domingo, 30 de setembro de 2012

Mais um empate com sabor a derrota


Mais dois pontos perdidos, num jogo que não se soube vencer, apesar de se ter criado mais e melhores oportunidades e de se ter conseguido estar por cima grande parte do desafio. Eficácia zero, má adaptação da equipa às circunstâncias do jogo, falta de objetividade e lucidez em momentos que tal não deveria acontecer. E não mesmo. Os apupos no final são a prova disso. Apesar de se ter começado tarde e aos trambolhões, já é mais que tempo de uma vitoriazinha, ainda para mais quando defrontamos adversários com objetivos e argumentos bem inferiores.


O sistema foi idêntico ao da semana passada, com alteração do central (Frechaut por Simão), do médio (Petit por Ismael) e do avançado (Fary por Adriano, que jogou na ala, estando o centro do ataque entregue ao rápido Wellinton).
Mais posse de bola e mais iniciativa na primeira parte, onde criamos algumas oportunidades de perigo e bolas paradas, poucas chances de contra ataque concedidas ao adversário. Um lance de golo para cada lado, mais perigoso o Boavista.
Mantem-se a toada na segunda parte até à expulsão do central do Padroense, num lance em que a velocidade de Wellinton foi decisiva, bem desmarcado por André Pereira. Vermelho, superioridade numérica, livre perigoso desperdiçado. Quando o rumo do jogo fazia prever um Boavista a encostar o opositor às cordas, acontece o contrário, depois da tremideira natural do adversário pós-expulsão.
A saída de Ismael (esteve lento, com e sem bola) para a entrada de Fary não ajudou. Justificava-se a saída do médio, mas nunca por um avançado, deixando o meio-campo e a luta pelas segundas bolas entregues quase em exclusivo a Navas. Joel rendeu Zé Tiago, mas, estranhamente, não para a sua posição, colocando-se demasiadas vezes junto aos avançados, não iniciando ataques nem conduzindo a bola para como se esperaria que acontecesse.
O jogo direto, pelos pés dos centrais, tornou-se usual e, consequentemente, com menor possibilidade de penetrar na defesa contrária. Inexplicavelmente, ao invés de se abrir a frente de ataque, colocando nos médios a capacidade de organizar a posse de bola, e subindo as linhas para rapidamente ganhar a segunda bola...
Realce para a melhor fase do Padroense em todo o jogo, criando duas boas oportunidades para abrir o marcador, a contar com a tremideira do eixo da defesa.

Duas notas:
Navas, a segurança mínima que os centrais exigem que se tenha, caso contrário tudo seria muito mais complicado. Recuperações de bola, boa leitura de jogo, o acerto defensivo que existe é dele, parte do jogo ofensivo que se tem é a ele que se deve. Foi o melhor do Boavista. 
Pedrinho expulso - mesmo com algum excesso de rigor do árbitro no segundo amarelo - é um sinal que tem que mudar o seu jogo se quiser ser útil nesta equipa. Assim, tão pouco consequente, não dá.


Concluindo: complicando o que poderia ser fácil, a confusão instalada quando a equipa tinha mais que condições para sufocar o adversário, a falta de eficácia na finalização (e no último passe), deu no castigo de saír do Padrão da Légua com apenas um ponto. Castigo pesado e, no entender de muitos adeptos, o suficiente para perder a paciência...

Inegável o mau começo, mesmo com os descontos habituais. Quatro jogos, zero vitórias, 3 golos sofridos e um marcado, começa a ser mau demais.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Para ler


E refletir. Ou não. Vai de cada um.

"A presente situação nas Amadoras, para além de grave raia a vergonha para o nome do Clube!", no blogue das modalidades amadoras.

Modalidade que não consiga ser 100% autónoma tem os dias contados, já que da direção do clube chega zero. Dinheiro que entre no clube é para a sad, é para o futebol.

Nós, clube que nem pavilhão tem... 

domingo, 23 de setembro de 2012

Estreia no Bessa com Empate


Empate extremamente amargo, a vitória fugiu no último dos noventa minutos do jogo. Injusto pelo que conseguimos fazer na primeira parte e pelo que resistimos na segunda. Faltou pouco para poder assegurar os três pontos e hoje, ao contrário do que tem acontecido, merecíamos melhor sorte...

