segunda-feira, 30 de março de 2015

Dois anos de presidência oficial



Lendo a entrevista do nosso presidente.

Dirigida sobretudo ao exterior , numa visão mais global sobre aquilo que nos aconteceu nestes seis anos de pesadelo, realçando os principais pontos de recuperação e maiores entraves desta 'nova era', desde que os problemas de saúde assolaram o [pouco anónimo ao próprio JL] presidente de então ou, por outras palavras, dois meses antes da mais importante decisão do CJ de toda a história da FPF.

Alguns pontos que eu acho mais interessantes:

- Do futebol, confirmou-se que não houve aquisição de passes e a contratação de jogadores deveu-se em parte a parcerias. Na próxima temporada os recursos não serão muito diferentes, portanto vão existir semelhanças. Falta saber acerca dos que cá estão, com quem podemos contar para fazer de base ao próximo planeamento de época (mesmo sem entrar no capítulo transferências). 

-  Parece que Petit nunca chegou a estar tremido. É compreensível. Talvez um ou outro jogo, depois de alguma ansiedade, tenha sido decisivo para nem sequer ter-se aprofundado mais o assunto. Desportivamente, a primeira grande decisão acertada da direção.

- Mais de vinte milhões de indemnização pedidos à FPF já sabíamos. Ficamos a saber da existência de um parecer externo a ambas as partes para ajudar a ter uma noção mais clara de quanto poderá ser o valor da injustiça. Não faço ideia quanto tempo mais teremos pela frente nem quantos passos teremos ainda que dar, mas parece-me claro que enquanto não se fizer luz no assunto, vamos continuar neste lento reerguer. Não há problema: sólido, confiante e lento.

- No nosso caso, é importante falar no sistema real e em algumas questões gerais do futebol português, o nosso presidente faz isso como poucos (mesmo a cena dos reis e dos servos... foi engraçada).

- Podia não ser o momento, mas havia sempre espaço para referir o ecletismo e alguns problemas que subsistem e como também aí fomos prejudicados.


No resto, está cá para reorganizar e é isso que temos visto.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Mais 3. 28



Está quase. Passo importantíssimo rumo ao objetivo principal: colamos ao 12º classificado (Estoril) e aumentamos a vantagem para a linha de água (9), numa altura em que estão 24 pontos em disputa. Ainda falta percorrer uma pequena parte do percurso, mas sem dúvida que estamos - e fizemos por merecer - mais perto do que nunca. Há muito que tinhamos motivos para confiar que o caminho seria este, acho que já ninguém duvida. Nem alguns 'dos nossos' mais pessimistas, nem muitos 'dos outros', por muito otimistas que estivessem. É a vida, e isto somos nós, Boavista. Ok?


Abordamos o jogo como habitual, talvez com um pouco mais de propensão ofensiva comparando com os últimos jogos - mesmo conseguindo ser igualmente consistentes - dada a troca de Zé Manuel por Beck (recuando este, Dias no banco). Dupla africana com Cech no meio campo, regresso da mais utilizada dupla de centrais (mais uma vez, poucas mexidas no onze inicial).

Ao contrário do que vem sendo hábito não entramos bem, dado os problemas aquando da posse da bola e sobretudo em algumas abordagens aos lances, o que fez com que sofrêssemos alguma pressão (e intranquilidade) e bolas paradas perto da nossa área. Dez minutos foi o tempo que demorou a nos soltarmos um pouco, ganharmos confiança e conseguirmos criar perigo. A partir daí mantivemo-nos por cima até à meia hora, sempre mais perigosos e à procura das melhores soluções no último terço, sem colocar em causa a segurança defensiva.
Segunda parte, mantivemos o que de bom fizemos nos primeiros 45', com mais ímpeto no meio campo e objetividade no ataque. Idriss e Reuben menos posicionais e mais perto de Cech, conseguimos pressionar um pouco mais alto e sobretudo ganhar mais depressa as segundas bolas. Depois do golo, mantivemos a aptidão para nos adaptarmos aos vários momentos diferentes do desafio. Não permitimos momentos de sufoco perto da baliza de Mika (apesar de uma [!] grande oportunidade concedida), e conseguimos saír para o ataque vezes suficientes para estarmos mais perto do segundo do que de algum dissabor de última hora.




