Não alcançamos o objetivo principal nem fomos perfeitos, mas os sinais de melhorias, como seria de esperar, estiveram lá. Mais evidentes onde era mais preciso e expectável, no aspeto mental, mas não se ficou por aí. Mais mudanças no plano estratégico e essas sim, que tiveram tanto de surpreendentes como de eficazes.
Houve o mais importante: atitude e concentração, mais perto de sermos a Equipa que todos queremos.
Faltou segurar melhor a vantagem e fazer durar a Equipa mais que uma hora de jogo, algo comum com mais uns quantos jogos esta época. Algumas semanas depois, um ponto e uma exibição razoável.
Defensivamente sofremos um golo, algo que já não acontecia há quatro jornadas, mas a prestação defensiva foi diferente para melhor. Sofremos um mas não concedemos tantas oportunidades nem tanto espaço, estivemos mais e melhor resguardados cá atrás. Mais concentrados e assertivos. Houve confiança para, quando possível, manter a identidade, quer a cortar ou a tentar saír limpo.
Pelo rigor e concentração dos defesas (menos risco talvez, aqui ou ali, dos laterais) e pela maior exigência(!) defensiva (principalmente Elis e Yusu, a fecharem bem mais).
Foi algo que acabou também por ajudar a 'nova' linha média. Muitas vezes defendemos com 5, aproximando os alas dos interiores e, com isso, aumentar a eficiência de Paulinho e Sauer no aspeto em que se poderiam sentir menos confortáveis. A juntar a isso, a natural melhor saída (mesmo que mais vertical)/capacidade de combinar destes dois e a sua boa capacidade de reação à perda, fez com que a Equipa tenha se mostrado mais 'solta' com esta mudança.
Outra alteração mais profunda mudança de posição de Angel para o corredor central, eixo do ataque no momento sem bola (só condicionando saídas pelos centrais) e para organizador e movimentação mais livre nos momentos de ataque, quase como fazendo triângulo com Paulinho e Sauer. Ora a combinar, ora a transportar ou a tentar passes de desbloqueio, está lá para todos esses momentos. E convenhamos, encontrando a dinâmica certa é uma enormíssima mais valia. Promete e julgo que, se não fôr ali (até pela parte estratégica específica de cada jogo), vai andar perto. Elis e Yusu com maiores dificuldades, claro, dadas as funções diferentes, mais para virem buscar jogo, mas com tremendo perigo quando conseguimos proporcionar-lhes profundidade. A capacidade de combinar com os laterais não foi a melhor, mas promete a 'ideia' quando conseguirmos explorar de forma mais coletiva e olhando às caraterísticas dos nossos homens de corredor.
Foi pena não aguentarmos mais uns minutos, numa altura em que até estávamos a controlar a investida do adversário. Tentamos diminuir o [esperado] decréscimo físico, em parte conseguimos (mantivemos segurança e intensidade), por outra nem de perto: tivemos bem mais dificuldades em esticar e segurar jogo e, pior, mais erráticos no centro do terreno (já sem Paulinho nem Sauer). Daí compreensível a estratégia final de tentar segurar os pontos, quer a recuar linhas quer a baixar Javi, mais protegendo também a nova dupla de centrais.
Resumindo, bem positivo. Não fomos inferiores, tivemos mais perto de ganhar e, sobretudo, fizemos mais por isso, contra um adversário "em forma" e motivado. Os próximos tempos vão ser tudo menos fáceis, mas as sinais são tão positivos... e confiáveis.
E, melhor, é sentir que estamos unidos e com a Equipa.
Força Boavista!
Sem comentários:
Enviar um comentário