Décimo terceiro empate e curioso que em todos eles (com golos) estivemos em vantagem no desafio. Quatro resultaram de golos sofridos nos descontos (acrescente-se mais 3 nos últimos dez minutos) e concerteza estaríamos numa situação bem mais confortável se tivéssemos ultrapassado alguns desses minutos. Voltamos a não conseguir e vai sendo bem mais difícil resistir assim.
O ponto, mediante a nossa situação, dificilmente se pode considerar positivo, mas a forma como foi obtido faz parecer que vimos dos Açores com uma goleada nas bentas. Não foi, um ponto acaba por ser um mal menor, mas este desperdício faz-nos sentir... impotentes. Que difícil reagir aqui.
Algumas notas:
◾ Entramos relativamente bem (à exceção de uma desatenção aos 8' que poderia ter resultado em golo), concentrados e a priorizar a consistência, parecia darmos uma boa resposta àquilo que aconteceu no último desafio (algo obrigatório, diga-se). Abordamos como mais esperado: três centrais - um deles Porozo - com Seba no meio campo a três atrás de Paulinho e Sauer; pouco dados ao risco na saída de jogo (demasiada procura da profundidade ou da segunda bola após disputa de Elis), mas aptos a saír com objetividade nas (algumas) transições.
◾ destaque sobretudo aí para os melhores elementos. Sem esquecer a aptidão de Perez para o passe que mais e mais depressa faz 'rolar' a Equipa, Paulinho e Sauer a destacarem-se sobretudo aí, ainda a juntarem vontade e capacidade de fechar espaços e conseguirem desarmes importantes para não... sobrecarregar o eixo defensivo. Acrescente-se Elis, lucidez, objetividade e eficácia. E muita luta.
◾ nada de novo e já muitas vezes visto esta época, mas é frustrante ver que erros defensivos individuais graves continuam a acontecer. E parece que sempre nos piores momentos. Como seria se tivéssemos as correções do intervalo - e bem - em vantagem? Como seria se uma subida da linha defensiva naturalmente anulasse um lance de perigo?
◾ ofensivamnte, algo mais no hondurenho, por exemplo aquilo que por vezes tanto precisamos e parece faltar aqui ou ali, um género de 'revolta coletiva' pelo que está a acontecer. Um acordar. Conseguimos reagir à reviravolta e acabamos por sermos nós a protagonizar uma bem valente (quando poucos esperavam até). Mexemos e bem, crescemos para o jogo, fomos eficazes e objetivos nas ações.
◾voltamos a mexer e bem (no Pérez - ainda com dificuldades para os 90' - e no reforço defensivo) mas o pior - e mais preocupante tendo em vista os próximos desafios - veio depois. Custa até encontrar as melhores palavras para descrever o momento: num jogo considerado mais que uma final - mais que para jogar, vencer -, num encontro que acabamos por ter a sorte do jogo em que os super-úteis três pontos estariam bem agarrados, pomo-nos a jeito para o infortúnio se agarrar a nós. Numa altura de tudo valer, mantemo-nos algo vulneráveis, fazemos pouco para desmotivar ainda mais o adversário ou para este o relógio andar mais devagar. Permitimos espaço e tempo a mais. E isto revela só uma coisa: tremenda imaturidade para estes momentos mais exigentes e... resultadistas. Que precisávamos, há momentos (poucos, mas há) que o 'como' pouco interessa, importa é assegurar. Este era um deles.
◾ encolher de ombros na expulsão perdoada ao jogador do Santa Clara (comparem lance com o jogo da noite, por exemplo), discutir o amarelo sequer é não ter noção. Ainda para mais mão de ferro com os protestos mais que justificados. É evidente: fazem tudo para não resistirmos, aproveitam-se das nossas fraquezas.
Difícil reagir e engolir este ponto. Alguns aspetos positivos que até a forma como não trouxemos a vitória pode esconder, é verdade, mas a guerra está aí bem dura.
Os rapazes pareceram dar um 'grito' de revolta e mudança para as últimas mais-que-finais.
Não podemos vacilar.
E a gritar será todos juntos. Já vimos ao nível que isto pode chegar e já sabemos aquilo que somos capazes. Sabemos também que juntos somos mais fortes e é mesmo preciso ir com tudo. Pelo Símbolo.
Assim estaremos para sexta-feira 💪👈 Temos que seguir juntos
Força Boavista!
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