Algumas notas:

Assustaram aqueles primeiros cinco minutos, em que vimos dois cartões amarelos, precisamente na zona que mais dúvidas suscita no onze, e possivelmente a que estaria sujeita a maior instabilidade. Emocional, no caso de Sampaio? Perdeu a titularidade após o castigo (ao contrário de Santos) e pareceu intranquilo, mesmo depois do primeiro amarelo. Se isto faz parte da evolução de um jogador - e acredito que sim - não há motivos para preocupação, até porque o considero um dos nossos melhores valores de futuro. Resultado: ambos substituídos antes da hora de jogo.
Nem tudo foi mau, já que Aaron arrancou para uma segunda parte bem conseguida, tornando-se decisivo. Abordou os lances com confiança e decisão, prioridade para 'varrer' na vez de complicar ou dar jogável. Curiosamente, na primeira vez que tentou controlar a bola e saír a jogar, é o culpado pelo contra ataque que culmina no golo de Brito. Se desiludiu um pouco na estreia, ontem foi o contrário.

Mais um de Afonso, nunca é demais dizê-lo. Um erro numa perda de bola junto à área, em tudo o resto a eficiência do costume.

Idriss e Reuben em bom plano, novamente. É o que precisamos para a proteção daquela zona central que tanta dor de cabeça nos deu. Foram crescendo no jogo, 'alinharam' com o resto da equipa, tornaram-se menos posicionais e mais pressionantes, adaptando-se ao meio campo contrário. Ganhamos quando se aproximaram de Cech, quer a ganhar segundas bolas quer a proteger o nosso meio campo ofensivo aquando da perda de bola.
Cech que é um mister com a bolinha nos pés. Poucas falhas no passe (é só melhorar nas bolas paradas - em que estivemos um pouco melhor), raramente não toma a melhor decisão. Fisicamente, no ponto (apesar de quase rebentar, já perto do final da partida).

Brito e Uchebo, os principais culpados por conseguirmos esticar o jogo como o fizemos, principalmente na segunda parte. Consequentes e objetivos, Brito a continuar a subida de forma (mesmo mantendo aqueles momentos em pode/deve soltar e não o faz, à craque), Uchebo o habitual no trabalho infligido aos defesas contrários. Zé Manuel o menos inspirado, mesmo nunca virando a cara à luta.  


É do melhor e do maior orgulho. Mais uma vez, salta a vista a competência, a entrega e humildade com que se disputa cada lance, a consistência e evolução que continuam a dar bons sinais.
Próximo jogo só daqui por duas semanas (fuck!), na final em Penafiel. Ya, não deixa de ser uma final. Daquelas.
Sucesso, objetivo, pontos, quase isto ou perto aquilo, nada disso. A palavra que mais se deve ouvir nos próximos tempos: "Invasão". O Símbolo a isso obriga, a equipa e classificação dão confiança, os nossos rapazes merecem isso e muito mais.

Ontem foi arrebatador, tanta gente no Bessa. Panteras em grande, bancadas bem compostas, apoio incondicional.



Força Boavista!

sábado, 21 de março de 2015

7


21/03/2008, sete anos do blogue (podem ver aqui os primeiros posts). Algumas interrupções (breves!) pelo meio, o único propósito é discutir e viver Boavista.

Abraço para todos e obrigado pelas visitas.



Amanhã, hattrick do Brito.


Força Boavista!

Decisivo


Pondo as contas em dia:

Depois da partida em Paços (um dos dois adversários que nos venceu em ambos confrontos no campeonato), a última jornada não foi péssima graças aos resultados dos três últimos classificados, que nos acompanharam na derrota. Mantivemos a distância para a linha de água e lanterna vermelha, mas houve adversários que chegaram mais perto.

Acerca do jogo de sexta feira, apesar de dar para se perceber um pouco o porquê de ser uma das deslocações mais complicadas desta segunda volta, a verdade é que não estivemos demasiado por baixo, nem nos limitamos a defender junto à nossa área, após uma boa entrada. Abordamos o jogo como temos feito: dando prioridade à consistência e posicionamento defensivo, controlando as investidas do adversário, e ir tentando crescer para o jogo, tentando-o esticar à medida que o resultado se mantêm aberto. Daí fazer sentido a continuidade na aposta em Beckeles (na vez de um extremo mais ofensivo), e mesmo a dupla de cobertura, Idriss e Reuben.
Foi isso que fizemos por acontecer, até ao lance que marca o desafio, o penalty e expulsão de Tengarrinha. Encaramos a segunda metade à semelhança do que havíamos feito ante o Rio Ave, mantendo os quatro defesas, com dois médios e três avançados prontos para o combate no ataque. Sentimos dificuldades acrescidas devido às caraterísticas do nosso meio campo, com menor capacidade de esticar jogo, mesmo em inferioridade numérica. Sem Tengarrinha, Cech e Anderson, optou-se declaradamente pelo jogo mais direto. Também graças à ineficácia do adversário, fomo-nos mantendo no jogo, ainda conseguindo criar um par de oportunidades para empatar.



