Candidato único, João Loureiro será novamente o presidente do Boavista.
"Loureiro, cabrão, pede a demissão!", foram os cânticos de há 5 anos, quando, em 2007, abandonou a presidência do Boavista, dez anos após tomar posse, um campeonato e muitas dívidas depois, estando ligado ao melhor e ao pior Boavista da história. Entrou num clube organizado, limpo de dívidas, deixou-o num estado moribundo, financeiramente caótico e quase inviável.
Por todos os motivos, o grau de exigência nesta nova era será alto, pautado pela seriedade, de sobrolho franzido pelos associados. O velho ditado encaixa na perfeição: gato escaldado de água fria tem medo.
Mas, quanto a mim, o que importa discutir é "porquê agora"? Percebe-se que nunca deixou o background, dá ideia de ter estado sempre por perto, nos bastidores do teatro, até pela ligação, por exemplo, com ABJ, Maio ou Rijo, tido por alguns como marionetas do presidente, com os objetivos únicos de manter a SAD com as portas abertas e contas fechadas. O "porquê agora" estará relacionado com a revitalização, com a reposição da justiça, com o regresso aos palcos principais, sendo essa a esperança de qualquer adepto axadrezado. Ou alguém acredita que isto seria para andar em campeonatos não profissionais?
Confiar ou não, só o próprio o poderá justificar. O máximo que se pode fazer enquanto adepto será um custoso reset a tudo que se passou nos últimos anos de presidência, a tal gestão ruinosa que nos deixou a respirar por uma palhinha e esperar. A margem de erro e o capital de confiança são diminutos, por tudo que envolve a figura JL para os boavisteiros. Para os sérios e conscientes, pelo menos.
É esperar para ver, exigindo o máximo de transparência e seriedade para com os incansáveis adeptos e para com o símbolo. Fora com os discursos bacocos, com as lágrimas de crocodilo, com as declarações de amor à pátria axadrezada. Os adeptos querem organização, trabalho sério e o reerguer do clube. É só isso que se exige.
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