sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Ano Novo. Vida Nova?

JL é o presidente. Sou dos que pensa que ele nunca nos abandonou, de uma forma ou de outra. A grande novidade é que já não sobra nenhuma razão para os cartões de associado estarem desatualizados. É só mesmo pagar a quotazinha. Outra novidade, é a esperança-mor que resulta depois de se tentar perceber o 'porquê agora' do regresso da famiglia.

Os Boavisteiros estão cheios dos discursos de tomada de posse. Falar o habitual ou estar calado nestas situações, para um Boavisteiro, é igual, depois de tantos anos a levar com a mesma palha. Esperança, projetos, uniões, varinhas mágicas. Venham elas.

E não, os Boavisteiros não se esqueceram, parece-me. A malta anseia é um Boavista revitalizado. O mundo quer o Boavista. De primeira. Só isso justifica que João Loureiro seja, neste momento, o melhor para o futuro do clube e tenha retomado as rédeas de forma tão... nem sei o termo certo. Leviana? Evidente? Surreal? Careta? Não interessa.

Para já, exigência máxima, como é óbvio. Queremos isto.

O resto é continuar a apoiar. Acompanhar, viver o símbolo e apoiar a equipa. Por falar nisso, estou a gostar do Petit. Depois do dia louco de Fafe, a equipa sempre a subir, sempre a progredir em vários aspetos. Pelo menos a potenciar os pontos fortes e a retirar o máximo de cada jogador, parece-me evidente. Além disso, o espírito de união e luta, a célebre mística, estão em grande dentro do campo. E como há muito não se via, traduz-se em resultados. Carraça foi aposta ganha desta equipa técnica, assim como Rúben Alves também parece ter tudo para o ser. Navas está impressionante. Até os centrais já parecem defesas centrais. Os avançados mais objetivos (destaque para Pedrinho nesse aspeto). Pedro Costa é melhor que André Pereira, para já ficamos a ganhar, apesar de continuarmos a precisar de um defesa esquerdo, para o PC poder ser opção para a direita.
Em Joane, domingo, para ganhar.

Força Boavista e Bom Ano 2013! 


 

domingo, 16 de dezembro de 2012

Primeira Vitória Fora

foto retirada deste video.

Não vi e nada posso falar acerca das incidências do jogo. Mas é de assinalar a primeira vitória fora, depois de uma quase vitória contra o Varzim e algum azar em Santo Tirso. Quatro jogos se passaram depois do pesadelo de Fafe, nada mais que a melhor sequência da época: 7 pontos em 12 possíveis.
As crónicas que chegam de Amarante foi de uma exibição segura e de um resultado justo, apesar das contrariedades, antes e, mais uma vez, durante o desafio. Realce para a eficácia: marcamos mais golos num jogo que nos cinco realizados fora do Bessa esta temporada.

Entramos sem Petit e sem ponta de lança de raíz, talvez na tentativa de explorar a velocidade no ataque: Pedrinho, Zé Manel e Wellinton os homens da frente; Carlos Santos na defesa e Zé Tiago para os lugares dos expulsos no último jogo. Zé Lopes voltou a ser primeira opção para revitalizar o meio-campo (e mais cedo que a semana passada), o jovem Claudio Lopes também jogou (def-dir?) para compensar a expulsão de Caio. 

Importantes foram os três pontos, antes do importante embate da próxima semana, contra o Chaves. Estamos a onze pontos do primeiro classificado, a sete do terceiro e temos mais oito que a linha de água. 

sábado, 15 de dezembro de 2012

O regresso






Candidato único, João Loureiro será novamente o presidente do Boavista.


"Loureiro, cabrão, pede a demissão!", foram os cânticos de há 5 anos, quando, em 2007, abandonou a presidência do Boavista, dez anos após tomar posse, um campeonato e muitas dívidas depois, estando ligado ao melhor e ao pior Boavista da história. Entrou num clube organizado, limpo de dívidas, deixou-o num estado moribundo, financeiramente caótico e quase inviável. 
Por todos os motivos, o grau de exigência nesta nova era será alto, pautado pela seriedade, de sobrolho franzido pelos associados. O velho ditado encaixa na perfeição: gato escaldado de água fria tem medo.

Mas, quanto a mim, o que importa discutir é "porquê agora"? Percebe-se que nunca deixou o background, dá ideia de ter estado sempre por perto, nos bastidores do teatro, até pela ligação, por exemplo, com ABJ, Maio ou Rijo, tido por alguns como marionetas do presidente, com os objetivos únicos de manter a SAD com as portas abertas e contas fechadas. O "porquê agora" estará relacionado com a revitalização, com a reposição da justiça, com o regresso aos palcos principais, sendo essa a esperança de qualquer adepto axadrezado. Ou alguém acredita que isto seria para andar em campeonatos não profissionais?