Já hoje, dois dos que estão na luta pontuaram: Académica ultrapassou-nos (estava atrás desde a 10ª jornada), Penafiel mais perto. Olhando à proximidade da linha de água, à próxima deslocação, mesmo ao confronto entre dois dos mais aflitos, os pontos em disputa amanhã serão dos mais decisivos desta segunda volta. Vencendo damos um passo de gigante (indo à final de Penafiel menos pressionados); perdendo, a linha de água ficará a cinco ou seis pontos.

Para o confronto com os nossos amigos pastéis, é provável que regresse ao onze a dupla de centrais mais utilizada (Sampaio&Santos), assim como o meio campo seja idêntico ao da semana passada, com Cech como médio mais solto, à frente da dupla afro (ou teremos Anderson?). Uchebo e Brito (continuando a formar uma boa ala esquerda com Afonso), havendo a dúvida na terceira posição do ataque, assim como na de lateral direito.
Em teoria, a instabilidade do adversário poderá ser-nos favorável, até porque aquilo não foi uma típica chicotada psicológica. Nunca fiando, mas é um facto.


Força Boavista!

sexta-feira, 13 de março de 2015

Vamos a eles: Paços


Das deslocações mais complicadas que teremos até ao final da época. O Paços atravessa um momento razoável, mesmo longe da forma aquando da visita ao Bessa (então com apenas uma derrota em onze desafios). Em casa, vem de três jogos sem derrotas, tendo o 5º melhor ataque na condição de visitado (melhor só os 3 primeiros e os chorões). Para hoje, contam com o regresso de três titulares, ausentes dos últimos desafios.


Quanto a nós, relembro que nos últimos sete jogos tivemos apenas duas derrotas (e ambas com estarolas). A linha de água não está longe e é preciso abordar os jogos - no campo e na bancada - como até aqui. Isto está longe de estar resolvido e todos os jogos devem ser encarados como uma oportunidade para chegarmos mais perto do objetivo.

Relativamente ao onze, mais complicado que nunca, mas por boas razões. Já temos os dois centrais habitualmente titulares disponíveis (esperemos que se confirme como boa notícia), no meio campo cinco elementos para três posições, em princípio. Brito, Uchebo, Zé, Léo e Pouga, todos eles com via aberta para a titularidade (em probabilidade, talvez por esta ordem).


Ponto fundamental:  TODOS A PAÇOS!

Apoio como habitual, até porque os carunchosos foram dos que mais regozijaram com a nossa descida. E até lucraram com ela.



Força Boavista!

terça-feira, 10 de março de 2015

Os revoltosos...





O frenesim que isto suscitou obriga a alguns esclarecimentos. Vamos, primeiro de tudo, aos motivos.

Do que o Capela não tem culpa:

Dos nervos. Quatro meses sem vencer fora do municipal. Catorze pontos nos últimos treze jogos. Queda acentuada da qualidade exibicional. Conflitos e discordância interna acerca das mais recentes e disponíveis opções. Dois remates à baliza em noventa minutos.
Outubro de 2014: "Fraquinho e caceteiro" (!). "Pre-histórico e anti-futebol". "Pior equipa da Liga". "Inevitavelmente, o último lugar será o destino". "Das equipas mais fracas de sempre".
O regozijo, os olhos nem queriam acreditar naquilo que hermanos viam: superioridade cabal ante o Boavista.
Custa, sei que deve custar bastante. Percebo-os. Mais. Junto-me à dor. A soberba fê-los acreditar que seriam favas contadas e oportunidade quase única para humilhar em casa do rival. A fraca primeira parte, a atitude deplorável, a segunda metade completamente subjugados fez saltar a tampa e atirar as culpas para todos menos para... eles próprios.


