Nada fazia prevêr o desfecho depois daquela primeira meia hora: a postura era a exigida, a estratégia parecia a indicada, o domínio do nosso lado. Depois aconteceram os erros que pagamos bem caro, dois deles graves e com influência no resultado, perante uma equipa matreira e a precisar dos pontos para sobreviver, à espera disso mesmo para tirar algo do jogo, conseguindo-o.
Confirmou-se o onze mais 'apetecido', menor prioridade à consistência defensiva e maior preocupação em ter argumentos no momento com bola: dupla de centrais, trio de meio campo que mais tem agradado (Ackah/Paulinho + Bueno) e o regresso de Heriberto ao onze na vez do inexperiente Cardozo.
Preocupações defensivas centraram-se sobretudo no nosso lado esquerdo (principal desequilibrador do adversário), através da troca de posição entre Bueno e Heri quando sem bola, cabendo ao espanhol uma pressão mais alta na saída do adversário e ao ala uma especial atenção ao seu corredor em zonas mais recuadas.
Passados os primeiros 4 minutos de jogo, o que vimos foi um Boavista à imagem do que melhor temos visto neste regresso pós Covid: boa circulação, procura do espaço entre linhas (particularmente bem Paulinho nesse aspeto), transições rápidas nas costas do adversário, bom entendimento e largura nas alas (sobretudo pelos laterais). Resulttou, em vinte e poucos minutos, em domínio e duas boas oportunidades de golo, perante um opositor com pouca reação.
Surgem então os erros que, juntamente com a eficácia alheia, determinaram o desfecho.
O primeiro erro (foto mais abaixo) está também relacionado com a forma como abordamos o desafio: com mais risco. Pois... será o preço a pagar por aquilo que muitas vezes reivindicamos. Meio campo menos povoado, ou seja, menos preparado para uma perda de bola aquando do momento ofensivo, o qual, se for mal decidido, como foi o caso, coloca o nosso último reduto em risco.
O segundo erro é individual e coube a Fabiano, o único culpado por jogarmos em inferioridade metade do jogo (apesar de podermos também criticar a qualidade do passe de Ackah para o brasileiro, no momento e zona em que aconteceu). Daí, do golo, até ao intervalo estivemos ausentes e desconcentrados, como a reação de Fabiano acaba por espelhar bem.
Equipa preparada para circular: Carraça reabre, Paulinho do lado contrário, Heri na largura, Bueno procura a profundidade com Cassiano. Costa decide, mal, pela bola longa, deixando Ackah para 5 elementos do Marítimo numa possível segunda bola, como aconteceu. Está criado o desequilíbrio.
A não contenção da dupla de centrais e Marlon no sentido oposto ainda mais potenciaram o lance de perigo.
Segunda parte a estratégia é algo discutível na minha opinião. Nem tanto a entrada mais comedida, com a Equipa a tentar perceber o que poderia dar o jogo e de que forma poderíamos invadir o meio campo contrário em inferioridade numérica, mas sim a demora em avançar para o 'tudo ou nada' no desafio. Mais de vinte minutos foi o tempo que se demorou a tentar mudar algo, a refrescar e, sobretudo, a arriscar, numa altura do campeonato em que pouco temos a perder. Até olhando à forma como encaramos a partida, não se ajusta a postura demasiado retraída com que encaramos metade da segunda parte.
Foi insuficiente, acabamos o jogo com menos posse, menos remates, e muito mais desorientados e desconcentrados que o adversário. Como disse em cima, foi o custo dos erros que cometemos, com o capital de risco com que encaramos o Marítimo, e olhando às caraterísticas da Equipa, a margem de erro torna-se bem menor.
Só uma nota para a estreia de Reymão: fica bem na foto e vai soar bem quando dissermos que lançamos mais um jovem na Equipa principal, mas nem o momento nem o contexto foram os indicados para tal, ainda por cima através da saída de um elemento como Ackah.
