quarta-feira, 18 de dezembro de 2019
Mito
O José Carlos foi despedido. Nada de novo, afinal cumpriu-se a tradição. Outro virá e, podemos dizer com um elevado grau de certeza, seguirá o mesmo caminho que Lito e seus antecessores. Sim, porque o problema, sabemos todos nós, à partida reside no treinador, treinador que a direção escolhe e nós apoiam... e nós temos lá. Longe de nós pensarmos que existe aqui um padrãozinho qualquer que, sem muito custo, nos faça perceber como vai funcionando a gestão desportiva do nosso Clube.
Vamos a factos:
- Média de pontos brutal. A melhor. Desde a subida é, de longe, o treinador mais eficaz no pressuposto principal, ainda mais na nossa atual situação e prioridade, a sobrevivência. Na época passada nove vitórias e um empate em 15 desafios; cinco derrotas, três das quais frente a 'europeus'. Na presente temporada, quatro vitórias e outras tantas derrotas, seis empates. Situação imaculada até ao início de novembro, numa altura que eramos uma referência pelos melhores motivos na comunicação social: a invencibilidade. Nunca liguei muito a isso, mas que fomos falados e elogiados, algo que em tempos valorizamos imenso, é um facto.
As eliminações nas Taças foram pontos negativos, principalmente na de Portugal, depois do reforço do Presidente acerca da importância da competição. Falhamos, infelizmente fizemos parte da 'normalidade' da presente edição da prova raínha. No campeonato, reforço, a fuga aos últimos lugares ou a luta pela primeira metade da tabela, estava a ser amplamente conseguida.
Conclusão, ou somos acéfalos ou podemos partir do princípio que não foi pelos resultados.
- Exibições, estilo de jogo, abordagens aos desafios. Dizem que não é a imagem do Clube. Bem, a imagem, o tipo de futebol, está diretamente relacionada com os recursos, com aquilo que cada clube pode oferecer à sua equipa técnica para poder desenvolver o trabalho. Não é, Jorge Simão? E nós, neste momento, queremos como imagem de marca a feroz luta pela sobrevivência, julgo eu. A luta pela tranquilidade, pela fuga à depromoção.
Compreendo que os Adeptos não se identifiquem, se sintam por vezes desiludidos, pois afinal todos gostamos de conciliar bom e vistoso futebol aos resultados. Mas nem sempre é possível e nem sempre é esse o objetivo. Hoje em dia, no Futebol profissional, quando uma direção contrata um treinador, compra uma ideia. E aí não consigo mesmo entender: quando se assina com Lito, acima de tudo compra-se o que ele conseguiu fazer no Bessa, e como o fez. Optou-se pelo pragmatismo, pela eficácia e seriedade, pelo simples alcançar dos objetivos. Ponto. Queríamos algo diferente? Bem, se realmente era essa a vontade, teríamos que ter optado por outro que não Vidigal, como é óbvio.
Conclusão, não despedimos o treinador porque ele estaria a fazer algo diferente daquilo a que nos propusemos fazer para atingir os objetivos.
- A contestação começou no minuto seguinte à apresentação do Lito. Não, isto aconteceu mesmo, não é exagero, esse veio depois. Vidigal entrou no Bessa com dois pés esquerdos, nunca aceite por uma boa parte dos adeptos, o que resultou numa muito curta margem de erro, numa crítica exageradamente fácil, mesmo quando os resultados - e até por vezes as exibições - não o justificavam. A personalidade e o feitio de Lito não ajudaram, mesmo quando os interesses do Clube, Símbolo e jogadores, foram ressalvados pelo treinador.
Conclusão: não chegou. A contratação foi, sabia-se logo no início, arriscada e a direção não quis ou não soube lidar com a situação de forma a que o desfecho não fosse este, afinal o mais fácil e, como dissemos no início, o tradicional.
Esperemos que continue a funcionar a tradição, ou seja, depois de mais um despedimento perto do final do ano, o novo treinador consiga uma série de bons resultados que nos permita fugir aos lugares de despromoção e espreitar a a primeira metade da tabela. Felizmente, olhando à quantidade de pontos, as coisas estão um pouco mais fáceis este época.
Mas esta gestão desportiva, de treinadores, é, quanto a mim, errática e tem tudo para um dia correr mal.
Força Boavista!
quinta-feira, 22 de agosto de 2019
Rochinha e os Falsos Moralismos
Clube, Adeptos, cidadãos comuns, Portuenses ou não, ninguém se revê nos cânticos entoados em Guimarães por alguns adeptos Axadrezados. Ninguém, como é óbvio. Exceção só mesmo de quem proferiu os ditos: os radicais, a fação ultra os 'Ultrà', como orgulhosamente gostam de ser chamados.
