Deu para o susto. Entrada satisfatória com direito a euforia controlada: um ponto fora contra um adversário directo, empate em inferioridade numérica depois de estar a perder por dois e a sensação de que com aquela postura - de peito feito e confianca em alta - a vitória poderia estar mais perto. Individualmente, erramos para corrigir no futuro, no coletivo mudamos para saber que não o podemos fazer. Receita idêntica à do passado: aprender com as dificuldades, olear o que ainda parece enferrujado e manter a correria. A garra à Pantera. Fundamental.
Algumas alterações no onze relativamente àquilo que se esperava: Vinicius foi o escolhido, surpreendeu a passagem de Lima para a ala direita, com implicações também na estrutura (Idris como trinco ao invés dos dois médios de contenção atrás do ofensivo).
Cabeça fora do corpo, foi a equipa que fez questão de demonstrar que não batia certo. Perdemos na consistência e posicionamento, não nos organizamos o suficiente para podermos esticar o nosso jogo (resultado da evolução, como será expectável). As dificuldades em criar espaços e os erros que originam os golos são resultado disso mesmo: a permitirmos espaço entre defesa e meio campo, sem bola inseguros, com ela apáticos e sem ideias.
Cabeça fora do corpo, foi a equipa que fez questão de demonstrar que não batia certo. Perdemos na consistência e posicionamento, não nos organizamos o suficiente para podermos esticar o nosso jogo (resultado da evolução, como será expectável). As dificuldades em criar espaços e os erros que originam os golos são resultado disso mesmo: a permitirmos espaço entre defesa e meio campo, sem bola inseguros, com ela apáticos e sem ideias.
Readquirimos a identidade à meia hora, assentamos e controlamos o jogo, conseguimos alguma circulação no meio campo contrário. A criar perigo e com mais dois erros pelo meio - que resultam em golo e expulsão - ainda fomos a tempo de conseguir o empate, ameaçar o terceiro e quase deitar tudo a perder.
Algumas notas:
Ala esquerda, Afonso e Luisinho. Não só foram os marcadores dos golos (os primeiros de ambos na Primeira), como nasceram ali algumas das jogadas mais perigosas. Luisinho confirmou que é reforço, Afonso ao seu nível.
Tengarrinha, o melhor dos médios na parte positiva do jogo, mostrou que está a caminho da melhor forma.
Boa entrada do Anderson Carvalho, ajudando na recuperação, intenso na disputa de bola, trouxe outro (e melhor) critério na posse de bola.
Vou chamar-lhe Mandiang porque por vezes parece outro Idriss, e nem percebo qual o verdadeiro. Primeira intervenção positiva resulta na primeira grande oportunidade, já com Léo em campo. Problemas no posicionamento e pouca cobertura (por exemplo, no primeiro golo), ímpeto a mais na absurda expulsão, em contraste com a não menos absurda lentidão na sua saída de campo. Vítima da desorganização inicial do meio campo, perdido algures entre os centrais e os outros dois médios (e longe do bom entendimento com Gabriel), foi sem ele que empatamos.
Dupla de centrais. Melhores na segunda parte, talvez a pouca rotina na origem dos problemas. Vinicius está no segundo golo, num erro incompreensível para quem mostra enorme experiência noutros lances, além dos problemas em fechar o espaço com Afonso (aí também com responsabilidades do meio campo). Falta de ritmo? Sampaio num plano razoável, também ele precisa de jogos (e nós, para percebermos como está o Sampaio).
Ficou a certeza que pelo menos Henrique está aí para a equação.
Lima. A principal vítima da alteração inicial, encostado à ala e escondido dos companheiros. Melhorou com a passagem para o meio, foi o que mais empurrou a equipa no início da segunda parte. Como habitual, desapareceu cedo demais, com a agravante de ter aparecido tarde.
Em suma, sinais positivos na reação à desvantagem e recuperação em inferioridade numérica, muito embora os problemas na consistência e evolução que não mostramos na primeira metade do jogo.
Falta saber que peso teve a abordagem ao desafio e o quanto influenciou negativamente a dinâmica da equipa.
Grande presença na bancada, a ajudar quando mais foi preciso.
Para a semana tudo a apoiar. O esperado regresso ao Bessa e ajuste de contas com o Tondela.
Força Boavista!
Petit foi um cagão e continua um teimoso como o foi no início da última temporada. O Setúbal é mesmo muito fraquinho e só vive de contra-ataques. A jogar com ambição e com 10 conseguimos empatar. 2 pontos pela janela fora.
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