Mesa da Assembleia Geral comunica que a reunião ordinária da Assembleia Geral, prevista para o dia 27 de dezembro, pelas 17:00, será adiada em virtude do requerimento apresentado pela principal acionista – Jogo Bonito, SARL - informando da impossibilidade prática de, atempadamente, indicar os órgãos da administração a serem votados, não se encontrando reunidos os pressupostos para a realização da assembleia geral. Assim, convocam-se os Senhores Acionistas da Boavista Futebol Clube, Futebol S.A.D., (a “Sociedade”), para a Assembleia Geral Ordinária, que terá lugar na sede social, no Auditório do Estádio do Bessa, no Porto, no próximo dia 5 de fevereiro de 2024, às 18:30.




terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Entre a Gratidão e o Apelo: Petit Boavista, Enorme Armando Teixeira

 

Num mar de desafios, existem aqueles que se destacam como faróis de esperança e resistência quando a névoa está mais cerrada. Armando Teixeira, conhecido carinhosamente por nós como Petit, é um desses faróis que brilhou intensamente no nosso Boavista FC. Com a recente e dolorosa notícia da sua saída, é imperativo que nos voltemos para o legado que ele deixa para trás – um legado de paixão, dedicação e resiliência.

Petit não foi apenas um treinador; foi um guardião da identidade axadrezada, um homem cuja história se entrelaça com a essência do nosso clube, quer como jogador de formação, campeão nacional, treinador por várias vezes quando mais precisávamos dele. Ele soube, com raça, capturar o espírito boavisteiro e traduzi-lo em atuações que, por vezes, desafiaram as expectativas. No início desta temporada, sob a sua batuta, a equipa emergiu como um gladiador improvável, dominando o arranque da Liga de jogo com quatro vitórias e um empate, incutindo uma onda de optimismo e incredibilidade entre não só os Boavisteiros mas todos os que viam o Boavista jogar.

Apesar disso, mesmo a mais forte das chamas enfrenta dificuldades para arder perante os vendavais. O nosso Boavista, com o peso dos erros e dívidas acumulados dos últimos 20 anos, tem navegado por águas muito turbulentas. Salários em atraso tornaram-se uma mancha na gestão do clube, uma sombra que paira sobre a moral dos jogadores e mancha a reputação do nosso emblema. A incapacidade em assegurar contratações vitais devido aos castigos da FIFA e em manter a estabilidade financeira e operacional do clube tem sido, indubitavelmente, um calcanhar de Aquiles na nossa jornada.

Enquanto Petit manobrava com destreza num campo minado de limitações, a gestão do clube mostrava-se incapaz de fornecer as ferramentas necessárias para sua missão, deixando o seu talento e visão estratégica sem o suporte vital para triunfar. É uma verdadeira tragédia grega ver um homem de tal estatura no clube e na nossa história ser deixado à mercê de uma tormenta gerada por aqueles que deveriam ser os seus maiores aliados. As recentes derrotas, que culminaram na sua saída, não foram simples tropeços desportivos, mas sim o resultado de um clube que parece ter perdido o norte há já algum tempo.

No meio destes enormes desafios, a gratidão que sentimos por Petit não pode ser subestimada. Ele permaneceu firme, defendendo o clube e os seus jogadores com uma bravura que só pode ser comparada à dos grandes nomes que adornam a nossa rica história. A sua saída, um reflexo da ruptura com uma gestão (noticiada nos vários órgãos de comunicação social) que se desviou dos nossos valores fundamentais, é uma chamada de atenção que não podemos ignorar.

Neste momento de reflexão, é essencial olharmos para dentro e questionarmos: onde queremos que o nosso Boavista esteja? Petit deu-nos uma visão do que é possível quando a paixão se alia à competência, e agora, cabe a nós, adeptos, assegurarmos que o seu legado não seja em vão. Devemos procurar uma solução na gestão desportiva que espelhe o compromisso e a integridade que Petit personificou.

A mudança é, muitas vezes, um caminho árduo e repleto de incertezas, mas é um caminho necessário. Como comunidade, somos chamados a elevar a nossa voz – não num eco de divisão, mas num coro unificado por uma gestão transparente, estratégica e respeitosa da nossa herança boavisteira. A história do Boavista é escrita por todos nós, e juntos, temos o poder e a responsabilidade de direcionar o próximo capítulo.

Agora, enfrentamos a realidade da partida de Petit. É um momento que nos obriga a olhar além do campo e a focar naquilo que faz de um clube uma instituição: a sua liderança. Os nossos apelos são diretos a Vítor Murta e à administração: é tempo de mudança, de uma nova visão que resgate a essência do nosso Boavista.