Do que o Capela tem culpa:

Três primeiras faltas (duas vitorianas, uma axadrezada), todas elas a merecerem aviso do árbitro para aquele que viria a ser um critério curto para ambas as equipas. Plange, Kanu e Uchebo de exemplo.
Podemos começar por esse mesmo, um dos expulsos nos descontos. E pergunta-se: mas porquê nos descontos? A entrada (por trás) sancionada disciplinarmente sobre o Brito foi já a sua segunda falta durinha. Ainda na primeira parte, já depois do amarelo e sobre o mesmo jogador, Plange expôs-se ao segundo cartão, algo que Capela decidiu não mostrar (mais uma por trás). Não me lembro de um jogo do Boavista em que tivessemos tanta bola parada nas imediações da área contrária. Facílimo percebermos porquê.
Muita gente saíu rouca do Bessa, tenho a certeza, mas o primeiro a ficar em tal estado deve ter sido Tomané, tal a berraria com que constantemente se dirigia ao árbitro. Àquilo que temos sentido na pele, o amarelo veio tarde. Tarde e mal acompanhado, dadas as entradas despropositadas mas que, por acaso, nenhuma com o justificado cartão, que seria o segundo.
Assim como o chamado comportamento antidesportivo de dois jogadores vitorianos: André e Josué.



Bem, nós logo na primeira jornada, em três golos sofridos tivemos um graças a penalty fora da área e outro com a mão, com expulsão igualmente injusta pelo meio. Na jornada seguinte, um golo mal anulado que daria o empate.
Tivessemos nós comportamento idêntico, teríamos já uma coletânea de dvd's para entregar na Liga. Aproveitem e juntem alguns lances dos treze penaltis que já tem a favor, na presente temporada.



Mais uma vez: sim, tínhamos saudades.



segunda-feira, 9 de março de 2015

Buá!


Choro? Ide fazer queixa aos papás ou, se preferirem, embrulhem-se.

Luís Cirilo, ex membro da direção vitoriana. Hic.


Ricardo na TL, agora Josué. Insultos ao jovem apanha bolas e aos adeptos Axadrezados. 
Calar?! Nep. E embrulha.


Inevitável. #UcheboPredatorII





 Embrulhem-se se quiserem. Bem precisam.




Foram sete anos. Sete! Ao contrário de vós, tínhamos saudades. Abraço e até à próxima. 


Olé!



Sete anos depois, os merecidos estaladões nas trombas do conquistador. Foram três, podiam ter sido quatro ou cinco, deviam ter sido quinze. A zero. Nem de perto aquilo que os invejosos merecem. Para o ego dos Boavisteiros, não duvido, um dos momentos mais esperados dos últimos anos. Que saudades de espetar nos 'espanhóis' relembrando-lhes, cara a cara, que estamos bem vivos.

Três pontos importantíssimos: sacudimos um pouco a pressão, voltamos a aumentar a vantagem para a linha de água, agora de seis pontos, estando a cinco do meio da tabela. Nos últimos cinco jogos, sendo verdade que só ganhamos este último, averbamos somente uma derrota, jogando em casa de dois adversários diretos pelo meio. A evolução continua e o caminho a ser percorrido. Com toda esta alma no campo, na bancada, no banco...


Estratégia de Petit: Ervões nem ao banco (lesionado novamente?!), adaptação de Tenga a fazer par com o estreante Appisiboivgb, Idriss e Reuben para batalhar no meio campo, Cech lançado, Beck aposta na ala com papel importante também no meio campo. Brito e Uchebo setas apontadas à baliza vimaranense.