"Para o ano, caso Rochinha ainda envergue a camisola branca, dado o impacto que provocamos, voltaremos a cantar o mesmo". Palavras de um ultrà. Percebem agora?
Há um dado interessante e
relevante que resulta desta afirmação: o assumir das ações. Para nós,
para a maioria de nós, errado e reprovável; para eles, para alguns de
nós, a repetir. Isto, sendo um problema, é algo que ultrapassa, em
muito, o Futebol, o Clube, no caso o Boavista.
O Bolsonaro foi eleito, lembrem-se. Isto é a sociedade.
Chega a hipocrisia, ou seja, a tentativa de aproveitamento da situação para, de alguma forma, atingir a Instituição e colar os acontecimentos ao Universo Axadrezado. A nós. Não nascemos ontem, amigos. Como disse, este problema é transversal à sociedade e não olha a cores, formas ou ideologias.
Lembram-se do Eusébio? Do cântico da Chapecoense?
Decerto se lembrarão do episódio Konah, vítima de insultos racistas dos seus próprios adeptos vimaranenses, que motivou uma atitude mais rude por parte do grupo de trabalho e do então Capitão do V. Guimarães. Poderão ser invejosos, como o mostram em variadíssimas situações, mas não vos tenho como racistas. Também aqui, haverá exceções.
No passado domingo, fez 35 dias que perdi a minha Mãe. A chegar à cidade de Guimarães, já de camisola axadrezada, as primeiras frases que ouvi, diretamente dirigidas a mim, foi "filho da puta". Ninguém filmou mas eu ouvi. Em que ficamos? Não somos todos iguais? Ou se soubessem que eu A tinha perdido não me teriam insultado? Não brinquemos, sejamos sérios.
Força Boavista!, e um abraço a todos.
O Bolsonaro foi eleito, lembrem-se. Isto é a sociedade.
Chega a hipocrisia, ou seja, a tentativa de aproveitamento da situação para, de alguma forma, atingir a Instituição e colar os acontecimentos ao Universo Axadrezado. A nós. Não nascemos ontem, amigos. Como disse, este problema é transversal à sociedade e não olha a cores, formas ou ideologias.
Lembram-se do Eusébio? Do cântico da Chapecoense?
Decerto se lembrarão do episódio Konah, vítima de insultos racistas dos seus próprios adeptos vimaranenses, que motivou uma atitude mais rude por parte do grupo de trabalho e do então Capitão do V. Guimarães. Poderão ser invejosos, como o mostram em variadíssimas situações, mas não vos tenho como racistas. Também aqui, haverá exceções.
No passado domingo, fez 35 dias que perdi a minha Mãe. A chegar à cidade de Guimarães, já de camisola axadrezada, as primeiras frases que ouvi, diretamente dirigidas a mim, foi "filho da puta". Ninguém filmou mas eu ouvi. Em que ficamos? Não somos todos iguais? Ou se soubessem que eu A tinha perdido não me teriam insultado? Não brinquemos, sejamos sérios.
Força Boavista!, e um abraço a todos.
segunda-feira, 19 de agosto de 2019
Vamos Indo
Lucas agradece ao verdadeiro obreiro deste empate.
Factos: pouco futebol, sem meio lateral de cada lado, sem meio meio-campo, sem derrotas. Com quatro pontos, alguma sorte à mistura, enorme eficácia, com raça e atitude e com muito trabalho pela frente.
Parece-me evidente que o nível exibicional não é sequer satisfatório: falta ideia de jogo, o que sobra na vontade falta na consistência, na organização. Já sabemos, demora o seu tempo, dada a forma de trabalhar de Lito e a nossa [escassa] possibilidade de formar plantel demorará um pouco mais. Os reforços vão chegando a conta-gotas, o onze ideal e as reais opções vão ganhando forma, a paciência - mais que nunca - terá que existir e com o nosso adn bem patente, resistente.
Antes de fazermos uma nova análise ao plantel e àquilo com que podemos realmente contar, uma breve olhadela ao desafio de Guimarães.
Entramos mal. Entramos? Ideia inicial: dar a iniciativa ao adversário, juntar linhas e tentar explorar a profundidade com jogadores rápidos, como Heri e Yusupha. Começou aí o problema: as costas da defesa adversária estavam a 40 metros - de tão baixo estar a Equipa -, o médio de ligação não existiu, e tudo se agravou com a desorganização defensiva a partir do terceiro minuto (!). Pouco mais se conseguiu que evitar a construção pelo médio defensivo adversário mas, obviamente, outras soluções foram apresentadas e mais problemas nos colocaram, aos quais fomos incapazes de reagir. A nossa sorte do jogo esteve aí: não ficarmos afastados da discussão do resultado à passagem da meia hora. Atente-se no lance do golo, um bom exemplo de desorganização: bola na direita do ataque, juntamos na zona da bola (incluíndo médios interiores), um dos centrais faz cobertura na zona, o outro acompanha a referência atacante (Guedes) ao meio campo, e surge uma autoestrada entre central e lateral, que marca por fora o marcador do golo. Horrível. Mais exemplos houveram. Primeira parte preocupante, sem ligação entre setores (temos disso?!), sem conseguir efetuar três passes seguidos, sem chegar perto da área com perigo. Pior: pareceu uma Equipa apática, sem atitude e totalmente descrente no plano de jogo. Uma primeira parte que foi um resumo (vá, um pouco pior) daquilo que temos sido nestes 270 minutos de época.
