segunda-feira, 8 de maio de 2017

O Que Faz Falta...

Todos sabem: é animar a malta.


Quem diria? Manutenção no bolso, sem pressão dos pontos, vontade de mostrar serviço para o futuro próximo, honrar o símbolo, todas as condições reunidas para não se passar aquilo que se passou, perante o nosso público e frente a um adversário já despromovido. Más exibições, derrotas pesadas, erros individuais, por muito que custem e por muito criticáveis que sejam, não chegam a este nível de vergonha. E, depois do que foi escrito num dos últimos posts, custa ainda mais, há que admitir. Confiança nos nossos rapazes? Assim fica mais difícil, mesmo depois do que já conseguiram fazer. Ainda assim, enquanto se escreve por aqui, enquanto se lê por aí e enquanto digerimos e tentamos perceber o porquê da péssima postura dos nossos rapazes, estes gozam o seu segundo dia de folga. É a vida.


Vamos às notas:

- Mantiveram-se as três alterações, Schembri, Bukia e Mesquita. Acompanharam o menor fulgor coletivo, mas não destoaram pela negativa. Mesquita cumpriu, como o restante setor; Bukia teve uma exibição positiva enquanto teve forças e, sobretudo, discernimento para desequilibrar. Quando deixou de o ter, saíu e bem, entrando um dos melhores desequilibradores que temos no plantel. O maltês, menos apoiado que na última partida, conseguiu criar algum perigo, dar sequência a algumas jogadas e ser decisivo num dos golos. Acerca do falhanço do ano, é como disse Leal em sua defesa, "só não falha quem não joga". Excesso de confiança reprovavel, mas... acontece aos melhores, sendo ele um dos nossos melhores.

- Falamos acerca do meio campo e da opção Mack/Espinho/Carvalho. O brasileiro foi o preterido para este desafio, entrando Mackmudov para o seu lugar. Na prática, o azeri jogou mais perto de Schembri, mais ativo no último terço na maioria das vezes, fazendo com que Fábio Espinho atuasse numa função idêntica à que Carvalho costuma desempenhar. No final da primeira parte queixou-se de problemas físicos, fica a dúvida acerca da razão da sua substituição. Faltou-lhe agressividade na recuperação de bola e mais acerto na pressão, contribuindo para a incapacidade do meio campo em segurar e lutar pela posse de bola. Com bola, foi lento na maioria das vezes, decisões pouco arriscadas, passes pouco verticais quando tal era possível. Fica o registo para uma das poucas vezes em que conseguiu desequilibrar, oferecendo o golo que Espinho desperdiçou. Para quem precisava de mostrar serviço tendo em conta os poucos minutos que leva... deixou algo a desejar.

- Mas o mais negativo foi mesmo o mais evidente: a apatia e falta de intensidade, impossibilitando a Equipa de ter maior iniciativa e tomar as rédeas do jogo. E o estado do opositor ainda agrava mais a situação, pois defensivamente foi dos adversários mais acessíveis que passaram pelo Bessa esta temporada. Encaro a entrada de Carraça, para mais perto de Idris sem deslocar muito Espinho, como uma tentativa de corrigir esse aspeto. Mas não resultou. A abordagem e atitude não mudaram, a Equipa manteve-se encolhida, sem capacidade de pressionar alto a débil defesa adversária, e, salvo um par de contra ataques, muito raramente incomodou o guarda redes contrário. Pouco, muito pouco para quem tinha de fazer do desafio uma obrigação de conquista dos três pontos.

- Minimamente positivo, e que ajuda até a perceber a tendência da partida: Vagner (esperemos que mais ninguém no mundo esteja atento à sua qualidade, para talvez ser possível por cá continuar...), Lucas e Sampaio.
Mais uma boa exibição do brasileiro que igualou o número de jogos a titular no campeonato da sua primeira época, 21. Raramente perdeu um duelo, chegou quase sempre primeiro à bola, boa leitura dos lances. Continua a crescer, veremos como correm os próximos desafios.


Confiança na reação, segunda feira, em Setúbal, até porque "este Clube não se compadece com este tipo de entrega e é preciso os jogadores perceberem muito bem isso".

Até segunda.


Força Edu!

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