A paixão pelo Boavista não conhece fronteiras, nem se confina ao relvado. Vive, existe e resiste no pulsar de todos nós Boavisteiros que, com fervor, apoiam as várias modalidades desportivas e educativas que formam jovens e adultos no Norte do país. Esta paixão alimenta o futebol, mas também inspira a formação integral de atletas e a contribuição social em toda a cidade do Porto. Este é o momento para que essa paixão multifacetada se traduza em ação concreta e transformadora, abraçando não só o futebol mas todas as vertentes que constituem o nosso grande clube. Devemos exigir uma liderança que se alinhe com nossas expectativas e valores – uma gestão que não apenas aspire ao sucesso, mas que também crie as condições para que ele seja alcançado.

A saída de Petit é, em muitos aspetos, um reflexo da incapacidade da administração em oferecer suporte adequado, por virtude do nó com que o Boavista vive ao pescoço. Uma parte resultante de uma herança muito pesada, mas outra parte também resultante de erros recentes. É um testemunho das dificuldades enfrentadas, das promessas não cumpridas e dos sonhos desfeitos. Contudo, no meio a esta tempestade, temos a oportunidade de nos unirmos por um Boavista mais forte e estável.

As histórias de sucesso não são apenas escritas pelos vencedores, mas também pelos lutadores. E Petit foi, sem dúvida, ambos: um lutador e um vencedor. Obrigado, Petit, por cada batalha enfrentada, por cada obstáculo superado, e por cada momento de alegria proporcionado a nós, adeptos do Boavista. A tua história no Boavista servirá como inspiração para lutarmos por um futuro mais brilhante para o clube que amamos.

Chegou o momento de agir. O momento é agora para uma reflexão ponderada e construtiva. Convido todos os Boavisteiros a se expressarem de forma respeitosa e produtiva – participando ativamente nas discussões do clube, compartilhando opiniões informadas e construtivas nos vários canais do clube, nas assembleias gerais, plataformas digitais, e contribuindo para um diálogo que busque soluções positivas.

Juntos, com responsabilidade e respeito, podemos influenciar o futuro do Boavista e ajudar a guiar nosso clube em direção a uma era de sucesso e estabilidade.

A história do Boavista FC não será definida por este momento de adversidade, mas sim por como respondemos a estes momentos. Unidos, com a memória dos feitos de pessoas como Petit a guiar-nos, podemos iniciar o processo de renovação e ressurgimento. Agora é a hora de honrarmos o passado e de construirmos o futuro – um futuro digno do nosso clube e da sua história.

O meu muito obrigado por tudo Petit, e viva o Boavista FC!

terça-feira, 14 de novembro de 2023

🎙Podcast Axadrezado T2 - Ep.17: Sem Faro para a Vitória!!! com Convidado Especial: Alberto Bueno

🎙Podcast Axadrezado T2 - Ep.17:

 Sem Faro para a Vitória!!! 

Convidado Especial: Alberto Bueno




Excelente Conversa com Um Crack que vestiu o Manto Axadrezado!







terça-feira, 7 de novembro de 2023

🎙Podcast Axadrezado T2 - Ep.16: “O símbolo do Boavista merece um pouco mais de respeito” Seba Pérez




🎙Podcast Axadrezado T2 - Ep.16
 " O símbolo do Boavista merece um pouco mais de respeito”


                           

                         

Rescaldo Rio Ave x Boavista 
Antevisão Boavista x Farense
Resultados Modalidades e Formação
Tema em debate "Quem é que Supervisiona a Arbitragem"


quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Ausentes, Presentes: Uma proposta De Homenagem Aos Boavisteiros Que Nunca Nos Deixaram

Todos os jogos no nosso Estádio do Bessa, sou confrontado com uma faixa pendurada na bancada Nascente junto ao Topo Sul que diz simplesmente "Ausentes, Presentes".



Desconheço por completo quem seja o seu autor ou qual seria a mensagem que pretendia passar, mas a cada olhar, sou transportado para as memórias mais queridas da minha infância, onde o meu pai me levava a mim e ao meu irmão pela mão, atravessando as portas do nosso Bessa antigo.

Recordo-me do som ensurdecedor dos adeptos, do cheiro da relva e da emoção palpável no ar. Mas, acima de tudo, lembro-me de estar ao lado do meu pai, da minha mãe, do meu irmão e do meu avô, três gerações unidas pelo amor ao Boavista.

Hoje, sou eu que levo o meu pequeno filho ao Bessa. Ele, com os olhos curiosos, faz-me perguntas sobre o Boavista e porque é que gosto tanto do mesmo. Conto-lhe histórias, tal como o meu pai e avô fizeram comigo, e espero que um dia ele faça o mesmo com os seus filhos.