Boa pressão inicial, tentando resolver cedo as investidas do opositor e fazendo da boa posse de bola no meio campo adversário a forma para circundar a área vitoriana. Foi nesta fase da partida que mais dividimos o jogo, mesmo nunca ficando demasiado por baixo, e impedidos de chegar perto da baliza de Douglas, na maior parte das vezes, de forma faltosa. Raramente aproveitando (de novo, apesar de diferente estratégia) os lances de bola parada, acabamos por sofrer na pele num lance de futebol direto e perante a lentidão de Tengarrinha e Aaron a resolver o problema. Acusamos um pouco mas tentamos reagir, apesar da falta de eficácia, fazendo o mesmo tipo de jogo que havíamos feito até aí, impedidos de igual maneira.
Partimos para uma segunda parte de grande nível, implacáveis em todos os aspetos. Fizemos o adversário pagar caro o jogo faltoso evidenciado desde cedo para ficarmos a jogar em superioridade numérica. Esse facto aliado à substituição de Aaron por Zé Manuel (Dias para central, Beck a lateral/ala), fez-nos ser irresistíveis na incessante procura dos golos e da reviravolta. Encostamos o adversário às cordas, não permitimos sequer um lance de mínimo perigo junto da nossa área. Subimos a linha recuada, não nos precipitamos nos passes longos, fomos rápidos na circulação de bola, variamos bem os focos de ataque, fizemos por desorientar o último reduto do adversário e criamos oportunidades suficientes para desperdiçar algumas e sermos eficazes noutras. Justíssimo o resultado.


Algumas notas:

Negativa apenas para Aaron, mesmo tendo em conta que seria um jogo complicado para fazer a sua estreia, ainda para mais com um central adaptado do seu lado. Foi o último a falhar no lance do golo (o Tenga também é ultrapassado em velocidade...), pagando a inexperiência a este nível, perante um jogador rato como Tomané. No restante, mostrou alguns bons pormenores, ficando para mais tarde a prova do seu valor. Tenga, como nos habituou, de uma eficácia nas acções notável, no desarme, nos lançamentos longos, seja em que posição for.

Idriss e Reuben em bom plano novamente e a formarem uma dupla tremenda no nosso meio campo. Intensos nas bolas divididas, foram importantes a ganhar consecutivamente as segundas bolas, ajudando a sufocar o adversário e a estagnar os seus contra ataques. Idriss com calma e aptidão com a bola nos pés que poucas vezes tinha mostrado, continuando a sua evolução também nesse aspeto.

Não resultou como pretendido Beckeles a ala, em parte devido ao rumo que o jogo tomou. Percebeu-se a intenção e a razão da opção (olhando para a produção recente dos nossos alas e ao que se conseguiu no jogo da semana passada), mas melhoramos imenso com a entrada do Zé Manuel. Era mesmo preciso recuperar aquela intensidade que ele tantas vezes já mostrou e, mesmo começando no banco, entrou motivado, objetivo e...eficaz. Bravo, Zé.

Brito continua não só em forma, como a subi-la. Semeia o pânico quando encara o um para um, desequilibra, saca faltas e cartões, melhorou nas decisões que toma, tornando-se mais consequente e eficaz.

Apresentamos melhorias no último terço, na capacidade de saída para o ataque, a relembrar o jogo caseiro com o Braga. Ponto comum? Cech. Cechque-mate. Carvalho em bom plano mas no banco, o nosso médio mais produtivo fora do miolo, mudança quase radical relativamente ao bom meio campo da semana passada e o que sentimos? Nada de mau, competentes à mesma, fruto do trabalho que vem sendo desenvolvido, fruto do coletivo.

U-u-Uchebo. Que tolada, moço. No resto, mais do mesmo: problemas acrescidos para quem tem de o marcar.

Só elogios, mas não é por ter a boca doce de tão agradável e importante vitória. É mesmo por mostrarmos uma melhoria assinalável, um espírito de grupo muito bom e uma evolução que continua bem evidente, apesar das enormes dificuldades. Como tantas vezes nos foi dito pelo nosso líder.


A propósito do árbitro e das queixas do nosso rival: acho evidente que os lances com mais relevância foram bem assinalados, sobretudo a expulsão de Bernard. Zé Manuel dá mão no terceiro golo, depois de sofrer empurrão e ter continuado com a jogada, o que poderia até valer o vermelho a André. Quanto ao critério demasiado curto no assinalar das faltas, fomos tão vítimas quanto o opositor. No resto, muita cabeça perdida após o vencedor encontrado e com os olés da bancada, algo que nós, no jogo da primeira volta, conseguimos controlar (mesmo jogando com menos um período idêntico de tempo)
Mais um treinador e presidente adversários que se atiram ao ar na nossa sala de imprensa. Não os vi com comportamento idêntico quando foram - segundo eles - fortemente prejudicados com estarolas. Só para que fique registado. 


