sábado, 27 de junho de 2015

Balanço 2014/15 - Coletivo

Três caraterísticas, ou etapas que fomos alcançando ao longo da época e que foram, em grande parte, a base do sucesso.


Mística.


Vínhamos de três derrotas, oito sofridos e zero golos marcados, lanterna vermelha na mão. Razão aos críticos e profetas da desgraça. Ainda com pouco futebol ofensivo que não o jogo direto, imensas dificuldades para sermos minimamente seguros defensivamente.
Soubemos sofrer em muitos momentos e ser unidos como equipa também dentro do campo.
Alma, entrega e atitude, foi o que tivemos em grande dose durante a época, bem visível nestes três desafios e ingredientes fundamentais para conseguirmos sete pontos em nove possíveis.
Foi essencialmente isso que nos fez conquistar os primeiros três pontos no campeonato, resistir aos nossos vizinhos e dar a volta ao marcador por duas vezes na importante vitória caseira frente ao Gil. Pontos arrancados a ferro, sem deslumbrar dentro do campo, mas de camisolas encharcadas de suor.

Essencialmente, Mística. Que se manteve durante a temporada.


Consistência.


Um género de reset na forma como defendíamos, revelando-se também uma evolução na forma como abordamos os desafios, mais condizente com aquilo que podíamos produzir. E também fomos crescendo nesse aspeto. Prioridade às trancas e à proteção à nossa baliza - deliberada e assumidamente - ir crescendo para o jogo consoante o que íamos conseguindo do mesmo. Mais confortáveis e menos expostos, menos propício a irmos demasiado cedo em busca do prejuízo como tantas vezes aconteceu no primeiro terço do campeonato. Por vezes feio, mas eficaz. 

Sete jogos (J7-J13), em média quase três golos sofridos por desafio. Uma vitória, no Bessa frente ao Penafiel, demasiado permissivos em Guimarães, Restelo, Madeira e mesmo em casa frente ao Paços. Problema principal, a leveza defensiva, os consecutivos erros que pagávamos bem caro.
A partir de Setúbal/Moreira, estabilizamos os centrais, acertamos na lateral (finalmente!), evolução no meio campo, a resultarem num acréscimo de segurança defensiva. Fomos crescendo, evoluíndo, conseguindo esticar um pouco o nosso jogo, mas sem colocar em causa a progressão nesse capítulo que havíamos conseguido. 


Competência.


Houve, claro, alguns momentos mais decisivos que outros, entrando nós em campo mais pressionados pela necessidade de obter um resultado positivo, quer pelas vitórias dos concorrentes diretos, quer pelos nossos [por vezes] sucessivos resultados negativos.  
Passamos com distinção em todos esses momentos. Todos. Importantes e difíceis jogos caseiros (Braga, Rio Ave, Vitória, Belenenses), decisivos encontros com os nossos concorrentes diretos.
A parte que coincide ou se confunde um pouco com mística: seriedade e profissionalismo. Competentes o suficiente para conseguirmos eficácia nas acções, individual e coletivamente, e estabilidade emocional na busca do melhor resultado possível.



Partimos para 2015/16 mais fortes que no início da época que agora acaba. Alcançamos estes patamares, crescemos, evoluímos. É essencialmente isto que devemos fazer tudo por transportar para a temporada que se avizinha, servindo como base.
Não há como não confiar. Acredito que vá ser tão ou mais difícil, as dificuldades não serão menores. Mas estamos lá. 

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