Só poderíamos melhorar na segunda parte, ainda que pouco. O valor do adversário explica alguma coisa (sejamos conscientes), mas não tudo. Tivemos o mérito de acreditar e a sorte de não sofrer antes dos abençoados descontos. O que fica: à sexta tentativa conseguimos não saír derrotados da terra dos invejosos. Sem palavras aquele golo nos descontos.
Pegando no que pudemos ver nos desafios do campeonato e nos reforços que, entretanto, chegaram. Ideias que, algumas delas, acabam mesmo por ser confirmações.
Na baliza: deixa estar. Só rezar para que Bracalli não se lesione, pelo menos antes de Helton estar apto.
Eixo central: confirma-se que há boas opções. Neris de pedra e cal, surpreendeu um pouco a ida de Ricardo para o banco, mas há um motivo: Lucas. Simples. Como temos dito e está à vista de todos: estivessemos nós servidos em todas as posições como estamos no centro da defesa.
Laterais. na direita, carimbou-se o evidente: temos problemas. Veremos se há confirmação do reforço brasileiro, mas terá mesmo que se fazer alguma coisa. Carraça é, na maior parte das vezes, curto, e não somos só nós que o sabemos, os adversários também o sabem. Na esquerda, o alarme continua ativo, falta saber por quanto tempo. Marlon tem qualidade, veremos com o tempo como evolui. Algum tempo sem jogar, sem jogar na Europa nunca, são fatores que teremos que levar em conta. Honestamente, já estive mais pessimista.
Meio campo, nada de novo também. Falta-nos 'o' médio, ponto.Obiora tem dificuldades em manter o ritmo alto, Costa tem dificuldades em fazer aquilo que lhe é exigido: demais para o que pode. Repito: é um médio útil, que ajuda a Equipa, mas está aquém do que precisamos neste momento (pelo menos enquando dupla com Obiora/Idris/Ackah). E influencia também o terceiro médio, como já aqui falamos. É óbvio que todos gostaríamos de ver a qualidade Bueno a jogar - sempre - mas não é fácil o espanhol ter o protagonismo que merece e que tem que ter para ser útil. Não com esta dupla atrás, não com esta ausência de ideia de jogo, não com esta (in)consistência. Espinho disfarça um pouco mais nuns aspetos, obviamente fica a perder noutros. De Paulinho, pouco ou nada se sabe. Ainda. Positiva a entrada de Ackah, mas não mais que isso. Dificilmente seria pior que Obiora.
No ataque, a certeza que estamos bem servidos, apesar de não carburar como todos gostaríamos. Além da qualidade individual terá que haver a tal ideia, que não mais é que desmarcações, combinações, aproveitamento dos espaços, criação dos mesmos, por aí fora, sem descurar a exigência defensiva (importante numa Equipa como a nossa) dos avançados. Pouco se tem visto, verdade, mas, falando de qualidade individual, aqui conseguimos claramente subir uns patamares. Heri, Mateus, Yusu, Sauer e a nova contratação Stoijlikovic. Veremos como está o Sérvio, mas se não existirem problemas de maior, é um reforço a sério para o ataque. Golos, inteligência, qualidade. Curioso para perceber se Yusupha é para ficar e, ficando, com que vontade.
Resumindo: muito trabalho pela frente, mas ainda bem longe do estado caótico ou do pânico generalizado que, por vezes, parece afetar-nos. Os pontos ajudam, verdade, mas a preocupação e intenção do Clube em fazer melhorar as coisas também. Como foi falado no último post, é importante percebermos que o treinador terá melhores condições para fazer o seu trabalho, como parece ser essa a preocupação da direção. Assim esperamos, que todos rememos para o mesmo lado. Incluíndo nós, Adeptos. Será fundamental.
Força Boavista!
sexta-feira, 9 de agosto de 2019
O Verdadeiro Orgulho Axadrezado
Luís Gomes, grande vencedor da etapa e atual Camisola Azul
Desculpem. Mil perdões. Isto já vai com mais de uma semana e é a primeira vez que aqui se escreve sobre uma das modalidades que mais nos enche de orgulho.
