E começamos a perder aí, na "equipa competitiva" que não conseguimos ser. Por razões, apetece-me dizer, óbvias.
Se do lado esquerdo havia confiança em Afonso (mesmo sendo o seu segundo jogo oficial da época), já no centro da defesa Santos a fazer par com Lucas seria sempre motivo de preocupação. Já conhecemos as caraterísticas de Carlos Santos, não adianta estar aqui a chover no molhado. Muito embora a boa vontade (e evolução em alguns aspetos nos últimos tempos), ontem foi mais do mesmo. Com Lucas ao lado, adensam-se os problemas, enormes problemas principalmente no espaço curto, ambos lentos e ineficazes. Ontem fizeram um jogo péssimo, talvez o setor mais frágil da equipa (ou terá sido o meio campo?).
Ao contrário da defesa (Ervões e Phillipe impedidos), no meio campo mexeu-se porque se quis mexer ou porque se achou conveniente. De início parecia que para pior, no final não havia dúvidas (mesmo durante o jogo, até para o próprio Petit). Tem sido um dos pontos fortes da equipa, e onde mais evoluímos nos últimos tempos, na consistência de Tengarrinha-Anderson. Entre outras coisas, úteis na proteção no espaço central, à frente da defesa, sendo que parte do descalabro de ontem teve a ver com isso mesmo, e na incapacidade de Idris (outro péssimo jogo) e de Cid em o fazer sequer com alguma eficácia (e a ajudar à festa, não havia Beckeles...). Com bola, quase pior, fácil de ver que dos três médios só Anderson tem alguma capacidade em fazer rolar o jogo e encontrar melhores soluções. Ontem, só dos pés dele saíu algo de contrutivo, mesmo que poucas vezes.
No ataque, embora a pouca eficácia, contamos com os nossos dois melhores no jogo de ontem, Zé Manuel e Brito. O primeiro continua a sua evolução, ontem mais um jogo conseguido, esforçado, está no lance do golo e nas nossas duas melhores oportunidades. O perigo que conseguimos criar vieram sempre dos pés destes dois e quando tinham algum sucesso nas iniciativas individuais..
Nota positiva para Quincy. Acusou a enorme falta de ritmo, mas bola sai redondinha dos pés dele, é daqueles que recursos técnicos não são problema. Começou a extremo, mas foi sempre no meio que desequilibrou, mesmo antes de passar para a posição '10'. Veremos como consegue adquirir a melhor forma e como conseguirá Petit encaixa-lo na equipa. Mas promete.
Em suma, foi a fatura da quantidade de erros cometidos, antes e durante o desafio. Arriscamos nas opções e viu-se que em demasia.
E a fatura, para já, não somos nós a paga-la. Nem os jogadores, nem treinador, nem a camioneta. Tem que ser o Paços. Já no sábado, um dos jogos mais importantes dos últimos tempos. E que não seja nada parecido com o de ontem. Em nada.
Força Boavista!
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