quarta-feira, 20 de maio de 2015

Derrota na despedida

O último do Capitão!

Garantimos o 13º lugar, no mínimo, ainda com hipóteses de subir uma posição, vencendo o Estoril por qualquer resultado que não o 1-0.

Facilitismos só o que se justificava, Tengarrinha fora das opções, regresso da dupla afro do meio campo em jogos no Bessa e inédito quinto jogo consecutivo de Lima como titular.

Até foi com Fary que estivemos melhor no desafio, em toda a primeira parte. Mesmo dividindo o jogo, conseguimos ser mais perigosos e rondar mais o último reduto adversário. Lance mal resolvido na nossa área na origem do único golo da partida, algo injusto a ida para o intervalo em desvantagem, dadas as escassas chances de golo.
Segunda parte e já com Uchebo, tivemos dificuldades em esticar o jogo, em instalarmo-nos no meio campo contrário e conseguir alguma circulação de bola rápida e com qualidade. Ainda se conseguiu criar alguns lances de perigo, mas nunca incomodando em demasia ou fazendo muito por desestabilizar a povoada defesa contrária. As opções não resultaram, o pouco tempo útil desta segunda parte e a falta de eficácia num ou noutro lance ajudaram à festa.

Sendo sempre desagradável perder, dá ideia que tiramos um pouco o pé do acelerador nesta ponta final, não mostramos a concentração nem motivação habituais, talvez pela pouca necessidade dos pontos e depois de uma semana provavelmente atípica no que toca à preparação para o desafio. A juntar a isso, um adversário com qualidade e ainda necessitado de pontos...



Algumas notas:

- Pode-se chamar de desinspiração coletiva, principalmente na segunda parte. Lima voltou a esconder-se demasiado cedo do jogo, Uchebo e Brito com dificuldades perante a constante superioridade numérica do adversário, Idris e Reuben eficazes a destruir nem tanto com a bola nos pés, Cech também quase irreconhecível.

- Pela positiva, os centrais, principalmente Carlos Santos. Em bom plano, bem no timing de entrada à bola e a limpar a sua zona. Aaron não tão bem, sendo o principal culpado no lance do golo, acabou por fazer algumas boas intervenções e com a impetuosidade que lhe é caraterística. 

- O Nacional não é isto, quero acreditar nisso. O antijogo foi um exagero que nem alguma extrema necessidade pelos pontos pode justificar. São profissionais e aquilo fez lembrar o terceiro escalão. Não pode.

- Tivemos azar com o adiamento do desafio, domingo às 18h teríamos certamente maior moldura humana e talvez fosse possível outra... disposição e outro tipo de apoio. Exemplar a postura dos Panteras Negras, esses sim, de início ao fim, a apoiar incondicionalmente. A festejar, que o dia era mesmo para isso, a puxar pela equipa e pelo resto do estádio, mesmo sem sucesso.
Para a semana temos que compensar. Mesmo longe, despedirmo-nos dos nossos rapazes em grande. Todos merecemos.

- Invasão pacífica, naturalíssima, ainda para mais em clima de festa. A multa, ou o valor da multa, é completamente ridículo, por exemplo, quando comparado com a aplicada aos responsáveis pelos recentes estragos em Guimarães. Enfim, é o que temos. Em teoria, o que se passou no Bessa tem quase metade da gravidade do que aconteceu em Guimarães.

- Momento do jogo foi também um dos momentos do ano. Fary, claro. A melhor notícia é que vai continuar connosco, mesmo fora da função que Petit desejaria.



Força Boavista!

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