Confiar ou não, só o próprio o poderá justificar. O máximo que se pode fazer enquanto adepto será um custoso reset a tudo que se passou nos últimos anos de presidência, a tal gestão ruinosa que nos deixou a respirar por uma palhinha e esperar. A margem de erro e o capital de confiança são diminutos, por tudo que envolve a figura JL para os boavisteiros. Para os sérios e conscientes, pelo menos. 

É esperar para ver, exigindo o máximo de transparência e seriedade para com os incansáveis adeptos e para com o símbolo. Fora com os discursos bacocos, com as lágrimas de crocodilo, com as declarações de amor à pátria axadrezada. Os adeptos querem organização, trabalho sério e o reerguer do clube. É só isso que se exige.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Para rir


Mesmo não sendo para levar a sério:

Octávio Moreira, treinador do Varzim: "Não percebi, o árbitro estava a fazer um bom trabalho. Nós é que nos sentimos prejudicados, houve uma bola que entrou na baliza do Boavista. O Varzim tem razão de queixa do árbitro da partida (...) faz parte desta forma de estar do Boavista, esta forma agressiva que sempre os caraterizou." 

Fica o resumo do jogo e neste link as declarações (min 4:30) do poeta poveiro.




domingo, 9 de dezembro de 2012

Empate injusto


Bom jogo das duas equipas, resultado algo injusto pela superioridade mostrada pelo Boavista em grande parte do desafio.

Conseguiu-se dar sequência às melhorias dos últimos dois jogos, depois do desastre de Fafe, apesar do resultado negativo. Navas, Carraça e Petit fazem um dos melhores meio-campos do campeonato, todo o jogo da equipa ganha com estes três em campo. Dão consistência, pressionam, dão sequência à posse de bola. Excelente jogada do primeiro golo, uma das muitas em que se conseguiu chegar à área com perigo, Petit a finalizar de cabeça. Vantagem justa ao intervalo.
Não deixamos de controlar na segunda parte, nem deixamos de criar as melhores situações para aumentar a vantagem (Petit primeiro, depois Fary) mesmo com boa réplica por parte do Varzim.
Minuto 70 vira a história (e a justiça..) do jogo: expulsão de Paulo Campos e penalty assinalado por mão na bola de Caio (a juntar à substituição de Petit). Atitude e crença abnegadas, mesmo quando em inferioridade numérica e física (já com Carlos Santos a defesa esquerdo e sem ponta de lança), foi do Boavista a melhor oportunidade, Wellinton a desperdiçar isolado dentro da área.
Cabeças quentes e revolta contra aquilo que se passava dentro das quatro linhas resultou na expulsão de Alfredo e Petit.

Em bom plano os centrais (alguns cortes in extremis, principalmente por Simão Coutinho), Paulo Costa dá segurança e consistência à ala esquerda.

Óbvias razões de queixa do trio de arbitragem: exagero de cartões amarelos para ambos os lados (se bem que Paulo Campos foi bem expulso), perda do controlo do jogo e do critério nas faltas assinaladas. Erro enorme, um fora de jogo mal tirado na primeira parte ao Boavista, já que o passe de Zé Manel, mesmo antes do ressalto no defesa adversário, foi executado para trás da linha da bola. Ficaria isolado, na grande área, julgo que Fary. O penalty, prontamente marcado pelo mesmo fiscal de linha, deixa muitas dúvidas.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Boavista, federação, recurso: Ganhamos.


'Aquela' reunião foi por água abaixo. Em definitivo (embrulha Freitas...).
Mais um patamar ultrapassado na luta com a fpf. Recurso do TAS favorável ao Boavista, pelo que, no mínimo, a federação terá que repetir a fatídica reunião de 2008.

O puzzle dos últimos dias:

Peça 1 - demissão de Maio.

Peça 2 - Apelo do Boavista ao PER, tendo em vista a recuperação (proteção?) do clube, desconhecendo-se ainda se tal será mesmo possível (talvez um género de PEC, a sigla mágica para quem quer inscrever equipas profissionais e deve este mundo e o outro).

Peça 3 - Decisão do TAS, indeferindo o recurso da fpf,

Peça 4 - João Loureiro como candidato à presidência do Boavista (mesmo sendo para rir a cena do "ceder à pressão" e do "em prol da união").

Peça 5 - Notícia do pedido de indemnização.

