sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
Mas o que é isto?
This is Boavista! E com todo o orgulho do mundo. Não há milhões nem ajudas, há dificuldades e condicionantes, sobra alma, raça, união.
É assim, é isto que nos faz diferentes, é com estes argumentos que iremos à luta para a vencer. E venceremos.
Mais que tudo, pedia-se sinais. Pedia-se algo que nos fizesse acreditar em nós próprios, que nos unisse como nunca. A resposta foi, a todos os níveis, exemplar. No campo e na bancada, na atitude e na crença, na postura e confiança. É um facto que perdemos por culpa própria, que não soubemos traduzir a [surpreendente] superioridade em muitos momentos do jogo, que erramos mais que o permitido quando se defronta uma equipa forte como esta, mas fizemos um bom jogo, dos melhores dos últimos tempos.
Algumas notas:
- Unidos. Antes, durante e depois. Pode significar nada, pode ser muito, um indicador que todos perceberam a importância deste momento na vida do Clube e até nas carreiras de cada um.
É normal as equipas unirem-se antes do desafio, naquele típico grito de união dos jogadores. Quarta feira foi diferente. O 'grito' foi dado junto ao banco de suplentes, com os titulares, suplentes, treinadores e dirigentes. Juntos. E aposto que com um pouco da Alma de cada um de nós, Adeptos, lá no meio.
Durante o desafio viu-se uma equipa aguerrida e solidária, a reagir às adversidades. No final, depois de toda aquela emoção, a primeira reação de alguns dos nossos foi a de confortar o nosso 'miúdo'. Em correria. Mais importante que a amarga derrota, estava em causa recuperar o jovem após o momento infeliz.
- Pelo menos, já deu para perceber que o nosso Sanchez não é teimoso. E isso é bom. Mudamos na abordagem ao desafio, resultando numa equipa mais compacta, mais apta a pressionar e mais de acordo com aquilo que o jogo pedia. Mesmo mantendo o 442, Sanchez pela primeira vez mudou a estrutura, passando de um losango no meio campo para uma linha de quatro e, mais importante,
todos souberam pôr em prática aquilo que estava no papel. Funções exigentes para cada um dos jogadores, quer por não estarem nas posições de origem, quer pela exigência do próprio desafio. Mostramos, pela primeira vez desde há pouco mais de um mês, alguma evolução, defensiva e, principalmente, ofensivamente.
- Demoramos mais de meio ano para percebermos que a posição mais em falta no plantel era a de um médio criativo, mais responsável pelo momento ofensivo, que saiba dar alguma sequência à posse de bola no último terço. Que organize um pouco o nosso jogo, capaz de temporizar e circular. Parece coisa pequena, mas tem uma influência brutal no comportamento global da Equipa.
- Individualmente, destaque para Rúben Ribeiro. Para quem vem de meio ano sem competir, abriu o apetite para o que aí vem. Técnica e inteligência de jogo não lhe falta, veremos o resto.
Renato já tinha entrado bem no jogo para o campeonato, quarta confirmou a subida de forma. Muito mais intenso na disputa de bola (a posição assim exigia), melhor no posicionamento, mais confiante quando parte para cima dos adversários. Dar-nos-á um jeitaço um Renato assim.
Muitas vezes mal amado e injustiçado por nós próprios, mesmo sendo um dos capitães. Bom jogo do Idris, naquilo que ele é realmente útil: muito bom nas segundas bolas, nos desarmes e na luta a meio campo, importante a proteger a dupla de centrais. Também Gabriel em bom plano.
Em grande a Fortaleza. Tenho a certeza que vamos continuar assim, a apoiar os nossos rapazes de início ao fim, a infernizar a vida aos adversários, a sermos decisivos na conquista de pontos.
Quatro dias para a primeira de uma série de finalíssimas. A exibição e esta subida de moral só faz sentido se dermos sequência ante o Setúbal. 'Tamos juntos para a luta.
Força Boavista!
PS.: Os mimados do mercado. Absolutamente ridícula a forma como analisam e reagiram o jogo, nas declarações dos responsáveis, nos blogosfera azul, até na sua própria revista cor de rosa. Ainda incrédulos por serem encostados às cordas por uma equipa de tostões mas com uma alma de milhões e por sentirem tremido o apuramento para as meias que, para a esmagadora maioria, era um facto consumado. A culpa é do árbitro. Realmente, comparando com a restante 'elite', só muda a côr. O cheiro é o mesmo.
E esqueçam lá os chamados tiques de equipa pequena ou anti desportiva. Amarelos por perda de tempo, jogador a reentrar para o meio do campo só para a assistência e substituição, etc. Longe de imaginarem que tal seria preciso.
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Realmente, quase choramos de tão encostados às cordas que ficamos, sonhadores do caralho, ide lá limpar a vossa pantera, cambada de paneleiros
ResponderEliminarParabéns ao dono deste blog porque além das excelentes crónicas q faz, consegue com que apareçam aqui uns andrades ressabiados.
ResponderEliminarAbraço axadrezado!