Será difícil manter a primeira metade da tabela nesta jornada, há que o corrigir nas próximas semanas: nada fácil, num momento em que a desaceleração pode ganhar outros contornos e tendo nós dois difíceis jogos fora e outro complicado também no Bessa, na última jornada.
Confirmou-se o onze mais 'apetecido', menor prioridade à consistência defensiva e maior preocupação em ter argumentos no momento com bola: dupla de centrais, trio de meio campo que mais tem agradado (Ackah/Paulinho + Bueno) e o regresso de Heriberto ao onze na vez do inexperiente Cardozo.
Preocupações defensivas centraram-se sobretudo no nosso lado esquerdo (principal desequilibrador do adversário), através da troca de posição entre Bueno e Heri quando sem bola, cabendo ao espanhol uma pressão mais alta na saída do adversário e ao ala uma especial atenção ao seu corredor em zonas mais recuadas.
Passados os primeiros 4 minutos de jogo, o que vimos foi um Boavista à imagem do que melhor temos visto neste regresso pós Covid: boa circulação, procura do espaço entre linhas (particularmente bem Paulinho nesse aspeto), transições rápidas nas costas do adversário, bom entendimento e largura nas alas (sobretudo pelos laterais). Resulttou, em vinte e poucos minutos, em domínio e duas boas oportunidades de golo, perante um opositor com pouca reação.
Surgem então os erros que, juntamente com a eficácia alheia, determinaram o desfecho.
O primeiro erro (foto mais abaixo) está também relacionado com a forma como abordamos o desafio: com mais risco. Pois... será o preço a pagar por aquilo que muitas vezes reivindicamos. Meio campo menos povoado, ou seja, menos preparado para uma perda de bola aquando do momento ofensivo, o qual, se for mal decidido, como foi o caso, coloca o nosso último reduto em risco.
O segundo erro é individual e coube a Fabiano, o único culpado por jogarmos em inferioridade metade do jogo (apesar de podermos também criticar a qualidade do passe de Ackah para o brasileiro, no momento e zona em que aconteceu). Daí, do golo, até ao intervalo estivemos ausentes e desconcentrados, como a reação de Fabiano acaba por espelhar bem.
Equipa preparada para circular: Carraça reabre, Paulinho do lado contrário, Heri na largura, Bueno procura a profundidade com Cassiano. Costa decide, mal, pela bola longa, deixando Ackah para 5 elementos do Marítimo numa possível segunda bola, como aconteceu. Está criado o desequilíbrio.
A não contenção da dupla de centrais e Marlon no sentido oposto ainda mais potenciaram o lance de perigo.
Segunda parte a estratégia é algo discutível na minha opinião. Nem tanto a entrada mais comedida, com a Equipa a tentar perceber o que poderia dar o jogo e de que forma poderíamos invadir o meio campo contrário em inferioridade numérica, mas sim a demora em avançar para o 'tudo ou nada' no desafio. Mais de vinte minutos foi o tempo que se demorou a tentar mudar algo, a refrescar e, sobretudo, a arriscar, numa altura do campeonato em que pouco temos a perder. Até olhando à forma como encaramos a partida, não se ajusta a postura demasiado retraída com que encaramos metade da segunda parte.
Foi insuficiente, acabamos o jogo com menos posse, menos remates, e muito mais desorientados e desconcentrados que o adversário. Como disse em cima, foi o custo dos erros que cometemos, com o capital de risco com que encaramos o Marítimo, e olhando às caraterísticas da Equipa, a margem de erro torna-se bem menor.
Só uma nota para a estreia de Reymão: fica bem na foto e vai soar bem quando dissermos que lançamos mais um jovem na Equipa principal, mas nem o momento nem o contexto foram os indicados para tal, ainda por cima através da saída de um elemento como Ackah.
Será difícil manter a primeira metade da tabela nesta jornada, há que o corrigir nas próximas semanas: nada fácil, num momento em que a desaceleração pode ganhar outros contornos e tendo nós dois difíceis jogos fora e outro complicado também no Bessa, na última jornada.
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