Última palavra mas não menos importante para nós, nas bancadas. Motivados pela dedicação partilhada, é certo, mas conseguimos também dar aquele empurrão muitas vezes decisivo na busca do objetivo.
Nada está confirmado, ainda falta percorrer um bom pedaço do difícil trajeto. Para a semana, mais uma deslocação difícil, a casa de um dos clubes que mais regozijou com a nossa descida.




Força Boavista!

sábado, 7 de março de 2015

Venham eles: vitória



Cá está "o jogo". O Clássico não-estarola de regresso ao Bessa. Esqueçam a importância dos pontos, a situação na tabela, os momentos de forma, as baixas ou contrariedades. O objetivo mínimo é ganhar, mas a vontade é humilhar. Aqui, na nossa que é mesmo "nossa" casa, perante os invejosos que tanto apregoavam que o dia em que iríamos acabar estaria a chegar. Não chegou, e espetar o maior número possível de tabefes nas fuças do conquistador é a melhor forma que temos para lhes relembrar isso mesmo. De frente, olhos nos olhos.

E é um vitória diferente no palmarés desde a última visita ao Bessa, há que o dizer: dobraram o número de troféus e conquistaram uma das duas provas mais importantes do futebol português, algo que ainda não tinham conseguido. Para nós, a diferença de estatuto nunca foi problema para assumirmos a rivalidade com os blancos e não o será agora. Nem os objetivos diferentes de cada um na presente temporada. Humildade, ao contrário do opositor, é algo que nunca nos faltou.
Veem de seis pontos nos últimos seis jogos (tal como nós), e há outros tantos que não vencem fora do municipal. Abanaram um pouco com a saída de um dos desequilibradores da equipa e com o facto assumido de serem barriga de aluguer do estarola azul, mas continuam, claro, bastante fortes como equipa.


Entramos na fase decisiva da época, digamos que a chegar ao ponto sem retorno. Olhando para a tabela, à proximidade da linha de água e aos próximos desafios, mesmo ao número de jogos que levamos sem vencer, revestem-se de mais importância ainda estes três pontos. Fundamentais, claro. E sim, estamos pressionados pela quase obrigatoriedade de pontuar.

Não costuma ser fácil acertar no onze de Petit, com as ausências ainda mais complicado se torna. Por partes:
- para o o lugar dos dois centrais, estando Lucas lesionado, sobram Ervões (suplente nos últimos dois jogos, utilizado no último) e Aaron. Problema acrescido se o gabonês não estiver apto: Pimenta, apesar das boas indicações deixadas nos dois jogos da Taça da Liga, tem jogado no campeonato de juniores e será, naturalmente, um risco enorme avançar para a titularidade. Achando Petit que a nossa jovem promessa ainda não estará pronta para a estreia na Primeira Liga, a solução passará por uma adaptação de um jogador do meio campo. Tengarrinha será o nome mais lógico (até porque não lhe é uma posição completamente estranha), Idriss poderá ser outra hipótese. No caso deste último, positivo o facto de podermos contar com o português no miolo, nem tendo que mexer muito no meio campo que atuou bem em Barcelos. Cech (suplente não utilizado nesse jogo) será também hipótese a ter em conta. Veremos como vamos abordar o desafio.
- ainda na defesa, a confirmar se é desta que Beckeles regressa à lateral direita ou se continua Dias por lá. Não deixo de lado a hipótese Beck a ala, à semelhança da segunda metade na semana passada...
- No ataque, Brito e Uchebo serão prováveis titulares, dúvida na terceira posição. Temos Zé Manuel e Léo (ambos a precisarem de recuperar rapidamente a boa forma) e Pouga.


Símbolo no campo e Adeptos na bancada, como um só. Temos todos os motivos (muito positiva a campanha de bilhetes para este jogo) para continuar a apoiar a equipa como até aqui. Mais ainda, tendo os tristes acontecimentos da primeira volta e todo o sofrimento que isso implicou para o nosso adepto no pensamento.


 
Força Boavista!

domingo, 1 de março de 2015

Empate em Barcelos





Não foi maravilhosamente bom como esteve perto de ser, mas foi muito positivo este ponto em Barcelos. Além de ganharmos vantagem no confronto direto, mantemos a distância para a linha de água e para os perseguidores, aumentando-a para o lanterna vermelha.

Onze dentro do esperado, nota apenas para Dias que manteve a titularidade, Tengarrinha ao lado de Reuben como médios mais recuados, deixando-se Anderson como terceiro elemento. Uchebo, Brito e Zé, o trio atacante mais forte neste momento.