Nada de novo: aconteça o que acontecer, uma prova fantástica da nossa Equipa. Camisola azul envergada, primeiro lugar por equipas e, ontem, a primeira vitória numa das mais difíceis etapas da Volta. Palavras para quê? Tudo ganha ainda mais relevo olhando ao contexto: o orçamento, a formação, a antiguidade.
Aqui não há modas, há história!
Não temos camionetas que parecem aviões, mas temos uma Alma que vale milhões!
ps: Marco Chagas, queres com lacinho ou está bem assim?
ps2: Pope, quer lá ir hoje de novo espalhar charme?
Força Rádio Popular Boavista!
quinta-feira, 8 de agosto de 2019
Estaremos Prontos?
Ala esquerda sul-americana: Clar e Sauer.
Seis jogos, outras tantas derrotas, zero marcados e dez golos sofridos depois, com alguns reforços e saídas pelo meio, momento oportuno para fazermos uma análise mais aprofundada sobre o plantel e atual forma da Equipa.
Preocupa sobretudo - e atenção, do pouco que se viu - a escassa dinâmica coletiva da Equipa, com bola e sem ela, Equipa amorfa (mal fisicamente?), pressionante por escassos períodos de tempo, criatividade e eficácia ofensivas quase nulas. E os números não mentem: sofremos golos em cinco dos setes jogos realizados e só marcamos por uma vez. Estamos na pré-época e será o momento ideal para que tudo que tiver que correr mal, corra, mas a verdade é que já tivemos um jogo oficial e o resultado e exibição foram péssimos.
Pessoalmente, o que mais me preocupa é a incerteza acerca de um dado fulcral no rendimento de uma qualquer equipa: o entendimento entre direção e equipa técnica no que à formação do plantel diz respeito. Só o tempo dissipará dúvidas, mas aqui uma certeza: Lito é mão de ferro e não torce por torcer. Como Simão ou Leal, por exemplo.
Mas vamos ao que interessa mesmo neste momento, o plantel. Por setores:
- na baliza, nada de novo. Bracalli dá segurança, Hélton continua a recuperação, o terceiro guarda redes lá chegará, Alfredo por lá se mantem. Next.
- na defesa, eixo central e laterais são casos diferentes. Neris, Costa, Lucas e Dulanto darão, à partida, garantias para uma época sem sobressaltos nesse setor, faltará acertar a dupla. Três últimos jogos, três duplas diferentes com um ponto em comum: Neris. Dúvida que fica é quem será o seu companheiro de setor. Acerca do peruano, positivas as exibições ante Nice e Casa Pia, mesmo sem deslumbrar. Veremos domingo sobre quem recai a escolha.
Nas laterais, dos maiores problemas do plantel. Já aqui falamos por várias vezes: Edu e Carraça podem ser curtos para a posição, dada a forma do primeiro e a [in]aptidão para a posição do segundo. Do lado contrário, uma certeza e uma incónita: Clar (muito dificilmente não terá sido um enormíssimo erro de casting) e Marlon, de quem ainda nada se viu e toda a fé no nome. Mais que provável - não havendo adaptações - ser dele o lugar já no próximo domingo.
- no meio campo, o outro grande problema. Para a posição 6, ou o mais defensivo da dupla de médios, temos Obiora e Idris. Não sendo uma enorme mais valia, estamos relativamente seguros. Para médio mais ofensivo, temos Espinho e Bueno, talvez com a hipótese Paulinho que poderá fazer a posição. Sobra a posição 8, ou o médio menos defensivo da dupla de médios, para a qual temos Rafael Costa. Só. Por simpatia, temos Akwa também, mas mantenho a minha opinião acerca do jogador: tem qualidades, mas talvez o empréstimo para crescer fosse a melhor opção. Poucas dúvidas restam: é mesmo preciso reforçar a posição. E bem, porque trata-se do meio campo. O brasileiro tem sido competente, verdade, mas, minha opinião, poderemos crescer bastante aqui com uma opção mais sólida. Além disso, é fundamental a concorrência, seja em que posição fôr. Neste caso, nem isso temos.
- ataque: à partida, estamos bem servidos. Mateus, Heri, Sauer e Perdigão são os alas, podendo ainda Cardozo, Yusu e Paulinho fazer a posição. No eixo, Yusupha (estará motivado o rapaz?!) será o mais que provável titular, havendo a concorrência de Bulos acompanhado da sua lesão. Cardozo só mais lá para a frente saberemos se é homem para lutar pelo lugar. Cassiano... esperemos para ver.
Resumindo, em teoria, é o plantel mais forte e equilibrado dos últimos anos (pode-se dizer, desde que subimos), não haja dúvidas. Resta saber se Lito o vai conseguir rentabilizar como todos queremos.
Defesa direito, esquerdo e médio centro serão as posições em que terão que chegar reforços. Para o meio, um reforço forte e seguro é quase obrigatório.