Entramos diferentes relativamente aos últimos jogos, com ponta de lança de raíz (Fary) em detrimento de um médio (Joel), compensado o meio campo com a estreia de Petit.
E esteve aqui um dos pontos mais fortes da equipa, o trio de meio campo: Navas, o mais fixo; Petit, o equilibrador; Zé Tiago, o médio mais livre para desequilibrar no ataque e pressionar mais à frente, sem descurar nas tarefas defensivas. Bem na recuperação de bolas, bem a compensar as subidas dos laterais André Pereira e Paulo Campos, muito bem a fazer circulação de bola (de lado a lado, como deve ser!) e a manter o controlo do jogo. Foi assim toda a primeira parte, com um domínio quase absoluto do jogo, a criar oportunidades e a dar muito poucas chances de ataques organizados ao adversário. Um golo de vantagem sabia a pouco ao intervalo, olhando ao domínio e qualidade de jogo do Boavista. 
A segunda parte trouxe maior equilíbrio na posse de bola, com o adversário a tentar subir e importunar o último terço boavisteiro, com o nosso meio campo a bloquear o possível, sofreu-se em demasia com a perda de forças e a dificuldade em saír para o ataque de forma rápida e organizada. Nenhuma das substituições conseguiu dar força e dinâmica ao meio campo, enfraquecido com a saída de Petit e natural desgaste de Navas e Zé Tiago. Não chegou o recuo de Zé Manel e Pedrinho (entrou para o lugar de Wellinton) nem o contributo de Joel (foi dele a perda de bola dividida que ditou o empate), para nos sentirmos mais à vontade no controlo de jogo. 
Ainda assim, um castigo demasiado severo para o que as duas equipas produziram. Reagiu-se em busca do golo da vitória, dois cantos, um livre e uma jogada de perigo em quatro minutos, o que prova de alguma forma que, com um pouquinho mais de reação com o resultado a nosso favor, poderíamos ter 'morto' o jogo...



Destaque individual para Pedro Navas. Incansável a recuperar bolas no meio campo, bem a compensar os colegas. Um muro à frente dos centrais, porque se assim não fosse...
Petit é o que sabemos, impressionante clarividência e sempre na hora certa no sítio certo a fazer quase tudo bem, enquanto houve forças. Saíu tocado, esperemos que nada de grave.
É inegável que esta mentalidade ou sistema de jogo só faz sentido com a presença do ponta de lança. O jogo ofensivo pelas laterais requer uma referência fixa no ataque mas se Fary o consegue ser quando a bola ronda a área adversária, torna-se muito pouco útil em todas as outras fases do jogo. Foi o primeiro a ser substituído, por Adriano, numa fase em que se fazia do contra-ataque a única forma para se chegar à baliza adversária. 
O pior continua a ser o eixo da defesa, isto porque André Pereira fez esquecer as suas últimas exibições. Melhor a atacar que a defender, mas no geral em bom plano. Frechaut não trouxe a segurança que se esperava para o centro da defesa (e... incompreensivelmente intranquilo), o que a juntar à dificuldade de Carlos Santos nos lances rasteiros e rápidos, torna-se complicado ser consistente defensivamente. 

Resumindo, houve uma atitude e uma busca de identidade muito agradável na primeira parte, que esmoreceu na segunda. O que de bom se conseguiu fazer será para manter no próximo desafio, no Padrão da Légua, só assim o resultado deste jogo poderá ser encarado de forma positiva. A continuar a evolução, não tenho dúvidas que conseguiremos ser competitivos.

Eu acredito.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Fora da Taça

 
Eliminados na Taça à primeira ronda, perante um enorme apoio dos adeptos que depositavam - arrisco a dizer - uma grande confiança num bom resultado, é uma tremenda desilusão. 