Cada um de nós tem as suas memórias únicas ligadas ao Bessa. Há quem se recorde do vizinho mais velho, que com histórias e relatos apaixonados, despertou em alguém o fervor pelo Boavista.

Outros lembram-se daquela amizade inesperada que nasceu nas bancadas, com alguém que se sentava ao lado ou à frente, com quem se partilharam alegrias, tristezas, vitórias e derrotas ao longo dos anos, e que, infelizmente, já não se encontra entre nós.

E há ainda aqueles que foram introduzidos ao clube por amigos ou colegas de escola, criando laços que vão além do futebol.

O tempo, implacável como é, levou muitos de nós. A dor da sua ausência é agravada sempre que entro no Bessa e sinto o vazio dos seus lugares ao meu lado. No entanto, eles nunca me deixaram verdadeiramente. Estão presentes em cada cântico e em cada aplauso, em cada lágrima derramada pelo nosso clube.

Inspirado pela iniciativa do Union Berlin quando foram promovidos, proponho que criemos a nossa própria tradição.

Novembro é tradicionalmente um mês de reflexão e memória. Em Portugal, o Dia de Todos os Santos, celebrado a 1 de Novembro, é uma data onde recordamos e homenageamos aqueles que já partiram. E que melhor altura para começarmos esta tradição no Boavista? Uma tradição que não só honra a memória dos que já partiram, mas também reforça os laços da comunidade boavisteira.

As tradições têm o poder de unir as pessoas, de criar um sentimento de pertença e de continuidade. No mundo do futebol, onde as emoções estão sempre à flor da pele, as tradições adquirem uma importância ainda maior. Elas são uma ponte entre o passado, o presente e o futuro, e ajudam a definir a identidade de um clube.

Imagino um sistema simples: durante uma semana específica, os sócios poderiam dirigir-se à secretaria do clube com uma fotografia de um ente querido Boavisteiro que já partiu, seja ele um familiar, um amigo, um vizinho ou até mesmo aquele desconhecido com quem partilhávamos o amor pelo clube. Com uma contribuição simbólica de 5 euros, essa fotografia seria transformada num mini cartaz a preto e branco, dentro das medidas regulamentares. O Boavista, em parceria com uma gráfica local, produziria estes cartazes e, no dia do jogo, cada sócio poderia levantar o cartaz e levá-lo para a bancada. O dinheiro arrecadado poderia ser usado para cobrir os custos de produção e qualquer excedente poderia ser doado a uma instituição de caridade à escolha do clube. No dia do jogo, o Bessa estaria repleto de rostos familiares, uma multidão de ausentes que, através desta homenagem, estariam mais presentes do que nunca. Seria uma forma poderosa de mostrar que, no Boavista, ninguém é esquecido. E que o amor pelo nosso clube, tal como o amor pelos que nos são queridos, é eterno.

 

Resumo da Proposta:

  1. Iniciativa "Ausentes, Presentes": Uma homenagem anual aos Boavisteiros que já partiram.
  2. Entrega de Fotografias: Durante uma semana específica, os sócios/simpatizamentes entregam na secretaria ou via email uma fotografia de um Boavisteiro que já partiu.
  3. Contribuição Simbólica: 5 euros por fotografia, que serão usados para cobrir os custos de produção.
  4. Parceria com Gráfica Local: Produção de mini cartazes a preto e branco com o tamanho máximo aprovado pela Liga (deduzo que seja um A4, mas um A3 funcionaria melhor).
  5. Homenagem no Dia do Jogo (primeiro jogo em casa de Novembro, por exemplo): Os sócios levantam o cartaz antes do apito inicial e levam-no para a bancada.
  6. Doação a Instituição de Caridade: Qualquer excedente da contribuição será doado a uma instituição à escolha do clube.


 Esta é a proposta que faço: a criação de uma tradição anual para garantir que aqueles que amamos, e que nos ensinaram a amar o Boavista, nunca sejam esquecidos. Porque no Bessa, no nosso coração, eles estão e estarão sempre... presentes.

#AusentesPresentesBFC

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Oliveirense 1-3 Boavista

 No reino de Seba Pérez não existe a palavra facilitar.

Seba está prestes a tornar-se figura ímpar de culto junto do universo axadrezado, quem o viu ontem, um domingo à noite chuvoso, frio, contra uma oposição de uma categoria inferior e a luta e qualidade que colocou no jogo não pode ficar indiferente a este jogador.

Novidade do onze apenas a inclusão Masa no lugar do apagado Bruno Lourenço, sendo que Salvador Agra continua preso a uma missão de sacrifício no lado direito da defesa, função que cumpriu com o brio reconhecido. De resto jogo “tranquilo” do Boavista que quebra assim uma sequência mal conseguida nos últimos anos na prova e avança para a fase seguinte.


terça-feira, 10 de outubro de 2023