Uma palavra para as transferências.
Foi preciso o engenheiro saír para todos falarmos bem do nosso defesa esquerdo titularíssimo nas últimas três épocas. Nunca dislumbrou, verdade, mas foi sempre profissional, competente e extremamente regular. Resta saber se conseguimos crescer na posição, aumentando a qualidade.
Quase um Euromilhões com o Gonçalo Cardoso. O puto merece e nós esfregamos as mãos: 18 anos e quase 15 jogos a titular na Liga, muito para evoluir, três milhões no bolso. Um pequeno grande alívio, imaginamos nós, na conta-corrente.
Veremos como vamos reagir no mercado depois da venda, ou sequer se o podemos fazer, mas seria positivo - obrigatório, na minha opinião - o investimento na Equipa. Só assim conseguiremos subir degraus.
Nota ainda para o facto de cedo nos precavermos para as saídas. Defesa esquerdo já cá estava, centrais também.
Até domingo. Deixem as brasas em casa, acompanhem-se do cachecol e afinem as gargantas: o Clube precisa de nós, a Equipa merece a nossa confiança na estreia.
Força Boavista!
sábado, 3 de agosto de 2019
Violados na Casa Pia
Ainda a quente:
É grave, não vale a pena minimizar nem resultado nem competição. Aliás, seria um dos objetivos da época, a Taça Allianz, segundo o Presidente na recente comemoração do nosso aniversário.
Houve um ligeiro decréscimo na ambição e positivismo ao longo desta
pré-época: começamos bem, todos sentimos que as coisas estavam bem
encaminhadas, mas também sentimos que fomos perdendo algum gás. Nas
contratações, nas exibições e nos resultados dos jogos de preparação.
Zero golos marcados em seis jogos é um dado relevante, mesmo assumindo
que tudo são testes. Com o Nice, adversário de imenso valor,
denotaram-se problemas na organização, defensiva e ofensiva. Ok, era o
Nice, sétimo classificado na Ligue1...
Mas isto estava longe do planeado, dada a importância do desafio. Preparemo-nos: o Bessa vai estar a arder na primeira jornada e não vai ser para o adversário. Vai ser para nós. Quem diria...
Força Boavista!
Mas isto estava longe do planeado, dada a importância do desafio. Preparemo-nos: o Bessa vai estar a arder na primeira jornada e não vai ser para o adversário. Vai ser para nós. Quem diria...
Força Boavista!
sexta-feira, 5 de julho de 2019
Pantera Escondida #3
Para entreter e recordar, enquanto isto não carbura. Quem é a Pantera na imagem?
O primeiro a acertar, sem batota, ganha.
quinta-feira, 4 de julho de 2019
Arranque 19/20
Um só, Jogadores e Adeptos.
Primeira visão sobre a época que está aí à porta, na semana de arranque dos trabalhos. Ainda muita coisa por definir (atraso comum à maioria das equipas da Liga, diga-se), mas as prioridades e o discurso já bem alinhavados.
Prioridade, além do objetivo principal adiantado pelos Capitães de melhorar a classificação da época passada, terá que ser uma e bastante simples: não repetir os erros do passado, isto é, o mau planeamento da última temporada e que fez com que andássemos grande parte da época com o credo na boca, apesar da classificação obtida. Ponto. Minimizar os melões (sul americanos ou não), escolher jogadores de acordo com a ideia de jogo de Vidigal, dotar o plantel com opções válidas para todas as posições. É possível errar (e com os nossos reduzidos argumentos, a probabilidade de erro aumenta), é compreensível a dificuldade em atacar o mercado como todos gostaríamos, mas a ideia, o plano e a estratégia terão que ser condizentes com as ações e, sobretudo, com o discurso.
A par disso, e ponto positivo, toda a estabilidade que parece - finalmente - ter chegado ao Clube. Estabilidade, harmonia, responsabilidade, discurso, o que lhe queiram chamar. Sente-se algo diferente: mais confiança e menor poluição. Há que dar tempo e esperar continuidade e evolução, mas todos sabemos de quem é o mérito.
Analisando o plantel, mesmo sabendo que alguns jogadores poderão ainda ser transferidos.
Baliza - Resolvido ou quase. Temos Helton (que até regressou mais cedo para adiantar trabalho) e Bracalli, faltará um terceiro guarda redes. O nosso Master Alfred por lá continua, portanto podemos estar descansadinhos.
