Mas vai mesmo. Já não bastava o não haver festa, nem fogo, marteladas, noitada, nada disso, ainda por cima armas-te em parvo com os gajos da cidade que mais mereciam que tu tivesses alguma consideração por eles e fazes isto. Podias ter ficado pela "sorte do jogo", ou por alguma - enfim - "matreirice disfarçada" ali na zona de eficácia, mas não, tiveste que ir à zona encefálica dos nossos jogadores para parecer fazê-los esquecer que isto é um dérbi e até podemos caír, mas caímos de pé. Com sangue nos olhos se for preciso. E não contente, ainda foste meter nojo nas ideias que ainda estes dias pareciam bem lúcidas, claras e confiantes do nosso treinador (e cheira-me que fizeste isto na conferência de imprensa, prova que planeaste bem as coisas com antecedência, seu asno).
Assim não, foi um bocadinho demais. Muito respeito por ti, mas um par de estalos bem merecias.
Confesso que não vi o jogo com muita atenção (graças a ti, meu boizola), mas ficam as notas:
O pré-jogo não ajudou. Nestes jogos em que o desequilíbrio é grande, tudo conta, e o fator psicológico não fica atrás. Não pudemos contar com isso. Assim como os dois dias de descanso a menos neste atual panorama. Não são desculpas, são factos.
Surpreendeu o Idris no lugar de Ackah. Talvez a intenção de fortalecer o jogo aéreo, nas bolas paradas e não só, um dos pontos fortes do adversário. Yusu na frente, num jogo em que a estratégia passava por não pressionar na primeira fase os centrais do Porto e alguma intenção de explorar a velocidade (?!) do avançado. De resto, como habitual.
Primeira parte estivemos razoáveis. Entrada por baixo, reagimos, permitimos situações de golo, mas tivemos alguns momentos de circulação, de esfriar o jogo com sucesso e conseguimos a nossa única (!) saída com eficácia e chegada à área do Porto em toda a partida.
Depois veio o descalabro. O adversário veio diferente, verdade (julgo que a tal injeção de moral do adversário - porque era possível - ajudou bastante), e nós ruímos. Estivemos mal em vários aspetos, não nos conseguimos adaptar às mudanças que nos fizeram desequilibrar, não reagimos com a atitude que o momento exigia. E ruímos pelo elo mais fraco, Dulanto está ligado a três dos quatro golos e não é por acaso. Algum azar à mistura, mas muita ingenuidade e falta de ritmo (para ser simpático) na base dos problemas.
A eficácia e o acerto do adversário foram determinantes para o avolumar, a sua qualidade também (sim, o gesto técnico do Corona no primeiro golo faz ganhar jogos), a prontidão do Soares Dias (apesar da legitimidade dos penaltys) igualmente, e a nossa passividade e conformismo a fechar o leque.
De tudo, o que mais desiludiu foi mesmo a incapacidade para dividir um pouco o jogo (que seria fundamental, "assustando" aqui e ali)), para reagir, pelo menos com uma atitude diferente, nos momentos adversos.
Que passem depressa estes próximos dias e chegue rápido o desafio com o Santa Clara. Depois disto, ainda mais depois disto, nem pensar em desacelerar e não fazer tudo para acabar a época numa incessante busca pelos próximos objetivos. O mercado, este ano, só reabre em Agosto. Somos Boavista.
E ó São João, espero mesmo que tenhas um dia de merda. Pior que o nosso, o que não é fácil, digo-te já.
Força Boavista!
Assim não, foi um bocadinho demais. Muito respeito por ti, mas um par de estalos bem merecias.
Confesso que não vi o jogo com muita atenção (graças a ti, meu boizola), mas ficam as notas:
O pré-jogo não ajudou. Nestes jogos em que o desequilíbrio é grande, tudo conta, e o fator psicológico não fica atrás. Não pudemos contar com isso. Assim como os dois dias de descanso a menos neste atual panorama. Não são desculpas, são factos.
Surpreendeu o Idris no lugar de Ackah. Talvez a intenção de fortalecer o jogo aéreo, nas bolas paradas e não só, um dos pontos fortes do adversário. Yusu na frente, num jogo em que a estratégia passava por não pressionar na primeira fase os centrais do Porto e alguma intenção de explorar a velocidade (?!) do avançado. De resto, como habitual.
Primeira parte estivemos razoáveis. Entrada por baixo, reagimos, permitimos situações de golo, mas tivemos alguns momentos de circulação, de esfriar o jogo com sucesso e conseguimos a nossa única (!) saída com eficácia e chegada à área do Porto em toda a partida.
Depois veio o descalabro. O adversário veio diferente, verdade (julgo que a tal injeção de moral do adversário - porque era possível - ajudou bastante), e nós ruímos. Estivemos mal em vários aspetos, não nos conseguimos adaptar às mudanças que nos fizeram desequilibrar, não reagimos com a atitude que o momento exigia. E ruímos pelo elo mais fraco, Dulanto está ligado a três dos quatro golos e não é por acaso. Algum azar à mistura, mas muita ingenuidade e falta de ritmo (para ser simpático) na base dos problemas.
A eficácia e o acerto do adversário foram determinantes para o avolumar, a sua qualidade também (sim, o gesto técnico do Corona no primeiro golo faz ganhar jogos), a prontidão do Soares Dias (apesar da legitimidade dos penaltys) igualmente, e a nossa passividade e conformismo a fechar o leque.
De tudo, o que mais desiludiu foi mesmo a incapacidade para dividir um pouco o jogo (que seria fundamental, "assustando" aqui e ali)), para reagir, pelo menos com uma atitude diferente, nos momentos adversos.
Que passem depressa estes próximos dias e chegue rápido o desafio com o Santa Clara. Depois disto, ainda mais depois disto, nem pensar em desacelerar e não fazer tudo para acabar a época numa incessante busca pelos próximos objetivos. O mercado, este ano, só reabre em Agosto. Somos Boavista.
E ó São João, espero mesmo que tenhas um dia de merda. Pior que o nosso, o que não é fácil, digo-te já.
Força Boavista!
Belíssimo retrato
ResponderEliminarBom resumo
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