Para tirar as conclusões.

Sendo o mais factual possível e depois da espera de tantos anos, resta aguardar um pouco mais, já que está mais que visto que isto está muito mexido. Demais para um clube tão moribundo. A candidatura de João Loureiro é o maior sinal que as coisas podem estar a encarreirar para o desfecho que todos os Boavisteiros querem: o regresso à primeira liga e a possível recuperação financeira.


A não perder, o "5 para a meia noite" desta semana, com Petit e Jorge Couto. Falou-se muito e bem do Boavista.




sábado, 24 de novembro de 2012

Agora a sério: mas que é esta merda?


Cedo se ficou com a boca doce. E por mim falo, admito-o prontamente. Há alguns anos que não tinhamos uma inscrição da equipa tão célere, tão silenciosa e calma. A reconstrução da equipa foi avante com os defeitos que já todos pudemos ver, com os erros que os responsáveis poderão assumir, mas construiu-se o possível, dadas as condições.
Desportivamente estamos mal, mas não estamos - ainda - condenados.

O descalabro desportivo não ajuda nada a que se possa continuar a manter tudo e todos a dormir. Percebe-se isso, entende-se o incómodo.

O descrédito é total, mediante não só a demissão (e pelos motivos apresentados, pouco há a dizer) mas, principalmente, pela nomeação do ex-presidente para voltar a exercer um cargo que seja. Do silêncio, da matreirice patente, da frieza com que se gere e manipula o destino do clube.
Os que votaram, os que acompanham o clube, os que são movidos pela paixão inexplicável, sentir-se-ão, naturalmente, defraudados com toda a situação. Irremediavelmente defraudados, digo eu. Desmotivados, descrentes e desconfiados. 

Para quando um "chega desta merda"? E teremos nós, clube, força para isso?

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Que éssamerda?


Dá resultado estar uns dias sem vir à net, pelo menos desportivamente. Numa semana, regressamos às vitórias, não sofremos golos num jogo, perdemos seis pontos na secretaria e mudamos de presidente.

Domingo passado fêz-se o que tinha de ser feito: ganhar, depois de uma das maiores humilhações da história do clube. Com lampejos de raça e força, inspirados por Navas e Carraça, levamos de vencida uma das equipas com menor orçamento do campeonato (recém promovida à 2B). Pela margem mínima e sem sofrer golos, o mais positivo foi mesmo a intenção de reação, mesmo longe de uma brilhante exibição.

Início da semana, notícia da possibilidade da perda de seis pontos por dívidas ao jogador Essame (jogador de 2005 a 07). Estranho, por os impedimentos estarem ultrapassados e pela reação do clube, que afirma ter tudo regularizado com o jogador, conforme acordado com o mesmo. A prescrição do caso poderá ter intereferência no assunto, mas o melhor mesmo é esperar para confirmar se não é mais um tiro para o ar de uma qualquer fonte mal informada ou mal intencionada.
Só isso para justificar a retirada das duas únicas vitórias que tanto nos custaram a conquistar. A confirmar-se, ficaremos em 14º lugar, ainda acima da linha de água. Na luta pelo título, nada disto terá alguma influência, pois claro...

Final da semana, duas notícias, no mínimo, inesperadas: a nomeação de dois novos administradores da SAD(presidente e vogal) e consequente demissão do atual presidente do clube. A razão para tal são problemas de saúde. É daquelas razões fodidas, convenhamos. Se alguém duvida é insensível, apesar de todos os motivos e mais alguns para se torcer o nariz e o sobrolho; se ninguém duvida, é maluco ou desfasado da realidade.  
De enorme realce, o nome do novo presidente da sad, indicado pelo atual presidente demissionário do clube: Álvaro Braga. 

Resumindo, temos aí eleições. Outra vez. É deixar rolar mais para se perceber o filme e o seu enredo e... butar!

