terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
E Pontuamos
Começou a correr mal mesmo antes do início do jogo com a lesão de Cech, agravou-se aos 8 minutos com um duplo castigo máximo. Mesmo a soro, conseguimos nos manter no jogo, mantivemos a raça e atitude, acabando por ser premiados (a meias com um castigo à inépcia do adversário) com um golo nos descontos.
Na classificação tudo na mesma, só perdemos terreno para o único vencedor da ronda, o Gil. Vinte jornadas, vinte pontos, é só manter a média.
Alterações no onze, Carvalho no lugar de Cech, Pouga e Quincy titulares. Surpresa na saída de Uchebo da equipa para a entrada do ganês, talvez na tentativa de aproveitar o seu jogo interior e de reeditar o bom entendimento entre ele e Pouga no jogo para a Taça da Liga tirando partido da referência no eixo do ataque. Tengarrinha o médio mais solto, à frente da dupla de cobertura, Idriss e Carvalho.
Não entramos bem no jogo, apesar de sacudirmos a pressão com uma ou outra boa incursão no ataque. Tivemos problemas - mesmo numa fase inicial - no meio campo, em impedir circulação de bola do adversário e sobretudo em proteger a nossa zona central (again anda again). Na sequência disso mesmo, facilidades em excesso na origem do lance que marca o jogo, o penalty e expulsão. Reagimos na medida do possível, já sem o médio mais perto de Pouga (Tengarrinha para lateral), com dois médios mais posicionais, deixando o ataque às iniciativas de Quincy, ao jogo aéreo de Pouga e à desinspiração de Zé Manuel. Mesmo inseguros cá atrás, conseguimos circundar a área contrária, criando perigo um par de vezes.
Missão dificílima para a segunda parte, com menos jogadores e a ter que mostrar capacidade de esticar o jogo sem destapar fatalmente o setor defensivo (perante uma equipa muito forte a explorar essas nossas fraquezas). Boa troca de Uchebo por Pouga, dado o jogo direto pouco apoiado que tería que ser feito e em que o nigeriano encaixaria bem melhor. Conseguimos defender um pouco mais à frente, mesmo sem exercer grande pressão ao setor defensivo contrário (e em grande parte só aí eles faziam circulação de bola). É verdade que permitimos alguns lances de apuro junto da baliza de Mika (e mais à medida que o tempo avançava e mais arriscávamos), mas sobretudo conseguimos ir esticando o suficiente para podermos discutir algumas segundas bolas perto da área contrária, assim como tentar chegar perto através de lances de bola parada. Fizemos o possível, dadas as dificuldades e as condicionantes. Já com outros alas, com maior risco e a colocar mais de meia equipa na área adversária, conseguimos chegar ao golo.
Algumas notas:
Se já sabemos que não podemos desproteger a nossa zona central (se meio Hassan já era complicado para Sampaio/Santos, imagine-se um dois para dois), porquê saír a fazer a pressão ao médio mais recuado do opositor (que estava a cargo de Tengarrinha na maioria das vezes)? É que é um erro que teimamos em repetir. A culpa não é só do Idriss (que é quem sai a fazer a pressão), é também da falta de entendimento, que teria que existir, entre a dupla mais defensiva do meio campo. Demasiado mau ficarmos assim expostos aos centrais que não acompanham. É o Beckeles que faz a dobra, mas não deixa de ser na zona central que reside o problema (e ainda com a agravante do espaço interior dado a Ukra, que é quem faz a jogada). Na segunda metade, parte do nosso mérito foi desta dupla, pelo que conseguiu destruir, pelo que conseguiu aparecer junto ao ataque (mesmo sem grande inspiração do Anderson, ainda assim foi o nosso jogador mais rematador).
Outra tarefa difícil, Afonso mais uma vez esteve à altura. Dos mais certos da defesa, sempre concentrado, esteve bem no desarme e ainda tentou lançar alguns ataques pelo seu lado.
O negativo de Tengarrinha a lateral é que perdemos o Tengarrinha a médio. O positivo é que continua a ser o Tengarrinha. O nosso melhor jogador, de novo. Ainda foi marcar o penalty, naquele momento e daquela maneira. Em grande.
Hoje não tivemos o Zé Manuel do costume; Brito e Léo a decidirem tarde e mal na maioria das vezes, mesmo agitando um pouco o jogo fica a sensação que procuram vezes a mais resolver sozinhos. E numa altura que até já devia haver entrosamento ofensivo.
Nota final para o árbitro, já que golos só de penalty. Sobre Hassan bem assinalado, mesmo com imagens é difícil ver mão de Ukra. Embora tenha dado essa ideia no campo (até pela forma como ganha a frente a Anderson, que tapa a visão do árbitro). Mais evidente é o empurrão de Prince a Sampaio, seguido do abalroamento à Marchegiani (lance que até motivou mais protestos dos jogadores).
Em dois minutos passamos de uma situação complicada (o pós jogo não iria ser nada agradável), para uma saída por cima deste desafio. Reagimos às adversidades como pudemos, mantivemos a atitude e ganhamos todos um ponto, no campo e na bancada.
Este já passou. Vamos, todos, à final de Coimbra.
Força Boavista!
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