E então, esse dia? Solarengo, primaveril, boa disposição reinante depois de uma noite dormida como uns Angels, imagino. Custou, mas lá chegou, três meses e nove jogos depois. A primeira já está, faltam duas e a finalíssima, antes do resto. Sinais são positivos, convictos que encontramos o tal caminho - finalmente - se bem que temos que ter noção do mais importante neste momento: estes três pontos só farão sentido se houver sequência, isto é, Gil e Nacional pela frente na Fortaleza. Mais que os defrontar, há que os vencer. E Unidos.
Entramos e abordamos o desafio como manda a lei numa final, ainda para mais com a Equipa instável como sabemos: prioridade ao momento defensivo, tentando ser o mais compactos possíveis cá atrás e ir espreitando um ou outro contra ataque. Assustaram os primeiros minutos (primeira parte toda?!), com mais do mesmo: imensas dificuldades com bola, raramente conseguido 3/4 passes no meio campo contrário, a sofrer o duro revés e a ter que enfrentar e reagir à desvantagem no marcador.
Arrisco a dizer que nenhum de nós acreditava na reviravolta, à exceção do Professor, nas cabines. O golo antes do intervalo ajudou, mas foi o que se passou naqueles dez minutos que mudaram a face da Equipa e a história do jogo.
Entramos bem na segunda parte, a fazer lembrar aquela primeira meia hora perante o Santa Clara. E houve algo que nos fez mudar para melhor: a confiança.
A ajudar a isso, os ajustes na Equipa: o reposicionamento de Angel e a movimentação de Paulinho. Não só, mas principalmente. Não só, porque a Equipa fez com que isso tivesse efeitos práticos: passamos a jogar no meio campo adversário, confiantes com bola, a chegarmos mais e mais juntoa perto da área adversária. Não foi só Angel a recuar, foi a Equipa toda a subir, foi proporcionar ao nosso menino ter mais colegas entre ele e a baliza, ao invés de ser somente ele a descobrir espaços que, antes, não existiam. E fomos eficazes, convém dizê-lo.
Depois foi determimante aquilo que nos foi dito na antevisão do jogo: alguma evolução individual, maior consistência coletiva, mentalmente... diferentes.
Estranhou-se a opção Devenish na direita na vez de Cannon. Estratégia pontual (perante este adversário em específico) mas julgo que algo mais: dada a forma do americano, defensivamente ficamos e ganhar em alguns aspetos e, ofensivamente, dada a pouca preponderância do habitual titular, pouco perdemos. Acabou por ser positiva a troca, apesar do lance do golo.
A ajudar às melhorias defensivas, aquele que todos esperamos ser o reforço que precisamos: Rami. Confirmou os bons sinais do último desafio: melhor fisicamente (aquele sprint aos 95'...), espírito de líder na defesa, muito eficaz em todas (ou quase) as ações.
Repetindo, porque julgo ter sido o mais importante e decisivo na segunda parte e na vitória: a confiança. Fez toda a diferença. Isso e - algo a confirmar - o espírito de União do grupo, o #somosmaisque11 (como as fotos no balneário fazem crer), a vontade da Equipa se revoltar contra o momento e as muitas e enormes adversidades.
Parece claro, nem tudo está ou ficou bem. Prevalece a opinião de que o reforço da Equipa (ou a correção dos erros cometidos na formação do plantel) será algo prioritário, se bem que o aproximar da deadline do mercado e o comunicado do(s) presidente(s) fazem crer que, afinal, não vão haver ajustes nenhuns. Arriscado, e muito, mas abordaremos esse tema depois da certeza do que foi ou não feito (relembrando, mercado fecha às 23:59 de amanhã, dia 1).
Próxima final, próxima sexta-feira, dia 5, às 21h. Juntos e confiantes.
Força Boavista! E não esqueçamos o mais importante: protejam-se 😷 que isto não está para brincadeiras.