Entramos bem no jogo, prioridade à consistência e controlando os espaços no meio campo, não permitindo aproximações perigosas à nossa área, mesmo dando maior iniciativa ao adversário. Conseguimos circundar a área contrária até à meia hora, apesar das dificuldades em fazê-lo de forma apoiada e mesmo 'mancos' (dado o mau jogo de Zé Manuel) no ataque. Último quarto de hora da primeira parte desconcentramo-nos em demasia e atravessamos os piores momentos do jogo para nós, o que nos poderia ter custado caro. Passamos por dificuldades no eixo da defesa e para segurar os ataques na nossa direita, origem da maior parte do perigo. Mika (que não quis ficar atrás do Adriano, diga-se) e alguma ineficácia alheia evitaram males maiores.
Segunda parte, começamos de novo bem, mais confiantes e objetivos, e acima de tudo mais perigosos sem nos expormos em demasia. Carvalho mais próximo da bola e com maior disponibilidade para aparecer na frente (mesmo Tengarrinha mais interventivo no início dos ataques, comparando com a primeira parte), maior apoio a Uchebo e às iniciativas de Brito. O golo vem na sequência do ascendente. Tentamos povoar a defensiva depois da vantagem, recuamos para segurar o valiosíssimo triunfo, mas não resolvemos bem praticamente no último lance do desafio. 


Algumas notas:

Boa a entrada de Beckeles, substituição quase dois em um: conseguimos dar maior segurança à ala/lateral direita e o hondurenho conseguiu ser mais prático e consequente que Zé Manuel (não era difícil dada a produção do português, mas sendo um jogador mais defensivo...).

Uchebo (que também tirou proveito da troca) apareceu bem na segunda parte e foi dos que mais lances de perigo conseguiu criar, mesmo no seu jeito desengonçado. Após uns quantos, meio golo é dele no cruzamento.

Brito confirmou a subida de forma, cria perigo, tenta o remate, arranca faltas, grande parte do que correu bem no nosso jogo ofensivo passou por ele. O que faz de bom dá-lhe margem para as vezes que decide mal, que ainda são algumas.

De novo bem Afonso (e bem dobrado por Santos em algumas situações) e mais uma boa exibição de Sampaio. Tinha missão difícil pela frente mas esteve bem na maioria dos lances, nem se deixou condicionar pelo amarelo cedo (das duas vezes que o viu antes dos 50 minutos de jogo, acabou expulso...).
Reuben voltou com intensidade após a lesão, confirmou-se que podemos contar com ele. 

Normal aquele recuo nos dez minutos finais para segurar três valiosos pontos, ainda mais olhando à forma como estava o jogo e como o adversário iria carregar. Reagiu-se à entrada do segundo ponta de lança com a entrada de um terceiro central, refrescou-se uma das alas. Julián em vez de Cech será mais discutível, olhando à experiência do eslovaco que nos poderia ter sido útil naqueles minutos finais, tanto em segurar a bola como a poder lançar um ou outro contra ataque. Tivemos azar, mas também foi isso que nos faltou naquele quarto de hora final. Mais até que algum recuo excessivo.

Voltamos a melhorar um pouco nas bolas paradas. Nas ofensivas, não me lembro de estarmos tão perto de marcar de livre direto como nos pontapés de Tenga e Afonso, ainda tivemos dois lances em que conseguimos criar perigo. Convenhamos, é alguma evolução. Defensivamente - e de novo a marcar individual - resolvemos alguns, tivemos problemas noutros (naqueles 15 minutos finais da primeira parte foi mau demais, cada canto, cada susto).



Resumindo, soube a pouco porque os três pontos (e um passo de gigante) estiveram ali pertinho e fugiram, da mesma forma como matamos no jogo na primeira volta, nos descontos. Voltamos a ser eficazes no resultado, no ponto, com atitude e competência para passar de forma positiva mais uma final. 
Jogamos fora no papel, já que o apoio foi espetacular. Fantásticos, em bom número e quase sem parar. É assim que tem de ser, sempre. E como merecíamos ter continuado aquela festa...


Espera-nos mais um 'clássico' na próxima jornada, pontos importantíssimos para não variar. Acho que não só a abordagem aos jogos, como a postura da equipa, a própria evolução, fazem com que estejamos confiantes.


Força Boavista!