Defesa - talvez o setor com maiores indefinições. Para já, a prioridade absoluta de oferecer alguma concorrência ao Sr. Engenheiro: Clar é uma incógnita e teremos que esperar para ver mas, ao que tudo indica, é lateral esquerdo, o que já é uma evolução. Na direita, veremos se Carraça continua a ser opção para essa posição juntamente com o lateral Edu. Tudo indica que sim. No eixo central, igual preocupação: se por um lado Neris, mantendo a evolução, tem tudo para se tornar um valor seguro, algumas dúvidas no companheiro de setor. Ricardo Costa é uma boa aquisição: muita experiência, qualidade, muitos jogos nas duas últimas épocas na nossa Liga, caraterísticas que encaixam na ideia de jogo de Vidigal; 38 anos? logo se verá no campo. Gonçalo Cardoso é outra opção, mas duvido bastante que já esteja pronto para agarrar a titularidade na Primeira Liga; veremos o que vai ser feito, sem esquecer que é dos maiores ativos que temos (que o torneio de Toulon e as chamadas à Seleção ajudaram a valorizar). E finito. Não creio que Sparagna possa ser opção viável e desconfio bastante do Robson (estará por cá?!). Acho que é uma ideia comum a todos nós: Jubal cairía que nem uma luva. Não vindo o brasileiro, será prudente encontrar outra solução.
Meio Campo - no mais defensivo, mantivemos o Capitão e Obiora, que fez uma segunda volta bastante positiva na última época. Ackah e Toku desconheço, logo saberemos o que é feito com eles. Rafa Costa e Espinho para a posição '8', poderá ser algo curto, veremos se há a ideia de fortalecer essa posição. Espinho poderá derivar para médio ofensivo, onde também já temos Paulinho e Bueno (ambos também poderão fazer outras posições, extremo e avançado, respetivamente). Concluindo, no meio, a reforçar, será a posição 8, vá, um médio que não ofensivo.
Ataque - Para já, onde estamos melhor servidos. Mateus e Sauer (excelente aquisição!) na pole para as alas, Perdigão e mais dois que teremos que esperar para ver, Jeka e Barrow. O próprio Yusupha poderá também jogar na ala (assim como Paulinho), agora que temos um ponta de lança que não o Falcone. Verdade que Cardozo é melão, mas... enfim, um pouco mais otimista que os últimos avançados sul americanos que tivemos.
Para já, muito por alto, é o possível. Comecem os jogos particulares para se ir percebendo melhor aquilo que temos e matar esta fome que já não se aguenta.
Importantíssimo, e aí podemos estar 200% confiantes, é manter esta união, este nosso Amor comum. Aproveitar a campanha de sócios, usufruir ao máximo desta nova mentalidade que nos permitirá sermos mais e estarmos bem mais próximos da Equipa e do Clube. Há poucos assim, aproveitemos ao máximo.
Nota final em relação à Equipa B: compreensível a suspensão do projeto e por uma razão muito simples: o investimento necessário para apostar na subida será, neste momento, impossível de realizar. Jogadores a rodar num patamar tão inferior à Primeira Liga não faz sentido, pelo que será preferível, havendo jogadores para emprestar, fazê-lo num clube inserido numa competição profissional ou perto disso, ou seja, Segunda Liga ou CdP. Será mais vantajoso apostar diretamente na formação do que num projeto que só daqui por 3 anos (no mínimo) poderia estar pronto para poder dar frutos.
Ficam os jogos particulares já agendados (desconheço se algum à porta fechada):
Em Chaves (dia 10), em Vila do Conde (13), Gil Vicente (18) e Tondela (28), estes dois últimos no Bessa.
Força Boavista!
sábado, 26 de janeiro de 2019
JS de Saída
No mínimo, confuso. Não escondo a admiração que tenho por JS, assim como julgo que o melhor para a Equipa seria reforçar o plantel e aumentar as opções ao treinador (como falado num post recente).
Rapidinho que a calma é pouca e a desilusão alguma, os factos:
- porquê (só) agora? Há oito dias, segundo a direção, existiu uma reunião e achou-se melhor continuar com o treinador. Chegaram reforços, saíram jogadores, entretanto resolve-se pela rescisão. Fácil de ver: passou-se algo. Discordância nos decisões a tomar sobre o plantel? É uma hipótese, a mais provável, entre outras.
- tal como da última vez, o ponto positivo pode ser mesmo o nome do substituto. Vidigal, apesar de tudo (e do risco), poderá ser uma boa solução (a melhor possível...).
- reforços, seja qual for o treinador, para já são curtos. Bueno é um Rafa Lopes espanhol, talvez com mais qualidade e experiência. Não chega.
- haja fé.
Força Boavista!
quinta-feira, 24 de janeiro de 2019
Saídas e Entradas
Mercado agitado para os nossos lados. Para já:
Saídas confirmadas são duas. David Simão, o nosso melhor jogador, e Paciência, um valor para o futuro.