domingo, 4 de novembro de 2012

Humilhação


É difícil ter palavras depois de uma derrota destas. Vou tentar.
Do jogo, dizer que, acho que pela primeira vez este ano, repetiu-se um onze inicial. Entramos mal, lentos e cedo se deu espaço ao adversário. Pior: espaço central, eixo da defesa demasiado exposto para o que pode ser aceitável. Aos vinte minutos ainda andava a equipa perdida (com Zé Manel no lugar de Pedrinho) e o Fafe já com vantagem de dois golos, falhando mais quatro situações flagrantes até ao intervalo. Reações, só de bola parada e só por uma vez com perigo (Carlos Santos por cima na pequena área). Impressionou a lentidão da defesa, a facilidade com que o adversário ganhava no um para um, o espaço para rematar com perigo.  
Entrou-se bem na segunda parte (e a favor do vento), criou-se até condições para alterar a história do jogo, por incrível que possa parecer. No espaço de oito/dez minutos, Carraça reduz de livre direto, Fary manda ao poste e o árbitro deixa passar uma mão clara à entrada da área (corte no chão, com a mão), resultando daí o terceiro golo e o início do descalabro. A partir daí... 
Já com Carlos Santos a defesa-esquerdo (entrou Ruben) e Navas como central, quando ainda se tentava discutir o jogo, velocidade e bola rasteira não combinam com os nossos centrais, no meio de olés e duma eficácia tremenda, nem há palavras para descrever.

Negro, um dos dias mais negros vividos pelos adeptos Boavisteiros.


Estas derrotas têm o condão de aprofundar a reflexão. Sobre a época, equipa, mas principalmente sobre o clube. Expõem a dura e crua realidade, que é esta. Por vezes escondida nos resultados para os cada vez menos adeptos e cada vez mais impacientes, a grande questão mantêm-se a mesma dos últimos anos: se vale ou não a pena continuar a competir para simplesmente existir, ir existindo até que o milagre aconteça.
Mesmo sem os problemas com o plantel no ano passado, a competitividade tem mesmo que ser maior que a que se tem visto. Isso é inegável...


sábado, 3 de novembro de 2012

Visita a Fafe


É comum, em conversas de família, falar-se do jogo de Fafe. Histórico, marcante, célebre e inesquecível, dizem os que presenciaram esse jogo, na véspera de São João no ano de 1963.
Vai daí, decidi consultar a nossa Bíblia, "BFC, a primeira história". Partilho convosco um excerto do livro. Vale a pena ler:

"Foi um jogo memorável, tal era o ambiente que o rodeava. Nessa época, os minhotos haviam apostado forte na subida e o resultado do Bessa (2-1) fazia manter intactas as esperanças na passagem.
Do Porto, deslocaram-se alguns milhares de adeptos e amigos do Boavista que, ao chegarem a Fafe, depararam com um clima de hostilidade e intimidação. A terra estava engalanada para vitoriar o vencedor, que não podia ser outro senão o... Fafe. No campo vivia-se um ambiente indescritível de euforia e entusiasmo e, pela instalação sonora, faziam-se as ofertas mais mirabolantes (uma casa para o jogador fafense que apontasse o 5º golo...).
Grande parte dos adeptos boavisteiros foram impedidos de entrar, à força, no superlotado campo, gerando-se um momento de grande tensão.
Neste célebre jogo de Fafe e à semelhança de todos os desafios dessa época, Olímpio de Magalhães, delegado do BFC, depois de constatar as precárias condições, fez com que o Boavista jogasse sob protesto, o que desencadeou uma tal manifestação de hostilidade que o dirigente boavisteiro chegou a temer o pior.
O empate serviu as aspirações boavisteiras, mas desencadeou uma onde de violência dificilmente contida pela Guarda Republicana. A equipa só conseguiu saír do campo três horas depois do final do jogo, com as viaturas escoltadas durante vários quilómetros. Contudo, depois dessa escolta ter deixado a caravana aconteceu uma verdadeira emboscada, com jogadores e dirigentes agredidos e diversas viaturas danificadas.
A comitiva seguiu depois para o hospital de Guimarães, onde os feridos receberam tratamento, chegando ao Porto por volta da meia-noite. À sua espera estava uma enorme multidão. Como era noite de São João, viveu-se uma redobrada euforia.
Desse dia e dessa época, gloriosos para a história do Boavista, recordam-se os nomes: Oswaldo Campos (treinador), Carlos da Fonseca (diretor), Vieira e Norberto (GR), Serafim Ribeiro, Albano, Torgal, António Carlos, Sousa Ribeiro, Leitão, Pinho, Germano, Oliveira Santos e Alfredo.
A partir daí, o Boavista iniciou uma ascensão segura e não mais voltou a viver momentos tão dramáticos."



Defrontamos o Fafe em 89, na primeira divisão, jogo em que empatamos a um, já com Isaías, Bertolazzi e.. João Pinto. No banco, estava outra figura histórica do nosso Boavista, atualmente membro da equipa técnica: o grande Alfredo!

Amanhã, por todos os motivos, só a vitória interessa. A proximidade com o outro grande rival faz-nos sentir ainda mais desejosos do regresso aos palcos principais, aos jogos quentes, aos ambientes hostis, que tanto estamos habituados e tão bem nos... adaptamos. Força Boavista.