Num jogo entre candidatos que se adivinhava difícil (um adversário invicto e moralizado com dez golos em três jogos), fomos superiores em grande parte do desafio e, mesmo em tarde desinspirada na finalização, soubemos ser pacientes controlando o jogo até à reviravolta. Os jogadores mostraram, até para os mais desatentos, o espírito de grupo presente no plantel e a vontade coletiva em evoluir e vencer, jogo após jogo. Três jogos, três vitórias.
Começamos no sistema habitual, com as novidades Li (gostei, bom tecnicista e bom a ler o jogo, mesmo algo deslocado na ala, no lugar que tem sido de Beirão; melhor como médio mais interior na segunda parte) e Rui Gomes no lugar de médio mais ofensivo (substituindo Samú). Claudio mantem - e bem - a titularidade, Santos continua a ser a aposta ao lado do seguro Ricardo Silva.
Voltamos a entrar bem, primeiros cinco minutos de boa posse de bola, com vontade em ter a iniciativa de jogo, numa primeira parte de história simples: aos dez minutos golo do amarante, mal a defender uma bola parada; pouco depois, expulsão de um jogador visitante e aposta de Petit em Theo, no lugar de Carraça. Um risco calculdado ao tirar um médio com a sua preponderância - já com duas faltas depois do amarelo - para sobrecarregar a compacta defesa adverária com a presença de mais um avançado, mantendo a frente de ataque alargada com Li e Julián. Tivemos dificuldades com o recuo do adversário - praticamente para o seu último terço - e, mesmo em superioridade numérica e mais posse de bola - quase dividimos as oportunidades de golo até ao intervalo. Rui Gomes e os alas encostados na defesa adversária deixavam demasiadas vezes a iniciativa de jogo a Navas, Ricardo Silva e Carlos Santos, sempre com dificuldades para ganhar espaço e abrir brechas na defesa adversária.
Corrigimos, voltamos a entrar bem na segunda parte, conseguimos ser ainda mais perigosos, sem nunca abusar do futebol direto, tentando circulação de bola pelas laterais à espera de abrir a compacta defesa adversária, desperdiçando algumas chances até ao golo de Fary. Mesmo depois do empate, tivemos oportunidades flagrantes para nos adiantarmos e poder controlar o jogo de forma mais segura.
A meio da segunda parte, a quebra da equipa que, na minha opinião, tem sido habitual, talvez por questões físicas. Petit é rápido a corrigir, reequilibrando o meio campo com a entrada de Cid e devolvendo consistência à equipa. Já em igualdade numérica, golaço de Migual Cid a selar a difícil vitória.
Acabamos com o extremo a lateral, o médio a central, o ponta de lança a médio e com o enorme espírito de grupo que os jogadores teem mostrado. Não foi fácil, o adversário valorizou a nossa vitória, mas foram três pontos importantes e bem conquistados.
Quanto à arbitragem, achei exagerado o critério do árbitro nos cartões, mesmo nas expulsões. De resto, fortes as nossas razões de queixa relativamente aos fora-de-jogo: no final da primeira parte, fora de jogo muito mal tirado a Julián, que ficaria cara a cara com o guarda redes adversário e um lance caricato já na segunda metade, com a marcação de uma falta quando Theo ficaria isolado na grande área, beneficiando - erradamente, já que não foi penalty - o infrator.
Próxima semana, em Perafita para consolidar a justificar a liderança.
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