Aquela entrada no desafio não lembra ao diabo. Apesar das cinco alterações nos titulares, sistema de jogo idêntico ao da semana passada. Desconcentrados, presos de movimentos, com uma atitude passiva em relação àquilo que o jogo ia pedindo, mesmo perante um contínuo apoio vindo das bancadas. Má postura que se prolongou até ao intervalo, com dois golos pelo meio, outros tantos por sofrer, nenhum remate à baliza (vá lá, uma boa tentativa por Zé Tiago, ao lado) e nenhuma jogada de perigo criada.
Na segunda parte, outra atitude valeu-nos cedo o controlo do jogo em procura do golo. Mais rápidos no passe, maior envolvimento dos laterais (ou porque se conseguiu ou porque se quis, já que a primeira subida de um lateral na primeira parte foi já depois do segundo golo adversário), o que nos deu maior profundidade e jogo mais perto da área adversária. Reduzimos numa das bolas paradas, Paulo Campos a 25 minutos do final. Tempo que não se soube rentabilizar em procura do golo, perante o esmorecer de forças no meio campo e as substituições que não inverteram o rumo. Não fomos suficientemente sufocantes para o adversário nem tivemos mais sorte do que a que merecíamos. Eliminados perante um adversário, em teoria, ao alcance.  

A passividade da primeira parte foi de todos, mas a defesa mostrou mais fragilidade, principalmente o lado esquerdo que se voltou a mostrar permissivo demais. E, claro, explorado pelo adversário. O lado direito é o oposto (foi o nosso melhor, o lado direito com P.Campos e Zé Manel).
O meio-campo sofreu alterações (com Navas e Frechaut; Seidi depois da lesão de Simão Coutinho, passando o Frechaut para central), ficando por saber como seria com Zé Lopes e Ismael (entrou já o meio campo de rastos, sem Seidi, quase sem Joel e com menos um elemento, já que Pedrinho entrou para o lugar de Zé Tiago para abrir a frente de ataque), titulares a semana passada. Joel emperrou o jogo (principalmente na primeira parte), apesar da disponibilidade em querer pegar na equipa e empurra-la para o ataque. Soltar a bola cedo ou faze-la circular, nunca fez mal a ninguém, ainda para mais quando as coisas começam a não saír bem. Foi dele o lance mais espetacular do encontro (soberbo remate à barra, ainda em 0-2), arrancou algumas faltas e nem tudo foi mau, mas foram também nos pés dele que muita bola se perdeu demasiado cedo.  


Duas últimas notas negativas: o árbitro, mal na dualidade de critérios na marcação de faltas e na permissão do anti-jogo leiriense. E o relv... o piso sintético, propício a um género de futebasket, em que a bola salta, salta e continua a saltar. Mau demais.  

sábado, 8 de setembro de 2012

É ganhar!


Paulo Campos, Frechaut, Petit, Pedro Navas, Adriano e Wellington já estão disponíveis para o jogo de hoje com o Leiria. Também Zé Manuel é opção, cumprido o castigo. Ou seja, plantel na máxima força.

Comparativamente com o jogo de Vila Verde, haverão muitas alterações no onze e mais opções. Saíram da convocatória João Mendes e os ex-juniores Carraça, Tiago Sousa, Postiga e Claudio Lopes (estes dois últimos titulares). 

Muita curiosidade para ver como se vai apresentar a equipa e o onze inicial.
Paulo Campos deverá entrar para defesa direito; Wellington, Zé Manel e Adriano poderão estrear-se. Expetativa para ver Frechaut, Pedro Navas e Petit. 

Tudo dúvidas para desfazer hoje, às 15h, no regresso do Boavista à Taça. Estou confiante, não só que vamos ganhar, como também o apoio dos adeptos vai fazer-se sentir. Rumo à 2ªeliminatória.   

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Taça




8 de Novembro de 2008, no Bessa frente ao rival Vitória, derrota por dois a zero, data do último desafio do Boavista na competição na qual é o quarto emblema português com mais troféus. Jogavam, entre outros, Tomás, Rui Lima e... Adriano. Este mesmo, o que atualmente faz parte do plantel.
Um mês antes, a contar para a IV eliminatória, a última vitória do Boavista em jogos de Taça de Portugal. No Bessa, frente ao Lousada, vitória por 1-0.
A 30 de Agosto do ano seguinte, a falta de comparência (contra o Pescadores) ditou o afastamento nas duas épocas seguintes.

O regresso é no Domingo, frente ao União de Leiria. É um Leiria a reagir à derrocada da época passada. Perdeu todos os melhores jogadores para equipas da primeira liga, formou o novo plantel com reforços oriundos de divisões secundárias, tal como nós. Conta ainda com dois jogadores emprestados por benfica e sporting.

