segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Vitória na Taça


Sofreu-se, nunca tivemos o jogo verdadeiramente controlado, podia ter caído para qualquer dos lados dadas as oportunidades, o que sobrou na entrega  faltou na inspiração, mas vencemos na Taça, cinco anos depois da última vez. Isso era preciso, era um dos objetivos e foi conseguido. Outros, como o de chamar mais público ao Bessa, só mesmo com mais vitórias. Pelo menos.

Quanto ao jogo, entramos mal, em parte fruto da estratégia de futebol direto e da incapacidade em conseguir saír a jogar ou fazendo sequer alguma posse de bola.
No onze, duas ausências em relação ao último jogo, Zé Manel e Luís Neves, dos melhores contra o Sousense. Navas entra para médio mais recuado e Bobo para avançado, mantendo-se Samu no onze, mas numa das alas, ao contrário do jogo para o campeonato. Com o brasileiro a trinco, perde-se capacidade de construção e circulação de bola, agravada com o posicionamento de Samu (mesmo que mais interior que o ala direito Julian) e com a quase 'exigência' de jogo direto e de costas para a baliza de Fary e Bobo. Carraça limitado no espaço e nas opções de passe era pouco, muito pouco no meio-campo, prova disso a nossa primeira jogada de perigo (a anteceder outras duas, no espaço de 5 minutos) só surgir aos 25 minutos, numa das primeira investidas pelas alas com sucesso, com Hugo Costa e Julian (já na esquerda) a revelarem de novo bom entendimento.
Mesmo nunca nos deixando sufocar e conseuindo dividir os lances de perigo junto às áreas, continuavam as dificuldades para construir ou conseguir fazer uma ligação defesa ataque. Na defesa, de novo Ricardo a revelar bom ritmo, a varrer o que ia passando e o que fluía por Pedro Costa, o pior da tarde, complicativo e intranquilo, quase nulo a atacar e cedo a rebentar.  

A tentar corrigir a ala direita, surge a pior fase do jogo para nós: Carraça na direita e Rui Gomes para o meio campo, quase nos fez entrar em colapso. São Marco e chances de golo (daquelas 'ai jejus') desperdiçadas pelo adversário fez-nos manter em jogo e na taça.  

Tivemos sorte e oportunidade de ir a tempo. Com Miguel Cid sim, conseguimos equilibrar, ganhando estabilidade no meio campo e dando protagonismo a Rui Gomes e a algumas saídas para o ataque bem conseguidas. No prolongamento... 

Não é pelas bolas paradas que pecamos, voltamos a ser fortes, a defender e a atacar, surgindo de um desses lances o golo da vitória. A partir daí com superioridade numérica e mesmo com algum sofrimento, conseguimos ser seguros, até estar perto do segundo golo.

Petit e Navas expulsos (o brasileiro depois do final do jogo), são baixas para a receção ao Freamunde, clube recém despromovido da segunda liga.

Em suma, um jogo confuso e complicado do Boavista, salvo pelo resultado e ainda bem que neste caso podemos aprender com uma vitória. Para a história o regresso às vitórias na Taça, que fugia desde 2008.


No Bessa, poucos mas grandes.

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