foto do derby de domingo.
Não gosto de todo e qualquer protesto (organizado e pré concebido) que coloque em causa o apoio ao Símbolo durante um desafio. Fere a Alma, revolta, entristece. Mas há momentos em que tal é aconselhável e legítimo, como é o caso. E vindo de quem vem, essa legitimidade merece ser ainda mais vincada.
O grupo de trabalho, mais que falta de vontade, atitude ou querer, dá sinais de instabilidade. De descrença, neles próprios e no que os rodeia. De medo, de gritante falta de confiança. E isso, no ponto em que estamos, mais que do(s) treinador(es), é responsabilidade do departamento de futebol. Portanto, à partida, e olhando também à balbúrdia que reina à volta do plantel, com entradas e saídas, dispensas, repescagens e castigos, lesões e aptidões, discursos e silêncios despropositados, o destino dos protestos deveria ser outro. A não ser que o alvo da nossa Claque não tenha sido, em exclusivo, os jogadores.
foto de arquivo
O próprio Clube reconhece que algo não está bem, quando recentemente anunciou uma "profunda remodelação" na SAD. E percebe-se isso, mesmo no cimo da hierarquia, quando constatamos que nem com um microfone à frente se consegue fazer algo de realmente positivo. Falta saber se é mesmo para melhorar ou não passa de mais uma operação de cosmética.
Rúben Ribeiro, que já passou pela nossa formação.
Cinco saídas oficializadas nos últimos dias: Diego Lima, Leozinho, Rivaldinho e Pouga dispensados, Inkoom transferido. Com alguns meses de atraso, concluiu-se que o plantel é desequilibrado, precisa de reforço e que a pouca utilização de alguns é, afinal, condizente com a sua qualidade ou pouca competitividade.
Do trio brasileiro, Lima foi o que teve mais chances para agarrar o lugar (no final da época passada e nos primeiros dez! desafios da presente). Não o conseguiu porque não foi capaz, não teve qualidade e intensidade para tal, mesmo sem concorrência ao lugar (Ancelmo foi primeiramente dispensado, convém relembrar; e neste caso sim, dispensa 'técnica', sem dúvidas) .
Léo parece bom rapaz, assim como possuir bons pés. Não chega. Sempre inconstante, o problema pareceu mais mental que físico, técnico ou tático. Não deu mais.
Pouga, cedo se percebeu a razão da pouca produção e escassa utilização. Demasiado estático e posicional, lento e pouco útil no jogo da equipa.
Rivaldinho é uma daquelas apostas... primeira experiência na Europa, demasiada mediatização para a qualidade que mostrou. Oportunidades foram poucas, mas teve-as. Em nenhuma ocasião mostrou que poderia ser útil ou sequer com capacidade para evoluir rapidamente, como precisamos.
Inkoom foi a única transferência. Sempre revelou dificuldades a defender, o que para um lateral não é nada positivo. Não passou das boas indicações na pré-temporada, nunca conseguindo estabilizar o seu jogo tornando-se minimamente consistente. Ainda perdemos uns pontitos graças à sua aparente... descontração. Pareceu com mais queda para as passerelles que para os relvados.
E ficou-se por aqui porque é tarde e o mercado de janeiro só permite cinco alterações (provavelmente nem teríamos capacidade para mais...).
De entradas, duas para já, faltarão três: Rúben Ribeiro, o Quaresma dos pobres (tecnica e mentalmente...), e Imagol, avançado argentino de 28 anos, que fará a sua estreia em campeonatos europeus. Haja fé.
Tarde, muito tarde, mas é acreditar que seja isto o que precisamos. Não é fácil...
Força Boavista!
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