É o primeiro grande teste da época para o Boavista, jogo em que a vitória e consequente apuramento para a segunda eliminatória (onde já pode encontrar adversários da segunda liga) é o único objetivo.
Relativamente aos 'estrangeiros' e Frechaut, ainda há dúvida acerca da possibilidade da sua utilização, porém, Zé Manuel, cumprido o castigo de um jogo, já é certeza que será opção. E que opção!  

Há 1400 dias que não jogamos Taça. Seria ótimo, neste jogo histórico, contar com um adepto por cada dia de ausência (vá lá, meio adepto por dia, dadas as condicionantes). Espera-se, ainda assim, um grande apoio em Leiria. O clube merece.


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Sinal verde para a nova época


Primeiro ponto da época, conquistado em Vila Verde, com um justo empate a zero.

E primeira vitória. Bancada cheia, colorida a preto e branco, apoio do início ao fim. Confiança no futuro, como sempre.

Havia a curiosidade de ver a equipa em ação a sério, em jogos a doer, apesar do enorme contratempo: 8 jogadores indisponíveis, provavelmente alguns titulares de fora e ainda menos opções no banco para hoje.  
Entramos com dois jovens nas laterais, André Pereira e Claudio Lopes, Carlos Santos e Simão Coutinho a centrais; Zé Lopes como médio mais recuado, Zé Tiago e Ismael no meio campo e Joel, mais ofensivo, mais perto dos avançados Pedrinho e Postiga.    

A prioridade era mesmo defender bem e o mais longe possível da área, o que foi conseguido na esmagadora maioria das vezes. Na primeira parte estivemos em bom nível, a mostrar uma equipa já com alguma identidade, a procurar jogar rápido e a tentar pressionar o adversário no seu meio-campo. Foi nosso o controlo do jogo e a melhor oportunidade. Houvesse mais objetividade e mais acerto no último passe e estariamos na frente do marcador ao intervalo.
Na segunda parte e com menor fulgor no meio campo, tivemos mais dificuldade em segurar e estender o jogo, obrigando-nos também a maiores apertos defensivos. Limitado nas opções, tentou fazer algo o treinador Amândio aos vinte minutos, tirando Zé Tiago para a entrada de Seidi e refrescando o ataque, Postiga por Fary. Conseguimos reequilibrar, apesar da dificuldade em construir jogo. Com pouco tempo de compensação para as paragens que existiram, acabamos o desafio com dois livres laterais que em nada resultaram. 


Nota positiva para os defesas centrais, a resolverem simples e bem na maioria dos lances.
Zé Lopes também em bom plano, desceu de produção quando deixou de ser o médio mais defensivo. Assim como Ismael, também a mostrar que pode ser importante.
Pedrinho, na maioria dos lances, parece-me pouco objetivo. Com a raça e atitude que nos habituou, mas inconsequente na maioria dos lances, mesmo naqueles que parece conseguir ganhar alguma vantagem...


Vejam aqui o video da oportunidade da primeira parte (parece mão do defesa num primeiro desvio, depois uma boa intervenção do guarda redes adversário). Já agora, este livre foi uma excepção nos lances de bola parada. Estivemos mal, num aspeto que hoje seria ainda mais importante aproveitar. 
  
 
Parece-me que se vai apostar - e bem - neste sistema, com melhorias que poderão surgir quando todos os jogadores estiverem disponíveis. Por isso, estreia positiva também dentro do campo, sem dúvida.





sábado, 1 de setembro de 2012

Reforço


Hoje, na apresentação, confirmou-se mais um reforço: Frechaut. É só esperar para ver como está fisicamente, já que quanto à sua qualidade não há dúvidas, podendo ser muito útil ao que parece ser o setor mais débil da equipa, a defesa.  

 


Enorme a expetativa para o início da nova época, por razões óbvias e até normais, mesmo que muito estranhas pareçam a um Boavisteiro. É só relembrar os pesadelos dos últimos anos e notar as diferenças, sendo que há muito que a moral não está tão alta num primeiro jogo oficial (esperemos que traduzida num forte apoio no Domingo).


É continuar e começar a ganhar em Vila Verde. Domingo, 17 horas.