Relativamente ao médio, compreensível incapacidade de negociar com o jogador a renovação do contrato, pelo que este seria o desfecho mais esperado. Perdemos desportivamente, muito dificilmente encontraremos um substituto à altura (mesmo aparentemente desmotivado, tem muito mais qualidade que qualquer outro do plantel), mas o valor da transferência pode ser útil para o reforço do plantel.
Relativamente ao avançado, aposta ganha. Fomos contrata-lo a custo zero, marinou nos juniores e na 'b', foi vendido. Venham mais destes. Como disse acima, Vasco será um valor de futuro, mas o que importa mesmo é o presente. Mais algum para, claro, permitir aumentar as opções do Jorge Simão.
Reforços também são dois, uma incógnita e um valor, em princípio, seguro: Sauer e Perdigão.
Sauer será médio ofensivo podendo também jogar a extremo. Incógnita, mas vamos aos factos: 18 vezes titular em 20 possíveis no quinto classificado do campeonato búlgaro; uma passagem pela Coreia antes de rumar à Bulgária em 2017. Faz lembrar Diego Lima... melhor esperar!
Perdigão é, em teoria, bem pescado. Tem qualidade, foi opção no Chaves, sempre como titular, até meio de dezembro, depois de nas três últimas épocas ter efetuado perto de 70 jogos pelos transmontanos (6 golos).
Esperemos pelo desfecho da situação do Gonçalo Cardoso, mas a ser vendido pelos valores que se falam é extremamente positivo. Prioridade mesmo, caso se confirme a saída, é a entrada de um central que pegue de estaca na defesa. Arriscadíssimo dependermos de Raphael e Sparagna...
Novela Rochinha, é chato mas há que ter paciência. Aqui para uma opinião mais sustentada teríamos que saber o teor das negociações o que, obviamente, todos desconhecemos. Ofereceram pouco? Pedimos demais? Muito provável que as condições não nos tenham agradado e, como tal, há que manter a postura e não deixar saír o jogador. O problema é que se perde o encaixe financeiro (ou jogadores em troca) e o desempenho desportivo. O erro, à semelhança do David Simão, poderá ter estado na incapacidade em renovar o contrato ou, quanto muito, não o vender a um dos perto de 400 clubes que demonstraram interesse no jogador no último verão.
Treinar à parte, não ser opção, longe de ser o ideal é uma atitude que devemos respeitar, até porque, repito, não sabemos a sua postura relativamente ao Clube nem pormenores das suas próprias exigências.
Concluíndo: é preciso mais. Central, laterais, médios, avançados, é por onde der, já que em todos os setores quaisquer melhorias serão úteis.
Nota final: Transparência = Assembleia de Associados a realizar no final da janela de transferências. Aguardemos.
Força Boavista!
segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
Ponto da Situação
...
Não está fácil, como era previsível há uns meses atrás. Comparando com as restantes 4 temporadas desde o regresso, só em 15/16 o registo era pior: apenas 3 vitórias, menos uma que atualmente e abaixo da linha de água. Na altura acordamos a tempo: mudamos de treinador, reforçamos bem no mercado de inverno e conseguimos alcançar uma dinâmica que nos tirou dos lugares de descida.
Mas então que motivos para este tão baixo rendimento, ainda para mais numa temporada que tivemos imenso tempo para preparar, que era tida como mais um capítulo no dito crescimento sustentado? O treinador? Os jogadores? Os Adeptos? A estrutura? Na minha opinião: o projeto (ou mesmo a falta dele). "Crescimento sustentado" é das expressões mais bem conseguidas pelos nossos responsáveis e também das mais enigmáticas e problemáticas, das mais 'non sense'; ou seja, entra bem no ouvido, dá jeito nas discussões e fica bem nos jornais, mas o conteúdo é zero ou perto disso. É bastante provável que os problemas resultem do caos financeiro que vivemos, mas é um facto que estamos ainda longe de podermos usufruir de alguma estabilidade nesse capítulo com impacto positivo na Equipa, se bem que seja louvável a intenção de dar imagem do contrário. No final, isso paga-se e não sai nada barato.
Comecemos pelo treinador. Ao contratarmos Jorge Simão não contratamos só um treinador, compramos uma ideia. Sim, é assim que se cresce no actual Futebol. Crescemos na mentalidade, evoluímos no jogo. Podemos não ganhar a tudo e todos, mas começamos a desbravar um caminho, a construir uma identidade, mantendo os apelos à raça e atitude mas com a intenção de subir um pouco em todas as outras componentes do jogo, que é o que realmente faz a difrerença. Deveria ser esta a leitura depois de certa a permanência do técnico no início da temporada.
Primeiros revés: a formação do plantel. E aqui a questão central: formamos o plantel tendo em conta a ideia de jogo do treinador ou escolhe-se o treinador que melhor se adapta às caraterísticas dos jogadores? Ideia que fica: faz-se o plantel que se puder, da forma como se conseguir, com uma boa dose de fé que não dá para mais. São precisos meses para se preparar minimamente os centrais para a nossa Liga? Força, tem que haver tempo. Não são os jogadores do setor defensivo os ideais para aquilo que se pretende? Paciência, não dá para saír a jogar temos lá o Neris para bater bola. Têm os jogadores de meio campo as caraterísticas para colocar em prática aquilo que se pretende para a Equipa? Não, mas tenta-se com estes, muda-se se fôr preciso, tenta-se fazer com que o Idris consiga fazer dois passes seguidos (e até já faz mais!). Trabalha-se, muda-se para algo mais condizente ou tenta-se evoluir para um patamar aceitável, mesmo mantendo um mínimo de fidelidade à ideia.
A questão: deveríamos mudar a mentalidade e adaptar o nosso estilo de jogo a este plantel? Provável que sim, aceito essa opinião, se bem que considere de resposta bastante difícil. Mas, para isso, o primeiro erro é a escolha do treinador: um qualquer Inácio serviria.
Vamos ao plantel e recordar o que se escreveu aqui no início da época e, acredito, então a opinião da maior parte de nós.
Confirmaram-se os problemas no setor defensivo. Apetece perguntar: era assim tão difícil perceber que o resultado seria, muito provavelmente, este? Raphael Silva, Neris e meio Sparagna, ainda houve discernimento (e coragem!) para promover um jovem de 17 anos ao plantel sénior, porque assim foi preciso. Gonçalo é de um valor inquestionável, mas não deixa de ser um jogador com idade de primeiro ano de junior, a fazer os seus primeiros jogos de sénior num contexto exigente como uma Primeira Liga. Depois, claro, paga-se a fatura, por muito bom (e é!) que seja o trabalho feito com os jogadores.
Havia dúvidas naturais a respeito da condição do Edu Machado, apostou-se num jovem da formação com passado como médio para alternativa. Idêntico, mas pior, do lado contrário, com Talocha e... Samú.
Idris e Espinho não vão para novos, seria preciso segurar um valor como David Simão, seria urgente encontrar alternativas. Arriscou-se com um jogador que efetuou 16 jogos nos últimos 2 anos e meio, com um outro com vasta experiência na divisão de Elite da Associação de Futebol do Porto, e contratou-se Rafael Costa, um bom valor ex-Moreirense. Compôs-se o ramalhete com a inclusão no plantel de um médio já por duas vezes dispensado. Tarefa fácil? Deixo ao critério de cada um.
No ataque, o mesmo diapasão e ainda mais fé que as coisas vão correr pelo melhor: acreditar que o ponta de lança vai ser goleador, como que a dar sequência aos 12 golos apontados nos últimos três anos, na Malásia, em Malta e no Desportivo das Aves; acreditar que Claro e Índio são opções válidas no imediato, após não o serem num recém despromovido, ou ainda perceber que o maior problema do Koneh está longe de ser cardíaco. Rafa Lopes sim, destoa dos demais, mesmo sem deslumbrar ou incapaz de resolver por si só todos os problemas que nos deparamos na finalização. Ah!, e mais uma vez para compôr: Ronald, recusando-me a referir Yusu. Duas semanitas, né? Nem é preciso, Rochinha e Mateus resolvem. Fé.
Confuso este parágrafo sobre o plantel? Compreensível, não é para menos.
Presentemente e julgando com os dados que temos: Rochinha é uma autêntica incógnita perante os últimos acontecimentos; David Simão e Gonçalo (ao que tudo indica) proporcionarão um bom encaixe financeiro.
Simples: continuar a acreditar no valor do treinador e proporcionar-lhe mais e melhores valores no plantel. Reforços, mas a sério, do género dos que as equipas nossas concorrentes estão a fazer.
Complicado: contratar um outro treinador (o Mota está livre e talvez seja o melhor para quem quer mudar!) e, igualmente, fortalecer a equipa e opções.
Última nota para nós, Adeptos. Quando perdemos há falta de atitude, de raça e querer. Ganhando, já os ordenados estão em dia e a união em prol dos jogadores merece aplausos, cânticos e agradecimentos.
Discordo disto.
Pergunto: onde entra o fator qualidade aqui? A insuficiência? Os erros da Equipa técnica?
O que assobiamos? A falta de entrega ou a falta de qualidade? E para quem deve ser direcionado esse desagrado? Só para os jogadores, como um todo? Ou para os verdadeiros responsáveis?
Em suma: dois, três, cinco, os reforços que forem possíveis, mas que venham e que sejam isso mesmo: reforços. Que acrescentem qualidade no imediato.
E não, a malta não está para comer sono às colheres, o mal está identificado e não é o treinador, como alguns querem fazer crer. É o plano, é o projeto, é o que queiram chamar.
Força Boavista!
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